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O encontro inesperado de dois homens sobre uma ponte pode ser o início de algo maravilhoso, por mais que signifique estarem cegos por algum tempo entre as luzes, antes de precisarem enfrentar as condições de uma vida adulta em meio aos desejos de seus corações.


Hayran Kurgu Gruplar/Şarkıcılar Sadece 18 yaş üstü için.

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Uma vida tão maravilhosa

Escrito por: LuhDrama/LuhDramaLS

Notas Iniciais: Olá, xuxus! Mais uma vez estamos aqui para mais um ciclo e desta vez eu não pude deixar de aproveitar o tema para trazer artistas que eu amo. Decidi usar um plot beeem antigo que eu tinha baseado nas músicas do dueto Hurts, que eu super recomendo vocês ouvirem todas elas kkkkk Enfim, antes de iniciarmos, quero deixar aqui o aviso que no início há algumas menções a pensamentos sobre suicídio, então se você tem alguma sensibilidade ao assunto tome cuidado, ok? Tenham uma boa leitura!


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“Não se deixe ir

Nunca desista, é uma vida tão maravilhosa.”

Wonderful Life – Vida Maravilhosa


Os faróis de um carro iluminavam a passagem da velha ponte, que rangia suas madeiras gastas pelo tempo com o vento que perpassava entre as frestas das ripas, essas que antigamente interligavam os dois lados de uma estrada deserta. Através das luzes brancas também era possível distinguir a silhueta de um homem parado na beirada das tábuas apodrecidas, que estalavam em uma promessa de jogá-lo do alto.

Não que esse já não fosse seu pensamento inicial ao ter dirigido com os olhos embaçados e a cabeça cheia para o local naquela pista que fazia seu carro e mente chacoalharem em pensamentos confusos, correndo o risco de acabar com todo o amortecimento do veículo com a velocidade que andava pelo caminho esburacado.

O barulho, não maior do que os assobios da brisa, impedia que se distraísse como aconteceria caso houvesse trânsito ou transeuntes, só sendo possível visualizar ao longe um poste que continha uma lâmpada defeituosa, piscando mais que os olhos escuros em uma tentativa de pensar de forma coerente, totalmente contrária à ação que estava prestes a efetuar.

Porém, outro homem — que estava tendo um dia tão ruim quanto — o viu pelos faróis que destacavam o contorno de seu terno em meio ao breu e se aproximou pedalando em sua bicicleta só por curiosidade humana. Jimin não tinha pressa ou mesmo animação para voltar para casa.

— É assim que homens terminam as noites difíceis? — questionou de forma indiscreta ao deixar o veículo apoiado em uma placa, sem que recebesse uma réplica imediata e que o fizesse decidir se tinha feito ou não a escolha certa.

A resposta não veio de imediato, apenas quando o homem sobre a ponte percebeu que havia mais alguém ali, um ruído que o fez desviar do horizonte nebuloso e prestar atenção em uma segunda voz além de seus pensamentos.

— Acabei me metendo em problemas. Agora, se não se importa, pode seguir seu caminho. — A voz ríspida, na mesma medida que quase implorava, parecia guardar mágoas demais embaixo da língua. — Quero ficar sozinho.

Mas o outro não queria seguir seu caminho, mas sim ficar ali com aquele homem que encarava a ponte como se fosse a resolução de seus problemas — se é que era possível resolver dificuldades às evitando —, uma vez que não aguentava mais toda a pressão à sua volta.

De maneira intrometida, ele, então, fechou a porta do carro quando as primeiras gotas finas de chuva começaram a cair do céu. Afinal, um carro com um estofado vermelho tão bonito não deveria ficar molhado. E, antes que fosse repreendido, tomou a frente do homem que ainda hesitava e se sentou na beirada do precipício como quem desafiava a morte, acenando para que sua companhia sentasse ao seu lado.

No entanto, seu convite mudo foi recusado e deixou que o homem se atrevesse a sentir o frio na barriga ao olhar para o fim que o esperava; o término de seus problemas. Naquele momento, diante da luz alta, era possível ver os fios escorridos e escuros um pouco desgrenhados pela velocidade em que pedalava, assim como o colarinho de seu uniforme de trabalho estava desdobrado em um dos lados. Nada que reduzisse o interesse de alguém que tivesse a ousadia de admirá-lo por sua beleza debaixo do rosto cansado.

O homem engomado, entretanto, não tinha interesse em conhecer quem quer que fosse e surpreendeu-se ao ser impedido de prosseguir sozinho, a mão do desconhecido o firmando e sustentando como nada mais havia o segurado por todo aquele tempo.

— Não desista ainda, a vida pode ser maravilhosa — foi o que ele comentou. Um convite em forma de sorriso para que se permitisse ter uma segunda chance.

Uma extensa troca de olhares pareceu ser o suficiente para que não fosse preciso jogar mais nenhuma palavra no ar para entenderem tudo quando a chuva colocou lágrimas em seus rostos. Ficou implícita a compreensão de que nenhum dos dois iria embora agora, que, por trás dos olhos de dois homens cansados, ainda havia resistência e ninguém desistiria naquela noite.

Talvez a única coisa que não tenha sido fisgada entre os dois fora o interesse mútuo, aquele que surgia do diferente, do nada e de tudo que envolvia a situação incomum.

O segundo homem conseguiu finalmente convencer o estranho a se sentar ao seu lado e a luz dos faróis em seus olhos parecia como o fim de um túnel que ele atravessaria quando o medo do desconhecido o abandonasse.

— Jimin. Trabalho como garçom em uma lanchonete — apresentou-se, sem receios de obter um resfriado e de estar perto de alguém que parecia acumular defeitos demais para ser uma boa companhia.

— Yoongi — murmurou em uma imitação da introdução súbita. — Trabalhava em um escritório, até descobrirem o que eu fazia nas horas vagas.

Após aquele primeiro contato, Yoongi dirigiu para um destino desconhecido, deixando que Jimin ocupasse o lado do carona. Seus olhos volta e meia desviavam da estrada para certificar-se de que não haviam intenções errôneas nos orbes com lentes de contato, devido à recusa em usar óculos para contornar sua miopia.

Já o garçom, mais novo que Yoongi por diferença de poucos anos e talvez diferente demais do outro pelas experiências que já tiveram, manteve-se encolhido no banco ao lado, concentrado nas gotículas que escorriam pelo vidro do carro enquanto refletia sobre a maciez do estofado vermelho, em sua bicicleta deixada para trás e se estava em seu melhor juízo quando decidiu ajudar um desconhecido.

Quase não trocaram palavras, apenas quando julgaram necessário. O silêncio sempre fora como um parceiro inseparável dos dois e talvez fosse por isso que as coisas estavam dando tão errado. As palavras se liquefaziam e evaporavam em velocidades assustadoras e os mantinham mordendo as pontas das línguas até perderem suas preciosas oportunidades, matando-os aos poucos até terminarem em seus estados miseráveis atuais.

A maior frase proferida por Jimin foi o endereço de sua casa, uma moradia simples que dividia com a mãe e um gato malhado de olhos heterocromáticos. A despedida foi rápida, sem nenhuma previsão de voltarem a se ver ou comentários sobre o acontecido na ponte, apenas uma troca de olhares que se perpetuou até se perderem de vista.

No perpassar dos dias após o encontro inesperado, Jimin não viu mais acontecimentos estranhos durante sua volta para casa — exceto por sua bicicleta, que precisou ser recuperada naquela velha ponte —, e seus dias passaram de maneira repetitiva. Preso em sua rotina de anotar, pedir, entregar, agradecer e limpar.

Ao chegar em casa, coava café e se deleitava no cheiro forte, seu pequeno vício de noites mal-dormidas, acompanhado dos olhos atentos de seu felino enquanto sentava ao lado de sua mãe no sofá gasto para descansar.

Antes verificava se a progenitora precisava de algo e depois tentava relaxar ao som de tragédias mundo afora até que ficasse anestesiado sobre as coisas ruins, o que ainda não tinha acontecido completamente, mesmo depois de tantos anos.

Talvez isso tenha despertado o interesse de Jimin sobre Yoongi. Ele era uma tragédia iminente, e Jimin salvaria o mundo se pudesse, mesmo que esse mundo fosse do tamanho de uma pessoa. Sua síndrome de heroísmo talvez o fizesse ficar em maus lençóis, mas ele ainda não achava ser a hora de parar de insistir em sua utopia.

Assim como também desacreditava que fosse rever o homem da ponte. Pensou mais uma vez sobre o que poderia ter o levado até lá, logo aquela parte tão abandonada da cidade e caminho de sua casa, tão desamparada quanto.

O pensamento, então, foi tomando formas errôneas e obscuras, fazendo com que balançasse a cabeça para espantar os olhos escuros cheios de lágrimas e desespero de sua mente. Não podia sustentar algo que estivesse além de seu alcance e ele sabia que homens de negócios sempre abraçavam muito além do que podiam suportar, e então seus grandes impérios ruíam.

Por um tempo, conseguiu esquecer o episódio após decidir seguir em frente, mas foi durante o fim de um de seus expedientes, quando já estava se preparando para recolher cadeiras e esfregar mesas, que um homem de pele pálida e terno amassado entrou no estabelecimento. Suas costas estavam curvadas ao sentar numa das mesas do canto, sem se dar o trabalho de procurar um garçom que o atendesse.

Jimin, então, se aproximou com a bandeja que pretendia lavar em mãos e a deixou debaixo do braço para pegar seu bloquinho e caneta para anotar o pedido, o reflexo de seu cliente aparecendo na peça de metal.

Apenas alguns minutos em paz, por favor.

— Achei que tivesse sido despedido — Jimin comentou, ignorando novamente o que era pedido. E Yoongi lembrou da voz e do jeito petulante, vendo o garçom sentar-se à sua frente, agora na altura de seus olhos.

— É apenas um costume — Yoongi comentou, desconfortável por ter sido encontrado no mesmo estado pelo outro. Sentia que Jimin merecia ser recebido com uma aparência melhor, por mais que o garçom andasse com uma bandana amarrando os fios para que seu cabelo não caísse na comida dos clientes e seu avental tivesse manchas de molho e gordura.

Jimin acabou por trazer uma xícara de café para os dois e se encarregou de fechar a lanchonete quando os demais funcionários foram embora. A fumaça e o gosto amargo da bebida desanuviava as mentes fatigadas durante a conversa prolongada, palavras que não haviam sido ditas no primeiro encontro surgiam em sentenças proferidas em volume baixo, como se pudessem escapar por entre as portas e chegar a ouvidos indesejados.

— Você não se incomodou quando falei que estava metido em problemas — Yoongi murmurou entre um gole e outro, achando estranho alguém se aproximar dele depois dos últimos meses sendo evitado por todos que conhecia.

— O que era já não é mais, certo? — retrucou o garçom, retirando parte do uniforme com um suspiro, os olhos meio caídos esperando o efeito da cafeína despertá-los.

Entretanto, ele ficou sem uma resposta concreta, perdendo-se novamente na mudez de suas bocas e na troca de olhares falantes. Todos os segredos estavam ali, bastava lerem um ao outro.

O diálogo alternado entre murmúrios e momentos de silêncio acabou por se estender dias a fio. O moreno passou a aparecer sempre no final do período de trabalho de Jimin, e eles ficavam conversando até que o mais novo precisasse se organizar apressado para ir embora, recusando todas as caronas que Yoongi o ofertava.

Só quando recebeu o convite para ir ao seu apartamento, durante um sábado à noite — assim como no dia em que se conheceram —, que Jimin dividiu o carro com bancos claros e bonitos junto ao mais velho novamente.

Ele morava nos subúrbios da cidade, em uma área relativamente boa de viver; seu apartamento era no segundo andar. Uma altura insuficiente para se ter paz, de acordo com o dono.

— Não repare a bagunça — Yoongi disse, recolhendo as roupas do chão e chutando sapatos para o canto da sala.

Sobre a estante presente no cômodo, um porta-retrato permanecia virado para baixo, os cacos ainda em volta de quando foi derrubado com força. Jimin aguardou que seu anfitrião desaparecesse no corredor para o quarto antes de atrever-se a dar uma olhada nele. E, pela foto de uma menina abraçada a uma mulher que viu ao levantá-lo por pura curiosidade, ele teve a certeza de que o moreno também era um homem de família, mas, no final, não passava de um bebê que ainda estava aprendendo a lidar com o mundo.

Ele deixou o quadro como estava ao escutar um barulho próximo, no entanto, soube que foi pego bisbilhotando. O rosto impassível de Yoongi, com o cabelo por cortar caindo sobre seus olhos, indicava claramente isso. Jimin, então, se desculpou pela falta de educação, mas o mais velho não estava com raiva, não mais.

— De qualquer forma, o passado sempre volta para nos assombrar — começou a dizer; sua maneira de mostrar que estava tudo bem. — E quem deveria se desculpar sou eu, que nem ao menos lhe agradeci o suficiente por ter me salvado naquele dia.

Mais uma vez os olhos se perderam diante da confissão, e Yoongi queria dizer algo a mais, porém as palavras nunca saíram, pois — como que para preencher o silêncio — Jimin fez algo impensado.

Com um único impulso foi possível ouvir o baque das costas do moreno contra a parede, ecoando junto a um arquejo surpreso pelo ato imprevisível, acompanhado dos lábios inesperados sobre os seus. Só então, diante daquele primeiro passo, que o desejo que se escondia naqueles olhares prolongados surgiu em atos, sem questionamentos ou pausas. Somente contato, pele contra pele e gostos compartilhados.

As mãos buscavam agarrar um ao outro, consumindo aquelas emoções ainda indefinidas como fogo em uma chama que poderia rapidamente definhar e apagar com o tempo.

Contudo, naquele momento, os dois não consideravam nada daquilo. De repente, Yoongi começou a entender que não poderia esconder nada de Jimin. Uma hora ele iria o desmascarar por completo.

Entretanto, enquanto seu futuro maior medo não se concretizasse, levaria o outro consigo em seus braços até o sofá para ouvir a voz que nunca parecia deixar de cantarolar em seus ouvidos.

Nunca desista, é uma vida tão maravilhosa.

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Notas Finais: Queria agradecer a @Lullies/@lilacbabie pelas capas, a @mimi2320ls/@bebeh1320alsey e a Lu ( YinLua/ YinLua ) pela betagem. Muito obrigada por toda a ajuda, xuxus ❤

Até o próximo capítulo!

03 Şubat 2022 01:34 0 Rapor Yerleştirmek Hikayeyi takip edin
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