feitade_nuvens Carolini F.

Ana se encontrava deitada no quarto escuro, tendendo entender sua própria mente.


Kısa Hikaye 13 yaşın altındaki çocuklar için değil.
Kısa Hikaye
0
796 GÖRÜNTÜLEME
Tamamlandı
okuma zamanı
AA Paylaş

Único

Pela janela podia observar as folhas verdes balançando preguiçosamente com a brisa fraca de verão. A lua encoberta com algumas nuvens finas, como um véu sobre o rosto delicado e sereno, e aquela brisa é inútil contra o calor quase insuportável.

É uma noite melancólica e muito bonita, mas nada disso consegue impedir o suspiro que passa por entre os lábios quase secos demais. Já é o quinto em um intervalo de trinta minutos? Ana não sabe dizer, assim como não sabe dizer o que está sentindo e nem o que quer fazer depois de tudo.

Aquela tarefa simples está sendo adiada mais uma vez, só para passar mais tempo sem fazer nada. Não consegue fazer nada, não importa quantas vezes se levanta da cama e senta em frente ao computador... Assim que a tela de descanso é substituída pela área de trabalho de fundo escuro e com uma frase motivacional clichê, daquelas que todo mundo já usou alguma vez, sua determinação em escrever algumas simples palavras é substituída pela vontade de chorar.

Então ela chora.

Chora e se pergunta se está apenas sendo preguiçosa, se é burra, se está fazendo a coisa certa, se apenas não é o suficiente. E talvez não seja suficiente. Afinal, se fosse, talvez conseguisse continuar próxima de todos aqueles amigos que diziam ser os melhores, unha e carne, talvez não tivesse dificuldade de continuar essas relações à distância, talvez conseguisse dizer para Débora — que realmente era sua melhor amiga — que a ama e sente saudades, sem aquela sensação de que está atrapalhando uma pessoa que já nem lembra mais de si.

Se perguntava: Por que ainda se mantinha próxima das pessoas que a viam apenas como um instrumento para terminar seus trabalhos? Pessoas que só estavam lá pela garota “esperta e inteligente” que pode terminar um trabalho praticamente sozinha, pessoas que lhe viraram o rosto e fingiram que não viam nada quando era sua vez de pedir ajuda — sua vez de precisar de alguém que apenas colocasse seu nome na folha e dissesse “está tudo bem, depois de tantos trabalhos que fez sozinha, é minha vez de retribuir e ajudar, então não se preocupe e descanse”.

Ana apenas tinha certeza de que o quarto escuro e com contornos quase imperceptíveis era um espelho fiel de sua própria mente. Confusa e um desafio para quem se aventurava em andar sem nada para poder se orientar. A garota tropeçou em um pensamento pontiagudo e caiu pelo meio do caminho, enquanto tentava alcançar o interruptor para acender a luz, e se perdeu em meio ao breu.

Apenas deitou-se por lá e se deixou engolir.

A noite estava muito bonita, mas era apenas uma imagem emoldurada pela janela de metal e interrompida pelas linhas da grade de ferro do lado de fora. Grades enferrujadas que não deixam ver tudo e não deixam sair, nem entrar.

Apenas virou para o outro lado, observando o quadro cheio de suas boas memórias sendo apenas um borrão escuro sem nada para ver, lembrar.

14 Şubat 2022 01:53 2 Rapor Yerleştirmek Hikayeyi takip edin
0
Son

Yazarla tanışın

Carolini F. mesmo na idade de virar eu mesmo ainda confundo felicidade com este nervosismo ~ Paulo Leminski

Yorum yap

İleti!
Henüz yorum yok. Bir şeyler söyleyen ilk kişi ol!
~