Estava tudo normal na academia U.A., aula de inglês e matemática antes do almoço, aulas relativamente normais para estudantes daquela academia. Chegou então a hora de almoço, foram todos para o refeitório enquanto conversavam animadamente sobre o treino que teriam no dia seguinte, aulas práticas eram o que a maioria dos estudantes do curso de heróis gostava.
Midoriya conversava alegremente com Uraraka, Iida e Todoroki, todos já tinham acabado de comer.
– Será que vai ser um treino individual? Eu gostava de experimentar! – Comentou Uraraka com entusiasmo.
– Eu gostava de praticar a parte mais estratégica em momentos de advertência, para trabalhar a parte psicológica. – Disse Iida gesticulando com os braços como sempre fazia.
– Acho que qualquer tipo de treino iria ser produtivo. – Comentou Todoroki com um semblante sério mas gentil.
– O que é que tu achas Deku-kun? – Perguntou Uraraka levantando-se.
Estava quase na hora de começar as aulas da tarde, por isso decidiram ir andando.
– Eu? Bem… Nós podemos aprender de qualquer tipo de treino, então concordo com o Todoroki-kun. – Respondeu Midoriya também se levantando, no entanto estava distraído que acabou por ir contra alguém. – Desculpa! – Prontamente Midoriya se desculpou e quando olhou para a pessoa contra a que tinha ido viu Bakugou com uma cara bastante irritada.
– DEKU, seu maldito! Não tens olhos na cara não? Precisas que eu te exploda para veres por onde vais?! – Bakugou estava claramente irritado por Midoriya ter ido contra ele, especialmente por ser Midoriya.
– K-Kacchan! – Gritou Midoriya surpreso pela pessoa contra quem tinha ido ser exatamente a pessoa que menos o suportava.
Bakugou estava pronto para ir contra Midoriya no entanto teve o seu pulso agarrado por Todoroki que reagiu rapidamente.
– Foi um acidente e ele já pediu desculpa, já não é suficiente? – Antes que pudesse largar o pulso de Bakugou o mesmo agitou o braço soltando-se violentamente.
– Também queres apanhar duas-caras?!- Respondeu Bakugou ainda mais irritado.
Nesse momento Todoroki e Bakugou estavam os dois em posição de combate, a qualquer segundo estavam prontos para desferir os seus golpes um no outro, sem quererem saber do local onde estavam ou das pessoas que se encontravam à sua volta.
– Todoroki-kun! – Chamou Midoriya, na tentativa de impedir a luta.
A situação estava a ficar um pouco mais séria do que devia, Midoriya simplesmente tinha ido contra Bakugou, tinha sido um acidente, ele até já se tinha desculpado e tudo, então porque é que Todoroki e Bakugou estavam prestes a entram numa luta?
– Sai da frente Deku! – Gritou Bakugou, ele não queria deixar o orgulho de lado, e nesta situação ele não poderia simplesmente parar a luta que estava prestes a iniciar com Todoroki, iria provar que se tornaria o número 1 e lutar com Todoroki iria ser apenas mais um desafio, que Bakugou acreditava que iria superar.
Já no caso de Todoroki não era bem o orgulho, mas sim para proteção, proteção esta destinada a Midoriya, pois desde que ele o tinha feito ver a sua peculiaridade com outros olhos e pensar de outra forma fazendo-o ter coragem para ir falar com sua mãe, resolvendo assim uma parte obscura do seu passado, e por esse motivo, Todoroki ganhou grande amizade pelo rapaz de cabelo esverdeado e por esse sentimento não podia permitir que Bakugou tentasse magoar quem o tinha salvo.
– Prepara-te seu maldito duas-caras! – Gritou Bakugou saltando em direção a Todoroki que se preparou para usar o lado direito do seu corpo para congelar o rapaz explosivo, mas no instante em que ia ativar a sua peculiaridade, Midoriya, sem querem que nenhum dos dois começasse um combate nem ali, nem naquele momento, nem por aquela razão, saltou para cima de Todoroki, atirando-o ao chão e sem que percebesse fez com que na queda, Todoroki, fosse contra uma rapariga que segurava alguns frascos e pelo encontro repentino desequilibrou-se deixando um dos frascos sair da sua mão em direção ao teto.
Bakugou ao ser surpreendido pela atitude de Midoriya acabou por se distrair no salto olhando para o frasco que sobrevoava as suas cabeças e caiu em cima de Midoriya e Todoroki, que estavam deitados no chão.
Instantes após cair, Bakugou sentiu algo a bater-lhe na cabeça, era o frasco que há segundos atrás estava no ar, e que ao colidir com a sua cabeça acabou por se partir, fazendo assim com que o pó que estava no seu interior caísse em cima do trio que ainda não se tinham levantado.
– Ahhh! Mas que porra é esta?! – Gritou Bakugou levantando-se e assim que ia sacudir o pó percebeu que o seu corpo, assim como o de Midoriya e Todoroki, tinha absorvido o pó de tonalidade amarela.
Bakugou virou-se extremamente irritado para a rapariga que tinha o frasco em mãos momentos antes, a rapariga olhava para os três com os olhos arregalados e a boca semiaberta em surpresa.
– O que era esse pó? – Perguntou Bakugou dando um passo na direção da rapariga, que assustada recuou, mas antes que pudesse responder a voz de um professor fez-se presente.
– Ei! O que se passa aqui? Vão para as vossas salas, vai tocar dentro de segundos. – Informou, e ao dizer isso todos os alunos começaram a ir em direção às suas salas.
Todoroki e Midoriya, que já se encontravam de pé, falavam enquanto iam para a sala.
– Desculpa Todoroki-kun, por minha culpa aconteceu uma confusão destas. – Desculpou-se Midoriya.
– Não te preocupes Midoriya, a culpa não é tua, mas agora o que mais me incomoda é aquele pó, os nossos corpos acabaram por o absorver e não tivemos oportunidade de falar com a rapariga para saber o que o pó faz. – Comentou Todoroki com a mão no queixo, pensativo.
– Sim é verdade, o melhor seria irmos procura-la no final das aulas. – Propôs Midoriya e Todoroki assentiu.
As aulas da tarde terminaram e como tinham concordado, Midoriya e Todoroki, foram à procura da tal rapariga, mas era difícil encontrar alguém numa escola tão grande, especialmente sem saber nada sobre ela, nem nome, nem turma, nem peculiaridade, nada! A única coisa que sabiam era a aparência e isso não os ajudava muito, o sol já se estava a pôr então eles acabaram por decidir que no dia seguinte a iriam procurar novamente, até ao momento nada tinha acontecido mas era melhor ter a certeza do que poderia vir a acontecer.
– Até amanha Todoroki-kun. – Despediu-se Midoriya acenando.
– Até amanhã. – Despediu-se também acenando.
E assim cada um foi para sua casa.
Mais tarde nesse dia, já de noite, Bakugou, Todoroki e Midoriya estavam deitados, já a dormir, e por conta disso nenhum deles reparou no brilho amarelo que os seus corpos adquiriram quando bateu a meia-noite, a poção tinha finalmente feito efeito, mas a pergunta no momento era: O que exatamente fazia aquela poção?
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