cherry-bomb91 Cherry Bomb91

Ela sabe que é bonita e desejada. Ela é rica e popular. Ela tem amigas fiéis. Ela é mimada. Ela é uma patricinha. Sakura Haruno é uma patricinha mimada, filhinha de papai que adora fazer transformações, dar uma de cúpido, e fazer de tudo para florescer o seu próprio umbigo. Nascida e criada em berço de ouro, sempre tendo tudo o que quer, e na hora que quer. Vive em pé de guerra com Sasuke, o ex enteado de seu pai que está passando um tempo em sua casa. Mas o que Sakura nunca imaginou era que suas implicâncias com Sasuke fosse resultar em um sentimento que ela nunca imaginou sentir, pois ela havia sido acertada pela flecha do cupido


Hayran Kurgu Anime/Manga 13 yaşın altındaki çocuklar için değil.

#romance #amizade #naruto #sasusaku #comédia #colegial #universo-alternativo #cherry-bomb91
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Primeiro Dia

SAKURA

Acordei com o som chato do despertador, tirando-me daquele cenário perfeito de meu sonho, trazendo-me a realidade e encarar o primeiro dia de escola. Espreguicei-me por debaixo de meus cobertores quentinho e macios e me pus de pé, caminhando lentamente a meu banheiro e fazendo minha higiene matinal.

Eu me chamo Sakura Maria Haruno e tenho dezessete lindos e maravilhosos aninhos. Sou linda, é claro, meus cabelos são lindos e de uma tonalidade estranhamente rosa – fenômeno que herdei de papai -, e meus olhos são grandes e verdes. Todos os dias agradeço a mãe natureza por ter me feito tão perfeita, e isso é claro, é um sinal de que sou poderosa.

Estou no segundo ano do ensino médio, e hoje começa o segundo semestre depois das férias de verão. E primeiros dias de aula eu tinha que chegar lá L.A.C.R.A.N.D.O, pois eu tinha que honrar minha reputação e título de garota mais linda e popular do colégio, e não duvido que sou a mais linda da cidade.

Voltei para o quarto e logo coloquei meu uniforme que consistia em uma saia preta plissada que ficava bem acima de meus joelhos, minha camisa branca de mangas compridas, o laço de fita preto amarrado no pescoço e o blazer vermelho. Sentei-me na cama e coloquei minhas meias ¾ brancas que eu havia colocado um lacinho vermelho em cada lado para ficar bonitinho, e meus sapatos fechados de saltos, amarrados em cima do pé. Fiz toda a minha maquiagem, coloquei meus brincos de ouro branco com pedrinhas verdes, minha pulseira favorita e arrumei meus cabelos – ele estava na altura do meu pescoço, pois havia cortados nas férias -, preferindo deixá-los solto mesmo, pois estavam um pouco ondulados nas pontas.

Pronto, eu estavaperfeita.

Peguei minha mochila que estava em cima do computador, meu celular que estava em cima da cama e saí do quarto, descendo as escadas enquanto acessava o sinal do wi-fi. Encontrei meu pai na sala encerrando uma ligação.

- Bom dia, paizinho – dei um beijinho em seu rosto.

Meu pai Kizashi é o melhor advogado criminalista do Japão e dono de seu próprio prédio de advocacia. Ele é viúvo, mamãe morreu quando nasci, e por algumas vezes eu me pego culpando-me por sua morte, pois se ela não houvesse me dado à luz, ela ainda estaria viva. Papai sempre me dizia que eu era o maior presente que mamãe pode deixar para ele, e isso meio que me confortava um pouco, pois eu sei que sou muito amada por ele, mas aquele vazio estranho ainda persistia em ficar em meu coração.

— Bom dia, minha princesinha. – Ele me deu um beijo em minha testa. - Você está linda – e seus olhos pousaram em meu uniforme e um V se formou no meio de suas sobrancelhas. - Essa saia está muito curta, não?

— Claro que não papai, não quero andar por aí como uma beata de porta de igreja. – Fiz biquinho, sabia que ele não resistia, eu ficava muito fofa.

Papai acabou soltando um suspiro, dando-se por vencido, ele sempre cedia aos meus caprichos, mas claro, eu sou sua única filha e herdeira de seu império, sua linda princesinha.

Fomos juntos até a sala de refeições, encontrando a mesa posta e a dona Chiyo, a nossa governanta, terminando de colocar algumas frutas no meio da mesa. Chiyo era uma senhora de sessenta e nove anos e trabalhava para a minha família desde que eu era um lindo bebê fofinho, foi ela que praticamente me criou, e ainda me cria.

— Bom dia, Chiyo – abri um sorriso radiante, acho que saiu estrelinhas dos meus dentes.

— Bom dia, menina Sakura. – Ela respondeu, terminando de pôr a mesa. - Animada para a volta às aulas?

— Hm... mais ou menos. – Dei uma mordida na minha torrada com Nutella. Amo Nutella. - As férias nunca duram para sempre mesmo.

— Ah, Sakura, hoje eu não vou poder te levar para o colégio. – Papai me fitou, dando um gole de seu café amargo.

— Poxa, papai, por que o senhor não falou antes? – Franzi o cenho. – Agora está em cima da hora para avisar a Ino para passar aqui. E agora?

— Calma, filhinha, eu falei com o Sasuke e ele concordou em te levar hoje.

Senti meus olhos arregalarem e agindo por impulso meu corpo levantou-se da cadeira, as duas mãos espalmadas sobre a mesa. Eu estava incrédula diante do absurdo que papai havia dito para mim.

— O quê? Papai, o Sasuke não!

Papai pareceu que tinha coração de gelo, pois ele não havia embolsado nenhuma expressão diante do meu pequeno ataque.

— Sim, filha, ele sim. – Ele tomou mais um gole de seu café, e estava super calmo. - Eu não vejo motivos de sua implicância com ele, Sasuke é um menino de ouro.

Um menino de ouro?Ah, tá, não vejo nada de ouro naquele ser alienígena que papai ainda insiste em idolatrar. Sasuke Uchiha é o cara mais chato, irritante e careta dessa face da terra. Tipo, ele é o maior mané. Sempre fica implicando comigo e dando uma de “irmão mais velho” e agindo como se eu fosse uma criança imatura que ainda leva sermões.

Eu não o suporto.

Papai se casou com a mãe dele Mikoto quando eu tinha nove anos. Confesso que eu a amo muito, foi a primeira mulher que papai namorou que eu senti algum feto maternal nela, tipo, ela era muito carinhosa e atenciosa comigo e me aconselhava em tudo. Mas como nem tudo era perfeito, aquela mulher carinhosa trazia na bagagem o encosto de seu filho caçula, Sasuke. Ele é dois anos mais velho do que eu, e papai o adora, considera como um filho que nunca teve. E isso me enoja, não que eu esteja com ciúmes de meu pai dar mais atenção para Sasuke, pois sou uma pessoa fina e culta. Mentira, eu morro de ciúmes, e mesmo depois que papai se separou de Mikoto há três anos atrás, Sasuke vivia mais aqui do que na sua própria casa. E o motivo disso tudo? Sasuke venera meu pai, e quer seguir os mesmos passos que ele na carreira de advocacia, e é claro, aquilo era música para os ouvidos de papai, pois eu não tenho nenhuma vontade de seguir aquela profissão. Para falar a verdade, eu nem sei que profissão irei seguir depois que sair do colegial. Mas voltando o assunto anterior, estou quase fazendo um abaixo assinado para desinfetar Sasuke daqui de uma vez por todas.

— O Sasuke é muito chato, papai - resmunguei, e na mesma hora uma ideia me veio à cabeça. - Eu posso ir para escola no meu carro novo que o senhor me deu de aniversário, lembra? Aquele carro lindo cor-de-rosa?

Tomara que ele deixe. Tomara que ele deixe.

Papai havia me presenteado com um carro cor-de-rosa daqueles que abaixa o capô e com o estofado de couro branco no meu aniversário de dezessete anos, mas ele havia decretado que só irei poder dirigi-lo depois que tirasse a carteira de motorista que seria daqui a algumas semanas. Mas não custa nada tentar perguntar, não é?

— Não, Sakura, você só vai dirigir aquele carro quando tirar a carteira, sabe disso.

— Mas papai, eu não quero ir para escola com o Sasuke, ele me irrita. – Implorei fazendo biquinho.

— Sem, mas, Sakura – ele crispou os lábios. - Sasuke foi gentil em aceitar passar aqui e te dar uma carona, não posso simplesmente ligar para ele e cancelar tudo. E aliás, ele deve estar quase chegando.

E assim que papai terminou de falar no nome cão, nós escutamos a voz dele entrando no cômodo onde estávamos:

— Bom dia, Kizashi. - Disse aquele retardado parando em frente à mesa.

— Bom dia, Sasuke. - Respondeu papai, assentindo com a cabeça em cumprimento.

Sasuke nunca mudava aquele estilo, sempre usava os mesmos jeans surrado, a camiseta branca por baixo e outra camisa verde de xadrez de mangas compridas enroladas até os cotovelos por cima. Ele não tinha a mínima noção de moda.

Não demorou para que seus olhos negros focassem em mim, ergueu as sobrancelhas e abriu aquele sorrisinho estúpido de lado que eu tanto odeio.

— Bom dia, fedelha. Está pronta para irmos?

— Você acabou de estragar o meu dia - murmurei, eu tinha o prazer de revelar a ele o meu desprezo. Virei-me para papai. - Eu tenho outra escolha?

— Não, Sakura.

Suspirei cansada, e dei a volta na cadeira e passei por aquele ser.

— Eu te odeio.

Acredita que o infeliz teve a audácia em sorrir debochado?

— Eu sei que você me ama – e passou a mão no topo da minha cabeça, bagunçando meus cabelos.

- Oh – me afastei dele bruscamente -, seu idiota, você bagunçou o meu cabelo! – Passei a mão por meus fios, arrumando-os novamente, irritada o suficiente para fazer um assassinato. Virei para meu pai, uma última tentativa para me livrar de Sasuke. – Papai...

- Tchau, filha, e tenha uma boa aula – ele havia me interrompido, e nem olhava para mim e sim para o seu jornal idiota.

Como um pai podia ignorar uma filha daquele jeito? Aquilo era um absurdo!

- Vamos logo, pirralha – a voz de Sasuke soou enquanto ele saía a minha frente.

Bufei, inconformada e fui com muito contragosto atrás dele, peguei minha mochila no sofá e saí de casa pisando duro até o carro chinfrim de Sasuke que estava estacionado em frente de casa. Nem o carro daquela criatura era essas coisas, e olha que não era por falta de dinheiro.

— Essa saia não estar muito curta não? – Ele questionou me olhando de lado, acionando o alarme para destravar o carro.

— Isso não é da sua conta - abri a porta do carro e me sentei no banco do passageiro. Sasuke logo se acomodou no banco do motorista.

— Tenha modos como fala comigo, pirralha, sou o mais velho aqui – ele disse ligando o carro e atravessava os portões de ferro de minha residência.

Virei meu rosto e o fitei, ele mantinha a atenção a sua frente.

- Você se acha só por que estar na faculdade, né?

O canto esquerdo de sua boca ergueu-se minimamente para cima e eu não podia ignorar que aquele pequeno sorriso o deixava lindo. Eu tinha que admitir, Sasuke era bem bonito... ok, ele era muito, mais muito gato mesmo, mas o fato dele ser tão chato e insuportável era impossível notar sua beleza.

— Por que você nunca se cansa de dizer isso? - Ele questionou, sem tirar os olhos da estrada.

— Oras, por que é verdade – eu falava e gesticulava as mãos ao mesmo tempo. - Você já era metido antes, agora está mais ainda.

— Eu não sou metido. – E ele me fitou por um segundo. - Eu só não sou uma criança como você.

Agora eu estava incrédula. Como ele ousava me chamar de criança? Eu tinha dezessete anos, quando é que ele iria colocar isso em sua cabeça de uma vez por todas?

Oh...retire o que disse. E não sou uma criança! Eu já tenho...

— Dezesseis anos - ele me interrompeu. - Grande coisa.

— Você... você é um babaca! - Era por isso que eu evitava ficar respirando o mesmo ar que esse energúmeno.

— E você uma criança mimada.

— Metido.

— Pirralha.

— Você dorme com o dedo na boca. - Sorri, lembrando quando o peguei dormindo no sofá com o dedão na boca. E eu tenho a foto até hoje para chantageá-lo mais tarde quando ele for me atormentar.

Ele me olhou rapidamente, estacionando o carro em frente ao colégio. Caramba, eu nem percebi que já havia chegado, que rápido!

— E você toma todinho de manhã – agora sua atenção estava inteiramente para mim, seus olhos negros me fitando concentrados.

Confesso que aquilo meio que me incomodou, mas consegui disfarçar com o meu sarcasmo.

— Eu tomo mesmo. – Soltei uma piscadinha de olho para ele enquanto abria a porta e saía do carro, sem olhar sua cara de paspalho, pois sou Sakura Haruno e sempre decreto a palavra final.

Atravessei os portões do colégio recebendo os cumprimentos e elogios sobre meu novo corte de cabelo de algumas pessoas que gostavam de mim, e olhares de desprezo de outros de tinham inveja da minha vida. E não demorou para que eu encontrasse Ino, pareando seus passos com os meus.

- Olá testuda, animada para o primeiro dia de aulas? – Seu tom de voz era de uma animação suspeita, pois, tipo, hoje era segunda-feira, quem em sã consciência fica animado numa segunda-feira?

Ino Yamanaka era a minha melhor amiga, e a nossa amizade ia além de amizade de berçário, éramos amigas alma gêmeas. Ino era o tipo Barbie, loira, olhos azuis, corpo de ampulheta e super linda. Ela era a segunda na linha de mais popular, só perdendo para mim, o que aguça a inveja de muitas recalcadas por aí.

— Nem me fale, porca, a escola poderia ser banida da face da terra – resmunguei, dando um tchauzinho para um grupo de meninas que venderiam um rim para estar em uma de minhas festinhas particulares.

— Credo, testuda - ela fez uma careta enquanto nós caminhávamos lentamente, atraindo olhares dos meninos para nós. – Ai amiga, o Gaara me encheu o saco ontem ligando para mim de dez em dez minutos só por que o meu primo estava lá em casa ontem.

— E o que você fez?

— Eu desliguei o celular, óbvio, né? Ele têm que parar com esse ciúme idiota que todo homem que chega perto de mim está afim de mim.

— Então por que você não diz diretamente para ele, já que ele está vindo para cá? - Apontei com a cabeça em direção aonde Gaara vinha com sua patotinha de garotos metidinho a marginais.

Ino arregalou os olhos e virou seu corpo para mim, afoita.

— Ah, meu Deus – ela passava a mão em seus fios loiros de cabelos que estavam presos num rabo de cavalo alto. - Eu estou bem?

Ino parecia que tinha bipolaridade, uma hora estava irritada com Gaara e na outra hora ficava que nem aquelas meninas submissas que tem que está impecável quando o namorado chega.

— Ino, você está perfeita.

— Ok.

Gaara parou em nossa frente, com os seus amigos a tira colo.

— O que está acontecendo que você não está atendendo minhas ligações, mulher? – Sua voz saiu cheio de marra e com aquela pose de bad boy metido que ele tinha enquanto fitava Ino de cima para baixo.

Gaara no Sabaku era um cara ruivo de olhos verdes, sempre vinha para a escola com o blazer amarrado na cintura, a camisa branca por cima da calça e com as mangas arregaçadas para cima dos cotovelos e vários botões abertos em cima e em baixo, mostrando a barra de sua cueca, por sua calça preta estar com o cós nos quadris. Apesar de andar como se fosse um garoto de gangue, Gaara era super popular e muitas garotas só faltavam se jogar a seus pés por seu jeito marrento de cara mau. Mas para a infelicidade da população feminina, Gaara só tinha olhos para Ino, os dois namoravam há dois anos e o relacionamento deles era meio conturbado, pois eles só viviam brigando, mas um não sabia viver sem o outro.

O rosto de Ino estava vermelho de raiva, o cenho franzido.

- Gaara, quantas vezes eu tenho que falar, pare de me chamar de mulher! – Sua voz aumentou quando disse a última palavra.

— Não mude de assunto, Ino, você não estava me atendendo, foi por causa do infeliz do seu primo – ele acusou, esticando o pescoço para olhá-la com um ar superior.

- Óbvio que não – ela o peitou, ignorando a marra de macho alpha que Gaara tinha o prazer de demonstrar. – O Shino é só o meu primo, nós praticamente crescemos juntos, não vejo motivos para seu ciúme idiota.

- Como não? – Gaara se alterou. – Esqueceu que seu primo é homem? Homens sente desejo, Ino, e você só vive andando por aí mostrando suas pernas, e isso só faz a cobiça por você crescer.

Eu observava a briga do casal, sem acreditar na barbaridade idiota que Gaara dizia, o ciúme dele era o que atrapalhava aquele relacionamento. Eu me perguntava como Ino aguentava tudo isso.

- Ino, eu estou indo para sala – comuniquei a minha amiga que não havia me dado atenção e fuzilava o namorado antes de explodir em berros, chamando atenção de todos que passavam por perto:

- Eu não admito que você fale comigo desse jeito, Gaara Alfredo no Sabaku. Eu sou sua namorada e não os seus amigos idiotas aí do seu lado, seu babaca!

- Ino – Gaara segurou se braço – você está louca? – Ele gritava sussurrando. – Quantas vezes eu tenho que dizer para nunca falar o meu nome do meio? As pessoas podem escutar!

- Eu estou pouco me lixando para o que as pessoas escutem ou deixe de escutar. – Ino estava vermelha como um tomate, mas era de irritação. – Eu grito mesmo, seu nome é Alfredo no Sabaku, Alfredo...

Gaara a calou com um beijo selvagem e violento, arrancando gritos e assobios de seus amigos. Ino se debatia em seus braços, mas depois de três segundos ela estava inteiramente entregue aquela quase pornografia no meio do pátio de Ouran Academy.

Revirei os olhos e saí de lá o mais rápido possível, não estava afim de ser testemunha se os dois resolvessem transar no meio do pátio e com plateias à espreita. Conhecia bem aqueles dois para saber que o relacionamento deles é de amor e ódio, e não duvidava nada que era isso que mantinha o amor deles vivo.

* * *

Na aula de matemática o professor Asuma passava aquelas contas horrorosas no quadro. Como é que eu iria conseguir resolver aquilo? Na boa, se o professor Asuma continuar daquele jeito eu iria ficar reprovada no final do ano.

- Bom, alunos, eu estou decepcionado com vocês – ele começou, o professor mais chato do planeta, segurava as provas na mão. Quero nem ver a minha nota. – A maioria de vocês tirou nota vermelha, nunca pensei que vocês fossem tão ruins.

- Ah prof., a culpa é sua por passar uma prova tão difícil – eu disse e todos os meus colegas concordaram comigo.

- Senhorita Haruno, o problema não é a prova e sim vocês – ele repreendeu, não só a mim, mas como toda a turma. – Ficam sempre pensando em relacionamentos, festinhas e não dão valor aos estudos. As coisas daqui para frente só vão piorar, e se não recuperarem a nota, eu vou ter que reprovar todos vocês e... mômômô, mômômô, mômômô...

Meu cérebro era programado para não escutar coisas desnecessárias.

Depois daquele discurso chato, o professor começou a entregar as provas. Peguei a minha e olhei a nota linda que eu havia tirado. Eu queria rir, meu pai vai me matar, eu tirei três!

Eu ainda fitava incrédula minha prova quando Ino me cutucou, ela se sentava atrás de mim.

— Quanto você tirou? - Ela perguntou baixinho, seu corpo debruçado para frente.

Virei um pouco a minha cabeça para trás.

— Tirei três, meu pai vai me degolar. E você?

— Cinco – ela sorriu marota.

— Oquê?- Estava incrédula, e arranquei a prova de suas mãos para ver sua nota azul. Como é que ela tirou mais do que eu?

— Viu só?

Ergui meus olhos para Ino que ainda mantinha um sorrido vitorioso no rosto, como se cinco fosse um passe para ela conseguir uma bolsa numa universidade de prestígio.

— Ino, você andou fazendo pacto com o capeta, ou vendeu a sua alma? Tipo, você é mais burra do que eu.

Ela arrancou a sua prova de minhas mãos, agora emburrada.

— Obrigada pela parte que me toca.

Sorry, porquinha, eu não quis te ofender. Eu só fiquei surpresa com isso. - Agora eu estava deprimida, sentia minha boca tremer, pois esse dia pode ser meu último dia de vida.

— Tudo bem – e chegou mais perto e cochichou -, mas parece que a Karin está pior que você - e apontou para Karin que sentava na cadeira ao nosso lado.

Virei-me cuidadosamente para o lado e pude visualizar a capacidade mental daquela otária.

— Nossa, Karin, você tirou zero vírgula cinco? Isso é tudo que você consegue? - Falei, prendendo uma risada debochada.

Karin virou sua prova ao avesso e me fitou furiosa. Eu sei que não é bom ficar zoando das desgraças dos outros, mas é muito bom ver essa ruiva de farmácia se dar mal.

— Vai cuidar da sua vida seu chiclete mascado. - Ela atacou com suas ofensas, como um cachorro portador de raiva

— Eu acho que a essência de tinta e formol que ela passa no cabelo deve ter detonado o cérebro dela. – Ino comentou, se controlando para não rir.

Karin ficou mais furiosa ainda, e eu quase não consegui segurar um gargalhada.

— Ai Ino, é feio ficar debochando das deficiências dos outros - repreendi ela ironicamente.

— Suas prostitutas de quinta, eu vou...

O professor Asuma a interrompeu, repreendendo-a seriamente:

— Senhorita Uzumaki, peço que maneire nesse tom de voz, e nesse seu palavreado chulo. Eu não permito isso em minha aula.

— Mas professor, elas que começaram. - Karin estava em pé, enquanto apontava seu dedo para nós duas.

— Mas a única que está gritando aqui é a senhorita.

— Mas...

— Sem, mas, senhorita Uzumaki. Agora sente-se e fique quieta, e se eu escutar um sópiu, eu boto você e quem mais falar para fora, entendeu?

Karin voltou a se sentar em sua cadeira cruzando os braços e nos fitou com um olhar maligno carregado de raiva. Eu apenas sorri de canto e mandei um beijo para ela que voltou a seu olhar para frente, se corroendo de ódio. Apenas levantei a palma de minha mão virada para Ino por cima do meu ombro, e ela bateu com a sua de leve. Eu sei, sou muito debochada, e Ino as vezes era bem pior.

* * *

Mais tarde naquele dia, Ino e eu ficamos vagando pelo colégio, matando a aula de educação física. O Professor Gai era um pé no saco com aquela conversa mole de força da juventude que tínhamos dentro de nós enquanto nos obrigava a dar cinquenta voltas em torno da quadra, e eu não estava com a mínima vontade de fazer exercícios físicos e acordar amanhã como se um trator tivesse passado por meu corpo.

Sentamos debaixo de uma árvore que ficava escondida da quadra e começamos a fofocar coisas banais de sempre... quer dizer, Ino com sua conversa mole sobre o Gaara.

- Amiga, o Gaara é tão fofo – ela começou a sua ladainha, e me esforcei para não revirar os olhos.

- Já fizeram as pazes? – Perguntei só por perguntar, pois não estava com um pingo de vontade de ouvi-la dizer o quanto o Gaara era um máximo para daqui a umas duas horas ela está o esculachando de vários xingamentos que ela consegue se lembrar.

- Sim – e suspirou apaixonada. – Ele disse que todo aquele ciúme é por que me ama demais e que se preocupa comigo, pois ele tem medo de algum cara fazer mal para mim, só por que ficou encantado com minha beleza. Ai testa, sabe que eu não aguento quando ele é fofo, caí nos braços dele.

- Eu vi a cena pornográfica no meio do pátio.

— Cena pornográfica nada, tá? - Ela me fitou. - Aquilo foi cena de amor, sou uma moça de família.

Agora sim eu revirei os olhos.

— Fala sério.

Ino ainda era virgem, apesar de muitos pensarem que ela transa com Gaara por cada canto do colégio só pelo fato dos dois ficarem de agarramento nada convencional para um casal de respeito

— Oh. Meu. Deus. – A voz de Ino soou pausamente enquanto ela fitava algo, hipnotizada.

— O que foi? – Perguntei, e ela apontou para alguma coisa a minha direita.

Virei meu corpo e... minha nossa, o que era aquilo afinal? Uma mulher, um traveco? Ou um cão? Acho que aquilo estava mais para um despacho de macumba.

07 Kasım 2018 21:32 0 Rapor Yerleştirmek Hikayeyi takip edin
3
Sonraki bölümü okuyun Aluna Nova

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