namjart Lis

Park Jimin e Jeon Jungkook são o composto de dois fragmentos opostos, tinta e água, amor e ódio, felicidade e melancolia. Por consequências de um destino iníquo, Jimin perde os sentidos de sua vida quando suas memórias se tornam um quebra-cabeças sem peças. Onde todas as cores passam a coexistir num único corpo e a cada tom uma memória que leva a Park Jimin a se apaixonar novamente. Jikook | Longfic | Fluffy | #CorpoEmCores 🎨 Capa feita por @3RACHANGEL (twitter) Betado por: @naokidover (twitter) ©namjart


Hayran Kurgu Kitabın Tüm halka açık.

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O dia mais escuro que o preto.
A tinta que apaga qualquer fragmento de cor que exista em mim, dando-me o vislumbre de sua prolixidade, a única cor que eu gostaria de esquecer.

🎨

21 de Julho de 2018 - Hashin hospital, Busan.
Dia do acidente.

A mente humana tem uma capacidade sublime de gravar e executar tudo que lhe é enviado, seja por palavras, pensamentos, acontecimentos ou atos. Uma habilidade que independente de resultar positivamente ou negativamente, ela não cessará.

Com isso vem nossa reminiscência: lembranças de dois a cinco anos atrás no qual tem a obstinação de nos perseguir toda santa madrugada. Nos lembramos de respostas que poderíamos ter dado, atitudes ou escolhas que poderíamos ter tomado para que hoje, os resultados fossem diferentes. Por um lado estamos constantemente arrependidos com algo e pelo outro, mantendo nossas penitências.

E assim caímos na armadilha do conformismo. Presos em situações que nos incomodam profundamente. Situações que nos constrangem, mesmo que tenha sido um acontecimento passado. O conformismo é perigoso, pois ele não nos deixa agir em prol de nossos benefícios, com isso, nós passamos a acreditar que somos a principal causa de nos arrependermos do caminho que estamos hoje, e que merecemos passar por isso. Entretanto, nem eu, nem você, nem ele merecemos nos martirizar com pensamentos ou acontecimentos passados e crer que nós não podemos mudar isso. Sim, nós podemos, para isso existe o presente.

Eu não mereço ver meu noivo em uma maca de hospital. Não tenho que viver com o pensamento tortuoso de que ele está enfrentando uma consequência de minha escolha. Não tenho que reviver a memória daquele acidente antes de pregar os olhos, não mesmo, não é justo. No entanto, ele está vivo, milagrosamente vivo. Esse é o nosso presente.

Meu herói de banana.

Sempre me salvando dos acontecimentos mais abruptos do destino, poderia ter morrido assim que sua cabeça se chocou com a lataria velha do carro de Kim Noori. O carro poderia ter esmagado seu corpo pequeno, eles poderiam ter demorado mais tempo para o encontrar, mas foram rápidos demais e agora está aqui. Forte, como sempre foi.

Hoje eu posso dizer com convicção de que o pesadelo mais doloroso é ver seu corpo pequenininho neste estado. O rosto pálido e sereno trazendo a sensação confortante de que ele está apenas dormindo, seguido pela lentidão que seu peito sobe e desce.

Nesta mesma noite constei a capacitação dos bombeiros de nossa cidade natal, pela rapidez que o tiraram da água, e também tive a certeza de que Park Jimin estava morto.

Em minha segunda afirmação precipitada eu estava errado.

As horas se passaram tão lentamente. Eu sentia meu peito apertado como nunca em minha vida, entorpecido pela saudade e o medo. Sentia falta de suas provocações, do qual me deixava vermelho e ansioso. Sentia falta das suas caretas que me faziam sorrir, até mesmo quando eu não estava em um bom momento e dos seus dedinhos apontados no meu rosto quando ele ficava irritado. Sempre conseguia fazer com que eu refletisse sobre minhas ações.

Repreenderam minha preocupação dizendo ser desnecessária, que seus tecidos cerebrais estavam lesionados, mas não era nada tão grave quanto pensavam, que logo ele acordaria. Sejamos francos, assim como é do feitio humano amar alguém ou alguma coisa, nos preocuparmos e pensamos sempre o pior, também. Como já dizia a Lei de Murphy que a tempos eu não refletia sobre: Se alguma coisa pode dar errado, dará e da pior maneira possível.

Esse filho da puta nunca esteve tão certo.

—Suas mãos são tão pequenininhas Hyung, você sempre teve mãos lindas e gordinhas...— Sussurro, deslizando a ponta de meu indicador por sua palma, contornando cada detalhe com carinho, até entrelaçar nossos dedos.

Uma lágrima salgada e pesada escorre por meu rosto, pingando sob os lençóis brancos. Meu desespero frutificou a cada minuto em que uma esperança crescia e morria sucessivamente quando na verdade, seus olhos permaneciam fechados e ele mal se movia. Graças ao declínio da temperatura do outro lado da janela, me fez ter o pensamento de que, talvez, Jimin estivesse com frio e desconfortável, sentindo-se tão claustrofóbico quanto eu pela sala minúscula. Meus dedos ainda estavam trêmulos desde que entrei aqui pela quarta vez neste mesmo dia, com o constante sentimentos árduo e sufocante, lutando para não derramar mais lágrimas, como todas as vezes as derrubei.

Ggukie?

Consigo gargalhar baixinho ao pensar que estou ouvindo sua voz, talvez fosse saudade ou a falta de seu calor. Mas este pensamento— também precipitado— está tão errado quanto o último, quando sua mão se afasta da minha.

Sinto uma corrente elétrica percorrer da ponta de meus pés até a cabeça, meu peito se aperta juntamente a minhas pálpebras, desacreditado que ele estava mesmo acordado. Pressionei o pequeno botão ao lado da cama para que as enfermeiras viessem tão depressa quanto meu desespero.

Em segundos as lágrimas fizeram parte de meu rosto e de minhas bochechas inchadas. Vê-lo com os olhinhos tão abertos, ainda que parecesse cansado, era mais um dos meus milagres.

Me inclino um pouco mais em sua direção, ajustando meu blazer antes de puxar sua mãozinha novamente e colar meus lábios em sua palma com carinho. Já Jimin, me olhou como se eu fosse um completo estranho.

O que há de errado, chim?

—Pequeno, oi!— Esfrego meu nariz vermelho com a mão esquerda, sem desmanchar o sorriso sofrido em meu rosto. Não descartando a preocupação de saber se estava realmente tudo bem ou não, já que este levou um forte golpe na cabeça.

Observei seus olhinhos percorrer pelo quarto, como se tentasse analisar a situação em que estava e desvendar como veio parar no hospital. Até a enfermeira magricela finalmente entrar, derrubando os papéis que carregava no chão e em seguida um copo cheio de café, um verdadeiro desastre de funcionária, eu diria.

Primeiro, esfrego meu rosto em frustração. Segundo, noto que aquilo fez Jimin sorrir, dando-me o vislumbre de uma possível esperança de que ele estava bem. Um sorriso pequeno seguido por uma careta de dor e depois seu semblante se torna confuso.

Acho que me precipitei novamente.

Até que sinto uma lembrança distante me atingir. Isso me fez ligar os pontos.

A forma com que ele bateu a cabeça, os tecidos cerebrais lesionados, a confusão no rosto de Jimin... Não, não posso pensar nisso. Não posso aceitar como uma probabilidade, por mais que fosse o certo a se fazer.

Depois de dez horas me afundando em soluços, pinturas e origamis de papel em formato de flores, aflito, sozinho e desnorteado sem saber se meu noivo acordaria, sem saber se realmente sobreviveria, os poucos segundos que vi seus olhinhos se abrindo me trouxeram uma esperança do qual eu não poderia acreditar.

E eu nunca o deixaria sozinho, mesmo se seus olhos não abrissem por longos meses. Eu prometi e vou cumprir.

—O que aconteceu?— Jimin perguntou, com a voz baixa. Erguendo seu corpo em uma tentativa falha de se confortar, mas geme de dor. Inclino-me quase imediatamente para o deixar mais confortável, mas ele franze o cenho de forma incomum, assustando-se com a minha aproximação.

O que está acontecendo, Hyung?

—Você é Park Jimin?— A enfermeira pergunta ainda enrolada com as fichas dos pacientes, com a prancheta sob o peito após ter mandado um pobre faxineiro limpar sua vergonha em frente a porta.

—Não, sou o Sunda. Não tá vendo a porra da ficha?— Com uma carranca maior que a impaciência da enfermeira, Jimin a reclama, levando a mão até a cabeça após gemer de dor novamente. Meu rosto se contorce pelo esforço que faço ao conter uma gargalhada explosiva e infantil. Principalmente depois que a mulher fechou os olhos de forma lenta, soltando um suspiro irritado.

Que inferno, Chim. Até irritado você consegue ser adorável.

—Jimin-ssi...— Pouso minha mão em sua coxa, em um sinal de advertência. Ele continuou agitado, até mesmo arrancou o soro das veias de forma brusca, afastando-se de mim da mesma maneira.

—Alterações no comportamento é completamente normal, senhor Jeon. Não se preocupe.— Afirmou a mulher. Tateando o jaleco até achar um aparelho pequeno e prateado, então acende uma forte lanterna, apontando-a na direção dos olhos do meu Hyung, que gemeu teimoso. Pressionou as pálpebras impossibilitando que ela o examine. Ele sempre disse que seus olhos eram sensíveis a luz.

Depois de bons minutos ele finalmente cedeu e a deixou examinar seus olhos.

— Preciso que me responda algumas perguntinhas, tudo bem?

—Tenho opção?— Ele bufa, sem responder a enfermeira devidamente, com um semblante irritado como se a qualquer momento fosse atacar o pescoço da pobre mulher.

—Seu nome, sua idade, em que ano estamos e quem é este rapaz bonito aqui do meu lado.— A enfermeira sorri forçadamente, apontando sua caneta em minha direção. Era nítido de que estava caindo de sono por ter passado a madrugada de seu plantão debruçada sob o balcão, babando e cochilando.

Ele se ajeita em cima da maca, fechando os olhos tão lentamente que me deixa agoniado. Então geme de dor pela milésima vez. Parecia estar tão desconfortável naquela maca ao demonstrar também algumas pequenas reações sobre a dor aguda que deveria estar sentindo. Ainda que eu ache desnecessário fazer este tipo de pergunta logo agora que ele acordou, não posso dizer nada pois estou tão ansioso pelas respostas quanto ela e tenho certeza que ela mandará eu me calar caso eu a interrompa.

—Meu nome é Park Jimin...— Sua voz soa com um sussurro, ele ofega. Ergue a destra até a nuca massageando-a com impaciência antes de continuar:— Tenho dezenove anos, estamos em dois mil e quatorze... Ah, esse é... Como é mesmo? Ah! Jeon Ggukie eu acho... Um garoto da minha antiga escola.

Dois mil e quatorze?

Meu olhar se encontrou com os da enfermeira quase no mesmo instante. A dor que me abraçou era pior que o inferno, minhas mãos começaram a suar e meu peito subir e descer, com meu coração acelerando a cada segundo. Por favor, que isso seja um efeito temporário do acidente. Que seja apenas uma confusão inerte de Jimin. Isso não pode estar acontecendo.

Eu sabia da probabilidade disso acontecer, só não queria acreditar.

—Jimin-ssi, nós noivamos a oito meses atrás, no Japão. Você não se lembra?— Pergunto mesmo que a resposta seja óbvia. E aqui minha esperança de que suas memórias apareçam em um estalo foi diluída como tinta em água quando o garoto apenas balança a cabeça negativamente.

Sendo acertado de forma bruta por minha nova realidade, minha ficha finalmente cai.

As lágrimas voltam a tomar parte de meu rosto. A pontada aguda e angustiante era de pura dor, meus olhos ardem quando encontraram os dele, seu semblante não mudou. Seguro em sua mão novamente trazendo-a para perto de minha bochecha, apenas para sentir o calor de seus dedinhos em minha pele. Mas Jimin se afasta, desconfortável com a minha aproximação. Meu coração se partiu, mais dolorosamente do que quando foi partido pela primeira vez, ele olha nos meus olhos e suas palavras, mesmo que dito tão baixas, me feriram ainda mais:

—Não faz isso.

Dois mil e quatorze foi o ano que ele me tirou da realidade distorcida que eu mesmo criava, o ano que ele me deu forças pra continuar tentando, o ano que ele me ensinou a ser feliz de maneiras estranhas e divertidas. O ano que nos apaixonamos.

Levo uma mão a meu peito, sentindo o ar fazer falta em meus pulmões. Meus olhos queimam com a intensidade vasta da dor que parece se alastrar, debruço sobre a cadeira acolchoada, levando as mãos até os cabelos e os puxando para trás por alguns minutos. O silêncio constrangedor que se instalou era ainda pior. Novamente ergo meu olhar, para ter certeza de que esta seria nossa nova realidade.

Então ele se volta a enfermeira aparentemente tentando fazer o mínimo movimento possível.

—Não tenho nenhum noivo.

—Jimin, dia oito de novembro...— A enfermeira tenta contar a ele o que passei horas contando a todos que entrassem. Como nós noivamos. Entretanto, a irritação de Jimin é assustadora, tanto antes quanto agora. Ele não deixa de ser ele mesmo quando a interrompe gritando:

Cacete, eu já disse que não tenho nenhum noivo, inferno!

Então, eu concluí:

Há duas maneiras de se viver a vida, uma: é acreditar que não existe milagres, fracassando antes mesmo de tentar por pensar inicialmente que não conseguiria. A outra: Acreditar que todas as coisas são milagres, se erguer e lutar sem pensar na probabilidade de falhar.

Aqui e agora, decidi viver e lutar por ele.

Nossa felicidade era pra ser por que ele me ama, e eu o amo. Hoje depende de mim, amá-lo e fazê-lo me amar.

O oposto da primeira vez.

12 Mayıs 2021 21:35 0 Rapor Yerleştirmek Hikayeyi takip edin
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Sonraki bölümü okuyun #FFDC00

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