— Você, que vai muito além do que se imagina, não dê espaço para a culpa e o medo que insistem em habitar em sua morada. — Disse a voz que saía do poço.
— Mas fora da minha morada vejo dor, doenças, ignorância, muita arrogância e muito sofrimento. — Reclamou N’zambi.
— Se você vê essas coisas fora da sua morada, por que você dá permissão para que elas entrem em sua habitação? Não vê que o seu grande erro é absorver a ignorância do externo que há em você? Não vê que não pode haver senão uma Poderosa Presença, uma Magnífica Inteligência, um Maravilhoso Poder Atuante de Pura e Plena Perfeição na sua mente, corpo, alma e coração? Agora escute! Para que você esteja perto de Mim e se torne UM Comigo, você não pode ficar sem captar a simplicidade do seu próprio Ser Interno, atuando em você mesmo. Amai o seu Ser Interno de Pura e Perfeita Perfeição. Ordenai ao seu Ser Interno que surja a Pura e Perfeita Perfeição em cada situação, momento e em cada parte do seu corpo e da sua morada. Quando o seu desejo se projetar pelo poder da sua vontade, imbuído da mais pura fé que elimina todas as dúvidas, medos e sofrimentos, então lá estarei, me tornando UM contigo, e em tudo que fizer você será vitorioso. Você tem que concretizar a coragem daquilo que você necessite ou deseje instantaneamente em seu mundo. Já que a vontade não é nada mais do que uma atividade menor que um decreto, e o decreto é o reconhecimento da vontade exercida, jamais tenha medo de usar este Grande Poder. Se você não usar esse Grande Poder que EU SOU, gerará a desarmonia que manifestará a imperfeição no seu mundo. Se você usar construtivamente esse Grande Poder. A minha bênção cairá sobre você, e você não poderá mais viver sem me dar graças e louvores por todo instante em que respirares. Acorde, N’zambi! Esse Grande Poder que EU SOU está esperando sua vontade e ordem consciente.
De repente, ao ouvir aquelas palavras, N’zambi se viu sentado na beira do poço, que se encontrava ao lado da paróquia no povoado de Porto Calvo, onde antes morava com o Padre Antônio. Reparou nos seus pés e mãos, e se conscientizou que estava em um sonho.
Conscientemente, N’zambi olhou para o fundo do poço e não viu nada mais além do que o seu reflexo dançando na água. Então, ele falou em direção ao fundo do poço, perguntando:
— Quem é você que constantemente fala comigo nos meus sonhos através desse poço e me diz essas coisas maravilhosas que me preenchem de energia e alimentam o meu espírito, santificando-me?
E a voz falou em um canto sublime, ao som de muitas águas:
“Onde me manifesto… sou como o entardecer, onde o vento passa ao silêncio da morte e as árvores vibram ao ver passar. Se não me manifesto… no nada tudo serei, e assim serei como o alvorecer, onde os pássaros cantam ao som da noite que se fez dia e do sol que se fez presente, desvirginando o horizonte de um mar inocente, tal qual um beijo ardente da terra numa semente, em que algo vem a germinar. Algo que habita e surge… sem dogmas e sem preceitos… algo dentro e fora do seio da mãe que ainda não veio. Há de haver belos mistérios…
Belos Mistérios!
Na vida que a sorte é a morte
Que nos ensina a ensinar
Que nos prende ao aprender
Que nos condena a entender
Que entendendo hei de ser algo para viver.
Se a vida hei de entender e entendendo hei de ser… serei somente o entendido que um dia irá morrer.
Como posso procurar?
Se na procura hei de achar a busca que nunca acabará…
O vento passa e não há de ser passageiro… não se sabe se vem ou vai… porque venta o mundo inteiro. As árvores são intactas e o vento que passa as faz balançar… as árvores não sabem por que balançam… se intactas elas dançam, quando o vento vem tocar. O vento que também nada sabe, apenas quando passa… se bate com galhos, folhas e troncos de cada árvore.
Onde se encontra o significado, se o significante é o valor do valor de cada homem ou de cada mulher?
O chaveiro está diante da porta, mas a porta não está ao chaveiro… porque a porta nada mais vale do que a chave do porteiro.
O porteiro é o escravo
O seu senhor, o chaveiro
A porta é a prisão
A chave, o prisioneiro
Eu Sou a Perfeição da Essência, denominado Absoluto!
Posso ser compreendido como a maior Beleza de todas as belezas!
O maior Amor de todos os amores!
O mais Alto dos altos e o Ser Maravilhosamente Maravilhoso.
A forma arquetípica perfeita, contida dentro do Todo e o Absoluto que constitui a Redenção Universal.
EU SOU A CHAVE QUE ABRE TODAS AS PORTAS!!!
EU SOU O ÚLTIMO DOS ÚLTIMOS
EU SOU O PRIMEIRO
EU SOU AQUELE QUE FUI
EU SOU AQUELE QUE FOI
EU SOU AQUELE QUE VIM
EU SOU AQUELE QUE VEIO…”
Texto extraído do Livro: O FILHO DAQUELA QUE MAIS BRILHA
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