Eu vi você cair. Diversas e diversas vezes, contra um céu de estrelas flutuantes. Suas mãos buscavam o vazio e alcançavam as imagens refletidas das folhas de outono. Seu corpo atingia as águas geladas e seu fôlego, roubado pela correnteza.
Eu vi você cair.
Demoraria para acharem você, eu pensava ao acordar. Seu rosto pálido e arroxeado provaria que não foi o frio de Novembro que matou você. Não, fomos nós.
Fomos todos nós.
Admito que a realidade me assombra mais do que os sonhos. A ignorância é pior do que o conhecimento. Por muito tempo, quis penetrar os segredos de sua mente, tentar entrar em seu imo e permanecer lá, aquecendo-me junto aos meus sentimentos. E no embalo do seu ritmo, entendê-lo por inteiro.
Num fechar de olhos o mar me encontra do lado frio de minha cama, azul gelo cortando tudo que vejo.
— Você me culpa? — sussurrei para a escuridão, quebrada pelos primeiros raios daquela manhã fria de Maio.
Sua falta de resposta doeu mais que um sim. Apenas olhos azuis, que eu tanto amava, me encaravam de volta. Você veio até mim na escuridão do quarto, e apenas esperou.
Era hora de remexer os fatos, e tentar compreendê-los. Se tudo nos aconteceu por um motivo, gostaria de saber qual. Se poderia ter prevenido o desastre. Há muito que eu gostaria de ter dito, e ter feito, mas agora, só me restam os sonhos.
E um desejo.
Mas isso, eu já acho impossível.
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