Aquele verão na metrópole São Paulo estava intenso! Sufocante e abafado. O calor e o burburinho da grande cidade fazia aflorar os ânimos e os suores dos paulistanos, as calçadas e o asfalto das grandes avenidas pareciam um formigueiro de pessoas e carros que transitavam num passo acelerado e frenético. Marcos era mais um cidadão comum no meio do turbilhão humano que movimentava São Paulo naquele começo da vibrante e revolucionária década de 1970.
Trabalhando no distrito policial do bairro República, era um investigador inteligente e muito perspicaz, aos 35 anos, um charmoso homem de olhos azuis.
Levava uma vida tranquila e pacata com a família, era casado e pai de dois meninos, morador da Vila Maria. Apesar da profissão estressante, ele conseguia ser sossegado, não andava apressado como os outros, quando só, vivia absorto em seus próprios pensamentos. Em sua rotina de investigação, dentro do fusca preto-e-branco da polícia civil, olhos atentos debaixo dos óculos escuros, ele e o colega faziam planos para o final de semana.
– Tô querendo descer a serra nessa folga pra levar os meninos na praia.– comentou ele.
– É uma boa ideia porque esse calor tá de matar.
– Tomar umas cervejinhas e ficar olhando as garotas pra lá e pra cá é bom...
– Até secou minha garganta agora.
Após algumas piadas e risadas redundantes, os parceiros, que eram também amigos na vida pessoal, combinaram a viagem para o litoral. Praia Grande era o destino preferido deles para um relaxante descanso.
Estavam investigando um caso de homicídio ocorrido num bairro nobre da cidade, que aparentemente era latrocínio, porém Marcos não estava convencido dessa estória. Buscava evidências que comprovassem uma segunda linha de investigação: crime de mando. Ele tinha uma forte intuição, que beirava a certeza, de que o assassino era alguém de muito perto da vítima.
Foram ao velório disfarçados de conhecidos, acreditavam piamente na premissa que dizia: "o assassino sempre volta ao local do crime". O executivo da multinacional Siemens, trabalhava no escritório que ficava no edifício Andrauss, estava em um segundo casamento com uma mulher bem mais jovem, depois de um conturbado divórcio, fortes elementos para um possível crime passional.
Eles concentravam-se na movimentação, no entra e sai das pessoas, fisionomias, atitudes e principalmente no comportamento da jovem viúva. Ela chamava a atenção pelas roupas curtas e provocantes e pelo empenho em convencer que estava extremamente triste e suas atitudes, aos olhos do policial, mais pareciam um ato de peça teatral, exagerados demais.
"Essa viuvinha não me convence." – pensava ele, observando a cena dramática, ajeitando os óculos que teimavam em escorregar no nariz. "Está largo essa merda!" – concluiu ele já irritado.
***
Na manhã de segunda-feira da semana seguinte, Marcos foi ao centro da cidade, nos arredores do Andrauss, para dar sequência na investigação, soube que o homem era bastante conhecido por ali, frequentador assíduo e simpático de cafés e restaurantes. Parou numa banca de jornais, por sorte, contou com a indiscrição do dono que confidenciou-lhe particularidades do morto, importantes para o rumo das investigações. "Puts, ainda bem que ele é fofoqueiro." – suspirou ele, com um sorriso satisfeito e sarcástico. A propósito, o cara parecia levar uma vida bastante normal, era o dito cidadão "legal", em todos os sentidos.
Na calçada abarrotada de transeuntes, bem típico de um começo de semana na capital, viu passar uma garota, apressadamente, preocupada com os minutos que o relógio marcava. Era deslumbrante! Uma jovem e bela mulher, tanto que atraiu totalmente a atenção do policial que imediatamente parou de folhear o jornal e perdeu-se, no andar cadenciado e rebolativo, elegante como o das manequins de passarela. Era difícil ver andando pelas ruas uma mulher de uma beleza tão marcante.
Era Mariana o nome dela. Mariana tinha pouco mais de 1,70 de puro encanto. Pele bronzeada que contrastava com os cabelos dourados e longos, olhos verdes luminosos como a luz solar. Parecia aquelas moças que ficavam o dia inteiro na praia parafinando os cabelos, ela tinha um quê de garota do litoral. Lábios carnudos faziam lembrar Brigitte Bardot.
Estava atrasada, a hora de entrada no trabalho se aproximava e ela não gostava de se atrasar. Detestava o suor escorrer pelo rosto, ela odiava suar! O que mais prezava era sua boa aparência e apresentação, temia que o suor comprometesse o desempenho do seu delicioso perfume...
O policial ficou abismado, literalmente de queixo caído, observando o balançar dos cabelos, as mechas douradas que escapavam da presilha e teimavam em cair pelo rosto e grudar nos lábios, o tremular excitante dos seios, o arfar apreensivo e o andar apressado. Entrou rapidamente no edifício e não percebeu o olhar atento e admirado do homem que, por sua vez, quase não acreditava em tanta beleza!
Ficou rendido por ela, deixou-se dominar por seu instinto de macho , aquele que todo homem descobre quando vê uma mulher bonita e faz vibrar o coração, faz-se necessário lubrificar os lábios e assim , fervorosamente desejou aquela linda garota.
Okuduğunuz için teşekkürler!
Capítulo I - Uma bela e inesperada visão
A história é muito boa de ler, fácil compreensão dos personagens e do cenário. Gosto de histórias sobre vidas passadas e criminais, e Andrauss reúne exatamente esses dois gêneros. O problema é a sinopse, que fala de Pedro e da Ana, mas eles não aparecem. Nem são citados. A capa tb não é atrativa.
Capítulo I - Uma bela e inesperada visão
Tem alguns aspetos a melhorar, mas é uma história interessante.
Capítulo I - Uma bela e inesperada visão
O bom de histórias que se passam em locais reais e que a gente não conhece tanto, é que durante a leitura a gente vai se perguntando se os nomes das pessoas e localidades - como o nome do edifício - existem.
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