Há quem acredite em destino. Há quem acredite em horóscopo das flores. Eu? Confesso que era cético quanto a esses tipos de assuntos, o trabalho exaustivo como professor de faculdade ocupava minha mente quase que o dia inteiro, não sobrando muito tempo para refletir sobre trivialidades. Mas veja bem: era cético. E isso mudou por conta de apenas uma pessoa que trouxe cor para minha vida pacata.
Lee Taeyong chegou sem aviso prévio. Conheci-o em seu emprego, em uma floricultura, eu tinha ido lá a pedido de uma colega de trabalho que não podia buscar o seu pedido e, no momento em que meus olhos encontraram seu belo rosto — concentrado em seu afazer ao atender um cliente —, meu mundo pareceu virar de cabeça para baixo; os batimentos cardíacos dentro de mim batiam num ritmo acelerado, tinha me esquecido do porquê eu estava ali, minhas mãos suavam e minhas bochechas estavam quentes. Jamais me encantei instantaneamente por alguém como naquele momento, parecia que um feitiço tinha sido lançado.
— Moço? Em que posso ajudar? — Pisquei algumas vezes, atordoado, percebendo ser minha vez de ser atendido. Ele vestia uma camisa branca e um avental cinza com uma pequena flor bordada, no centro, em forma de taça, de pétalas azuis e de meio rosa. Seus cabelos eram platinados, cada fio no lugar. Lindo. Simplesmente lindo. Droga, eu estava encarando demais, tanto que um vermelho bonito deu o ar da graça em sua face.
— Ah… Que flor é essa? — Questionei a primeira coisa que me veio em mente, apontando para o avental. A confusão em seu rosto fez com que eu quisesse me estapear, tamanha a minha estupidez, senti-me um adolescente falando com meu primeiro amor.
— Uma Campainha Imperial, faz parte do logo da loja e também representa as pessoas que nasceram no mês de janeiro. Quer dar uma olhada? — Antes que eu sequer pensasse em responder, ele se virou e foi em direção a um lugar próximo do balcão de atendimento, onde tinham outras plantas e ainda mais flores das mais variadas formas e cores. Não demorou muito para que retornasse, trazendo um vaso pequeno com uma flor um pouco maior da de seu uniforme. — Elas dão um ar sofisticado para o jardim, faz algum tempo que plantei uma muda dessa em casa. — Disse simplista conforme me entregava o vaso. Nossos dedos se esbarram suavemente.
— Não sabia que o mês em que faço aniversário tem uma flor tão delicada e bonita. — Sorri para o atendente, sentindo-me nervoso por receber um sorriso em troca. — Na verdade, eu vim buscar um pedido de uma amiga, ela ligou há alguns minutos avisando que eu viria. — Respondi sem graça, lembrando-me o real motivo de estar ali.
— Entendo... Qual o seu nome? — Ele se afastou e foi até o computador que tem no balcão de atendimento e eu, ainda com a Campainha Imperial em mãos, apenas o segui.
— Jung Jaehyun.
— Certo. Já volto para trazer o pedido.
— E o que faço com isso? — Indiquei a flor.
— Cortesia da casa. — Piscou, deixando-me completamente estático.
[...]
Destino ou não, foi assim que encontrei o meu grande amor, que me ensinou a olhar a vida de uma forma mais leve, menos cética.
Foi Taeyong quem me levou, pela primeira vez, a um jardim imenso de Campainhas Imperiais — a primeira flor, de muitas, que me presenteou — e também foi ele quem me ensinou o significado das outras flores e a descobrir que há beleza nas mínimas coisas, assim como há a possibilidade do amor nos mais remotos casos.
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