SOBREVOLANDO O PACÍFICO – 14 DE FEVEREIRO DE 2004
Lara acabara de voltar de uma de suas aventuras. Dessa vez, buscou um artefato no Egito. A peça rara ficaria ótima em sua coleção particular, e a garota estava agradecendo a Deus por não ter enfrentado os empecilhos conhecidos de suas aventuras. "Nenhuma organização secreta tentando me matar? Não tive que salvar o mundo de alguma entidade milenar que despertou?"
Lara tentava não questionar as dádivas que recebia, mas estava acostumada a sofrer desde pequena com a perda dos pais e com aventuras cercadas de perigos. Facilidade não era algo que fazia parte de sua vida.
– Vamos enfrentar uma pequena tempestade, senhorita Croft. – Disse o piloto do pequeno jato particular que ela havia fretado para casa.
"Turbulência? Pronto Lara, foi só reclamar que as coisas começaram a ficar ruins. Mas, vendo o copo meio cheio, uma turbulenciazinha não era nada comparado ao que eu já passei."
Enquanto esperava o tempo passar, pegou o pequeno baú de madeira que levava na mochila. Dentro havia o artefato que havia buscado no Egito. Abriu mais uma vez para apreciar a bela peça. Era uma espécie de bússola de ouro antiga. Possuía uma tampa que, ao abrir, ativava um pequeno pêndulo que balançava, marcando uma espécie de mapa arcaico. O interessante é que o pêndulo parecia se mover de forma aleatória. Lara não tinha tido tempo para estudá-lo a fundo, mas agora, ali parada no avião, começou a analisá-lo. O pêndulo agora balançava sem parar em outra posição aleatória. Outra característica única do artefato é que o pêndulo não parecia parar de balançar nunca, quando aberto. Já havia deixado a bússola aberta por longos minutos e este continuava a balançar-se. A única coisa que alterava era a direção para onde ele se balançava.
Fechou a bússola e a examinou por baixo. Algumas inscrições estavam entalhadas ao redor da peça, mas Lara, apesar de entender várias línguas antigas, não conseguiu decifrar o que estava escrito.
– Dia 14 de Fevereiro de 2004, dia do meu aniversário de 36 anos. Mas isso não importa. As inscrições na peça parecem se tratar de algum tipo de ritual de adoração. – Disse ela ao gravador. – Não consigo identificar o tipo de deus que estão adorando. Não me parece com nenhum dos deuses conhecidos na mitologia egípcia. É representado por uma forma não humanoide, um espírito ou uma fumaça talvez. – Concluiu Lara.
Sentiu o pequeno avião balançar.
– “A tal turbulência invocada por sua boca maldita, Lara”. – Pensou. Abriu mais uma vez a bússola, tentando identificar o que eram as pequenas escrituras entalhadas na parte interior. O Pêndulo agora balançava freneticamente, mais rápido do que de costume. O avião balançou agora mais forte, fazendo com que o artefato caísse das mãos de Lara. Ela revirou os olhos e se soltou do cinto para pegar a peça debaixo do banco. Quando a pegou, observou que o pêndulo agora estava imóvel, porém, não estava no centro como era fisicamente certo e sim inclinado para a direita, marcando algum ponto específico no mapa. Lara aproximou a peça mais perto do rosto para poder ver melhor para onde o pêndulo apontava. O avião deu um solavanco extremamente forte, tirando Lara do chão e chocando sua cabeça no teto da aeronave. Lara apagou.
– Senhorita Croft? – Dizia a voz do piloto abafada ao fundo. – Senhorita Croft, você está bem?
Lara acordou ainda meio tonta. Estava com a roupa molhada por algum motivo e não enxergava direito. A cabeça doía bastante e sentia sangue escorrendo da nuca.
– O que aconteceu? – Indagou em meio a um gemido de dor.
– A tempestade nos derrubou. Caímos no mar e estamos afundando. Precisamos sair agora.
Lara recobrou a consciência tomada pela adrenalina. Olhou à sua volta e o chão do avião começava a encher de água. Viu a bússola aberta e ainda parada, jogada em cima de um dos bancos. Lara a pegou, colocando-a dentro do baú novamente.
– Não há tempo para isso, senhorita Croft. Precisamos sair agora – Repreendeu o piloto.
Lara ignorou a fala do homem, apanhou a mochila no chão e enfiou o baú dentro dela. Colocou-a nas costas.
– Agora sim vamos.
O piloto forçou a porta para abrir e quando conseguiu, uma enxurrada enorme de água começou a entrar.
– Vou abrir o bote salva-vidas lá em cima. Você na frente, senhorita Croft.
Lara se dirigiu à porta do avião e nadou para fora. Sentiu a água gelada do mar pelo corpo enquanto nadava para a superfície. O avião estava mais fundo do que ela esperava e já começava a ficar sem ar. Nadou com mais força para chegar mais rápido no topo. Quando finalmente saiu com a cabeça para fora da água, encheu seus pulmões de ar.
Segundos depois, o piloto saiu do fundo do mar e, logo em seguida, armou o bote inflável. Lara nadou até o salva-vidas e foi auxiliada pelo piloto a subir. Ainda se sentia tonta pela pancada na cabeça e parecia exausta. Tentou se manter acordada, mas novamente desmaiou.
Okuduğunuz için teşekkürler!
Muito bacana como o autor misturou os dois universos. Conheço pouco o universo de Tomb Raider, mas a parte de Lost ficou muito boa
JSA história é muito bacana. Gostei dos personagens. Não sei se todos retirados das obras originais ou se algum foi criado pelo autor. Parabens.
Tem tudo a ver colocar Lara na ilha de Lost. Quando era adolescente e jogava Tomb Raide e assistia Lost eu por diversas vezes imagei Lara Croft no voo Oceanic 815. Essa história é uma realização de sonho de infãncia. Parabéns
Ziyaretçilerimize Reklamlar göstererek Inkspired’ı ücretsiz tutabiliriz. Lütfen AdBlocker’ı beyaz listeye ekleyerek veya devre dışı bırakarak bizi destekleyin.
Bunu yaptıktan sonra, Inkspired’i normal şekilde kullanmaya devam etmek için lütfen web sitesini yeniden yükleyin..