jeancarlo-berton1665003330 Jeancarlo Berton

Será que nosso Anjo guardião tem asas realmente? Ou ele pode ser um elegante homem de terno vermelho e chapéu de lado?


Kısa Hikaye 13 yaşın altındaki çocuklar için değil.

#assombração #espiritos #umbanda #seuZé #fantasmas #fantasia #Pelintra
Kısa Hikaye
4
395 GÖRÜNTÜLEME
Tamamlandı
okuma zamanı
AA Paylaş

Proteção

A noite avançava e o desejo de aventuras inflamava os ânimos daquele grupo de jovens, eram em um total de oito sendo cinco rapazes e três garotas, estavam ali na praça já há mais de três horas e desejavam diversão a todo custo. Tomás, o mais velho e de posse do carro de seu pai aventou uma excursão noturna à "mata do sussurro", lugar conhecido na cidade por ser mal-assombrado ou como muitos diziam lugar de coisa ruim, três dos rapazes toparam de pronto, queriam adrenalina, já as moças não tinha certeza se dirigirem mais de dez quilômetros, boa parte por estradas de terra, simplesmente para "passear" seria uma boa ideia. Beto, o caçula da turma sugeriu comprarem algumas bebidas para levarem, o que foi prontamente aceito por todos que já haviam confirmado presença na aventura noturna. Laura a mais velha das moças acabou aceitando o convite, bebida e adrenalina era tudo que ela desejava para terminar o sábado e assim partiram.
O posto de gasolina ficava na entrada da cidade e ali mediante um rateio muito acalorado, abasteceram o carro e compraram três garrafas da pior e mais barata vodka já produzida e partiram em direção à famosa mata, a noite de lua cheia e o vento fresco de inicio de outono transformava a estrada vicinal em um ambiente mágico, muito propício às histórias de amor ou de horror, tudo dependeria das personagens envolvidas. Ali no velho Ford os ocupantes não estavam com a mente propícia ao romance, de mão em mão a primeira garrafa era passada e um rock tocava estridente no radio, Tomás, o motorista, era o que mais bebia e pela via deserta ziguezagueava forçando o motor no limite.
Tudo corria para um desastre, contudo a mão de Deus guiada pelas orações de mães temerosas, guiou o carro até seu destino. A mata era muito densa e apesar do luar tudo se transformava em breu sob suas árvores, a estrada de terra batida atravessava a mata e a única fonte de luz provinha dos faróis do carro, Tomás estacionou o Ford e ao desliga-lo a escuridão e o silêncio tomaram conta do lugar, ouvia-se apenas o farfalhar das árvores movidas pela suave brisa, o coaxar de alguns sapos e o grilar de insetos noturnos, tudo era calma e serenidade e de posse de uma lanterna que seu pai precavidamente carregava no porta-malas, Tomás foi guiando a turma mata adentro.
Aproximadamente uns quinhentos metros da estrada uma clareira se abria as margens de um regato e seria um ótimo lugar para beber e conversar, armaram uma pequena fogueira ao centro e sentados no chão a conversa regada a vodka foi descambando para assuntos sexuais, Tomás como sendo o mais velho bravateava seus casos sendo "aplaudido" pelo demais garotos, Laura não se impressionava com as histórias e caçoava duvidando de toda prosa arrotada bestamente por ele, desencadeando a fúria do rapaz até então calmo e amigável e tomado pelo ódio e sob o efeito da bebida barata, avançou como um animal em direção à Laura.
Todos ali partilhavam a mesma tensão sexual causada pelos ilusórios contos de Tomás e vendo o "líder" tomar a força a única e indefesa garota sentiram-se no direito e quase dever de ajudar na consumação do odioso ato, Bruno o mais franzino deles tentou segurar Laura que prontamente se desvencilhou com uma joelhada em seus testículos, de Jorginho não foi tão fácil escapar e com um galho de árvore acertou-a na face derrubando-a ao chão, momento esse que Tomás aproveitou para deitar-se sobre ela começando a tirar-lhe as vestes.
A horrenda prática seria consumada tendo apenas a lua por testemunha, entretanto como se a mata não consentisse com tal obra sendo consumada sob sua proteção, uma ventania iniciou-se subitamente como o prenúncio de uma tempestade, apesar do céu claro, e uma gargalhada vinda das profundezas da terra ecoou, o mais intrépido dos heróis teria congelado até a alma, não sendo diferente com aqueles jovens que desesperadamente correram cada um em uma direção.
Um rodamoinho de fogo se formou na pequena fogueira revelando uma figura de um homem alto, moreno e trajando um belo terno carmim e camisa alva, tendo como complemento um garboso chapéu e gravata combinando com as cores de suas vestes, o belo senhor muito lentamente se aproxima do quase criminoso que ainda se recuperava do assombro. Os três rapazes chegam ao carro esbaforidos, contudo sem as chaves nada podiam fazer a não ser esperar e rezar.
Laura aproveita a oportunidade e corre seguindo o ribeirão escutando os gritos e pedidos de socorro de Tomás se distanciando; após alguns minutos e já tendo apenas os sons da mata como companhia chega a estrada vicinal, dali até a cidade seria uma longa caminhada e ainda teria que contar com a sorte para garotos não a encontrarem na volta, ali sozinha continuou a correr por mais alguns metros até ver encostado em uma frondosa árvore seu salvador, com seu chapéu cobrindo parte de sua face, lá estava ele como se a aguardasse.
- Venha até aqui minha menina, o socorro já chega. - Disse ele com uma voz rouca e carregado sotaque que ela não soube identificar.
- Não posso ficar aqui, eles podem voltar. - Argumentou a pobre donzela.
- Se aquieta rapariga, tu tá salva agora.
Como se adivinhasse o futuro, uma velha caminhonete surge pela estrada e vendo a garota suja e se debulhando em lágrimas, diminui a velocidade e para um pouco à frente.
- Vai minha fia, esses são gente boa.
- O senhor não vem?
- Não, minha missão tá cumprida aqui.
- Quem é o senhor?
- Pode me chamar de Seu Zé.
Da caminhonete a voz de uma senhora chama por ela, oferecendo ajuda, e ao se voltar para agradecer ao seu benfeitor se depara apenas com a árvore sozinha na noite e um leve cheiro de cigarros. O casal de idosos condoídos pela situação da jovem a acompanham até sua casa a deixando em segurança nos braços de sua mãe que há horas clamava pela proteção de sua única filha.
Na mata as coisas não aconteceram tão tranquilamente, após Laura correr, a situação de Tomás ficou um pouco mais tenebrosa, o homem do terno rubro o pegou com todas as forças e espancando-o como um saco de pancadas, alçando-o ao ar e jogando-o em direção às árvores como se jogasse um trapo velho, ferindo-o mas não mortalmente, como se aquilo fosse uma lição que se aprendida não se repetiria. Jogado ao chão Tomás implorava por misericórdia ao ser que o açoitava, diante de tal quadro o homem de terno cessou os ataques e abaixou-se ao lado do garoto semiconsciente, sussurrando:
- Não mexa mais com a minha filha, nunca mais...
Tomás em desespero fechou os olhos quando o homem se aproximou, sentindo seu hálito quente e carregado do cheiro de cigarros, durante longos minutos ficou ali tremendo de olhos cerrados, repentinamente o vento cessou e o garoto criando coragem olhou a sua volta, tudo era calma e tranquilidade, a fogueira ardia como antes e o riacho corria serene, não havia o menor indicio de que momentos antes uma verdadeira batalha fora travada ali.
Tomás voltou a passos trôpegos para a estrada encontrando seus "amigos" em profunda agonia trancados no velho Ford. Rapidamente colocaram-se em marcha de volta a cidade. Ao tomarem o rumo de volta pela estrada vicinal ainda puderam vislumbrar momentos antes; um homem alto, de terno escarlate acompanhando uma jovem profundamente assustada até uma caminhonete ocupada por um casal de anciões, de perderem o controle do veículo e se chocarem com uma árvore, destruindo o carro, seus quatro ocupantes ficaram gravemente feridos, contudo todos sobreviveram para contar cada um a sua versão da história.

No entanto, independente da forma contada, todos no fundo da alma sabem que aquele senhor foi o salvador daquela jovem dama.

25 Aralık 2022 00:00 2 Rapor Yerleştirmek Hikayeyi takip edin
4
Son

Yazarla tanışın

Yorum yap

İleti!
Henüz yorum yok. Bir şeyler söyleyen ilk kişi ol!
~