liszthie Liszthie

Oh Sehun é um rapper em começo de carreira e Byun Baekhyun o dono de um dos muitos clubes noturnos onde Oh é chamado para se apresentar. Certa noite, depois de um dia difícil, Baekhyun vê o rapaz no palco e logo se atrai por sua presença forte e o olhar arrogante, tornando o Oh o seu capricho para aquela noite. Mas Sehun estaria mesmo disposto quando Byun Baekhyun representa tudo o que ele mais detesta?


Hayran Kurgu Gruplar/Şarkıcılar Sadece 18 yaş üstü için.

#exo #baekhyun #sehun #sebaek #baekhun
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Boss.




Is you down right now?

We can pour another round right now?

You and me with no one else around

So tell me, are you down right now?




A presença forte daquele rapaz se alastrava pelo palco, prendendo os espectadores aos charmes de sua voz e dos movimentos de seu corpo. Com seus 1,83 de altura ele era jovem, talentoso, bonito e desejado. O combo perfeito para virar as cabeças das mulheres - e de alguns homens também - e o quase sorriso no canto de seus lábios dizia que ele estava mais do que ciente daquilo.


Baekhyun umedeceu os lábios com a ponta da língua, tão preso ao rapper quanto qualquer outro que o assistia naquela noite. Ele sorria arrogante enquanto despejava suas linhas cheias de afronta, como se fosse bom demais para qualquer pessoa presente naquele lugar. Baekhyun até concordaria com ele, se não estivesse bem ali entre os presentes. Mas o moreno sequer estava olhando para ele. O rapaz estava tão concentrado em sua performance, que não ergueu os olhos para os camarotes nenhuma vez. O mais velho desejou que ele tivesse feito aquilo. Um único contato com aqueles olhos escuro seria o suficiente.


Aquele garoto...


O Byun quis aquele garoto em sua cama no instante em que seus olhos caíram sobre ele. Quis bagunçá-lo em seus lençóis, marcar a pele com a boca, sussurrar palavras sujas em seu ouvido, surrar aquela bunda redondinha com seus tapas e depois recompensá-lo com o seu pau. Desejou ouvir aquela voz rouca gemendo o seu nome, gritando o quanto estava gostando e pedindo por mais. Quis vê-lo corado, suando e gemendo. Queria poder bagunçar aquele moreno de ar prepotente e queria aquilo naquela noite, porque ninguém havia prendido sua atenção como o rapper de cabelos pretos escondidos por um boné. Ninguém naquele lugar era tão bom quanto ele e os dois sabiam disso.


— Chanyeol? — chamou a atenção do homem ao seu lado, sem desviar os olhos do rapaz que se apresentava no palco pequeno. — Qual o nome dele?


— Ele? — o gerente fitou o rapaz bem a tempo de vê-lo jogar o boné preto para as pessoas que se aglomeravam na pista. Aquilo levou a multidão a loucura e logo uma série de gritos podia ser ouvida por cima da música alta outra vez. Ele era bom e Chanyeol não escondeu o sorrisinho de canto, extremamente envaidecido por ter tido a brilhante ideia de chamar o rapper naquela noite. Ótima oportunidade para mostrar ao seu chefe que sabia escolher bem as atrações da Alliance e que o clube noturno era muito bem administrado por ele na ausência do Byun. — Se chama Oh Sehun. Ele está começando agora, mas tem chamado bastante atenção.


— Sehun. — o mais velho testou o nome do rapaz em sua língua com gosto de Hennessy. Era um nome lindo. Perfeito para a sua boca quando a mesma estivesse contra o pescoço dele, ofegante e chamando seu nome só para vê-lo arrepiar inteiro. — Oh Sehun...


Byun Baekhyun deu fim ao conhaque em seu copo em um gole lento. Os olhos queimando sobre as costas suadas do moreno enquanto ele recolhia sua jaqueta e se retirava do palco sob os gritos eufóricos do público. O homem podia jurar que viu o lampejo de um sorriso impudico naquela boca bonita, mas, na distância em que se encontravam, não podia dizer com certeza. Queria vê-lo mais de perto, confirmar aquele sorriso, os olhos escuros e arrogantes, a boca rosada que quase se esfregava ao microfone quando ele cantava e as veias daquela mão que gesticulava quase hipnótica no ritmo da música.


Sua mente tratou de reforçar a imagem de um Oh Sehun bagunçado em sua cama e, novamente, Baekhyun o quis.


Ele não tinha medo de ser rejeitado. Aquela palavra sequer existia em seu vocabulário quando tudo e todas as coisas vinham facilmente para suas mãos. Baekhyun podia ter tudo e os culpados eram o dinheiro, o poder, status, seu rosto e sua vontade - seus desejos quase caprichosos demais e que ele sequer se importava de serem vistos como excêntricos ou fúteis. Oh Sehun, por outro lado, não era um desejo fútil e, assim como todo o resto, o homem de cabelos avermelhados sabia que aquele rapaz também terminaria em seu colo em algum momento. Byun, no entanto, queria apenas que o momento fosse ainda naquela noite e sequer sabia que nome dar para sua impaciência. Chamaria de Sehun.


— Consiga ele para mim. — mandou, se levantando da poltrona e Chanyeol se afastou um passo em meio aos tropeços. — Quero ele na minha cama hoje à noite.


— Tem certeza, senhor? — perguntou incerto. O próprio Park Chanyeol já havia tentado algo com o rapper e havia sido duramente rejeitado pelo mesmo. Oh Sehun podia ser um cara extremamente difícil e Chanyeol sabia que a probabilidade de ouvir um 'não' era maior que a de receber um 'sim'. — Não acho que seja uma boa ideia.

— Ele é comprometido? — Baekhyun franziu o cenho e o Park negou com a cabeça. — Bom, então converse com ele e o consiga para mim.


Ele falava como se fosse muito simples e talvez até fosse - para ele -, mas Chanyeol ainda era só um mortal, sem a metade do dinheiro ou poder de Byun Baekhyun, e não estava tão certo sobre propor algo como aquilo para Oh Sehun. Na melhor das hipóteses, ele poderia rir em menosprezo e então lhe mandar embora, na pior delas, por outro lado, ele poderia lhe dar um belo soco e perguntar se o Park havia ficado doido. Já havia experimentado o soco do Oh e podia afirmar que seu gancho era realmente poderoso. Não queria fazer aquilo, mas Baekhyun era ssu chefe e seu chefe sempre conseguia tudo o que queria.


— Vou ficar na minha sala analisando as finanças. — O ruivo disse, encarando a nova atração que subia ao palco. Era uma garota de voz forte e bonita, mas que não parecia possuir metade da presença de Oh Sehun. Aquilo só confirmava o quanto aquele garoto havia lhe pegado. — Pretendo ir em uma hora, então já sabe.


Chanyeol suspirou, vendo a cabeleira ruiva e bem penteada se deslocar para a saída do camarote. Baekhyun era bons centímetros mais baixo, mas a pouca altura não o fazia menos intimidador. Chanyeol o conhecia desde o ensino médio e, por mais que já estivesse acostumado com o jeito dele, por vezes ainda se impressionava com a aura forte que o homem possuía. Nunca o viu verdadeiramente zangado, mas definitivamente não gostaria de estar por perto quando acontecesse.


— Merda! — resmungou e continuou a praguejar baixinho por sempre ficar com as piores tarefas. Cinquenta e nove minutos não poderiam ser usados para lamento e ele logo se recompôs e saiu dali massageando o queixo como se antecipasse o soco que receberia em breve. — Espero que ele esteja de bom humor.


Byun Baekhyun era filho único e também o orgulho de seus pais. Agora, com 28 anos, já havia conseguido cumprir a missão pessoal de transformar o pequeno patrimônio dos Byun em alguns milhões de dólares com todos os seus investimentos ao redor do globo e a família se orgulhava. Era famoso pela habilidade com os negócios e também bastante temido naquele meio. Alliance era seu mais recente empreendimento. A boate localizada em Hongdae tinha pouco menos de um ano de inauguração e já era uma das mais bem frequentadas do distrito. Park Chanyeol era o administrador do lugar, já que o Byun estava sempre viajando e não podia se dedicar totalmente ao empreendimento, e as atrações do clube eram de sua escolha. A boate contava com apresentações ao vivo nos finais de semana e daquela vez Oh Sehun havia sido novamente contratado para animar a noite dos clientes. Os frequentadores o adoravam, gritando seu nome e berrando em êxtase antes mesmo dele subir no palco e não se podia negar o quanto ele fazia sucesso.


Sehun estava começando, mas suas músicas estavam sempre nas rádios e, fossem fãs ou não, as pessoas gostavam do som do rapper. Seu rosto já era conhecido pelas capas de revista, desfiles de moda e anúncios na televisão - dos quais ele costumava fazer durante a adolescência - e, justamente por isso, o início havia sido tão complicado. As críticas quando anunciou que estava trabalhando em sua primeira mixtape foram realmente duras e, no entanto, ele não desistiu. Na internet, os comentários diziam que ele deveria voltar para as passarelas e revistas, tentar a sorte como ator ou mesmo entrar em uma dessas agências de entretenimento apenas para debutar como a face de um grupo idol. Diziam que seu rosto bonito não encaixava no gênero, mas mesmo diante das críticas e zombaria, Sehun lançou a primeira mixtape aos 21, com foco em R&B e Hip Hop. Inanimate Doll acabou sendo uma grande surpresa para o público em todas as suas 10 faixas — todas contando com a participação do moreno na letra, composição e arranjo. A surpresa estava certamente no fato daquele garoto de porcelana ter sido capaz de produzir seu próprio rap e as letras melancólicas nas músicas com foco em R&B, tornando aquele trabalho algo extremamente íntimo para os ouvintes e fazendo os fóruns online emudecerem por certo tempo. Inanimate Doll era um álbum de estreia deveras ambicioso e havia ajudado o jovem a deixar sua marca na superfície de vidro do paradigma de idol-rapper, mas Oh Sehun estava apenas começando e ainda haviam muitas críticas a seu respeito na internet. Principalmente aqueles que diziam que seu sucesso provinha da boa aparência que ele possuía.


— O que você quer? — perguntou, fitando o rosto do gerente através do espelho do pequeno banheiro do camarim. O moreno amassou a toalha contra os ombros e secou a água do banho breve que havia acabado de tomar. Sua presença na Alliance naquele dia havia sido de quase duas horas - animando o público com sua música sem pausa -, mas era algo que ele vinha se acostumando. As apresentações nas casas de show rendiam um bom dinheiro e ele tinha sempre um novo local para cantar todas as noites. Era cansativo, mas a gravadora era pequena e Sehun precisava fazer dinheiro. — Você sabe que pagamento é sempre com o Minseok hyung, não é?


Não precisava de formalidades com Park Chanyeol quando já conhecia aquele cara desde os tempos de modelo. O mais velho já havia sido caso de uma amiga sua - também modelo - e eles já haviam estado em alguns lugares juntos por causa disso. Sehun não o achava grande coisa e ele caiu ainda mais no seu conceito quando veio lhe oferecer dinheiro em troca de sexo há uns dois anos. Se lembrava bem de ter quebrado um dente dele com um soco e agora, se não estivesse enganado, o Park deveria ter um implante de ouro lá no fundo da boca. Sehun não se arrependia nem um pouco.


— Não vai receber agora. — as sobrancelhas do Oh se estreitaram em confusão e os olhos escuros miraram o mais velho como se pudessem atravessá-lo. Chanyeol suspirou. Se Baekhyun era intimidador, Oh Sehun podia ser mil vezes mais. Aqueles dois possuíam presenças esmagadoras e Chanyeol sufocava facilmente, por isso preferia terminar logo e sair daquele lugar. — Vai receber no final da noite.


— Já estamos no final da noite.


— Você não entendeu. — Chanyeol riu fraco, coçando a nuca e aproveitou para puxar os fios com força como uma punição por estar enrolando tanto. Ele deveria apenas falar, conseguir um "sim", ir ao Byun e lhe dizer que podia pegar o seu tão desejado garoto. — Meu chefe quer você. Só vai receber o seu dinheiro no final da noite, quando ele estiver satisfeito.


Foi a vez do moreno soltar um riso baixo.


Sehun já havia ouvido aquele tipo de proposta pelo menos umas mil vezes. Sexo em troca de dinheiro. Geralmente eram homens e mulheres — em grande maioria velhos demais — querendo experimentar um corpo jovem e bonito. Se lembrava bem do começo da carreira de modelo, quando homens mais velhos tentavam disfarçar suas intenções com toques amigáveis, um aperto no ombro aqui, uma mão na cintura acolá, sussurros próximos de seu ouvido e finalmente suas propostas: "Posso te dar 2 milhões de wons se você aceitar passar uma noite comigo, Sehun-ah." "Um grande contrato publicitário. O que você acha?" Logo depois de abandonar a carreira como modelo as propostas apenas mudaram de cara: "Melhor divulgação do seu disco." "Sua música no top 3 da minha rádio. Vamos lá não se faça de difícil." Eram sempre as mesmas coisas e Sehun estava farto. Não era um produto disponível na vitrine. Não estava à venda. Nunca esteve.


— Ele ofereceu dinheiro? — O moreno perguntou com um sorriso debochado no canto dos lábios quando passou pelo Park e seguiu para fora do banheiro. Sua mochila estava jogada sobre o sofá pequeno de couro e ele não hesitou em pegar suas roupas e começar a se vestir ali mesmo, diante do Park. — Diga que eu mandei ele enfiar no cu.


— Sehun! — Chanyeol repreendeu e suspirou, passando as mãos pelos cabelos pretos. A calvície precoce ainda era discreta, - bem no meio de sua cabeça -, mas ele sentia que uma hora ou outra perderia todos os fios para os estresse causado pelas situações que Byun Baekhyun o colocava. Era triste para alguém de 27 anos, mas quando ele pensava no gordo salário no final do mês, no seu apartamento enorme no centro da cidade, no carro potente que tinha na garagem e nas garotas bonita que conhecia, terminava por se perguntar se não valia a pena arrancar os cabelos perto da nuca e implantar no meio da cabeça para seguir suportando aquele tipo de coisa em troca da boa vida que tinha. — Ele não ofereceu dinheiro, sequer tocou nessa palavra. Só me pediu pra conversar com você e te convencer. E, bom, como eu sei que o pagamento na sua agência anda atrasado...


— Espera. — Sehun parou e se voltou para ele com o cenho franzido e a camisa enfiada no pescoço. O abdome se mostrava bem ali, os gominhos discretos em sua barriga reta, parando antes de alcançar a faixa da cueca da Calvin que escapava do cós de seu jeans azul escuro. — Quem te falou do pagamento?


A bochecha direita do Park formigou. Ele não queria levar um soco por andar sabendo da vida e situação financeira do Oh, mas eles tinham amigos em comum e aquilo ainda era inevitável. Pediu a todas as divindades que se lembrava que protegessem seus dentes daquela vez e só então voltou encará-lo.


— Minseok-ssi. — suspirou. Estavam demorando demais e logo Byun Baekhyun sairia de sua sala para procurá-los e levar o Oh consigo. Chanyeol não sabia o que era pior: um possível soco ou uma bronca do chefe por ter falhado em uma tarefa que, em tese, era simples. Quem em sã consciência negaria Byun Baekhyun? Até Chanyeol já havia dado uma olhadinha discreta no mais velho. — Sehun, o meu chefe...


— Não, Chanyeol. — O olhou sério, puxando a camisa para baixo antes de se enfiar no moletom e puxar o capuz sobre os cabelos ainda úmidos do banho. — Eu não sou um produto e se ele não se garante para falar comigo pessoalmente então eu realmente dispenso.


O mais novo enfiou as roupas usadas na mochila e fechou o zíper antes de se voltar para o maior e lhe lançar um olhar duro. — E, se você continuar com esse papo, eu vou quebrar o seu outro dente.


Sehun abriu a porta e rumou para fora da salinha que servia de camarim. Sabia que o Park iria depositar o pagamento do show depois, mas, sinceramente, aquela conversa havia lhe deixado tão irritado que ele sequer estava se importando com o dinheiro. De novo pensava naqueles fóruns online que diziam que ele era bancado por pessoas ricas porque era muito bonito e aquilo o irritava.


Estava começando na música sem a ajuda de grandes empresários do ramo. Cantar em casas de show fazia parte e receber aquele tipo de proposta também. Ele não era nenhum idol famoso como os adorados cantores de k-pop, que tinham uma legião de fãs e gritavam glamour aos quatros ventos com seus presentes caros, milhões de reproduções online, trabalhos o tempo inteiro, visibilidade, equipes grandes e salários gordos o bastante para possibilitar o investimento em imóveis ou na abertura de seus próprios estúdios. Sehun era ex modelo e um rapper no início de carreira de 22 anos, sua empresa não era grande, as contas atrasadas eram pagas com o dinheiro das vendas do álbum digital, as apresentações e a mixaria que recebia das plataformas de streaming. Ele mal possuía um manager e não tinha um salário lá muito decente, mas quem precisa saber que nem todo rapper leva uma vida de luxo e mulherada como nas letras dos ganhadores de realitys? Sabia que a maioria das pessoas em seu lugar iriam aceitar as propostas e montar na grana de alguns milionários, mas ele não sabia ser assim. Não queria ser assim. Não queria dar razão às centenas de pessoas que se escondiam atrás de um computador para dizer aquele tipo de coisa a seu respeito.


— Ei? — suspirou com o telefone contra a orelha. Havia ligado para Kim Minseok, seu único suporte fornecido pela empresa, ao procurá-lo do lado de fora e não encontrar. — Onde você está, hyung? Eu já acabei aqui


"Oi, Sehun-ah.", O mais velho cumprimentou do outro lado da linha, mas Sehun notou que a voz dele parecia mais cansada que o habitual. "Dae passou mal e eu tive que trazê-lo para o hospital. Acho que só vamos ser liberados de madrugada e isso significa que não poderei buscar você na Alliance…"

— Ah…


"Chanyeol te pagou, certo?", Minseok continuou. "Pegue o metrô ou peça carona a ele. Eu realmente sinto muito, Hun-ah."


— Tudo bem. — murmurou, afastando o celular da orelha para conferir as horas. Tarde. Muito tarde. — Ei, hyung? Melhoras para o Jongdae. Vou tentar passar na casa de vocês depois e levar aqueles biscoitos que ele gosta.


"Obrigado, Hunnie" — percebeu que o homem estava sorrindo ao falar, mas logo veio outro suspiro. Para Minseok era sempre difícil quando o noivo tinha uma piora nos pulmões, mas sabia que era ainda mais difícil para o outro Kim. — "Ele vai gostar de ver você e vai gostar dos biscoitos."


— Passo aí amanhã. Até depois, hyung.


"Até."


Suspirou, encarando o corredor vazio dos fundos da boate. A música era abafada e distante agora e aquilo lhe permitiu pensar. Se corresse bastante ainda poderia pegar o trem da meia noite e quarenta porque, considerando a conversa que havia acabado de ter com Park Chanyeol, ele preferia ofegar até a morte depois de uma bela corrida até a estação do que se sentar no banco do carona da Mercedes-Benz daquele cara. Ele iria correr até a estação e pegar o metrô. Iria colocar a bunda gorda em um daqueles bancos e só iria desgrudar quando chegasse no ponto mais próximo de sua casa. Depois iria sair e então andar até chegar no prédio de tijolinhos, se amaldiçoando por ainda não ter comprado uma moto, só para chegar em seu apartamento minúsculo e seguir direto para a cama.


Era isso. Esse era o plano.


— Você está bem?


Sehun achou que fosse morrer de um ataque cardíaco, porque há meio minuto atrás não havia ninguém ali além dele.


O moreno resmungou um palavrão e pressionou o telefone contra o peito, sentindo o coração bater contra as mãos. Sequer havia reparado naquele baixinho ali perto e agora havia acabado de ter um quase ataque cardíaco por culpa daquele cara de pés levinhos demais. O rapper suspirou, guardando o celular no bolso do moletom, e se voltou para o homem ruivo parado do outro lado do corredor. Murmurinhou um pedidos de desculpas - mesmo sabendo que quem deveria se desculpar era ele - e se virou para sair e ir embora.


Ainda tinha que correr até a estação.


Baekhyun percebeu que o moreno tinha toda aquela aura sedutora no palco, mas que fora dele — longe dos olhares carnais que gostava de despertar nas pessoas —, Oh Sehun era apenas um garoto que havia crescido demais. Baekhyun o achou fofo com aquele rosto sem nenhuma maquiagem e os olhos que se arregalaram quando se assustou.


— Me perdoe pelo susto. — O rapaz mais baixo sorriu. Baekhyun havia escutado a pequena discussão do Oh e do Park dentro do camarim e mesmo depois de ouvir as palavras do garoto e do aviso que Chanyeol havia lhe dado mais cedo, Baekhyun ainda estava interessado. Fodidamente interessado.— Sehun, não é?


— Uhum. — assentiu, fitando o menor antes de voltar os olhos para o corredor vazio. Precisava correr logo ou iria perder o trem. — E você...? Um fã? Quer um autógrafo? Uma foto? É que precisamos ser rápidos, cara.

— Pode me chamar de Baekhyun. — O ruivo se apresentou e franziu as sobrancelhas logo em seguida. — Você parece com pressa... Aconteceu alguma coisa?


— Ah... — Ele riu sem graça, coçando a nuca. Talvez tivesse tido uma primeira impressão errada sobre aquele cara. Olhando melhor para o rosto dele, ele era bonito de um jeito que quase lhe fazia esquecer que queria mandar Park Chanyeol e o chefe dele para a puta que pariu. Quase. — Não é nada. Só um babaca me tirando do sério e eu também acabei de ficar sem carona para casa. Nada demais.


Baekhyun assentiu, analisando o moreno com um sorriso pequeno nos lábios. Sehun era bonito. Mesmo sem maquiagem e com aquelas roupas largas que escondiam as belas formas que ele havia revelado no palco, ele era realmente lindo. Não era normal que o empresário se interessasse tanto por alguém, mas definitivamente havia caído no feitiço do Oh. Não sabia de onde vinha tanta vontade de estar com ele, mas não conseguia ignorar sua presença. Seus olhos o traíram e se atraiam para o Oh quando ele estava por perto e o rapaz mais novo sequer parecia ter consciência daquilo.


— Seh- — Chanyeol saiu afobado de dentro do camarim e parou subitamente ao ver quem fazia companhia ao rapper. E se Sehun tivesse dito todos aqueles desaforos a Baekhyun? Chanyeol sentiu na espinha que estava completamente fodido. Adeus, salário gordo no final do mês. Adeus, apartamento enorme no centro da cidade. Adeus, carro potente na garagem. Adeus, transplante capilar. Se aproximou do mais novo em um misto de irritação e receio. Irritação porque o Oh poderia ter arruinado sua vida perfeita e receio porque poderia perder outro dente. — O que você falou para ele?!


— Chanyeol? — Baekhyun chamou, ganhando a atenção dos dois mais altos. — Eu resolvo a partir de agora.


— S-senhor...


— Nos deixe sozinhos. — por mais que a voz de Baekhyun fosse macia como veludo, Chanyeol o conhecia o bastante para reconhecer o perigo por trás das palavras. — Eu me resolvo com o Sehun.


— Sim, senhor.


Oh Sehun franziu o cenho, acompanhando com estranheza o diálogo dos dois homens. De primeira havia achado que aquele baixinho era um fã, mas agora tinha quase certeza de que estava errado em pensar daquele jeito. Assistiu Chanyeol fazendo algumas reverências exageradas e indo embora rapidamente logo depois e voltou os olhos para o ruivo como se lhe pedisse uma explicação. Ele queria mesmo fazer algumas perguntas e obter respostas, mas seu tempo era realmente curto e, se perdesse mais um minuto ali, nem suas pernas longas poderiam ajudá-lo a chegar na estação antes do trem partir.


— Vamos conversar, Sehun? Prometo que vou responder cada pergunta sua. — Baekhyun disse, quase como se pudesse ler seus pensamentos, e inclinou a cabeça para o lado de um jeito que Sehun jurou ser uma tentativa de parecer confiável. — Prometo que te levo para casa logo depois.


É claro que ele deveria ter dado o fora dali antes mesmo do Byun abrir a boca, mas as palavras que ouviu em seguida foram o bastante para fazer seu corpo se manter no mesmo lugar. Estava cansado e só de pensar que ainda teria que correr para a estação, aguentar um pouco no trem, descer perto do seu bairro e fazer o restante do caminho no frio já sentia o corpo amolecer desencorajado. Não ficou ali para ouvir as propostas do Byun, mas a ideia de uma carona em um carro com o aquecedor ligado e um banco confortável certamente o compravam com facilidade.


“Que homem barato é você, Oh Sehun...” se recriminou mentalmente antes de responder:


— Certo.




✗✗✗




Byun Baekhyun tinha aquela pose de homem rígido quando queria, mas por baixo daquela capa de empresário ocupado, frio e de olhar indecifrável, havia um filho realmente carinhoso e até mesmo carente, que gostava de visitar os pais quando podia e pedia um cafuné à mãe quando sentia que precisava de um colo. Evitava frequentar os bailes beneficentes, mas estava sempre doando generosas quantias à instituições de caridade. Ele era um desses homens extremamente bem sucedidos que os pais adorariam casar as filhas, mas, mesmo ouvindo por aí que deveria casar e formar família com a filha de algum grande empresário, Baekhyun simplesmente negava e voltava a se afundar no trabalho.


Não estava interessado. Nunca estava.


Era um homem que sabia lidar bem com as pessoas, menos, talvez, quando se tratava de seus casos amorosos. No começo era decepcionante que as pessoas por quem se interessava não tivessem outro interesse além do dinheiro, mas agora ele sequer se importava. O Byun tinha problemas demais para ainda se preocupar com a ideia de estar cercado de pessoas interessadas em dinheiro e, sejamos razoáveis, o mundo era mesmo assim. Desembolsar alguns milhões de wons ou não não era grande coisa quando ele queria mesmo algo. Naquela noite, aquele algo era o rapaz alto e bonito que andava há poucos passos dele e, pelos céus!, ele só queria fazer Sehun ceder e ficar consigo naquela noite.


— Bem vindo ao meu escritório. — abriu a porta e deu espaço para que o mais novo pudesse entrar.


Os olhos de Sehun passearam por toda a sala luxuosa antes de se voltarem para o homem encostado na mesa de trabalho. Baekhyun tinha uma garrafa e um copo em mãos e logo estava lhe perguntando se ele não gostaria de tomar algo. O mais novo negou com a cabeça e encarou o ponto atrás de empresário por um instante, constatando que Seul inteira podia ser vista através daquelas vidraças. Já havia estado ali antes. Era onde Chanyeol costumava ficar quando cuidava sozinho da Alliance e o rapper sequer podia julgá-lo por usurpar a sala do chefe de vez em quando. Era um lugar de tirar o fôlego e ele até tinha certo receio de encostar em algo e quebrar.


Saindo de seus pensamentos, o moreno encarou o homem de cabelos avermelhados, percebendo os detalhes que havia deixado passar batido mais cedo. Baekhyun parecia uma pessoa cara. Extremamente. As roupas que ele vestia, o relógio em seu pulso, os sapatos e até mesmo o aroma que se desprendia de seu corpo pareciam gritar aos quatro ventos o quanto aquele homem possuía. Sehun se viu suspirando e enfiou as mãos no bolso de seu moletom preto. Ele era só mais um cara rico, afinal. Igualzinho a todos os outros caras ricos que achavam que podiam dizer coisas que o rapaz não estava disposto a ouvir.


— Chanyeol já me ofereceu dinheiro, então, se você fizer o mesmo, eu vou te mandar para a puta que pariu sem me importar com quem você é ou o quanto tem na conta. — soltou, fitando o rosto do ruivo em um misto de seriedade e irritação. Aquele cara não era bom em medir as palavras pois as disse sem o menor medo de nunca mais ser chamado para se apresentar em dos clubes noturnos mais notórios de Hongdae. Na verdade, Byun Baekhyun parecia ter dinheiro o bastante para fazer com que ele nunca mais se apresentasse em lugar nenhum, mas Sehun não se abalou com esse pensamento também e apenas se manteve muito sério enquanto olhava para ele. — Então… eu acho que você devia apenas desistir disso e me dar a carona que prometeu. Você é bonito e tudo, mas eu não vou te foder, cara.


Não que Sehun não tivesse considerado a possibilidade por uma fração de segundos, mas definitivamente não iria fazer aquilo. Não importava o quanto aquele cara de cabelos vermelhos fosse bonito, o amigo dele ainda o havia tratado como um produto e aquilo lhe fazia pensar que Byun Baekhyun não podia ser tão diferente de Park Chanyeol. Baekhyun, por outro lado, se pegou rindo daquela fala sem ligar muito para a língua afiada do Oh.


Sehun achava aquilo? Acreditava que ele queria ser fodido? Não que Baekhyun tivesse problemas com mudanças nas posições - ele até acreditava que ser fodido por Oh Sehun devia ser muito gostoso, mas, naquela noite, o homem de cabelos cor de cobre não queria nada além de ter o mais novo gemendo e ofegando por sua causa.


Sehun o olhou com uma expressão confusa e aquilo foi o bastante para o Byun achá-lo ainda mais bonito. Ele tinha sobrancelhas expressivas - lindas - e, quando elas quase se uniam em confusão, Sehun se parecia um pouco mais com o mesmo rapaz que roçava os lábios no microfone enquanto cantava e gesticulava em sua performance perfeita. Relembrar o modo como o Oh havia dominado o pequeno palco, fazia o Byun se lembrar de como o estava desejando mais cedo e aquilo o fazia louco.


— Na verdade a minha ideia é um pouco diferente. — os olhos de Baekhyun eram intensos quando ele deixou o copo sobre a mesa e atravessou a sala. Sehun não se moveu quando as mãos alheias alcançaram sua cintura, apertando por cima do moletom. Talvez estivesse surpreso, mas não se moveu. Apenas ficou lá, encarando os olhos dele e esperando que continuasse. — Eu que vou te foder, Sehun.


O mais novo se viu esquecendo de respirar por um instante.


Os olhos ainda estavam presos aos de Baekhyun e aquele homem tinha o olhar intenso o suficiente para transformar as pernas de qualquer um em gelatina. E não que Oh Sehun estivesse caindo por ele, mas sua vida sexual era tão frustrante que o toque daquelas mãos o segurando firmemente pela cintura foram o bastante para fazer seu cérebro cogitar.


Ele tinha uma vida sexual para lá de parada e sabia que o grande culpado de tudo aquilo era ele e apenas ele. Mas o que poderia fazer? Não costumava sair de casa se não fosse para trabalhar e não se via ficando com homens que tinham idade para ser seu pai ou caras como Park Chanyeol. Aqueles dois tipos eram os mais recorrentes em sua vida e o Oh preferia se satisfazer com a mão e os poucos brinquedos que guardava em uma caixa do que ir para a cama com um daqueles caras. Sentia falta dos toques reais, dos beijos, da respiração morna contra o pescoço, da bagunça provocada pelo suor, dos gemidos e dos carinhos que podiam acontecer depois, mas… não. Definitivamente não.


Não com Byun Baekhyun.


— Você vai? — o mais novo se viu soprando um riso baixo e Baekhyun ainda o encarava com aqueles olhos intensos e a expressão séria. Sehun se perguntou por um instante se aquela expressão se mantinha quando ele estava gozando, mas logo negou com a cabeça. Seus dedos subiram para a nuca do mais velho e em um instante estavam brincando com os fios vermelhos atrás de sua cabeça. — Eu duvido, senhor Byun.


O empresário achou que estavam chegando a algum lugar quando Sehun soltou o lábio que prendia entre os dentes, mas havia algo nos olhos dele que o fazia desconfiar. Baekhyun balançou a cabeça negativamente e sorriu pequeno, lembrando de como o mais novo parecia flertar quando estava no palco. Sehun estava flertando apenas para deixá-lo de joelhos e ir embora no segundo seguinte? Baekhyun não duvidava que ele fosse capaz de fazer aquilo. Aqueles olhos pretos eram um desafio. Sehun fazia parecer que não podia ser alcançado e Baekhyun queria mostrar que podia deixá-lo de joelhos.


— E por quê?


Sehun não respondeu e quando o Byun o empurrou contra a parede, ele acreditou que daquela vez iria levar um soco por ter ferido o ego de um cara, mas ao contrário do que imaginava, não foi um soco que atingiu sua boca.


Haviam lhe oferecido muita bebida naquela noite, mas ele não tinha tomado nada. Não até Byun Baekhyun aproveitar seu arquejo de surpresa para tomar sua boca e lhe fazer sentir o sabor do Hennessy em sua língua. Seus olhos ainda estavam abertos e os dele também e, por um segundo, Sehun viu o desejo escurecendo as orbes do mais velho como uma sombra. Não viu mais nada depois. As pálpebras teimosas velaram a visão, deixando os olhos no escuro e o corpo a mercê do toque. Não houve espaço em sua mente para se amaldiçoar por gostar do beijo do homem mais velho. Sehun não conseguia pensar enquanto a língua dele buscava a sua. Não conseguia raciocinar com o Byun o prendendo ali - o joelho entre suas pernas e as mãos em seu corpo, transformando qualquer pensamento em algo gelatinoso e difícil demais de se tornar sólido em sua mente.


De repente, a sala enorme parecia ter se convertido em um cubículo, roubando o ar e se tornando subitamente quente quando as mãos de Baekhyun venceram o moletom e a camiseta e se prenderam em sua cintura nua. Sehun não conseguiu engolir o suspiro de prazer ao ter as palmas quentes em sua pele e o mais velho sorriu contra a boca do moreno, chupando aquele lábio vermelhinho como daiquiri de morango só para soltar e voltar a beijá-lo com mais urgência depois. E Sehun poderia ter se livrado dele. Aquilo teria acontecido facilmente porque ele era maior e também porque já havia derrubado alguns caras maiores que si com um belo gancho. Afastar Baekhyun não seria problema, não fosse o problema estar nele mesmo e no modo como o corpo reagia a cada um daqueles toques.


Maldito corpo. Maldita carência. Maldito Baekhyun e maldita boca gostosa que o fazia querer gemer vergonhosamente. Era mesmo um maldito fodido. Podia estar em sua casa agora, a mão se enfiando vagarosamente dentro do short de dormir só para deixar um carinho no pau e gozar solitário antes de apagar na cama. Ele podia estar fazendo aquilo agora, mas perdeu a oportunidade de outra punheta solitária ao aceitar entrar naquela sala com aquele homem que ele sequer conhecia. Então, sim, Sehun era um maldito fodido e Baekhyun um maldito, maldito.


— Eu não sou garoto de programa. — seus fragmentos de lucidez o fizeram dizer no meio do beijo. A voz não passando de um sussurro quando ele segurou o homem pelos ombros e o afastou de seus lábios como se o Byun fosse veneno. — Não vou transar com você por dinheiro.


— Não estamos falando de dinheiro agora, Sehun.


— Mesmo assim!


— Mesmo assim o que? — O Byun indagou, desviando os olhos da boca do mais novo para encarar seus olhos escuros. Sehun era lindo e se tornava ainda mais bonito com os lábios vermelhos e os olhos cheios dos conflitos que ambos sabiam como resolver. — Você quer.


— Eu não quero.


— Não? — havia um sorriso no canto de sua boca ao perguntar aquilo. A quem Sehun queria enganar? O modo como o beijo havia lhe transformado em uma bagunça era visível aos olhos de qualquer um. Baekhyun se inclinou em sua direção e escondeu o rosto em seu pescoço com cheiro de banho, quase sorrindo de novo ao sentir a respiração alheia estagnar. — Então por que você não consegue respirar só de me ter perto?


O moreno negou com um movimento débil de cabeça e Baekhyun o pressionou na parede com o próprio corpo. As mãos bonitas do ruivo rumaram para o jeans azul escuro, apertando a bunda farta com vontade só para ouvi-lo ofegar baixinho e, quando quadris se chocaram deliciosamente, Sehun engasgou um gemido com aquela fricção gostosa. Dizia a si mesmo que não era aquilo que ele queria, mas a mentira não parecia convincente o bastante. Queria. Queria muito que aquele homem o beijasse mais um pouco, que usasse aquela língua para chupar cada pedacinho do seu corpo, que deixasse as marcas das mãos em sua bunda, que afundasse em seu cu e o fizesse esquecer que um dia havia lhe dito não.


Era o que ele queria. Era o que seu corpo queria.


Baekhyun sabia disso. Ele quase podia ler cada emoção no rosto alheio - o conflito do mais novo consigo mesmo entre ceder e o afastar. Mas o Byun já sabia como aquilo iria terminar e sabia também que, naquele jogo, os dois acabariam ganhando quando estivessem em sua cama.


— Baekhyun…


O ruivo deslizou os lábios pela mandíbula definida do moreno e Sehun suspirou, inclinando a cabeça para que o homem mais velho tivesse total acesso ao seu pescoço e a sua pele. Sehun não queria pensar no que realmente estava acontecendo dentro daquela sala, mas era gostoso. Definitivamente era gostoso e ele não queria admitir em voz alta. Não queria gemer com a boca de Baekhyun chupando sua pele do jeito que ele estava desejando em silêncio e não queria ofegar com aqueles beijos molhados e com os toques quentes que as palmas alheias deixavam ao tocar suas coxas por cima do jeans. Estava acontecendo rápido demais e ele sabia que deveria correr para longe, mas seu corpo queria mais e sua mente era gelatina. Sem ninguém para controlar, Oh Sehun era movido apenas pelo desejo que Byun Baekhyun despertava em seu corpo. Era quente e perigoso e ele se amaldiçoou por não ter corrido para a estação quando teve a chance.


— Vamos dar um jeito nisso, Sehun?




✗✗✗




Haviam saído da Alliance há alguns minutos. A música alta, os clientes bêbados e até um Park Chanyeol que paquerava uma garota perto da escada, tinham ficado para trás e agora tudo o que restava eram as ruas, as luzes que passavam rapidamente conforme o Byun acelerava com o Audi e o desejo que queimava em seus corpos, implorando para que chegassem logo. Uma das mãos do mais velho repousava sobre a coxa do moreno e Sehun tentava não suspirar quando ele apertava e subia a palma mais para cima, resistindo a vontade de abrir as pernas e deixá-lo lhe tocar como bem entendesse.


Baekhyun percebia.


Ele percebia e sorria malicioso com os olhos ainda na estrada, movendo a mão de forma quase despretensiosa enquanto o rapaz afundava as unhas no jeans azul escuro. Depois de um dia cheio de reuniões e uma noite em seu clube noturno para tentar relaxar, Baekhyun estava finalmente voltando para o conforto de seu apartamento e daquela vez tinha ao seu lado um rapaz que se ficava ainda mais gostoso quando gemia contra sua boca.


Baekhyun poderia listar facilmente as coisas que lhe atraiam em Oh Sehun, começando pela língua afiada e a total ausência de receio ao se dirigir a ele. Logo depois vinha o olhar áspero quando ele estava sério, as orbes perdidas quando se sentia confuso e as sombras enevoando lentamente quando envolvido pela luxúria. O Byun também descobriu que gostava da boca vermelhinha que sabia lhe dizer malcriações, mas que também sabia gemer contra sua pele quando o mais novo rebolou em seu colo no sofá de couro do seu escritório. Havia ainda a bunda redondinha, os quadris, a cintura que suas mãos pareciam ter se viciado e o cheiro que se desprendia de seu pescoço - algo entre o aroma natural de sua pele, sabonete e uma fraca fragrância de perfume. E Baekhyun não era um homem que se atraia fácil, principalmente por homens mais novos como o Oh, mas lá estava ele: ansioso para chegar logo em casa só para jogar aquele moreno em sua cama e descobrir a pele nua do rapper e todas as outras coisas que ainda não sabia que lhe atraiam em Sehun, porque o Oh era o tipo de homem para se querer inteiro.


Sinal vermelho.


— Está calado. — Byun observou, parando o carro diante do semáforo. A mão sobre a coxa dele alcançou a parte interna quando o moreno abriu as pernas devagar. — Nervoso?


— Não. — Oh Sehun negou em um movimento leve de cabeça, observando a mão do empresário em sua coxa. Segurou um suspiro porque seu corpo estava ardendo e Baekhyun não ajudava em nada ao tocá-lo daquela forma. Era leve. Leve demais para o homem que havia lhe empurrado contra uma parede e tomado sua boca de modo feroz. Baekhyun o havia enchido de vontades e agora Sehun queria mais daqueles toques. Mais daquele homem. — Só quero chegar logo...


— Você parece desejoso demais para alguém que há uma hora atrás não queria passar a noite comigo. — provocou. — Te fiz mudar de ideia assim tão rápido?


— Não estava nos meus planos — confessou. Os olhos escuros fitando o menor e a língua molhando a boca subitamente seca porque Baekhyun era bonito demais para a própria sanidade. —, mas você me deixou com vontade e agora eu espero que faça valer a pena.


Se alguém perguntasse a Oh Sehun o por quê de ter aceitado a proposta de Byun Baekhyun, ele provavelmente não saberia responder. Ok, talvez ele soubesse. Sehun nunca - jamais - transava com gente como Byun Baekhyun - que pareciam ter dinheiro para comprar o mundo e que se achavam capazes de comprar pessoas também -, mas como poderia negar algo a ele quando o empresário o havia feito perder o rumo dentro daquela sala? Como iria dispensá-lo quando ele tinha aquela pegada gostosa que havia transformado suas pernas em gelatina?


Não haviam arrependimentos em sua mente. Só uma grande vontade de arrancar o maldito terno que cobria o corpo do mais velho, se ajoelhar para ele e chupar o seu pau, mas ele não precisava criar imagens mentais disso agora. No dia seguinte, Sehun poderia se lamentar sozinho por ter cedido tão facilmente, mas agora tudo o que desejava era que aquele Audi parasse logo em algum lugar para que pudessem continuar de onde haviam parado.


— Não vai se arrepender.


— Eu espero que o senhor esteja certo. — soprou, pousando a mão sobre a do ruivo como se lhe pedisse para tocar com mais força a ereção marcada em seu jeans.


Baekhyun soltou um riso fraco e negou com a cabeça. Gostava do modo como Sehun falava sem se importar com quem ele era. Aquele garoto... Ele era algo. Definitivamente.


Obedeceu o seu pedido mudo, ouvindo o mais novo suspirar deliciosamente no banco do carona. E Baekhyun quis ouvir mais daquilo, mas o percurso de sua boate até o prédio onde morava parecia ter se tornado mais longo enquanto dirigia e, durante aquela quase eternidade agonizante para os corpos tremendo de excitação, ele quase cogitou parar o carro e tomar o rapaz ali mesmo, apertados no banco do veículo.

Quando finalmente avistou o prédio, soltou um suspiro audível e Sehun também, porque sabia que haviam finalmente chegado. Ficar presos dentro daquele carro não estava fazendo bem a nenhum dos dois e até mesmo os instantes dentro do elevador foram um castigo para os corpos.


Sehun não conseguia parar de criar imagens mentais de um Baekhyun o fodendo contra qualquer parede e quando as portas se abriram e os dois deram alguns passos até que Baekhyun abrisse uma porta, ele não hesitou em entrar e também não hesitou em buscar urgentemente a boca do mais velho assim que se viram trancados.


As palmas do Byun se perdiam nas coxas e nas nádegas do mais novo, o puxando cada vez mais contra o corpo como se a proximidade em que se encontravam já não fosse o suficiente. Talvez não fosse mesmo. Baekhyun sugou a língua macia para dentro da boca, soltando em um estalo molhado quando o moreno gemeu desejoso, apertando seus ombros com força. Os sapatos ficando de qualquer jeito pelo hall de entrada e os dois andaram cegamente pelo apartamento, esbarrando em tudo porque não queriam separar as bocas ou abrir os olhos.


— Seu quarto. — a voz do Oh tremeu quando a boca do mais velho alcançou o pescoço. Quis se segurar, quis não demonstrar o quanto queria aquilo, mas era tão difícil que ele já havia desistido de tentar há tempos. — Baekhyun…


O moletom fez companhia ao blazer quando passaram pelo sofá e a gravata do Byun ficou no corredor antes de finalmente alcançarem a última porta. Sehun não olhou em volta. Não estava curioso quanto a casa de Baekhyun quando seu corpo tremia de curiosidade pelo próprio Baekhyun.


O mais velho suspirou ao sentir a ereção bem marcada no jeans se esfregando em sua perna enquanto caminhavam a passos trôpegos para a cama. Há quanto tempo ele não transava de verdade? Há quanto tempo um homem não lhe comia direito? Baekhyun se sentia orgulhoso por ser aquele que o faria sentir prazer porque Sehun era o tipo de pessoa que merece ter tudo. Em todos os sentidos.


— Abre a boca. — mandou, mordiscando o pescoço branquinho do moreno. — Abre a boca e coloque a língua para fora.


Sehun o obedeceu. Fechou os olhos e estendeu a ponta da língua, gemendo quando Baekhyun a sugou para dentro da boca. Ele fazia aquilo como se estivesse fodendo com a sua língua e o Oh não poderia estar mais extasiado com o calor da boca do ruivo e o gosto de álcool que ainda persistia no paladar.


Não se deu conta de quando as pernas bateram contra a cama e tão pouco de quando as costas se chocaram no colchão macio, mas lá estavam eles. Baekhyun segurava seu rosto com aquelas mãos bonitas e beijava sua boca como se fosse dono dela e, só por uma noite, Sehun permitiu que ele fosse.


— Você é muito gostoso, Oh Sehun. — O Byun rosnou contra a boca macia do mais novo, ao passo que as mãos ansiosas do moreno subiram para os botões de sua camisa. E Sehun desfez um por um, até que as palmas enormes pudessem deslizar o tecido caro pelos ombros do mais velho. Baekhyun engoliu quando percebeu a movimentação e Sehun parecia hipnotizado por seu copo enquanto removia a própria blusa. Foi a vez do ruivo de perder o folego e salivar. — Porra…


— Não fale, Baekhyun. — Sehun pediu em um sussurro, puxando o homem mais velho pela cintura. Baekhyun teve que se inclinar diante da forma como o outro lhe agarrava e puxava para cima de si. Sehun sorria o olhando de perto, as bocas quase se tocando enquanto o mais novo deixava rastros de calor em sua pele nua. — Só faz.

Oh Sehun não queria ouvir que era gostoso. Ele já possuía plena consciência disso. Baekhyun entendeu que meias palavras ditas no meio de uma foda não eram de seu intesse quando o Oh queria quie ele lhe provasse o quanto o apressiava. E Sehun deixava claro no modo como olhava e tocava. Cada palavra não dita estava bem ali, por trás das orbes muito, muito escuras.


E Baekhyun calou-se.


Tão obediente como jamais foi.


O empresário terminou com a boca nos mamilos sensíveis do moreno e Sehun se sentiu afundar, gemendo só para ele quando a língua quente se esfregou naquela parte sensível. Uma das mãos desceu para o jeans azul escuro, acariciando o pau por cima calça porque ele precisava de mais. Não foi preciso pedir para que Baekhyun retirasse suas calças quando ele parecia ler seus pensamentos e em um minuto elas estavam jogadas no tapete caro do quarto do Byun.


Oh Sehun tinha uma ereção deliciosamente marcada no tecido preto da boxer e Baekhyun umedeceu os lábios devagar, apreciando aquela visão. Ele não parecia nem um pouco incomodado com o olhar. Devia estar acostumado a ser venerado e Baekhyun não podia culpá-lo. O mais velho afastou as pernas do rapaz e desceu o tecido fino e molhado que cobria seu pau, ouvindo um suspiro baixo e ansioso por parte do outro. Queria senti-lo bem no centro de sua língua e quando se ajoelhou na beirada da cama, Sehun mordeu o lábio inferior, acompanhando cada ação com o coração aos saltos.


— H-hm… B-baekhyun! — O ruivo fazia aquilo tão bem e Sehun podia jurar que morreria prazerosamente, gotejando em sua boca. Os quadris se moviam contra a cavidade morna sem que ele pudesse controlar e o Byun não se importou de ter a boca fodida pelo Oh. Na verdade, apreciou demais o fato de Sehun perder o controle, gemendo baixinho com aquela boca pequena e vermelhinha, o olhando cheio de tesão com aqueles olhos escuros demais e o cenho franzido como se fosse difícil, puxando seus cabelos e fodendo sua boca como se dependesse apenas disso. Baekhyun gostou demais daquilo. — Isso é… Baekhyun...


Ele não conseguia completar uma frase sequer. A mente parecia ter derretido - talvez fosse obra da febre em seu corpo - e cada pensamento era apenas desordem. O caos da língua que disparava sílabas velozmente era agora apenas um embaralhado de palavras soltas em meio a ofegos e gemidos, mostrando o quanto ele estava entregue ao outro. O ruivo lhe apertou as coxas em um pedido mudo para que se desmanchasse e, como se aquele pedido fosse o impulso necessário para que a mente mandasse algum comando ao corpo febril, Oh Sehun se desfez em sua boca.


Baekhyun apreciou o modo como aquele corpo grande quase formou um arco. Sehun estava suado, os fios pretos colados na pele, gemendo enquanto era chupado e chamando seu nome meio fora de órbita enquanto enchia sua boca com semen quente e espesso. Sehun era gostoso, Baekhyun contatou outra vez, enquanto engolia.


— Já está cansado? — zombou, passando o dorso da mão nos lábios para limpar a saliva misturada com porra que escorria de sua boca. — Nem começamos.


— Tem algum tempo. — Ele resmungou, respirando fundo ao encarar o ruivo com um sorriso mole nos lábios. Baekhyun o teria achado fofo se ele não estivesse nu em sua cama, sendo o homem mais gostoso de Seul. — Eu pareço a porra de um virgem, não é?


— Não é para tanto. — confortou, engatinhando para cima dele. Baekhyun roubando um beijo de sua boca vermelhinha e Sehun aproveitou para chupar a língua dele e sentir seu próprio gosto misturado ao conhaque. Foi a vez do Byun de gemer e apertar a cintura alheia. — Só está... desacostumado? Enferrujado?


— Vai se foder.


— Achei que a ideia fosse eu te foder.


Os olhos de Oh Sehun se espremeram em duas linhas curvas quando ele começou a rir e negar com a cabeça. Baekhyun sorriu, beijando a curva de seu pescoço, e o mais novo levou os dedos finos para os fios de cobre, acariciando de leve enquanto encarava o teto do quarto dele. Aquilo era muito diferente do teto de massa corrida no seu no apartamento e pensar naquelas diferenças o fazia querer sair correndo e voltar para a bolha segura de sua realidade.


Sehun havia jurado para si mesmo que não iria para cama com caras como Byun Baekhyun e no entanto ali estava ele. Talvez pudesse correr depois daquele boquete delicioso, mas a ereção do Byun contra sua coxa nua o mantinha no mesmo lugar. Então, sem arrependimento algum, ele ficou.


— Então faz isso. — sentenciou em um sussurro e Baekhyun teve que erguer o rosto para ver se ele não estava brincando novamente. Sehun o olhava nos olhos. As orbes muito escuras dizendo que ele ainda queria tudo. O corpo do Byun ardeu. — Me fode. Faz com força e bem gostoso. Me faz gritar, Byun. Foi pra isso que você me trouxe aqui, não é? Faz como você quer.


Sinal verde.


Como nós queremos, ele completou mentalmente, quase sem tempo de formar um pensamento quando Baekhyun avançou contra seus lábios, beijando com uma vontade que parecia transbordar agora.


Talvez ele estivesse se segurando desde o princípio, esperando pacientemente até que o Oh lhe permitisse se alastrar com força por seu corpo e, quando Sehun deixou, Baekhyun apenas transbordou na intensidade das mãos e beijos. Permitiu que ele o beijasse inteiro, que abrisse suas pernas, que percorresse as coxas arrepiadas com a boca e que enfiasse a língua em seu cu. Sehun deixou que Baekhyun fizesse o que tinha vontade com seu corpo e, naquela de se entregar inteiro para o ruivo, de sua boca só saia o nome dele e os sons vergonhosos de prazer.


Ele pareceu engolir os dedos que se afundaram dentro si quando Baekhyun resolveu usar o lubrificante para prepará-lo. Disse com os olhos turvos de tesão que o Byun não precisa se demora naquilo, e, quando ele finalmente se livrou daquela calça e o penetrou, foi a vez de Sehun fazer o que tinha vontade.


O nome de Byun Baekhyun deixava sua boca como uma súplica. O corpo estremecendo a cada investida e a respiração se tornando difícil dentro do quarto quente. Baekhyun o acertava com força, ele não sabia ser gentil e Sehun não queria gentilezas. Oh Sehun queria ser preenchido pelo pau gostoso daquele homem, queria gritar o nome dele, deixar os vizinhos saberem o que estava acontecendo naquele quarto e naquela cama porque Byun Baekhyun estava lhe dando o que prometeu e Sehun nunca esteve tão satisfeito com um homem que cumpre suas promessas.

— Porra, Sehun! Porra... tão apertado, bebê. — Sehun não conseguiu encontrar as palavras para respondê-lo. Ao invés disso, apertou as coxas em seu quadril e prendeu os pés em sua bunda, empurrando as nádegas fartas do mais velho como se lhe pedisse para lhe dar mais.


Baekhyun obedecia prontamente, investindo com força até fazer os sons das peles se chocando se juntarem a bagunça de gemidos e ofegos. E Sehun tinha uma voz bonita e gemia de jeito que deixava o Byun arrepiado. Era rouco, baixo e extremamente sensual e Baekhyun poderia ficar dentro dele apenas para ouvir mais daquilo contra seu ouvido enquanto as unhas curtinhas faziam estrago em sua nuca e nos ombros largos.


Os dois estavam chegando ao limite, mas seus corpos ainda eram teimosos demais. Baekhyun se retirou de dentro dele e o ouviu choramingar, deitando de lado com o rosto contra o travesseiro. Sehun se sentia tão vazio sem ele... Tão sem sentido. Droga, ele queria mesmo que aquele homem lhe comesse até fazê-lo espalhar porra naqueles lençóis caros! Queria Baekhyun gozando dentro de si e queria sentir a porra dele enchendo o maldito preservativo então por que ele estava parando?


Céus poderosos, Sehun o queria feito um louco.


— Não faça assim comigo, Byun… — a voz tinha irritação e vontade.


— Vem pro meu colo. — Baekhyun chamou, dando duas batidinhas em sua coxa nua. — Vem, Sehun, eu quero você quicando no meu colo.


Sehun o olhou do outro lado da cama. A bochecha pressionada contra o colchão fazia seus lábios formarem um biquinho, o cabelo preto estava colado à testa e as bochechas tingidas de vermelho pelo esforço. Baekhyun teria o achado adorável daquele jeito, não fossem suas pernas abertas e a bunda grande empinada com as marcas de seus dedos.


Gemeu desgostoso, mas se arrastou para o colo dele. Baekhyun o observou prender a carne macia do lábio entre os dentes e sentiu inveja por não serem os seus dentes ali, tratando de deixar aquela boca ainda mais vermelha. Sehun levou a mão esquerda para o ombro do mais velho, alheio aos olhares dirigidos a seus lábios, enquanto a mão direita se encarregava de ajeitar o caralho duro e inchado no meio de sua bunda. Ele desceu devagar, estremecendo e gemendo sem som contra seu ombro ao tê-lo inteiro dentro de si outra vez. É que Baekhyun estava tão fundo que Sehun jurou que poderia gozar só com aquilo.


— Assim... — incentivou, apertando a cintura fina do moreno em seu colo. Ele ainda estava sem ar, os pensamentos derretidos enquanto o pau do Byun o tirava de órbita. — Agora rebola, bebê.


Oh o abraçou pelo pescoço, cobrindo-o todo com seu corpo grande enquanto subia e descia em seu pau do jeitinho que o Byun havia lhe pedido. As mãos do ruivo escorregaram para a bunda farta do rapper e logo as palmas se encarregaram de apertar com força e arrancar choramingos do mais novo enquanto ele rebolava. Seus gemidos baixos eram certeiros aos ouvido do mais velho e os sons que fugiam de lábios eram eróticos demais para a sanidade do menor. Os minutos se estenderam com os corpos dos dois atingindo a borda. Sehun precisava gozar e sabia que o Byun também não aguentaria por muito mais tempo. Estava prestes a levar a mão para a ereção pesada que se esfregava na barriga do Byun quando o mais velho o parou.


— Ah... Baekhyun... — soprou desesperado, quicando mais rápido e com mais força. Seus pulmões queimavam pelo esforço e as pernas doíam, mas não era a dificuldade de respirar que fazia seu cérebro pensar que iria morrer.— Por favor… eu preciso..!


— Por favor o quê, Sehun?


— Por favor... Ah! Por favor. Eu preciso disso, Baekhyun…


Baekhyun também precisava.


Sehun se desgrudou de seu pescoço e uniu as bocas em um beijo faminto e desajeitado pelos solavancos de seu corpo necessitado. Baekhyun o acolheu com a língua, julgando aquela uma excelente maneira de convencê-lo a fazer qualquer coisa porque a boca do Oh era persuasiva demais. Quando viu aquele moreno no palco, com seu olhar duro e sorriso arrogante, Byun não imaginou que sua faceta dócil e rendida pudesse ser ainda mais deliciosa. Sehun separou as bocas quando os pulmões clamaram por ar e logo jogou os braços para trás, apoiando-se nas coxas fartas do mais velho enquanto mantinha o olhar preso ao dele. E Baekhyun não acreditava que aquele homem pudesse ser ainda mais erotico, até aquele momento. Sehun movia a cintura sem pudor, o pomo de adão bem visível quando ele jogou a cabeça para trás e abriu a boca para gemer sem som, consciente dos olhos de Baekhyun queimando em sua figura. Os fios pretos grudados na testa, o rosto vermelho pelo esforço, a boca inchada pelos beijos sem delicadeza, o pau grande e pesado batendo contra o próprio abdômen enquanto ele montava no ruivo e aqueles poucos fios pretos que desciam pela virilha… Baekhyun já havia visto pessoas que beiravam o obsceno, mas nenhuma delas fazia aquilo como o Oh. Nenhuma delas conseguia provocá-lo como aquele moreno fazia.


Baekhyun levou uma das mãos para o pescoço cheio de marcas do moreno, apertando sem força antes de ganhar o olhar e o consentir do mais novo. Apertava o pescoço dele aos poucos, privando-o do ar enquanto ele cavalgava gostoso no seu pau.


Para Sehun, tornava difícil quando o pau do Byun o preenchia tão bem. Sentia o peito queimar, o limite sendo atingido e transbordando com os tremores em seu interior bagunçado. Tão perto que podia sentir e tão palpável que ele quase podia tocar. O baixo ventre repuxou e, quando Baekhyun apertou seu pescoço e respirar se tornou impossível, Sehun encheu a barriga dele com sua porra, transbordando. Gritou o nome do homem em meio aos gemidos e lágrimas que brotavam em seus olhos duramente fechados e Baekhyun o empurrou para trás. Sehun estava molinho, gemendo perdido demais enquanto o Byun surrava sua próstata inchada e arfava contra seu pescoço suado porque Sehun o apertou como nunca.


Baekhyun gozou pouco depois, enchendo a camisinha com seu sêmen quando a mente desejou encher a entrada maltratada do moreno até escorrer pelas coxas gostosas que ele possuía.


Por um momento não houve nada além do caos. Voltavam aos poucos, Sehun sentindo as pernas queimando pelo esforço e Baekhyun as costas duramente maltratadas pelo Oh. Retirou o pênis com aquele som deliciosamente molhado e Sehun suspirou mole ao sentir o interior contrair vazio. Observou quando o Byun melou o indicador no sêmen viscoso em seu abdômen e levou aos lábios para saborear seu gosto outra vez. Soprou um sorriso molenga, puxando a mão dele para perto apenas para rodear seu dedo com a língua.


— Não me provoque… — Baekhyun advertiu, assistindo com prazer o modo com ele praticamente mamava faminto em seu dedo. Sehun o olhou desafiador - mesmo exausto ele ainda era uma visão extraordinária -, mas resolveu ceder e se comportar daquela vez.


Baekhyun não disse nada.


Aproveitou para retirar o preservativo e descartar na lixeira antes de voltar a se deitar com o Oh na cama espaçosa e bagunçado e Sehun deixou que ele ficasse sobre seu corpo. Arriscou levar a mão aos fios tingidos de cobre, lhe dando carinho silenciosamente ao afundar os dedos e massager preguiçoso. O silêncio não parecia ruim e o carinho tão pouco. Baekhyun ronronou, afundando o nariz no pescoço suado do Oh como um gatinho que busca por atenção e o mais alto soprou um riso sem som porque havia descoberto naqueles poucos minutos que o imponente Byun Baekhyun se tornava um poço de carência depois de transar.


— Isso foi..


— Melhor do que você imaginava? — Baekhyun arriscou e Sehun riu. — Então... pior?


— Não. — murmurou, sorrindo e soltou um suspiro longo e satisfeito depois. Seu corpo ainda formigava do orgasmo e era tão gostoso que ele poderia adormecer ali. — Foi muito bom, na verdade. Sabe, eu não costumo transar casualmente, então...


— Por que você não quer.


— Não é como se caras legais e gostosos me pedissem uma foda.


— Então me acha um cara legal?


— Eu não disse isso isso...


— Também não negou.


— Você tem um ponto. — soltou risonho. — Mas claramente esqueceu a segunda parte do que eu também disse. Você é gostoso, Baekhyun. Muito, muito gostoso.


Foi a vez do mais velho de soltar um risinho contra a pele suada do moreno. Sehun continuou com o carinho, mas puxou seus fios sem força como se o repreendesse.


— Acontece eu não gosto de me sentir um qualquer saindo com esses que me oferecem coisas, sabe? — continuou, recebendo um assentir por parte do mais velho. — E isso é o que mais me aparece, então…


— Você não é um qualquer, Sehun.


Ele se calou quando o ruivo se ergueu para encarar seus olhos. Não, Sehun não era um qualquer. Baekhyun jamais acreditou que ele fosse.


Se levantou da cama e foi buscar uma toalha úmida para limpá-los precariamente antes do banho e Sehun descobriu um lado que não imaginava que alguém como ele pudesse ter: Baekhyun era extremamente atencioso. Ele limpava seu corpo com cuidado como se Sehun fosse porcelana e pudesse se quebrar ao menor toque e até achou graça porque seu corpo estava cheio das marcas de Baekhyun e sua bunda doía por causa dele.


Não tocaram mais no assunto. Sehun não queria pensar no número considerável de babacas que ele conhecia e Baekhyun não queria ouvir sobre eles. As coisas estavam bem daquele jeito e eles não demoraram para entrar juntos na banheira e tão pouco para repetir a dose. Baekhyun fora mais cuidadoso daquela vez, se preocupando se o rapper estava confortável, o beijando ternamente como se ele fosse muito precioso. Dando um carinho que já não devotava a alguém há algum tempo e Sehun amolecia muito fácil com o cuidado necessário. Era bom receber atenção de mãos que não fossem as suas.


— Baekhyun?

— Hm?


— Por que mandou o Chanyeol vir falar comigo ao invés de vir você mesmo? — perguntou enquanto o outro esfregava suas costas. — Poderia ter tentado. Sabe, não é muito legal caras chegarem oferecendo dinheiro como se eu fosse uma mercadoria e eu estava quase indo dar um chute nas suas bolas por causa dele.


— Me desculpe. — murmurou. — Foi muita idiotice, não é? Digamos que eu seja bom em lidar com pessoas, mas sem muito tato para as pessoas por quem me interesso. Chanyeol deve ter feito isso porque a maioria das pessoas que conhecemos se dá melhor quando há dinheiro no meio.


— Nem todo mundo é igual as pessoas que vocês conhecem. — Sehun virou a cabeça para olhar para ele e Baekhyun o encarou por um instante longo.


— Ah... Falando sobre isso. — voltou a si. — Chanyeol não te pagou, não é?

— Não. — Sehun encolheu as pernas dentro da banheira e abraçou os joelhos contra o peito. — Ele pode fazer isso depois. E a gente não precisa falar disso agora.


— Deus, como você é difícil!


— Talvez. — riu, saindo da banheira quando terminou de se lavar. — Mas agora, a única coisa que quero de faça por mim é me dar algo para comer! Você me deixou morto de fome depois de duas rodadas, senhor Byun.


— Vamos ter que olhar os armários da cozinha, senhor Oh. — Baekhyun sorriu enquanto observava o moreno se secar com a toalha felpuda.


Haviam muitas marcas na pele branquinha de Oh Sehun e Baekhyun não se sentia nem um pouco arrependido quando suas costas ardiam pelos vergões que o mais novo havia deixado ali. Aquele rapper ficaria em seu corpo por algum tempo e não seria diferente com o Oh. Uma troca justa, Baekhyun pensou.




✗✗✗




Durante o jantar, Baekhyun descobriu que o moreno era dono de um ótimo senso de humor e até se pegou rindo de duas ou três piadas feitas por ele. Descobriu também que ele havia abandonado a carreira de modelo para tentar a música e também que o começo havia sido uma "bela merda" segundo palavras do próprio Oh. Conversaram, beberam e quando foram para a cama já era alta madrugada.


Baekhyun adormeceu no peito amplo do mais novo e Sehun se pegou fazendo carinho nos fios cor de cobre enquanto ele ressonava baixinho em seu peito. Aquela noite havia sido uma grande loucura e ele sabia perfeitamente disso. Kim Minseok iria matá-lo por ter ido para a cama com um estranho, enquanto Kim Jongdae provavelmente pularia em seu pescoço, gritaria como uma adolescente histérica e lhe pediria todos os detalhes possíveis. Sehun riu soprando ao pensar no quanto seus amigos eram previsíveis e decidiu que deixaria aquilo para quando o sol nascesse e ele tivesse que encarar os dois.


Seu plano inicial havia ido por água abaixo porque Sehun não terminou a noite em sua casa, dormindo profundamente mais pelo cansaço do trabalho do que pela provável punheta solitária. Mas ele não estava arrependido. Nem um pouco arrependido! Por hora, era o bastante que suas pernas estivessem entrelaçadas às de Byun Baekhyun.


E quando Baekhyun acordou, muitas horas depois, o sol já estava alto e Oh Sehun não estava ao seu lado. O ruivo franziu o cenho confuso e o procurou pelo quarto sem sucesso algum. Queria ter amanhecido ao lado dele, comido alguma coisa na cozinha em sua companhia e então levá-lo em casa. Queria ter conseguido seu número de telefone também, mas não havia terminado como ele imaginava e agora ele se sentia chateado.


Estava quase ligando para Chanyeol para ordenar que ele lhe conseguisse o número do Oh, quando um papelzinho caído ao lado da cabeceira lhe chamou a atenção. Baekhyun riu fraco e mordeu o lábio, querendo não sorrir demais com aquilo. Eram apenas alguns números e ele não deveria ter ficado tão feliz só com isso.


No final, Sehun não havia desaparecido como se estivesse arrependido e Baekhyun ficou estranhamente feliz por isso.



"xxxx-xxxx Apenas para o caso de você acordar, não me achar e resolver colocar a polícia ou Park Chanyeol atrás de mim qq

ps: foi maravilhoso passar a noite com você, senhor Byun.

ps2: eu deveria ter cobrado a carona que me prometeu, mas você estava dormindo tão gostoso que eu preferi pegar o trem

-SH"



Baekhyun procurou seu celular junto das roupas e tratou de salvar aquele número o mais rápido possível.


Deveria mandar uma mensagem? Sehun gostaria de receber uma mensagem dele? Baekhyun se sentia a porra de um adolescente naquele momento e estava se odiando por isso. Era um homem de quase 30 anos e deveria saber agir nesse tipo de situação, mas ao invés disso ele se encontrava totalmente perdido com o papelzinho entre os dedos.


Depois de escrever e desistir de enviar, na décima tentativa ele finalmente tomou coragem. A resposta não demorou mais do que cinco minutos e Baekhyun se pegou rindo e corando como um garoto. Sabia que havia caído no feitiço daquele rapaz no instante em que seus olhos pararam sobre ele e ainda assim, queria cair um pouco mais.


Porque, sim, Byun Baekhyun era o chefe, mas Oh Sehun podia mandar e demandar o quanto quisesse.


Byun Baekhyun: Da próxima vez, fique e me deixe te levar em casa


Sehun: Então já que um segundo encontro, senhor Byun?


Byun Baekhyun: É muito cedo para dizer que sim?

Sehun: Hm... não.

Sehun: Não é cedo, Baekhyun.

Byun Baekhyun: Então a resposta é sim, Oh Sehun.



Em algum lugar do outro lado da cidade, Oh Sehun sorria pequeno enquanto encarava o próprio telefone. Sentado na varanda de seu quarto, Byun Baekhyun fazia o mesmo. Talvez aquele não fosse um começo apropriado, mas o Byun desejou que também não fosse o fim. Não estava arrependido. Baekhyun ainda queria um pouco mais de um certo rapper de lingua afiada e beleza que fazia os pescoços virarem e Sehun queria mais daquele homem que transformava seu corpo em gelatina com um simples toque.



26 Kasım 2020 19:45 0 Rapor Yerleştirmek Hikayeyi takip edin
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Son

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