linda-almeida1528369410 Linda Almeida

Levantou a mão e chamou-me com os dedos com um sorriso extremamente malicioso nos lábios. Era praticamente o anjo mais pecaminoso que havia visto e aquilo não podia sequer ser real. Mas quando me ergui, esta empurrou meus ombros com os sapatos me fazendo sentar de novo, ato que me permitiu olhar debaixo de seu espartilho emplumado e consequentemente entre suas pernas, não que me orgulhe disso se quer saber, mas vi algo grande, grosso, comprido e... Oh aquilo definitivamente não era de uma garota.


Hayran Kurgu Gruplar/Şarkıcılar 13 yaşın altındaki çocuklar için değil.

#seventeen #jeongcheol #scoups #jeonghan
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okuma zamanı
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Show a little more, show a little less

Meus olhos ardiam e doíam, pendendo a se fechar a qualquer custo sem minha permissão, estava cansado e muito explicitamente frustrado. Fui dispensado antes mesmo de sequer me conhecerem. Parabéns, Choi Seungcheol. Por isso odiava encontros às cegas, eram marcados quase que unicamente baseados em interesse financeiro e nunca pela simples oportunidade de conhecer alguém realmente interessante, bem que Hansol havia me avisado.

Suspirei derrotado e larguei o lenço de seda sobre a mesa. Ao menos meu fugitivo propenso candidato tinha um bom gosto para a locação, um restaurante ao sul de Seul que servia o melhor dos vinhos e ao som de jazz dos anos 60. Era agradável. Chamei a atendente pedindo que fechasse a conta e me dirigi cambaleante ao balcão de pagamento próximo a saída. Bom, as duas garrafas de vinho tinto deveriam servir para alguma coisa.

Realmente talvez devesse parar de procurar alguém a todo custo, ainda era novo demais, apesar de bem sucedido financeiramente se me permite dizer, deveria começar a dar ouvidos a Hansol e esperar a pessoa certa aparecer, em vez de ouvir Seungkwan e seus intermináveis discursos de que precisava ir atrás de alguém que me suporte. Não é algo tão difícil assim, sabe?

Paguei a conta rapidamente e saí do estabelecimento. Não fazia ideia de para onde iria a partir dali, pois voltar para casa e ter de ouvir o questionário sufocante do casal não era uma opção no momento. Resolvi apenas caminhar pela brilhante cidade sem rumo algum, fazia anos que não me prestava a tal, o trabalho tomara quase todo meu tempo livre e, quando o tinha, preferia ficar em casa na maioria das vezes, não via sentido em sair de casa para ser sincero.

Honestamente não entendi o porquê de me sentir tão frustrado naquele momento, afinal havia levado um “bolo” de alguém que nem ao menos cheguei a conhecer. Tudo parecia tão monótono e falso. O trabalho, a vida, meus relacionamentos. Fui precipitado em querer que em apenas um encontro tudo mudasse da noite para o dia. Ri soprado e balancei a cabeça afastando tais pensamentos irritantes, do que valiam agora?

Continuei a caminhar chutando as pedrinhas que apareciam no chão precariamente asfaltado até notar que tudo estava muito “escuro”. Não havia mais as luzes brilhantes cheias de outdoors coloridos espalhados por todos os cantos, a rua estava deserta e extremamente mal iluminada. Onde diabos estava? Não fazia ideia, mas perdido era meu melhor palpite. Olhei de um lado a outro a procura de como havia entrado ali, porém pouco antes de sacar o celular de meu bolso para contatar um serviço de taxi, encontrei um pequeno ponto de luz ao fim da rua junto a uma música baixa.

Arqueei a sobrancelha. Uma festa? Andei poucos metros até me deparar com o que deveria ser uma porta dupla, mas que era coberta unicamente por um tecido tactel fino e escuro. Dei um passo em recuo ao notar uma bela moça sentada ao lado da entrada em um banquinho vermelho, de pele tão alva que parecia ser de porcelana. Vestida um vestido longo e também vermelho de seda deixando os seios fartos a mostra e abanava-se com um pequeno leque preto com escrituras em um idioma que me era desconhecido. Parecia impaciente. Assim que notou minha presença ali, olhou-me em um misto de curiosidade e malicia que talvez nunca tivesse presenciado antes e apontou para a porta ao lado, como se desejasse que eu entrasse.

Olhei de um lado a outro para confirmar que falava mesmo comigo e, não que me surpreendesse, mas não havia mais ninguém ali além de nós dois. A olhei curioso, mas esta apenas voltou a balançar seu leque contra o dorso e voltou os olhos para a rua vazia, como se já tivesse feito seu trabalho.

O que eu tinha a perder?

Cautelosamente passei os dedos sobre o tecido e entrei.

Nada. Bom, quase. Era um simples corredor adornado em vermelho com uma porta dupla ao fundo. Era curto e não tinha atrativo algum, com exceção da porta extravagante que parecia gritar por atenção. Hesitante, caminhei até a mesma e pus a mão sobre um das maçanetas douradas, mas sem antes notar um pequeno pote em cima de uma mesinha de vidro recheada de cartões.

Keep the secret.

Ri soprado e abri a porta.

Espero que não vendam meus órgãos.

Era uma imensidão vermelha. Luzes, sons, aromas, sensações, tudo exalava luxúria de maneira inebriante e sem aviso algum, era como se perder em um mar de vermelho que lhe puxava cada vez mais para o fundo e de maneira deliciosa. Não se queria sair de lá. Estava maravilhado.

Parecia como um enorme clube burlesco. O vermelho e dourado tomavam conta do lugar. Lustres majestosos pendiam no teto com esplendor além de uma longa escadaria que levava ao centro do local. Onde tudo parecia acontecer. Logo noto estar lotado, o que me surpreende a aquela hora do dia, olho aos arredores e encontro diversos tipos de pessoas, executivos, socialites, dançarinas, bartenders, era uma loucura. Tento me recompor rapidamente, ponho o cartão nos bolsos e desço as escadas. A música estava cada vez mais alta, regada a jazz e blues tocados impecavelmente por uma banda que se encontrava ao lado do palco, senti-me cada vez mais encantado e entorpecido.

Mesas adornadas em renda vermelha rodeavam o palco, algumas se encontravam vazias, mas preferi me sentar em um dos bancos do bar. Muitas dançarinas olhavam-me de maneira curiosa, como se me incitassem a chama-las ou ir até elas, era divertido não negaria. Rapidamente um bartender veio me atender, parecia muito feliz se me permite acrescentar.

— Em que posso lhe ajudar? — disse. Parecia me analisar com cautela.

— Ãh? Ah sim, um Martini? — este se virou para a vasta coleção de garrafas que havia atrás de si e logo trouxe em uma taça de cristal. Agradeci com a cabeça e voltei-me ao palco. A banda parara de tocar e todos olhavam compenetrados ao palco, parecia que algo iria começar.

Tive aquela sensação de estar sendo observado por longos minutos, o que realmente estava deixando-me desconfortável, então me virei de volta ao balcão notando um par de olhos rasgadinhos a me encarar. Arqueei a sobrancelha.

— N-Não é nada não, senhor, desculpe! — disse balançando as mãos exasperado, fazendo-me sorrir. —É só que... Posso lhe fazer uma pergunta?

Acenei com a cabeça em confirmação.

— Por que a noona lhe deixou entrar? — arregalou os olhos rapidamente e tentou de novo. — Digo, ela não deixa ninguém entrar, a menos que tenha um convite e bom, é meio óbvio que você não tem, se não todos lhe conheceriam aqui.

Isso era um pouco... Surpreendente? A moça da entrada não pareceu se importar, mas por que raios eu realmente entrei ali? Tomei mais um gole de minha bebida e me permiti rir desconcertado.

— Não faço ideia. — tomei mais um gole. — Mas se a vir por aí, diga que também quero saber.

Ao dizer o fiz sorrir e voltar com mais uma garrafa de Martini em mãos enchendo minha taça mais uma vez. Olhei-o confuso, mas este apenas sorriu novamente e sussurrou um “por conta da casa”, como se pedisse sigilo.

— Agora eu posso lhe fazer uma pergunta? — o questionei.

— Claro!

— O que é isso exatamente? Um pub? Um prostíbulo? Um clube de strip?

— O quê?! Club de strip?! Não, pelo amor de deus! Somos um grupo burlesco. — disse dando ênfase a ultima palavra.

Nem sequer a menção em prostíbulo o incomodou.

— Se a noona lhe ver falando essas coisas lhe expulsa na hora!

— Okay, okay, não está mais aqui quem falou. — disse levantando os braços em rendição.

— De qualquer forma, só aproveite o show! — disse animado. — Ainda mais hoje que teremos a apresentação de uma nova dançarina. — disse indo atender outro cliente a risinhos divertidos, como se por trás desta fala houvesse um segredo que só ele tinha conhecimento.

Dei de ombros e me voltei ao palco novamente. Afinal, dadas às circunstancias, nada mais importava ou sequer fazia sentido.

Aos poucos começara um burburinho entre as mesas próximas ao suntuoso palco, excitados em expectativa logo quando as dançarinas que os acompanhavam pareceram sumir. A banda havia silenciado, as luzes diminuíram sutilmente e o palco pareceu se iluminar. Batidas sutis na bateria se iniciaram e a cortina finalmente se abriu. Era hora do show.

Havia cerca de dez dançarinas espalhadas pelo palco, vestidas da maneira quase circense, mexiam-se com uma delicadeza impecável e luxuriosa, porém deixando aquela ponta de mistério que todo local possuía. Ao meio estava a moça que me deixara entrar, no entanto mal parecia a mesma. Os cabelos negros volumosos e adornados em um chapéu perfeitamente colocado para que lhe cobrisse parte da face, entoava lenta e gloriosamente a canção sem um erro sequer, dando direção às dançarinas que se enroscavam prazerosamente aos seus pés.

Everything you dream off, but never can possess

Tocou levemente a dançarina circense a trazendo para si e a mostrando para o público como se fosse uma pequena atração que não poderiam ter.

Nothing's what it seems, welcome to Burlesque

Mexiam-se com uma delicadeza bailarina, mas em um latente despudor burlesco. Luzes rodopiavam acima de suas cabeças, mais e mais dançarinas pareciam surgir como um frenético e sensual jogo de espelhos.

Show a little more, show a little less

Traziam uma as outras para si em um falso selar de lábios, porém paravam imediatamente e voltavam a rodopiar o palco em harmonia com a bateria da banda ao lado mostrando as coxas marcadas pela meia arrastão. O publico parecia extasiado e compenetrando como jamais vi.

Add a little smoke, welcome to Burlesque!

Aglomeraram-se ao centro do palco enfim mostrando-se a todos esplendorosamente e enfiam a cortina se fechou. Fim do primeiro ato.

O público foi ao delírio. Assovios e palmas calorosas explodiram e encheram o lugar como se fosse a final de um grande campeonato de futebol. Virei-me para o bar a tempo de ver o bartender com um brilho no olhar como se fosse a primeira vez que via algo parecido na vida. Mas eu sabia que não era. O chamei com um estalar de dedos, como se o tirasse de um transe, para lhe pedir mais um Martini. Bebi em um só gole procurando organizar meus pensamentos, porém em vão. Voltei meu olhar ao palco a tempo de ver longos cabelos loiros balançarem rapidamente no ar atrás do palco. Arqueei a sobrancelha.

Não havia nenhuma loira antes.

— É agora! — disse o bartender sorrindo divertido, como se estivesse prestes a ver o maior filme de comédia do século, porém seu olhar trazia grande expectativa.

As garotas desceram do palco, a cortina se fechou e as luzes se apagaram. Ao lado do bar, um holofote se acendeu mostrando um pequeno palco que era coberto por um fino pano rendado preto que aos poucos passou a se abrir revelando um divã cromado em brilhantes rosas. O silencio se instalou no local enaltecendo a expectativa, tilintares começaram juntos ao som sincronizado de saxofones revelando alguém deitado sobre o divã. Vi um anjo.

The dress is Channel, the shoes YSL

The bag is Dior, Agent Provocateaur

Tinha traços finos e uma maquiagem que lhe caía tão bem que parecia fazer parte de si. Era maravilhosa, não havia sequer adjetivos que pudessem explanar sua beleza. Usava um espartilho tão branco quanto sua pele, mais parecia porcelana, que marcavam sua cintura perfeitamente moldada, além de plumas em seu quadril que se remexiam a cada movimento seu. E como ela sabia disso. Fazia questão de passar os dedos nos lábios finos a cada palavra proferida na canção, a cada nota provinda da banda arqueava as pernas na direção do público mostrando as coxas fartas sobre saltos delicados, finalmente levantando-se do divã.

What?! I am a good girl

Com uma falsa inocência a proferir as palavras, roçou os dedos e o corpo lentamente em uma corrente ao lado do divã revelando o grande palco que a pouco havia sido usado, com uma escada posta rumo ao topo. A cada batida dos pratos da bateria, balançava as plumas em sua cintura com uma desenvoltura que fazia o público delirar de maneira totalmente diferente de antes. Arqueava as costas, deslizava facilmente pelas escadas, abria e fechava as pernas tão rapidamente quanto as batidas da canção. Meu peito passou a arder, pois finalmente havia percebido que parara de respirar, ou simplesmente esqueci como o fazia.

Downtown is for dinner, the hell is divine

Rodopiava em um pole no fim das escadas passando os dedos delicadamente nas pernas e depois os levando aos lábios com mais uma de suas expressões carregadas de falsa inocência. Deslizou os braços pelo pole descendo lentamente em uma abertura no chão do palco, deixando apenas as dançarinas. A temperatura pareceu subir uns vinte graus em menos de dois minutos me fazendo suar como uma tampa de chaleira. Porra, eu sequer gostava de mulheres!

What?!

O som parara e ela parecia ter sumido, mas logo os vidros atrás do balcão de bebidas viraram como um espelho a revelando a poucos metros de mim. Sentou-se no balcão calmamente com as pernas cruzadas e mais uma vez mordiscou a ponta dos dedos olhando diretamente para mim, mas no que pareceu ser o fundo da minha alma.

I am a good girl

Pôs-se de pé sobre o balcão e a cada batida provinda da música chutava um dos vários copos em cima do mesmo que estilhaçavam no chão sem dó, mas ninguém pareceu se importar. Sorriu-me sugestivamente e chutou minha taça para longe se dirigindo aos espelhos que tornavam a trazer mais dançarinos. Estava exatamente em minha frente, se erguesse os braços podia facilmente tocar suas pernas que dançavam para lá e para cá.

Levantou a mão e chamou-me com os dedos com um sorriso extremamente malicioso nos lábios. Era praticamente o anjo mais pecaminoso que havia visto e aquilo não podia sequer ser real. Mas quando me ergui, esta empurrou meus ombros com os sapatos me fazendo sentar de novo, ato que me permitiu olhar debaixo de seu espartilho emplumado e consequentemente entre suas pernas, não que me orgulhe disso se quer saber, mas vi algo grande, grosso, comprido e... Oh aquilo definitivamente não era de uma garota.

Olhei aturdido para o bartender que parecia estar na mesma situação que eu, este arregalou os olhos quando percebeu meu olhar, porém pôs os dedos sobre os lábios em um mudo e discreto pedido de sigilo. Voltei meu olhar pra mesma, que a pouco havia descoberto ser o mesmo, e este rodopiou ao meu lado caindo nos braços dos outros garçons sendo dirigido de volta ao divã.

Gemidos escapavam-lhe os lábios deixando minha situação ali embaixo cada vez mais difícil e apertada, a cada gemido que proferia meu corpo arfava precariamente em resposta. Tomou um shot do que acreditei ser tequila, pegou um dos chapéus que eram usados pelos garçons e o pôs na cabeça cobrindo metade da face em um ultimo gemido.

I am a good girl.

Gritos e salvas começaram freneticamente, pareciam que nunca parariam, mas na situação em que encontrava mal notei isso. Estava necessitado. Peguei uma das poucas taças que sobraram sobre o balcão e levei aos lábios o tomando de uma só vez, não me importava o que era, de quem era ou como o conteúdo descia lascivamente pela minha garganta, só conseguia pensar em como meu membro pulsava dolorido dentro das minhas calças e como ia me livrar daquela coisa.

— Senhor, eu posso explicar! Por favor, não fale nada pra ninguém, fui uma aposta boba, eu devia ter previsto isso, Jesus, a noona vai me matar. Por favor! — despejou todas as palavras de uma vez sem nem respirar.

Rapidamente o bartender pareceu surgiu na minha frente em um piscar de olhos, tive que aguentar muito para não rir de seu desespero. Parecia errado me aproveitar da situação, mas depois de três taças de sabe se lá o quê, podia culpar minha falta de escrúpulos na bebida e no que havia se formado no meio das minhas pernas.

— Talvez... Só se me disser como encontro ele de novo...

— Nem pensar! O hyung já deve estar querendo me matar agora.

— Bom, então vou ter um papo com os clientes não é? Parecem ser bem simpáticos...

— Tudo bem, tudo bem. — pensou por alguns momentos. — Mas eu não me responsabilizo se ele te rapar fora de lá, ainda mais no humor que está ultimamente. — disse em uma careta engraçada.

O bartender, que logo descobri se chamar Sooyoung, indicou uma pequena escada ao lado do grande palco que descia à aonde se encontravam os camarins das dançarinas, pelo que entendi ele estaria sozinho, pois logo voltaria a seu posto original como garçom, como se nada tivesse acontecido. Honestamente não fazia ideia do que realmente iria fazer lá, dizer ‘olá’? Pedir seu número? Chamar pra um jantar? O que exatamente esperava? Tudo parecia estúpido demais.

Paguei pela bebida, tomei meu casaco eu mãos e sorrateiramente desci as escadas. Minhas mãos suavam assim como minhas pernas pareciam mais como gelatinas de tão inconstantes. Apertei a maçaneta com força e respirei centenas de vezes antes de girá-la, sacodi a cabeça a fim de me livrar daquele nervosismo irritante e finalmente entrei.

— Sooyoung você é muito cara de pau em aparecer aqui, sinceramente! O quê? Veio rir mais um pouco? Sabe quem eu vi aqui? — parou subitamente assim que me viu, parecendo surpreso por um tempo, mas logo um sorriso lhe adornou os lábios. — Oh, você não é Sooyoung.

— Acato pelo nome de Seungcheol, mas hoje pode me chamar do que quiser. — sorri pondo as mãos nos bolsos.

Este arqueou a sobrancelha sorrindo de maneira quase que orgulhosa. Pelo visto aquele ar de mistério não pairava só sobre o local, por mais que o olhasse a noite inteira, parecia uma incógnita que seria deliciosamente complicada de se desvendar.

— Bom senhor Seungcheol, acho que deve ter ouvido que somos um pub burlesco, se quer algo mais sinto que não vai conseguir esta noite. — disse tirando a peruca quase branca que cobria as longas madeixas loiras que vira antes. Estavam desgrenhados e espalhados pelas costas fazendo contraste com a pele brilhante pelo suor, jurava que podia ver claramente as gotículas de suor deslizando sobre sua clavícula exposta. Não pude evitar morder os lábios em deleite, era impossível. — Aqui nada é o que parece... — disse retirando as meias arrastão delicadamente, fazendo questão de dedilhar as partes já expostas.

— Acredite, eu sei muito bem disso. — disse. — Não deveria ter levantado tanto suas pernas perto de mim, sabe.

Uma gargalhada gostosa escapou de seus lábios dando margem a um tom divertido.

— Nunca te disseram que é errado olhar por debaixo da saia das moças?

— Você não me deu muita escolha e muito menos é uma moça.

Touché. Culpe Sooyoung por isso. — disse tentando desamarrar os pequenos nós em suas costas que prendiam seu espartilho, porém em vão.

— Posso ajudar com isso? — disse largando meu casaco sobre um divã a meu lado e me aproximando de si.

— Pode tentar. — sorriu mais uma vez, enfim virando-se de costas e escorando em uma penteadeira.

Espalmou as mãos sobre a penteadeira e entreabriu um pouco as pernas, então lhe toquei os cabelos macios o afastando de suas costas para enfim ter uma visão melhor destas. Até mesmo seus cabelos tinham um perfume adocicado que me inebriaram. Tudo nele era intenso demais. Meus dedos pareciam formigar enquanto redopiavam contra sua pele curiosamente, pele tão pálida que parecia gritar para ser marcada.

— Vai ficar só olhando? — questionou despertando-me de um transe que mal percebera que entrara.

Ainda atordoado puxei cada fio com força o fazendo gemer baixinho em alívio. Aquilo definitivamente não era bom pra minha sanidade. Por fim, abri por completo o espartilho revelando suas costas nuas cheias de pintinhas e deixando à mostra a borda de sua boxer um pouco abaixo de onde começava a parte emplumada. Mordi os lábios novamente com força logo sentindo o gosto ferroso do sangue em minha língua enquanto todo o cômodo ficava cada vez mais quente.

— Vai ficar só olhando? — questionou agora impaciente.

— Mas eu já—

— Não falava do espartilho. — disse olhando-me sobre os ombros.

Era tudo o que eu precisava.

O virei para mim e o puxei pela nuca com voracidade em um beijo necessitado apertando sua cintura contra penteadeira. Eram macios e tinham um gosto forte de chantilly, sugava e mordiscava seus lábios com vontade, um tipo de vício que descobri já ter adquirido. Afundei minha mão em seus cabelos o trazendo cada vez mais perto, necessitava de mais, não parecia suficiente. Sua língua quente brincava com meus lábios os atiçando e mordendo com força, sentia o local ferver em resposta. Pedia por controle, o que definitavemente não daria.

Suas mãos logo puxaram minha cintura para si, mas o levantei pelas coxas o pondo em cima da penteadeira. Pôs os braços ao redor de meus ombros quando sentiu minhas mãos apertando e massageando suas coxas fartas, seu gemido arrastado em meu ouvido ao apartar o beijo fez todos os pelos de meu corpo se eriçarem de uma só vez, além de suas unhas curtas arranhando minhas costas sobre a roupa com força a cada vez que o apertava.

Deslizei a língua pelo seu dorso até o pescoço chupando e mordendo o local até então imaculado, parecia um pecado se não o fizesse. Senti uma risada baixa em meu ouvido quando este tomou meu rosto em mãos e em um movimento rápido nos rodopiou me colocando contra penteadeira, derrubando tudo o que havia ali no chão.

— Realmente achou que seria assim? — disse rindo baixo contra meus lábios antes de atacá-los novamente.

Pôs o joelho entre minhas pernas o friccionando contra meu membro mais do que desperto a cada sugada que dava em meu lábio inferior, segurei-me contra as bordas da penteadeira ou cairia ali mesmo. Resvalava a língua em meu pescoço até o morder com força, senti uma pequena vingança no ato, mas não pude controlar o gemido que me escapou em resposta. O trouxe para mais perto apertando seu peito contra o meu e logo senti seus dedos tocando a ponta da gola de minha camisa procurando o pimeiro botão para desbotoar, segurei seu pulso.

— Não acha que está indo rápido demais? — disse ofegante.

Este sorriu, puxou minha camisa que estava por dentro da calça e a adentrou com as mãos arranhando meu abdômen sussurrando em meu ouvido.

— Você tem quinze minutos antes que alguém entre aqui, quer arriscar?

Estalei a língua. O encaixei em minha cintura de forma que suas coxas rodeassem minha cintura nos dirigindo ao divã ao lado e o deitando cuidadosamente. Seus olhos não se desviavam dos meus em nenhum momento, pareciam me desafiar e ao mesmo tempo brilhavam em expectativa.

Quinze minutos eram mais do que suficientes.

Ao deitar sobre si, senti seu membro já desperto contra o meu e aproveitei para esfregá-los ainda mais o incitando a deixar pequenos arfares escaparem em deleite. Suas mãos foram em direção ao meu cinto tentando desajeitadamente desatá-lo enquanto eu sugava o lóbulo de sua orelha lentamente. Puxei o espartilho para baixo o tirando por completo e revelando sua boxer branca, o que vira na apresentação não era nem um terço do que realmente havia ali embaixo, era lindo. Seu corpo não era nem um pouco frágil, era delicado, porém pequenos músculos no abdômen e nos braços desnudos atenuavam sua masculinidade. Era perfeito.

Acho que fiquei tempo demais o admirando, pois logo senti toda minha camisa ser desabotoada e sendo deslizada por meus ombros, a jogou em qualquer lugar e trocou de posições sentando em meu colo puxando meu cinto de uma só vez. Espalmei minhas mãos em sua bunda enquanto este rebolava lentamente sobre meu membro sem pudor nenhum, puxava os fios da minha nuca em um beijo quase indecente. O deitei novamente tirando minhas calças de qualquer jeito, jogando-as sabe se lá onde lhe fazendo dar uma risadinha divertida.

Desci com a língua por todo seu abdômen deixando uma trilha de chupões por todo o caminho até a barra elástica de sua boxer que puxei com os dentes. Senti meu membro latejar quando gemidos e palavras desconexas saiam de seus lábios já inchados em uma voz rouca pedindo para que continuasse. Honestamente sequer pensava em mim mesmo, só de poder ser o responsável por aquelas expressões e ser o único que as veria, estava suficiente.

Depositei selares na parte interna de sua coxa mordiscando e arranhando com os dentes vez ou outra.

Você é lindo. — o secretei.

Eu sei. — disse simplista.

Apenas ri soprado e por fim tirei sua boxer que já apresentava resquícios de pré-gozo. Abocanhei seu membro de uma só vez sugando toda a extensão enquanto massageava os testículos lentamente. Seu corpo arqueava de prazer por mais que mordesse os lábios evitando os gemidos que aos poucos iam escapando, sorri com o ato. Apertei a glande com a ponta do polegar deslizando a língua por todo o local aumentando o ritmo a cada gemido necessitado.

— Só acaba logo com isso pelo amor de deus... a-ah... — interrompeu-se quando suguei com mais força.

Larguei seu membro abruptamente e colei seu corpo no meu sussurrando em seu ouvido.

— Só se implorar.

— Vá se foder. — estalou a língua.

Friccionei seu membro continuamente contra o meu rebolando em seu colo.

Droga, só me fode logo.

Tomei seus lábios novamente enquanto este tirava minha boxer com rapidez e forcei meu membro contra a sua entrada logo o penetrando sem preparo algum, sentindo meu membro latejar de tão apertado. Senti suas unhas cravarem com força em minhas coxas quando o fiz e aparecia sentir dor. Embolei seu cabelo em um coque frouxo e passei a depositar pequenos selares em sua nuca a fim de acalmá-lo, levei a mão a seu membro o masturbando calmamente e aos poucos sua expressão foi se suavizando.

— C-continua.

Dei-lhe um selar nas bochechas e seu corpo passou a cavalgar em cima do meu em um movimento de vai e vem delicioso. Entrelaçou nossos dedos e sentava em meu membro com mais força, seus gemidos se mesclavam aos meus perfeitamente, talvez até mais altos e arrastados. Nossos corpos estavam colados e molhados de suor, mas isso não o impedia de pedir por mais assim que atingi um ponto em que seus gemidos se misturavam com palavras desconexas. Meu nome saía arrastado de seus lábios vermelhos quando pedia para pôr com mais força, me deixando cada vez mais próximo de meu ápice.

Acelerei o ritmo e a força das estocadas assim como a velocidade em que o masturbava o fazendo desentrelaçar nossas mãos para se apoiar no divã. Beijei e mordi seus ombros com força quando levou as mãos a meus cabelos os puxando e gemendo cada vez mais alto a cada estocada. Enfim me corpo foi invadido por espasmos relaxantes quando finalmente cheguei a meu ápice e, em um ultimo gemido longo e arrastado, o senti se desfazer me minhas mãos despejando um liquido leitoso em meus dedos.

Seu corpo suado e ofegante deitou as costas contra meu peito e recostou a cabeça em meu ombro tentando, em vão, controlar a respiração descompassada. O puxei pela cintura para que enfim nos deitássemos no divã e seu corpo se aconchegou desajeitadamente sobre o meu, mas me permitindo sentir o aroma adocicado de seus cabelos novamente. Estiquei o pescoço minimamente e pude ver a expressão serena em sua face, com um satisfatório e quase imperceptível sorriso adornado nos lábios, parecia até um anjo.

Everything you dream of, but never can possess

Nossas risadas baixas ecoaram pela sala antes quieta ao notarmos a coincidência que a música tocada lá fora nos propiciou no momento.

— Hyung! — três batidas rápidas na porta foram o suficiente para quebrar toda a calmaria.

Merda. — sussurrou mais para si mesmo do que para o bartender.

O até então misterioso rapaz ajuntou minhas roupas do chão e as jogou em meu rosto.

— Anda, rápido, rápido! — disse exasperado enquanto ia de um lado a outro do cômodo atrás de algo.

— Andar pra onde?!

— Não sei! — disse vestindo um casaco qualquer que encontrou pelo lugar. — Atrás da penteadeira! Vai!

Corri o pequeno trajeto tentando vestir minhas roupas, mas... Minha cueca.

— Hyung, pra quê essa demora toda? O lugar está cheio. — parou subitamente. — Mas que...

Houve alguns sons que não fui capaz de discernir, algo como uma pequena briga física e provavelmente alguém caiu em cima de alguma coisa.

— Hyung, de quem é essa cueca?

Merda.

— Minha. — disse simples.

— A não ser que você tenha um malote de três quilos no meio das pernas, eu duvido. — deveria me sentir lisonjeado? Aquele cara de mais cedo... Não acredito que... Hyung, você tem um encontro amanhã!

— E isso não lhe interessa!

Encontro? Não pude deixar de me sentir levemente incomodado. Por uma fresta entre a penteadeira e a cortina, pude vê-lo tomando a peça das mãos de Sooyoung e o empurrando para fora do cômodo, ignorando seus protestos e seu aviso de que só tinha três minutos antes de ter de voltar. Fechou a porta com força e jogou minha peça na penteadeira para que me vestisse.

— Sério mesmo? — disse.

— O quê? — retruquei. — Você que saiu jogando minhas roupas por aí, não venha me culpar!

Pude ouvi-lo estalar a língua enquanto terminava de me vestir apressado.

— Dobrando no fundo da sala tem uma saída de emergência que leva direto para rua, saia por ela.

— Por que não saio pela da frente?

— Você tem dois minutos antes que a noona entre aqui, quer arriscar? — disse cruzando os braços sobre o peito e arqueando a sobrancelha. Concordei mentalmente.

Não sabia como prosseguir dali em diante, afinal nem sabia por que havia feito aquela loucura. Provavelmente no dia seguinte me arrependeria, mas ali, enfrente a si depois de tudo o que havíamos feito, não tinha ideia do que fazer.

Parecendo ler meus pensamentos, ele sorriu cobrindo com o casaco, que logo percebi ser meu, as marcas arroxeadas que havia lhe feito.

— Pelo visto você foi o único que veio aqui e conseguiu o que queria Seungcheol. — proferiu baixo.

Em um ato impensado, o puxei pela barra de meu casaco e depositei um selar calmo em seus lábios, diferente que qualquer um dos que havíamos trocado naquela noite, era simplesmente um selar terno.

— Não iria querer nada se não fosse você. — sussurrei contra seus lábios.

Pela primeira vez na noite o vi corar. Era adorável.

Apertei-lhe os ombros levemente em um afago e fui em direção a porta de emergência, deixando meu casaco consigo na esperança de que talvez um dia nos veríamos novamente. Ao tocar na maçanete algo me instalou na mente, uma pergunta que sequer lembrara-me de fazer no decorrer de toda a noite.

— Qual o seu nome? — disse um pouco alto para que este pudesse me ouvir do outro lado da sala.

Juro que pode imaginar com clareza que este dera seu sorriso único e enigmático.

— Um dia você saberá.

E assim saí novamente nas ruas iluminadas de Seul.

Realmente me arrependia. Não sei se foi realmente a idade que havia me pegado ou o fato de não beber havia meses, mas o estado em que me encontrava era no mínimo deplorável. Não sabia exatamente como havia chegado em casa, lembro dos gritos de Seungkwan e a risada de Hansol ecoando por todo meu apartamento, lembro de um chá esquisito que fora forçado a tomar e infelizmente me recordava de vomitar todas as minhas entranhas para fora na pia do banheiro.

Nunca mais beberia.

Ouvi batidas em minha porta, que mais pareciam com tambores ecoando em meu ouvido, e Seungkwan entrara com mais uma bandeja de chá. A depositou sobre o criado mudo e abriu minhas cortinas sem dó algum, revelando o sol ardente contra meu rosto. Passei minhas cobertas por cima da cabeça.

— Nada disso! Quer moleza senta no pudim , anda, levanta. — disse irritado puxando meu cobertor que tentei a todo custo manter comigo.

— Ah me deixa dormir Seungkwannie. — disse em um aegyo fajuto.

— Vai beber de novo que passa rapidinho. — disse batendo em minha cabeça. — Arruma essa cara que você tem um encontro hoje.

— Que encontro?

— Com o Hannie, lembra? — juro que me esforcei, mas sequer lembrava o meu nome. Vendo minha expressão confusa, continuou. — O anjo. O encontro de vocês era ontem, mas ele esqueceu. — disse dando uma risadinha afetada. — Ele é avoado assim mesmo, não o culpe, mas te pediu mil desculpas.

Ah Seungkwannie, se eu lhe dissesse que ontem vi um verdadeiro anjo.

— Não que você se importe não é Seungcheol? Porque pelo visto a noite foi ótima. — fiquei tentado a concordar, mas ao sentir seu tom carregado de ironia e seu olhar fuzilante, preferi me manter quieto.

Enterrei minha cabeça entre os travesseiros tentando abafar o sermão de Seungkwan o máximo que pude. Logo passou a falar do maravilhoso Hannie, o Anjo. Realmente me esforcei a prestar atenção, mas era difícil quando ainda sentia o cheiro dele impregnado em meu corpo, até sua voz ainda parecia ecoar em minha cabeça. Puxei meus cabelos irritado comigo mesmo, por que ele não havia me dito seu nome?

— Hyung, você está me ouvindo?

— Sim. — disse roboticamente. — Não posso cancelar isso?

Senti seu famoso olhar questionador sobre mim.

— Por quê? Ontem estava todo animadinho...

— É só que estou cansado, sabe.

Seungkwan bateu com força cerca de cinco vezes em minha cabeça com um pano de prato que nem sequer vi de onde havia surgido.

— Você não vai fazer isso com aquele homem maravilhoso.

— Se tivesse me mostrado ao menos uma foto dele, eu saberia que é maravilhoso.

— Ah sem essa, você que quis mandar a sua. Hyung, suas escolhas pra relacionamentos são horríveis, talvez ele seja a melhor coisa que aconteça na sua vida!

Acredite, ela já aconteceu.

Ainda não entendo como consigo cair nas artimanhas de Boo Seungkwan tão facilmente. Dirigia-me calmamente em direção à porta do café para enfim encontrar Hannie. Parecia ser uma ótima pessoa, tinha um excelente apreço por música clássica e literatura nacional, além de fazer curso de fotografia que era um de meus sonhos, talvez até fosse bonito, mas nada tirava o meu anjo de minha cabeça.

Vesti-me da maneira mais casual possível, jeans desbotado e uma camisa social azul bebê que ainda encontrei com etiqueta em meu guarda-roupa, não pretendia impressionar se quer minha opinião sincera. Abri a porta e finalmente entrei no estabelecimento agradecendo mentalmente por não estar lotado.

Como iria encontrá-lo?

Varri o local com o olhar até algo próximo a janela prender minha atenção. Longos cabelos loiros. Sentava de costas para mim e usava um casaco preto que obviamente era maior que si. Estava ficando louco ou as cinco pílulas de aspirina estavam surtindo efeito só agora.

Andei exasperado até aquela figura e toquei-lhe o ombro delicadamente chamando sua atenção. Fui recebido com um largo e angelical sorriso.

Estava louco.

— Oh, você chegou. Pensei que estivesse me dando uma vingança por ter lhe feito esperar tanto ontem à noite. — sorriu mais uma vez.

Acredito que devo ter ficado estático e provavelmente mudo, pois minha mente simplesmente travara enquanto tentava entender o que acontecia ali. Era ele. Na minha frente. Talvez tenha o encarado por tempo demais, pois logo o vi corar e pedir para que me sentasse.

— Deveria ter aparecido ontem, eu sei, mas realmente me esqueci com toda aquela situação com Sooyoung... Foi por isso que a noona lhe deixou entrar, aliás. — disse levando uma colher generosa de sorvete aos lábios

— E-eu não... — entendo.

Abaixei minha cabeça contra a mesa esperando minha cabeça parar de latejar. O ouvi pedir um copo d’água e depositar ao meu lado.

— A propósito meu nome é Yoon Jeonghan. — levou mais uma colherada a boca.

— Deixa ver se eu entendi: você — apontei para si. — Era meu encontro de ontem à noite, mas esqueceu? O Hannie do Seungkwan? — consentiu com a cabeça. — E então eu apareci naquele lugar e você sabia quem eu era? — assentiu novamente. — Então por que não me falou nada?!

— Porque senão não teria graça. — deu de ombros, apertando meu casaco contra o corpo a fim de esconder as marcas em seu dorso. Suspirei derrotado.

Pôs parte do cabelo atrás da orelha e assim pude ver uma pequena marca abaixo do fim de seu maxilar, levei a mão a seu rosto e toquei ali com a ponta dos dedos com medo de machuca-lo ainda mais. Jeonghan abaixou levemente a cabeça, constrangido.

— Desculpe por isso.

— Como eu disse, não teria graça. — disse levando a colher mais uma vez a boca, assim que abaixei minha mão, saboreando seu sorvete lentamente.

Ri baixo balançando minha cabeça incrédulo. Chamei a garçonete e pedi uma xícara de café puro.

Yoon Jeonghan iria acabar com a minha sanidade.

14 Temmuz 2018 20:27 0 Rapor Yerleştirmek Hikayeyi takip edin
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Son

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