saaimee Ana Carolina

Era pra ser mais uma manhã de correria onde Haruka pularia da cama direto para a porta em busca de seu sonho nas salas de gravação Shining, porém, dessa vez, nem se levantar conseguiu. O dia só estava começando e ela já sabia que passaria o resto dele se lamentando, entretanto uma mensagem de texto mal respondida mudou tudo. 「Tomochika × Haruka 」 ------------------------------------------------------------ ✼ Postar esta estória em qualquer página sem a minha autorização é completamente proibido. Plágio é crime e eu tomarei providências.


Hayran Kurgu Anime/Manga Tüm halka açık. © Os personagens desta estória pertencem a Uta no Prince-sama. Todos os direitos sobre eles são reservados a © Broccoli.

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Capítulo Único

O dia estava só começando e assim como todos os outros a agenda da garota estava lotada. Reunião para discutir novos projetos de música, encontro com outros produtores, convites de rádios para responder e novas músicas para começar a compor. Mais um dia comum e agitado se ela não tivesse acordado sem qualquer força para se levantar.

O corpo parecia pesar uma tonelada e a cabeça não parava de girar. Não tinha certeza de qual era o motivo, mas sabia que não estava bem.

Sem se mover muito a jovem correu a mão pela cômoda em busca do celular e assim que o alcançou trouxe para perto do rosto. A luz forte a cegou por um instante ajudando a despertar de uma vez.

Na tela de bloqueio os bastões de luz da última apresentação do STARISH estava escondido atrás de três mensagens aguardando respostas acompanhadas de outras notificações. A hora no topo da tela a fez querer pular da cama, mas o máximo que conseguiu fazer foi levantar a cabeça sentindo o corpo todo doer.

— Não vai dar... – O sussurro seguido de tosses a fez notar as dores na garganta.

Ela sabia que não deveria ter ficado até tarde da noite trabalhando e que devia ter ouvido quando disseram para pegar leve, mas o que podia fazer? Havia coisas que precisavam ser finalizadas e uma vez que ela começa a compor se perde entre as notas e esquece do tempo.

Mais tosses surgiram agora alertando sobre as costas e o peito. Não tinha jeito, estava oficialmente gripada. Entretanto, teimosa como era não quis ceder logo de cara tentando pensar em um plano que pudesse ajudá-la a se manter de pé pelo menos por algumas horas do dia, mas a ideia de piorar sua condição a atormentava tanto que fez se questionar o que era pior.

O celular ainda estava em sua mão quando uma nova notificação apitou. Com cuidado, dessa vez, apertou o botão no centro vendo a tela se abrir mostrando um nome conhecido na mensagem.

— Tomo-chan...

Deslizou a tela abrindo a página encontrando a pequena frase:

 

“Bom dia! Já levantou?

A gente vai se encontrar as duas horas, certo?”

 

Naquele momento se lembrou que tinha concordado em ajudar a amiga com os trabalhos de produção dela e automaticamente seus olhos se abaixaram tristemente por saber que não conseguiria estar lá.

Deitando de lado lentamente juntou as duas mãos digitando a resposta:

 

“Tomo-chan, bom dia.

Sobre isso... Acho que vou precisar cancelar. Eu realmente lamento.”

 

Ela mal tinha terminado de mandar a mensagem quando recebeu uma reposta logo em seguida com a simples frase: “aconteceu algo?”.

Não era como se precisasse guardar segredo sobre estar doente já que isso podia ser só algo passageiro e amanhã estaria de volta ao normal, mas ela também sabia que se contasse poderia deixar a amiga desnecessariamente preocupada.

 

“Não é nada. Nós podemos nos ver amanhã?”

 

Após enviar ficou relendo a frase se perguntando se aquilo tinha soado grosseiro, descuidado ou ainda mais preocupante. Era impossível esconder as coisas de Tomochika e ela sabia que mesmo que tentasse acabaria contando tudo cedo ou tarde.

A garota aguardou pela resposta encarando a tela brilhante ansiosa pelo que veria, contudo não houve qualquer sinal apesar de sua mensagem ter sido lida. Pensou que a amiga talvez estivesse ocupada já que tinha tarefas pela manhã ou que talvez tivesse a afastado demais ao não querer contar.

Seu coração apertou ansioso e ligeiramente entristecido. Ela sabia que hoje seria um dia difícil para lidar sozinha em casa, mas não ter Tomo para conversar no mínimo possível fazia ser ainda pior.

Colocando o aparelho de lado, suspirou lentamente terminando com tosses indesejadas. Estava doente, mas ainda tinha coisas para fazer.

Relutantemente se sentou na cama parando por alguns segundos para tentar encontrar os pontos onde estava mais prejudicado em seu corpo. Depois se arrastou para a beirada onde jogou as pernas para fora procurando pelas pantufas embaixo da cama.

Estava com tanto sono que mal conseguia pensar no que tinha que realizar primeiro entretanto seu corpo acostumado com a rotina a guiou pelo quarto indo direto para o banheiro. Em frente ao espelho se encarou com os olhos pesados vendo o cabelo bagunçado e o rosto inchado o que a fez perceber que já fazia dias desde que tinha deitado na cama para ter uma noite completa por mais de 5 horas de sono. Ela sabia desde o início o que poderia acontecer — tanto a gripe quanto o trabalho intenso — e mesmo assim se forçou a isso. Amava seu trabalho mais que tudo, mas tinha que começar a prestar atenção em si mesma se não quisesse acabar sempre em situações como esta.

Tendo consciência total de seu estado resolveu pegar o aparelho mais uma vez e entrar em contato com a agência para explicar sua situação procurando cancelar todos os planos que tinha para aquele dia. A conversa demorou mais do que deveria a deixando exausta e ao final da ligação só conseguiu se sentir pior por também estar dando tanto trabalho para eles.

Era cedo demais para uma jovem como ela estar suspirando entristecida assim, mas não era como se ela conseguisse evitar de se sentir frustrada. Sua melancolia a fez abrir a página de mensagens mais uma vez procurando pela resposta da amiga que ainda não havia chegado.

Colocado o celular sobre o armário resolveu que não tinha outra opção naquele momento senão tomar um banho e tentar despertar um pouco antes de seguir com qualquer procedimento para aliviar as dores.

 

Longos minutos se passaram enquanto ela esteve deitada na banheira onde, por vezes, quase dormiu graças ao calor agradável no banheiro. Quando finalmente tomou forças para sair a primeira coisa que fez foi vestir seu pijama e ir direto para a cozinha preparar algo simples para o momento.

Quando chegou a geladeira observou tudo o que tinha e simplesmente não teve qualquer ânimo para fazer qualquer coisa. Estava cansada, com a garganta dolorida, nariz escorrendo e os olhos lacrimejando. Não tinha fome e menos ainda motivo para cozinhar.

Decepcionada consigo mesmo resolveu voltar para o quarto e se deitar por mais alguns minutos na esperança que a vontade de se alimentar surgisse em algum momento.

Deitada na cama já fria de lençóis amarrotados Haruka pegou o celular olhando a última mensagem que enviou pensando se deveria ou não enviar outra. Ela sabia que não deveria incomodar, mas estava preocupada com a demora.

Em meio a suas reflexões uma nova notificação apareceu na tela e para o desânimo de seu coração não era mensagem de Tomochika.

 

“Nanami, ficamos sabendo sobre o que aconteceu. Espero que você fique bem logo :)

Tokiya mandou dizer pra você beber bastante água e descansar.

Dorme bastante. A gente vai te esperar!”

 

Apesar da pontada que recebeu no peito pela decepção um sorriso ainda insistiu em surgir quase automaticamente ao terminar de ler. Otoya sempre soube como anima-la mesmo quando não fazia ideia do que estava fazendo e dessa vez não foi diferente. Ela estava se sentindo mal a manhã inteira, mas saber que eles estavam dando seu melhor e torcendo por ela ajudou a afastar sua negatividade naquele momento.

Enquanto digitava uma resposta carinhosa ouviu toques rápidos na porta de entrada do dormitório. Apesar de inesperado a jovem não demonstrou surpresa quando devagar se levantou indo até lá terminando de enviar a resposta.

Sem prestar atenção abriu a porta e quando seus olhos encontraram os longos cabelos vermelhos e o rosto de olhar sério a encarando seu coração deu um salto desesperado.

— Tomo-chan...?

— Eu sabia. – Sem qualquer apresentação adentrou a sala colocando sua bolsa sobre o sofá enquanto a outra fechava a porta ainda surpresa. — Por que não me disse?

Haruka ainda estava tentando absorver a situação quando ouviu a pergunta. Como já era esperado Tomochika só precisou de um olhar para saber tudo o que ela tentou esconder. A menor tinha se preparado para qualquer mensagem, mas não para ver a outra ali em sua casa nesse momento.

Se virando encarou o rosto preocupado que a fitava.

— Não queria te preocupar...

— Haru.

— Eu te disse que vou ficar bem. – Com um sorriso se esforçou para provar, porém a tosse traidora saiu com força a desconcertando.

Ainda com as sobrancelhas unidas em desaprovação Tomo foi até ela ficando próxima o suficiente para se verem nos olhos uma da outra e com uma das mãos tocou na testa sentindo o calor já alto ali.

— Você tem que ir. Tem coisas para fazer, certo? – Com a voz rouca Haruka perguntou mostrando um olhar solitário e bochechas avermelhadas. A jovem a observou por alguns instantes incomodada e sem opção se afastou suspirando.

— Sim, tenho, mas primeiro vou cuidar de você. – A afirmação seguida de braços cruzados não deu espaço para protestos. — Tomou café?

— Eh? Não... Mas Tomo-

— Então eu vou fazer algo pra gente. – Ignorando o olhar confuso foi para a cozinha se alongando. A menor a observou em silêncio tentando entender o que aquele furacão estava fazendo em sua manhã quando Tomo se virou com um sorriso travesso a pegando desprevenida. — Não precisa se preocupar, eu tenho tempo até ir para o estúdio. – Com a explicação a menor suspirou assentindo envergonhada. — Agora vai deitar! Quando estiver pronto eu levo pra você.

— Si-Sim!

Caminhando o mais rápido que podia foi para o quarto enquanto a outra fingia uma expressão brava se segurando para não rir de sua obediência.

Tomochika aguardou na mesma posição de braços cruzados ouvir o som da porta no corredor se abrindo e o baixo som da cama ao receber o corpo da menor. Não conseguiu conter o sorriso. Era claro que estava preocupada com Haru, mas poder ter a chance de vê-la agindo dessa forma e ajudá-la a deixava contente.

Sem perder mais tempo se colocou a preparar um chá forte suficiente para aquecer e aliviar dores. Ela sabia que nessa situação preparar um café da manhã enorme seria desperdiço e só colocaria Haru em uma situação ainda mais desconfortável.

Tomo não queria que ela soubesse que precisou cancelar os compromissos da manhã para estar ali e nem que teria de trabalhar algumas horas a mais durante a tarde por esse mesmo motivo. Não queria que soubesse porque isso realmente não importava. Ela conseguiu estar com a garota, conseguiu cuidar dela e trazer algum conforto graças a essas mudanças e não se arrependia de nada.

Logo que terminou serviu duas xícaras e adicionou alguns biscoitos ao lado para tentar incentivar o mínimo o apetite delas. Com calma andou até o quarto onde a porta tinha sido deixada aberta tanto pela pressa em se deitar quanto pela preocupação em ouvir a outra trabalhando na cozinha.

Assim que a maior adentrou o cômodo um suspiro escapou seus lábios. Haru estava deitada com a coberta sobre o corpo e os olhos cansados colados a porta como se a esperasse ansiosamente. Era difícil conseguirem um tempo assim para passarem juntas e, normalmente, quando conseguiam não durava mais de trinta minutos e se durava era porque estavam trabalhando. Era desconcertante saber que só conseguiram esse momento por conta de uma situação ruim, mas era melhor do que nada e Tomo tinha certeza que faria ela ficar melhor rápido.

— Isso deve ser o suficiente para te acordar. – Colocando a bandeja sobre a cômoda comentou sendo assistida pelos olhos curiosos ao lado.

Entregando a xícara se sentou na beirada a vendo segurar com as duas mãos enquanto sentia o cheiro levemente doce aquecer seu corpo. Entre um comentário satisfeito e outro elas se entregaram ao momento de relaxamento só delas.

O quarto era pequeno, simples e tão fofo quanto a dona. Não era a primeira vez que Tomo estava ali, contudo sempre que entrava encontrava algo novo fosse isso uma pelúcia, uma cor ou um livro. E dessa vez o que encontrou foi uma lembrança clara na parede.

— Aquilo foi quando? – A pergunta a fez seguir o olhar da maior parado na foto na parede a esquerda. Um sorriso quase automático surgiu junto as lembranças.

— Já faz tempo. Foi durante um acampamento junto com o STARISH. – Olhando a imagem como se pudesse ver os movimentos de cada um durante o momento da captura ela contou deixando sua voz transparecer a saudade.

— Eh... Parece bom. – Assentindo para si mesma concordou contente por ver a outra feliz. — A gente deveria ir na próxima vez.

— Eh?

— É. Só você e eu. – Se virando para fita-la continuou falando sem preocupações. — A gente pode passar a manhã relaxando, depois fazer caminhadas pelas montanhas e nadar no rio. Tem rio, né?

— Tem...

— Aí à tarde a gente podia... hm...

— Música. – Sugeriu chamando a atenção. — Sem ser trabalho só... Nossa música.

Haruka vivia de música, era tanto seu trabalho quanto seu motivo de viver. Talvez ela não tivesse noção do quanto aquela sugestão significava para Tomo ou talvez fosse exatamente porque sabia que disse isso.

A maior assentiu mostrando seus olhos brilhantes que fizeram par ao sorriso da outra.

— Então à noite acendemos a fogueira – se aproximando continuou falando em um tom sonhador encantando a menor — e assistimos as estrelas até dormir.

— Parece ótimo. – Com os olhos sonolentos comentou esbanjando alegria quase tocando suas testas uma na outra.

— Então – dando um longo suspiro se afastou mostrando um olhar superior que naturalmente exigia ordem — é melhor você ficar bem logo e parar de passar dos limites.

— Desculpa... – Abaixando a cabeça comentou fazendo a maior sorrir. Tomo não podia ficar brava com ela e como se consolasse uma criança afagou seus cabelos trazendo um leve rubor a suas bochechas.

Após mais algumas conversas sem objetivo Tomochika resolveu levar as xícaras de volta a cozinha enquanto Haruka se aconchegava novamente embaixo dos cobertores.

Seu sorriso estampado não saia de seu rosto durante o caminho. Podia até dizer que era culpa do chá que trouxe esse alivio no corpo, mas sabia que a única quem a fazia caminhar como se estivesse nas nuvens era Haruka.

Após limpar tudo voltou para o quarto pensando no que deveria fazer nos pouco minutos que ainda tinha ali, porém ao passar pela porta todos seus pensamentos se calaram. Suspirando suavemente a menor dormia como uma criança no embalo de um sonho gentil. A surpresa se transformou em uma felicidade pura que aqueceu seu peito.

Se aproximando da cama a assistiu dormir tentando conter sua vontade de abraça-la. Queria ficar mais tempo ali, queria abraçar ela e dormirem juntas a protegendo de tudo, porém precisava partir. Tinha responsabilidades a cumprir que não podia adiar mais.

Suavemente se inclinou para frente dando um beijo na testa da outra antes de relutantemente se levantar. Seus olhos não conseguiam se desgrudar da menor em momento algum. Estava aliviada por vê-la respirando tão pacificamente, porém não era o suficiente.

Tomo tinha certeza que quando ela acordasse estaria se sentindo bem melhor, contudo queria estar ali para receber seu sorriso, seu olhar perdido e seu jeito desastrado que a envergonharia de alguma forma.

No caminho para a sala fez planos para tentar terminar os serviços o mais rápidos possível e o que poderia fazer quando a encontrasse novamente. Passando pelo sofá pegou a bolsa já retirando o celular dali e digitando rapidamente uma mensagem para a outra. Sabia que quando acordasse iria procurar pelo aparelho – é um habito quando se trabalha nessa indústria – e era o mínimo que podia fazer por enquanto.

• • •

Depois de algumas horas de sono a garota estava se sentindo bem melhor. Conseguia respirar sem problemas, mesmo com algumas dores ainda no corpo, e já se sentava na cama sem sentir qualquer tontura. Ela sabia que todo o cuidado tinha surtido efeito, mas sua maior certeza era de que foi por causa de Tomo que agora conseguia sorrir sem pesar.

Seus olhos ainda sonolentos olharam ao redor rapidamente encontrando a porta fechada e ninguém por perto. Pensou em esperar no caso da outra ter ido ao banheiro ou a cozinha enquanto foi levada automaticamente a olhar as notificações no celular. Logo na tela de bloqueio viu já ter passado algumas horas desde o horário do almoço vendo bem embaixo uma mensagem de Tomo que rapidamente foi aberta somente para a deixar constrangida por ter dormido sem nem se despedir. A resposta da mensagem foi enviada quase instantaneamente repleta de desculpas enquanto ela se enrolava nos lençóis se sentindo culpada.

Assim que se acalmou Haru encarou a luz clara que atravessava os panos por cima de sua cabeça sentindo o calor aquecer mais uma vez seu corpo. Era uma sensação acolhedora e gentil como o toque de Tomochika. Por um breve momento se esqueceu de onde estava enquanto se perdia nas lembranças da manhã onde a mão tocava sua testa e acariciava sua bochecha, onde os sorrisos surgiam naturalmente afastando qualquer dor e onde seu coração se sentiu em casa.

O sorriso estampado no rosto veio seguido de batidas fortes em seu peito. Fazia pouco tempo desde que aconteceu e mesmo assim ela já sentia falta.

Mais uma vez o toque alto do celular chamou pela garota que rapidamente se sentou afastando os panos com dificuldade. Ao pegar o aparelho encontrou o nome que agitou seu coração mais uma vez.

Uma nova mensagem apareceu na conversa parada há alguns minutos. Quando abriu a página viu que a garota tinha mandado uma imagem onde ela carregava feliz uma cesta cheia de pães seguida da mensagem:

 

“Encontrei Ren e Masa. Eles me pediram pra te entregar♡

Estou indo te ver.”

 

A última frase disparou seu coração. Haruka sempre teve ótimos amigos e parceiros desde que toda sua carreira começou, ela era grata por tudo isso e principalmente por Tomo. Foi a garota quem estendeu a mão para ela quando precisou, foi ela quem ouviu seu choro quando o coração apertou, foi ela quem a guiou nesse caminho quando tantas dúvidas surgiram junto a música.

O sorriso ainda estava ali quando animada se levantou da cama correndo em direção ao banheiro na tentativa de se arrumar o melhor que podia depois do longo sono. Em seguida foi para a cozinha onde pensou no que deveria fazer para quando chegasse. Ela estava de volta ao normal e nem mesmo tinha percebido.

Andando em círculos pensava que queria fazer algo incrível, mas a consciência sabia que não devia exagerar a impedindo de dar passos à frente. Lembrou então da imagem percebendo que teriam pães suficiente para durar até o dia seguinte e por fim resolveu ir com calma preparando um chá.

Cada minuto que passava a deixava ainda mais ansiosa e impedia seu corpo de ficar parado em uma única posição no sofá. Ela queria vê-la, queria ficar com ela o mais rápido possível e agradecer pelos cuidados, pelo carinho, pelo amor.

Em meio aos pensamentos batidas sutis na porta a chamaram de volta para a realidade fazendo se levantar em um pulo e correr até a entrada abrindo a porta rapidamente.

O movimento brusco surpreendeu a maior do lado de fora que ao ver a expressão desesperada de Haru sorriu a fazendo ruborizar rapidamente. Haruka estava ansiosa e por isso não se controlou, contudo não queria parecer dessa forma na frente dela.

— Parece bem melhor agora.

A vendo abaixar a cabeça comentou já adentrando o local colocando a cesta sobre a mesa. Ao se virar novamente a menor já tinha fechado a porta e estava parada em sua direção ainda envergonhada.

— Eu disse que dormir te faria bem.

Ela tinha razão e não havia como negar, porém Haruka sabia que não foi somente isso que a ajudou.

— Mas foi tudo graças a você. – Erguendo o rosto falou como se tentasse encontrar as palavras certas para expressar seus sentimentos. — Eu não conseguiria fazer tudo sozinha e... Eu queria melhorar logo pra poder te ver rápido...

O final da frase não soou tão alto quanto o início, mas tinha tanto significado quanto. Tomo observou o olhar dela se desviar por um momento antes de se voltar envergonhado consigo mesma e não conseguiu conter sua surpresa.

Haruka sempre foi muito tímida e nunca dizia algo sem ter certeza dos sentimentos que queria mostrar. Ela sempre foi sincera e por isso qualquer simples comentário afetuoso transmitia sentimentos excessivos.

Balançando a cabeça Tomochika se aproximou rindo contente.

— Então na próxima vez que isso acontecer você tem que me falar. Tá bem? – Parando em frente a ela segurou suas mãos a vendo assentir rapidamente. — Ótimo.

Se aproximando mais tocou os lábios em sua testa fazendo Haru fechar os olhos antes de se afastar um pouco ainda segurando as mãos.

— Você também tem que me falar. – Erguendo a cabeça encarou a outra confusa. — Eu vou fazer meu melhor pra te deixar bem.

O pedido foi simples, mas seu olhar tinha uma determinação incomum. Tomo a observou por alguns instantes tentando entender se o rosto fofo que a olhava era real e antes que percebesse já estava a abraçando contente.

— Prometo!

Haru se assustou, mas logo retribuiu o carinho. Era isso que queria o tempo todo.

— Tomo-chan... Agora... A gente pode acampar. – A voz veio baixa, mas as palavras foram como chamas derretendo o coração apaixonado da maior.

—Haru... – Apertando ainda mais seus corpos juntos respondeu entre sorrisos. — Eu não vou te soltar mais!

— Eh??

— Quero ficar assim pra sempre!

— Tomo-chan!

O abraço dela era o reflexo de quem era para Haruka, segurança e acolhimento. Não importava o quão difícil as coisas se tornassem enquanto elas estivessem juntas tudo se resolveria como um chá quente em uma noite de inverno. Esse momento podia não ser para sempre, mas por agora era mais do que suficiente.

06 Aralık 2018 12:47 0 Rapor Yerleştirmek Hikayeyi takip edin
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Yazarla tanışın

Ana Carolina Mãe de 32 personagens originais e outros 32 adotados com muito carinho, fanfiqueira nas horas vagas e amante das palavras em período integral. Apaixonada demais e, por isso, sou tantas coisas que me perco tentando me explicar. Daí eu escrevo. ICON: TsukiAkii @ DeviantArt

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