Ela estava sentada no primeiro degrau da escada de madeira (ou seria o derradeiro?). Por um breve instante se deteve a um grupo de índios cristalizados na parede por um poeta. Do lugar onde estava, os olhos tinham acesso à mata próxima ao rio. O rio celeiro de lendas, estrada de caboclos, heróis e pseudo-heróis. Ouviu o poema em companhia do verde afável. O poema meditava sobre a natureza, a natureza como representação divina em oposição sutil às verdades fabricadas com requintes de tirania. Por que reivindicar certezas nos púlpitos? Os mistérios que permeiam a vida não estão plenamente dispostos numa prateleira do universo ao alcance do juízo. Resta, quando se almeja provas de divindades, sentir o sol, as montanhas, os bichos, as plantas que não têm trono, barba, ira, misericórdia, não prometem céu nem fortuna, não censuram o prazer, mas todo os dias doam o seu melhor para que haja vida plena. O relógio avisou: era preciso ir. Ela levantou-se do degrau, despediu-se da casa e antes de sair cumprimentou as flores de cor laranja que estavam balouçando timidamente ao alcance das mãos e da compreensão.
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