mrys Thaís M.

Uchiha Sasuke era uma daquelas pessoas que não aceitavam o amor. Rejeitava-o de uma forma que chegava a lhe dar uma aparência sádica. Acreditavam que o Uchiha nunca compreenderia o que é amar. Mas Uzumaki Naruto discordava, pois ele acreditava que até mesmo um certo Uchiha tinha coração. E, mesmo que fosse necessário que o pequeno Uzumaki sacrificasse algo para que o companheiro compreendesse, ele o faria. Pois nenhuma dor é maior do que a de se estar sozinho.


Hayran Kurgu Anime/Manga 13 yaşın altındaki çocuklar için değil. © Os personagens pertencem ao criador de Naruto, porém o enredo é totalmente meu.

#sasunaru
Kısa Hikaye
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okuma zamanı
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Capítulo único.


Era uma bela noite para o mês de julho, concluíra o homem solitário na sala onde trabalhava todos os dias.

Ergueu-se e estirou o corpo, deixando os músculos tensionados terem um pouco da liberdade que mereciam longe daquela cadeira negra que fora obrigado a ficar sentado o dia todo.

Observou no calendário da mesa, que tinha os dias já passados marcados com um "x", que hoje era dia treze. O Uchiha sorriu suavemente ao notar que faltavam apenas alguns dias para seu aniversário.

Desviou o olhar, ainda de costas para a janela, para a linda lua cheia que brilha detrás de si. Seu sorriso pareceu murchar diante do brilho radiante que a lua lhe lançava. Não se sentia intimidado pela enorme e linda bola dividida entre tons que habitava o céu escuro. Sentia-se intimidado pela memória que ela fazia-o recordar.

Há alguns dias atrás, quarenta e oito horas, por assim dizer, o mesmo moreno que estava ali parado naquela sala, havia brigado com seu namorado.

Namoravam há belos e longos cincos anos.

Sasuke, agora com quase vinte e seis, não se sentira tão infeliz em seu relacionamento com o seu loirinho favorito no mundo.

Nunca o vira ter uma crise de ciúmes tão intensa quanto aquela no dia em que saíram juntos. Foram apenas tomar um sorvete, e ao ir para a casa em que dividiam, Naruto irritou-se pelo simples fato do Uchiha observar o corpo, mesmo que por alguns instantes, da moça Haruno.

Ela já fora sua amante, ainda tinha uma pequena simpatia pela rosada. Claro que não era nada comparado ao Uzumaki, mas o mesmo nunca parecia se convencer disso.

"Eu acho que não sou o suficiente para você, Sasuke..." era o que sempre dizia no final de suas discussões ciumentas. Mas desta vez, ele não disse. Será que tinha feito algo tão grave?

"Você é o melhor, Naruto!" respondia sempre também, para logo lhe tomar os lábios em um beijo apaixonado? Não... Uchiha Sasuke, apaixonado? Não, não. Um beijo desejoso, talvez.

E então o homem finalmente desviou o olhar daquela grande esfera, agora, acinzentada. Agarrou o paletó que havia deixado sobre o encosto da cadeira e vestiu-o, apressado para chegar ao apartamento em que convivia o loirinho - ele sempre fugia para lá quando brigavam.

Bufou ao ouvir uma garoa fraca começando a cair sobre o enorme vidro, avisando que uma forte chuva viria.

O Uchiha tentou não se importar com o tempo, deslocando-se para fora da sala em passos quase calculados. Não queria errar um sequer passo até a casa do amante.

Saiu do prédio, dando um breve "boa noite" aos funcionários que restavam, e se encharcando rapidamente enquanto corria até o carro negro que lhe aguardava do outro lado da rua.

Entrou no veículo, agradecido pelo mesmo ter o estofamento de couro, impedindo-o de ensopar o interior do carro em dias de chuva como o que estava tendo. Retirou o paletó novamente, raivoso com a situação e o jogou de qualquer jeito no banco de trás.

Olhou no relógio de pulso, verificando que não passava muito das nove horas da noite, mas mesmo assim não haveria nenhuma loja aberta para que ele pudesse comprar algum agrado para o loiro.

Tentou ajuntar belas e corretas palavras na cabeça enquanto acelerava o carro na estrada, esperando que em breve tivesse uma ótima noite para aliviar o estresse.

Sasuke dirigia distraído, perdido em seus pensamentos enquanto deixava seu instinto guiar o caminho.

Estava tão distraído que ao virar a curva, não vira o buraco na estrada, fazendo com que o carro perdesse o controle diante do asfalto encharcado e o fizesse ir, literalmente, de cara com um poste.

O que o moreno não esperava era que diversos vidros afiados lhe perfurassem a visão. Sasuke conseguiu desviar metade do rosto a tempo, mas ainda sofreu muito com o olho esquerdo.

Não vira mais nada. Nem pelo olho completamente danificado e nem pelo levemente danificado. Havia se entregado a inconsciência, dolorido e exausto; sua mente não aguentaria tanta tensão por tanto tempo...

x Sasu x Naru x

Desesperado, o loirinho entrou o hospital com certa brutalidade, correndo até o balcão. Seu coração podia sair pela boca a qualquer instante. Seu peito doía pela respiração irregular. Mas nada doía tanto quanto a dor de saber que seu moreno estava machucado.

— Onde ele está?! — perguntou o jovem, quase estourando de tanta aflição — Uchiha Sasuke! Onde?! ONDE?!

A mulher ergueu os olhos castanhos, já acostumada com aquele tipo de reação dos visitantes. Levou os dedos até as teclas do computador moderno que continha, um barulho irritante e torturante ecoando quando suas unhas azuis batiam contra as teclinhas.

Ela voltou a atenção para o loiro em sua frente, limpando a garganta e ajeitando os óculos sob o nariz fino e delicado. Lambeu os lábios, como se quisesse torturar o emocional do visitante antes de deixá-lo partir - e estava conseguindo, caso fosse realmente este seu objetivo.

— Uchiha Sasuke, huh? — questionara ela, observando a tela mais uma vez — Ele se encontra no quarto trezentos e vinte e um.

Naruto suspirou aliviado, saindo correndo sem nem se adiantar em perguntar onde realmente ficava o quarto - sabia que acabaria sendo torturado mais um pouco por aquela sádica enfermeira.

Parou um médico qualquer no meio de um corredor, perguntando sobre o quarto do namorado. O homem lhe respostou, assustando-se ao ver o jovem sair em disparada no caminho em que havia indicado.

— Esses jovens de hoje em dia... - sussurrou o doutor, balançando a cabeça negativamente e voltando a suas atividades rotineiras.

Ao chegar no quarto certo, o Uzumaki bateu repetidamente, quase tendo uma ataque cardíaco. Era muita emoção, provavelmente negativa, para um só dia!

A porta se abriu e um outro doutor saiu. Antes que a porta se fechasse novamente, o loirinho teve uma vista do amante, deitado numa cama sem graça de hospital, parecendo completamente inconsciente.

— Sasuke! — berrou por reflexo, quase se entregando as lágrimas.

O médico lhe olhou de forma repreensiva, agarrando a prancheta com uma mão enquanto a outra abaixava a máscara que ele, estranhamente, usava.

— Silêncio, rapaz. — ordenou severo, fazendo o loiro abaixar a cabeça — Estamos em um hospital, mais respeito! Aliás, quem é você? Conhece o paciente? Onde está seu cartão de visita?

Eram tantas perguntas! Ele só queria ver o amado!

— Eu quero vê-lo... — pediu, deixando uma lágrima solitária deslizar por tua face — Ele está bem?...

O homem suspirou, tentando ser compreensivo.

— O acidente não foi tão ruim como esperávamos. - afirmou o homem, observando a prancheta — O único dano permanente encontrado fora sua visão.

— O quê? — perguntara o mais novo, descrente. — Como assim?!

— Ele perdera um olho. O esquerdo, para ser mais exato. — disse — E o outro olho não está tão longe. Foi um pouco danificado, então ele não enxergará muito bem no decorrer de sua vida, talvez até fique completamente cego. Sinto muito.

Por que os médicos sempre diziam isto ao dar uma noticia ruim? Dizer uma coisas destas não ajudaria em nada! Não era como se Sasuke fosse morrer, como se estivessedestinado a morrer. Ele ficaria bem! Não havia o que sentir muito!

— Tem alguma forma dele voltar a enxergar bem? — duvidou o menor, esperançoso.

— Talvez um transplante, eu não sei... — falou o mais velho.

— Se ele tem chances, eu quero ajudar.

x Sasu x Naru x

Alguns dias mais tarde, o Uchiha acordou de seu estado de coma. Estava sozinho em um quarto de hospital. Uma faixa estava envolta de seus olhos, impedindo sua visão. Levou os dedos até as faixas, pouco se importando se os médicos lhe dariam um sermão mais tarde.

Não tirou tudo, apenas o suficiente para enxergar.

Surpreendeu-se ao ver um buquê de flores azuis e uma garrafa de suco de tomate aos seus pés. Também continha um pacote embrulhado com um pequeno bilhete.

Sasuke agarrou o suco, sentindo uma imensa sede lhe invadir. Bebeu todo o líquido, satisfeito e então finalmente foi dar atenção ao presente. Abriu-o e sorriu ao ver que era uma caixinha. Abriu a terceira coisa naquele dia, assustando-se ao ver que era um colar cinzento com um pingente de yin.

Agarrou o bilhete, sentindo um estranho temor em descobrir o que continha naquela pequena folha de papel.

Querido Sasuke,

espero que você já tenha acordado. Já estou morrendo de saudades do meu teme. Se você estiver lendo isso, acho que é seu aniversário. Então... Feliz aniversário, Sasuke-chan.

Tem uma troca de roupas para você na caixa.

Espero que tenha gostado do seu presente...

Com amor,

Uzumaki Naruto.

Por que é que Sasuke sentia que a última frase contém um certo duplo sentido? Ignorou-a, deslizando os pés para fora da cama. Agarrou as vestes como o bilhete dizia e foi limpar o corpo.

Quando saiu do banho, já vestido e limpo, Sasuke foi em direção ao único espelho que continha no quarto - mas foi impedido pelo som de algo se arrastando. Era a porta.

Seu coração falhou uma batida ao ver uma certa figura entrar no quarto.

Ela era um pouco mais baixa que ele, tinha os cabelos desengrenhados e o corpo escultural. Vestia uma camiseta azul escura e uma calça jeans escura. Seus tênis estavam sujos e seu sorriso brilhava. Mas nada disso atraía a atenção do mais velho no momento.

Naruto estava com um dos olhos enfaixados.

O loiro se aproximou, ficando na frente da vista que Sasuke tinha do espelho. O menor sorriu de canto, segurando as lágrimas.

— Você não fez isso, Naruto! — exclamou, inclinando um pouco do corpo para ver o reflexo. Seu interior doeu ao ver um de seus olhos ter a cor safira brilhante que os olhos de Naruto sempre tiveram.

Lágrimas invadiram os olhos do mais velho sem que ele percebesse e o mesmo desviou o olhar para o namorado sorridente em sua frente. Não era um sorriso debochado, longe disso. Era apenas um sorriso com os lábios, compreensivo.

Como ele podia ser compreensivo num momento desses?! Havia lhe dado um de seus ótimos olhos! Que loiro idiota!

— Por que?! — perguntou, segurando as lágrimas — Você é idiota, Naruto?! Por que?!

O loirinho se aproximou e Sasuke pôde ver um brilho vir do pescoço do jovem. Era um colar idêntico, exceto pelo pingente, que era um yang. Ele tentou não sorrir diante daquela coisa melosa.

— Você ainda não entendeu, Sasuke? — perguntou, fazendo o outro negar — Nós completamos um ao outro agora.

Ele sorriu levemente, próximo o bastante agora para que pudesse juntas os pingentes numa bela esfera do yin-yang. Sasuke ergueu os olhos chorosos dos colares para o único olho exposto do amante.

— Mas... - tentou retrucar — Isso é burrice...

— Amar já é uma burrice, Sasuke. - afirmou o menor, acariciando a bochecha do mais velho — Mas isso nunca vai me impedir de amar você.

E tomou-lhe os lábios com os seus em um ato apaixonado. O Uchiha não teve escolha a não ser se entregar também. Sentia muita falta do loirinho... Então amar é isso? Ser burro e ainda ter orgulho disto?

Sasuke se considerava burro por nunca ter admitido amar aquele homem tão amável com ele.

Retribuiu o beijo com a mesma intensidade de paixão, tentando transmitir toda sua insegurança em falhar diante daquele ato. A reação do companheiro fez com que Naruto sorrisse entre o beijo.

— Feliz aniversário, teme. — desejou o menor com um sorriso.

Sasuke agradeceu, tanto ao olho quanto ao desejo carinhoso que recebera. E então notou que não havia retribuído o presente para o amado ainda. Sentiu-se tão sortudo por tê-lo ali.

Em pensar que havia negado o sentimento que nutria por aquela raposinha amável todo este tempo. Sentiu-se culpado por ter reclamado das reações ciumentas que o menor tinha. Ele tinha medo de não ser o suficiente para conquistar o coração do pequeno Uchiha... Mas ele já o havia conquistado há tanto tempo que nem mesmo Sasuke saberia responder se alguém lhe perguntasse. Naruto era especial. Conseguia ser seu amigo, sua família e o amor de sua vida, tudo ao mesmo tempo. E sacrificou até uma parte de si para provar seu amor... Sasuke retribuiria o favor, dando sua alma de bom grado para ele, todos os dias. Ele finalmente admitia que seu coração e alma pertenciam ao pequeno Uzumaki.

Apenas sorriu e disse:

Eu também te amo, dobe.

03 Mayıs 2018 01:40 0 Rapor Yerleştirmek Hikayeyi takip edin
5
Son

Yazarla tanışın

Thaís M. Só tô tentando escrever umas porcarias sobre o que eu adoro, sacas?

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