0
885 ПРОСМОТРОВ
Завершено
reading time
AA Поделиться

Único

É só um desafio, é só um desfio. Não vai ser nada demais.

Oikawa estava atrás do palco sentindo a ansiedade corroer o corpo seminu, no rosto uma maquiagem dourada enfeitava seus olhos castanhos que também tinham um delineado negro, os lábios tinham um gloss cor de rosa bem brilhante. De todos os desafios que Kuroo havia jogado no seu colo, aquele de longe era o mais excitante, ele já podia sentir os olhares raivosos dos namorados assim como a firmeza das ereções e nem tinha começado.

O som dos aplausos soou logo após a stripper terminar de se apresentar, Oikawa soltou o ar dos pulmões com força, ajeitou o shortinho dourado perigosamente curto, mexeu curioso na gravata borboleta também dourada, olhou para baixo espalhando mais um pouquinho de glitter no peito desnudo.

A sua música começou a tocar, era um remix de três músicas, a primeira música era One Last Breath numa versão mais lenta onde a voz do cantor estava mais rouca e arrastada assim como o som dos instrumentos, o porquê de uma música que mal combinava consigo e com o ar da boate estava sentado na primeira fileira entre Kageyama e Kuroo de braços cruzados e um olhar sério, muito sério. Bokuto Koutaro o nome do motivo. Oikawa sabia que aquela maldita música mexia com o namorado o deixando ainda mais fora da sua seriedade, não que para Oikawa fosse uma tarefa difícil tirar Koutaro dos eixos.

Tooru entrou no palco em passos suaves, mas provocantes assim como o sorriso que carregava nos lábios, os olhos estavam fixos na barra de metal, seria a primeira vez faria aquilo para outras pessoas e o nervosismo era amparado pelos acordes da música. Cada passo seu corpo tremia mais, contudo ele se esforçava ao máximo para não desmaiar de nervoso.

No momento coreografado, as coxas grossas de Oikawa se enrolaram na barra e o fizeram rodar suavemente, logo em seguida ele começou a subir até chegar a uma altura considerável do chão, virou de cabeça para baixo abrindo as pernas, cada uma para um lado do corpo, perfeito. A casa noturna até então barulhenta ficou em silêncio para observar o garoto que saiu daquela posição, abraçando o metal com a perna direita e soltou o corpo no ar com os braços livres.

A queda livre só parou quando faltava bem pouco para as palmas tocarem o chão, havia um sorriso divertido nos lábios de Oikawa que ajeitou o corpo e começou a rebolar contra a barra de metal olhando na direção do palco anexo que tinha uma cadeira e uma segunda barra. Seus olhos foram atraídos por um homem platinado de cabelos longos em pé bem pertinho do palco, ele era lindo e sorria para si sensualmente o desejo era escrachado e o dançarino decidiu aproveitar, foi olhando para o homem que a língua de Oikawa subiu pela barra causando uma onda de gritos eufóricos no lugar. Então o corpo com poucas roupas rolou sensualmente pelo chão rebolando, se arqueando e fazendo passos que exalavam erotismo.

Bokuto e Kageyama eram importunados por Kuroo, Oikawa estava de costas para eles dando aos três e todos atrás deles uma visão mais que privilegiada da bunda do dançarino se mexendo e os comentários não ajudavam o mau humor dos namorados de Oikawa, cada um a seu modo, estavam a um passo de socar a cara de mais um engraçadinho que comentasse sobre a bunda farta e apertada de Oikawa.

- Kuroo, cale a boca. – Ralhou Tobio pela milésima vez fazendo o moreno rir mais ainda.

Kuroo estava amando a situação, quando ele propôs o desafio assim como comentou com Oikawa que queria ir certificar, jamais imaginaria que a situação seria tão divertida. Céus, a cara de ódio dos amigos era tão gostosa quanto a dança sensual que era feita sobre o palco. Sempre fora uma atividade recreativa sua admirar o show a parte que era Oikawa provocando, sempre aprendia muito com o garoto e assistir ele proporcionar um nível elevado daquele... Tetsuro estava em chamas!

Bokuto não dizia nada, estava irritado, mas não era nada fora do comum, na verdade Oikawa lhe provocar de forma parecida era até recorrente e ele fazia isso praticamente todos os dias. No fundo o platinado estava curioso para ver até onde aquele abusado ia, já que essa era a primeira vez que via aquela versão mais ousada do outro.

A música mudou, os acordes da versão lenta de Crazy in Love começaram, a vítima da vez, Kageyama Tobio. A postura de Oikawa mudou, ele abandonou aquela barra e andou em direção ao outro palco, em direção à cadeira e ao platinado bem vestido ao qual não parava se secar o corpo alheio, os olhos estavam fixos no homem e o sorriso sacana não saia do seu rosto. Os passos sensuais acompanhavam a música, a bunda se sentou na cadeira, mas a cintura ficou molenga causando um efeito enlouquecedor nos rebolados, os olhos de Oikawa não saíam do homem, fez questão de parecer que dançava apenas para ele, foi nesse momento que Koutaro descruzou os braços e as pernas e Kuroo se calou olhando curioso as feições fechadas do “bro”, o frio em sua barriga era praticamente palpável e ele começou a se animar ainda mais.

No meio da música havia uma parte de pausa onde só ficava os instrumentos tocando, o dançarino aproveitou esse momento para puxar o homem que tanto o provocava para subir no palco se sentar na cadeira. A altura dos berros e assobios era tanta que Oikawa mal ouviu o arfar que a cantora deixava na música.

Assim que fez o homem sentar, se sentou bem em cima da ereção do mesmo logo começando a rebolar olhando fixamente os olhos azuis belos e levemente escurecidos pelo prazer. A tensão entre eles era muito forte e estava deixando Oikawa com uma vontade inexplicável de foder, mais do que quando tinha começado a apresentação.

- Posso te tocar? – Perguntou ele à Oikawa com um tom incerto, mas firme.

A resposta que teve foram as mãos do moreno guiando as suas às nádegas cobertas, não se fez rogado e deu um aperto tão forte que fez mais uma onda de berros ecoar pelo lugar e Oikawa arfar com força no ouvido direito dele.

- Eu sou comprometido, mas pode abusar por enquanto, toque onde quiser e deixe suas marcas, vamos fazer um bom show. – A câmera do lugar focou no seu rosto no momento que a segunda parte foi dita deixando bem claro o que disse para quem conseguisse ler seus lábios que com certeza foi o caso do trio.

Kuroo comprimiu os lábios surpreso com a ousadia de Oikawa, ele não ousou olhar nenhum dos outros dois ao seu lado então continuou olhando o homem chupar o pescoço de seu amigo com força deixando grandes roxos, as mãos agora estavam apertando o garoto por dentro dos shorts, o ex-capitão se inclinou para frente e apoiou os cotovelos nos joelhos tampando o sorriso que demonstrava pura admiração com as mãos juntas. Tooru não parava de se mexer, fazer caretas de prazer e arfar com o tratamento que tanto lhe agradou, se ele se esforçasse um pouquinho conseguia ouvir Bokuto bufando de longe.

A música finalmente acabou e entre o intervalo da próxima, Oikawa deu um beijo na bochecha do platinado antes de se levantar, virar de costas a fim de abaixar o short já curto revelando uma calcinha dourada super encravada na bunda farta cheia das marcas dos apertos do homem que fez questão de estapear com força deixando a marca final no corpo que não lhe pertencia.

O gemido de Oikawa fora alto e logo veio uma risadinha. Desfilou rebolando para a primeira barra onde se posicionou colocando as nádegas entre a barra deixando uma imagem bem pornográfica para quem olhava os telões ou estava atrás de si, seus movimentos começaram seguindo o ritmo das batidas de Back in the Black. Seus olhos estavam fixos no trio, o sorriso que surgiu em sua face demonstrava o quanto cada aplauso, assobio ou berro estava o agradando e deixando ele aceso, ver os olhos dos namorados com aquele raro brilho de raiva lhe fez abrir um sorriso travesso.

Tooru usou a primeira parte da música esfregando o corpo na barra e fazendo posições ousadas na mesma, no finalzinho escorregou até o chão ficando de quatro e muito exposto, então ele começou a engatinhar em direção ao trio, Bokuto o olhava neutro, Tobio mordia os lábios e Kuroo tinha um sorriso tão safado quanto o de Oikawa que obviamente se aproveitou da situação. Não era planejado, mas assim que parou com o rosto colado no de Kuroo, as bocas quase se tocando, sussurrou um pedido, ele queria que o moreno lhe acompanhasse no restante do show. Sorrindo e deixando para temer o surto de Bokuto depois, o moreno colou os lábios ao de Oikawa num selinho para logo depois subir no palco. O toque tinha sido rápido, mas foi o suficiente para que Koutaro e Tobio sentissem uma chama de fúria e indignação subir pelo corpo, a vontade de arrancar o namorado do palco pelos cabelos e o arruinar de todas as formas possíveis era enorme assim como a ereção dolorida no meio das pernas.

Sorrindo de lado, Tooru empurrou o peito de Kuroo até as costas encostarem na barra, a perna direita contornou o corpo do homem mais alto que si. O ex-capitão da Nekoma encheu as mãos com a bunda de Oikawa e o puxou para si até encostar a boca no ouvido dele.

- Tsukki vai te matar. – Sussurrou em tom de brincadeira enquanto sentia o membro do amigo sarrando em sua barriga durante a dança sensual.

- Eu cavalgo nele também.

Não deixou que Kuroo pensasse muito sobre aquilo e se virou de frente para o público deixando que os namorados vissem onde as mãos de Kuroo tocavam com firmeza e como seus olhos quase se reviraram quando ele segurou seu membro com força. Em certo momento da música ele se abaixou e balançou a bunda na ereção do amigo que mordeu forte o lábio inferior enquanto deslizava a direita pelas costas de Oikawa para que conseguisse puxar o cabelo dele até que voltasse a posição inicial.

- Se eu apanhar depois, a culpa é sua e eu vou cobrar. – A voz de Kuroo estava supercarregada de segundas e terceiras intenções deixando Oikawa com mais vontade de terminar o show logo.

Os sons da multidão, das risadas do outro atrás de si, da música e dos seus próprios batimentos davam a Oikawa uma sensação de plenitude poucas vezes sentida. E tudo que ele sentia ficava óbvio em cada movimento, cada expressão.

É só mais um desafio como qualquer outro, não vai amarelar né Oikawa?

Estava no fim da música, Kuroo estava deitado sem blusa no chão com Oikawa literalmente cavalgando sensualmente em si, o sorriso metido não saía do rosto dos dois. O telão deixava claro a química entre eles e as marcas fodidamente vermelhas, algumas quase roxas, no corpo de Oikawa.

Koutaro e Tobio estavam putos. Os olhos não desviavam da cena, os maxilares estavam trincados, entretanto, Tobio era o que mais externava a irritação por tudo que estava acontecendo bem na cara dele, quase que literalmente. Os dedos de Tobio não paravam de batucar nos joelhos tentando inutilmente aliviar a raiva que lhe corroía.

VAI KAWAAAA, A GENTE QUER VER NO QUE VAI DAR!

Oikawa terminou a apresentação dando outro selinho em Kuroo com as pernas uma de cada lado do corpo expondo suas partes íntimas que ainda eram tocadas pelas mãos alheias.

A quantidade de dinheiro em cima dos palcos era enorme deixando Oikawa, Kuroo e as outras meninas que apareceram para ajudar ocupados tempo suficiente para Bokuto tascar um beijo bruto em Tobio descontando um pouco da raiva que sentia ali, ele sabia que precisava se acalmar para não destruir de vez Oikawa quando saísse dali.

- Vai na frente amor, eu vou passar no carro rapinho. – A frase foi dita com uma calma impressionante para o garoto mais novo, mas o sorriso simples e as sobrancelhas levemente contraídas deixavam muito claro a quantidade de raiva que o outro sentia.

Suspirando ele olhou mais uma vez pro namorado que acenava e ria para o público que se amontoou na frente do palco, deu um último selinho em Koutaro e seguiu em direção ao camarim de Oikawa.

Kuroo-chan, você sabe que eles vão me matar se eu fizer isso que você ta falando né?

Oikawa distribuiu todo o dinheiro que ganhou para as garotas que trabalhavam ali, ele não precisava daquilo por já ter o suficiente para viver bem. Kuroo ficou agindo como seu segurança até entrarem no camarim temporário de Oikawa que foi quando ele começou a rir de nervoso, ele não conseguiu ver nem Bokuto nem Kageyama no fim da apresentação, mas pelo que ele tinha presenciado antes de se envolver, os dois não estavam lá muito felizes com a apresentação de Oikawa.

Assim que a porta do camarim se fechou Oikawa abraçou Kuroo com força rindo alto como a peste que era, logo o soltou e colocou o robe preto antes de tirar a calcinha que machucava por tocar nas partes marcadas pelos tapas e apertos que levou durante o show. Se virou novamente para Kuroo e deu-lhe um selinho na bochecha antes de fazer um hi-five com ele.

- Esse com certeza foi o melhor desafio que eu fiz Kuroo-chan, muitooooo obrigado.

Oikawa logo o largou para se sentar em frente ao espelho grande pegando produtos específicos para retirar o glitter dourado do seu corpo suado com as mãos que não paravam de tremer um segundo.

- Oikawa, você tá muito fodido. - O moreno enrolado no robe preto sentado de frente pro espelho virou o rosto para o encarar com certo tédio.

- Me diga algo que eu não saiba.

A verdade é que uma parte de Oikawa estava morrendo de medo por não fazer ideia de como os namorados reagiriam aquilo. E francamente, ele não queria perder nenhum dos dois, mas também não se arrependia nem um pouquinho.

- Você ficou doido? Não é possível.

- A pelo menos foi gostoso.

- Você ficou doido.

- Aaaaa vai dizer que não gostou? – Virou o corpo na cadeira giratória e cruzou os braços olhando o amigo corado. – Pra quem não estava gostando seu pau tava bem duro. – Deixou a frase no ar e se virou para começar a tirar o glitter do peito.

- E ainda tá Oikawa. E eu não disse que não gostei. – Um sorriso largo surgiu no rosto de Oikawa.

- Então o senhor está insinuando que quer eu te aliviando?

Tobio que ouvia a conversa do lado de fora apertou o punho com força, fez alguns exercícios de relaxamento completamente inúteis segurando a vontade de destruir os dois.

Oikawa-kun, você sabe que eles não vão te machucar.

Kuroo achou pertinente começar a andar pela salinha naquele momento, ele olhava os figurinos com curiosidade ignorando, pelo menos tentando, a pergunta de Oikawa. As mãos logo pegaram um cachecol de plumas rosa pink ao qual foi enrolado em seu pescoço o que arrancou uma gargalhada alta de Oikawa.

- Tsukki vai arrancar meu couro, mas eu to com saudade de sentir o pau do Bokuto. – Disse distraído, mas alto o suficiente para Oikawa ouvir.

Maldita frase dita para a pessoa errada.

Era de conhecimento geral da nação o nível de possessividade que Oikawa tinha com os namorados, todo mundo sabia que os ciúmes do garoto não era normal e era extremamente perigoso. Por isso quase não haviam brincadeiras com Kageyama e Bokuto naquele sentido, já que o drama que se seguia era catastrófico e sempre acabava com Oikawa depressivo isolado e preocupando a todos com suas tendências autodestrutivas.

O olhar sério que o dançarino lançava para as costas de Kuroo era um sinal claro que ele não estava gostando do rumo que aquela conversa estava tomando. Felizmente Kuroo notou que o silêncio do outro não era comum e decidiu se virar para ele com a expressão mais zoada que conseguia fazer só para quebrar o clima que tinha ficado ali, o alívio lhe invadiu ao ouvir a gargalhada do outro novamente.

Bro, você não presta.

Koutaro não demorou para aparecer no corredor já sem o blazer da roupa social e cara que usava. As mangas da camisa social branca haviam sido dobradas até o cotovelo do homem que abraçou Kageyama deixando um leve selinho na testa dele tomando o fôlego que precisava.

- Vai dar um jeito em Tooru comigo? – Fechou bem os olhos ao ouvir a gargalhada divertida do outro saindo do outro lado da porta.

- Com certeza. – A voz tinha um tom sádico tão evidente que fez com que ambos sorrissem e se afastassem.

- Tranque a porta quando passar certo?

Com um aceno Tobio se colocou ao lado do namorado, ambos estavam com expressões indiferentes quando a porta se abriu e o silêncio recaiu sobre os dois. Oikawa fingiu não ver eles entrando com aquela sensualidade que tinham assim como Kuroo mordendo os lábios ao ver Koutaro andando até a cadeira de Oikawa que começou a tirar a parte do glitter em seu rosto.

O pé esquerdo de Bokuto fez a cadeira girar e sua mão a fez parar, Tooru apertou o lenço umedecido com força sentindo um misto de medo e excitação quando o outro se inclinou sobre si com aquele rosto tão sério e os músculos contraídos.

- O que foi? Não vai me dar a recepção que eu mereço? Ou está com tanto medo que deixou o gato comer sua língua.

A única resposta que teve foi um olhar incerto e conflitante, além do silêncio, claro. Com um empurrão afastou a cadeira o suficiente para que o dançarino ficasse ali e ajeitou a postura.

- De joelhos. Sem roupas. – A ordem veio baixa, mas autoritária o suficiente para Oikawa obedecer sem questionar.

Ao perceber que o namorado não vestia nada por baixo do robe, notou que haviam grandes possibilidades do seu garoto ter ficado nu diante de Kuroo sem que lhe fosse ordenado, o olhar dourado se endureceu enquanto tirava o que tinha ido buscar do bolso traseiro da calça social.

Eram um chicote e estava enrolado, o platinado não fez questão de desenrolar para forçar a parte feita para ser segurada na garganta do namorado ajoelhado à sua frente. Os olhos fitaram Kuroo pelo espelho enquanto o chicote subia para o queixo do garoto ajoelhado.

- Está feliz com esse maldito desafio não? Aproveitou bem o show como tive o desprazer de ver. Não estava bom o suficiente só ver minha cadela fazendo seu trabalho. Oh, óbvio que não, você gosta de me provocar, de me irritar já que não pode fazer isso com ele. – A garganta de Kuroo se moveu só para engolir a saliva acumulada na boca. – Não tem problema de qualquer forma. – Os olhos baixaram para Oikawa que lhe encarava com os conflitos internos sendo expostos no olhar, a raiva no olhar de Koutaro quase fez Oikawa ficar com medo de verdade, quase. – Eu vou descontar tudo em você Tooru. Cada risadinha, cada marca, cada respirada. – O som do tapa deixado na bochecha esquerda de Oikawa ecoou pelo lugar deixando o clima ainda mais tenso. – De quatro na maldita cadeira. Trate de virar esse espelho inútil antes que eu mude de ideia e te faça ajoelhar em milho.

Ta bom, eu aceito fazer esse desafio.

Oikawa se posicionou como foi lhe ordenado sentindo um turbilhão de coisas ao mesmo tempo, estava excitado como nunca e nem tinha começado sua “punição”. As mãos trêmulas empurraram a cadeira até encostar na mesinha em silêncio, até que subisse na cadeira e deixasse o lenço na mesinha deixou a cabeça baixa, quando a levantou encarou Bokuto pelo espelho sorrindo cretinamente. Esperou estar quase fechando o espelho para fazer o que estava quase o matando por dentro. Responder debochadamente o namorado.

- Oh Kou-chan, sinto informar, mas não foi a língua que o Kuroo-chan, ops. – A risada de escárnio escorreu dos lábios de Oikawa como veneno fazendo os outros três travarem de tanta surpresa diante da coragem do outro. – A parte que o gato comeu e gozou foi bem mais... Apertada. Oh, Kuroo-chan me fodeu tão gostoso... Deveria ter gravado. – Então ele terminou de fechar o espelho revelando as fotos suas com os namorados coladas ali atrás.

A primeira chicotada veio violenta sobre a marca em relevo da mão do desconhecido, Oikawa berrou um xingamento alto, muito alto, a dor que sentiu era surrealmente inesperada e muito aguda. As mãos esmagaram o encosto da cadeira e a testa se abaixou até encostar no estofado do encosto. O garoto estava ofegante e com o membro dolorido, o masoquismo de Oikawa assustou Kuroo, enquanto Tobio apenas negou com a cabeça. Koutaro não deixou que o amante recuperasse o ar antes de iniciar a série de chicotadas violentas que cortaram o ar fazendo um barulho excitante. A sensação que Oikawa tinha eram que estavam fazendo cortes nas suas coxas e bunda, doía muito e aquilo o fazia lacrimejar sem parar. Cansado de usar o chicote, Bokuto o deixou cair no chão para começar a própria força bruta, seus tapas estalavam muito alto, mas logo eram abafados pelos berros de Oikawa que estava todo arqueado e tremendo na posição.

Kuroo olhava tudo sorrindo enlouquentemente, claramente o sorriso estava sendo tampado pelo cachecol forçado contra a boca. A mente não sabia onde focar primeiro, em Oikawa que emitia aqueles sons doloridos tão sensuais, em Kageyama parado ao seu lado com expressões neutras olhando tudo, ou nas costas de Bokuto que estavam o deixando ainda mais duro que deveria, era errado cobiçar o outro com tanto afinco? Sim. Ele ligava? Não. Por mais que fosse perigoso aquele tesão fodido, ele não estava nem um pouco inclinado a parar de secar o amigo acabando com Oikawa.

A SE TSUKKI FICAR SABENDO QUE VOCÊ TA ME PROPONDO ESSAS COISAS KUROO-CHAN!

Cansados de esperar, Kuroo e Kageyama se sentaram no chão para apreciar o show a parte que era a dinâmica sadomasoquista dos outros dois, nesse ponto Bokuto voltara às chicotadas que agora eram deixadas nos pontos seguros das costas até então limpas de Oikawa.

A última chicotada foi deixada perto da mão direita de Tooru que segurava a cadeira, o pobrezinho deu um pulo assustado junto a um choramingo dolorido. O chicote de couro foi enrolado novamente na mão do dono que sorriu ao sentir o calor no material, seus olhos não saíam do corpo marcado com as suas marcas, Oikawa não parava de tremer, suspirar e respirar ofegante para o bel prazer de Koutaro. Ele preferia o namorado assim, principalmente depois do que ele ousara em fazer.

Após guardar o chicote no bolso traseiro novamente, Koutaro se permitiu tirar a blusa o que foi muito aclamado pelos espectadores atrás de si. O homem dá um passo à frente e cobre o corpo machucado com o seu deixando a mão esquerda ao lado da dele na cadeira. Com uma precisão felina ele se aproximou a ponto de a boca encostar na orelha esquerda do garoto ao passo que a mão direita o empurrou para baixo pela lombar, Oikawa se viu obrigado a empinar mais a bunda machucada no namorado.

- Acha mesmo que acabou? – Um arrepio de medo atravessou o corpo alheio que acabou se encolhendo automaticamente. – Tanto tempo e você ainda não percebeu que só esses gritinhos esganiçados não me comovem nem um pouco. Você só vai ter meu perdão quando gozar toda sua desobediência e petulância. Eu estou te rebaixando, não é mais minha puta a partir de agora você é só meu brinquedo sexual, porque é pra isso que você serve. – O tom de voz era rouco exalava seriedade por mais que os presentes soubessem que era apenas parte do momento e o mais importante, Oikawa não aceitaria um tratamento “fofinho” agora. – Pode ir esquecendo essa ideia de sentir prazer. Hoje ninguém vai comer essa bunda ridícula de gostosa e apertada, você não merece esse prazer. – Um tapa foi deixado na parte limpa das coxas do garoto que voltou a gemer de dor não só ali, seu membro estava praticamente encharcado e estava pingando mais que uma torneira mal fechada. – Não se preocupe, eu sou generoso, vou te dar um presentinho pra compensar essa perda total de dignidade.

Oikawa-san, cuidado com o que você ta planejando. Nem eu, nem o Bokuto-san estamos numa boa semana.

O joelho esquerdo de Koutaro entrou entre as pernas de Oikawa as forçando a abrir o expondo para si, a mão direita desceu para o períneo o tateando com uma delicadeza incomum para a situação, o objetivo era deixar o outro de guarda baixa. Bokuto notou o relaxamento de Oikawa quando os ombros se abaixaram e os resmungos lhe provocando começaram a sair. Sem aviso, os dois dedos de Koutaro se firmaram e apertaram a entrada do namorado entrando sem poupar força acertando diretamente a próstata alheia com tanta violência que ao invés de um choque, duas ondas de prazer fizeram o corpo abaixo de si estremecer o suficiente para gozar pateticamente.

Mesmo notando o orgasmo do parceiro, Koutaro não parou de o estocar, ele tentava ao máximo ignorar os berros que o outro deixava no ambiente, seu foco era fazê-lo não ter consciência para sequer respirar, felizmente, para si, a raiva do ocorrido estava o deixando muito focado.

Tooru, eu estou avisando, não abusa.

Crueldade. Tortura. Queimação. Ardência. Dor. Prazer. Oikawa estava se sentindo quente, muito quente. Além disso, estava quebrado, esfolado, necessitado, a calça de Bokuto estava roçando nos seus machucados de uma forma que ele não conseguia sentir o membro do outro, contudo sentia muito bem a dor que o ato trazia. O que para si era o pior dos castigos. Aquela crueldade misturada à leve raiva estava sendo refletidas nas estocadas que os dedos proporcionavam fazendo sua boca aberta liberar os sons mais vergonhosos que ele já havia emitido.

Oikawa só percebeu o que Koutaro queria com aquele tratamento tarde demais, ele estava conduzindo seu corpo a um orgasmo seco, finalmente a frase “gozar toda a desobediência e petulância” fez sentido.

Não houve sujeira como da última vez, e Koutaro não parou. As estocadas continuavam a todo vapor, os braços de Oikawa chegaram ao limite o forçando a se apoiar nos antebraços, o suor pingava do rosto distorcido por tantas sensações junto às lágrimas, a voz tremida implorava por misericórdia como conseguia, o cérebro do garoto mal processava a respiração quem dirá formar frases.

Os dentes branquinhos e alinhados de Oikawa morderam com força o antebraço direito, no momento era a única forma dele descontar a frustração que sentia, seu orgulho enorme estava tão dilacerado quanto sua bunda e aquela merda doía demais. Uma mordida mais forte foi deixada junto a outro berro abafado, a mão esquerda de Koutaro continuava lá, bem pertinho da sua e parecia ansiosa para entrar em ação.

Os pés de Oikawa estavam contorcidos e contraídos assim como seus músculos, os pedidos de redenção saíam como a mais bela música aos ouvidos dos presentes por mais que Kuroo e Kageyama não estivessem vendo o estado que Tooru estava.

Kawa-san, o que você acha de provocar eles com uma apresentação de pole dance?

Koutaro só descansou quando Tooru havia tido seu quarto orgasmo, só então ele se afastou com o antebraço doendo e o corpo suado por inteiro, Tobio quis gravar a cara de Kuroo quando viu o estrago na bunda de Oikawa, a cara de choque dele estava hilária demais.

A risada do namorado chamou a atenção de Koutaro o fazendo virar na direção do som e olhar sem muita vontade de sorrir para os dois. Foi a vez de Tobio ver o estrago no namorado, o olhar de repreensão fora imediato.

- Bokuto, que exagero não acha?

O outro, ainda de lado e com os cabelos agora para baixo com vários fios colados ao rosto, sorriu. Era um sorriso de escárnio tão raro naquela boca que fez Kageyama levantar as sobrancelhas começando a se preocupar pelo estado que Bokuto estava.

Pelo visto Oikawa alcançou o que queria...

Tsukki, você acha que eu devo usar mesmo essa calcinha?

- Caralho... – Kuroo soltou ao ver com mais clareza como o amigo estava e no fundinho, ele não deixou de sentir um pouquinho de inveja.

Koutaro olhou novamente para o namorado e passou a língua no lábio inferior, mas sem tirar o sorriso do rosto. Os olhos dourados percorreram cada pedacinho das marcas admirando e se vangloriando internamente de cada uma ter coberto perfeitamente as marcas de mãos e chupões deixados por terceiros.

- É, talvez um pouquinho.

Kawa-san, claro que deve.

A posição de Bokuto mudou, agora ele fora para a parte mais lateral da cadeira que foi girada só um pouquinho. A mão direita envolveu o pescoço e queixo de Oikawa para o puxar para cima colando as costas machucadas ao seu peito expondo a frente do outro para Kageyama e Kuroo.

Koutaro obrigou o namorado encarar Tobio mesmo que seus olhos estivessem desfocados e mal ficassem abertos. O polegar forçou a boca a se abrir para que dois dedos entrassem ali sendo prontamente rodeados pela língua de Oikawa. O homem se inclina para frente colando novamente a boca ao ouvido alheio, mas sem tirar os olhos de Kageyama, este que estava louco pra se juntar aos namorados.

- Agora ele quer outro orgasmo certo? – Um levíssimo manear veio do garoto praticamente desesperado para aliviar seu membro. – Ele quer gemer como uma puta no teu pau Tobio. Ele anseia ser tratado como o brinquedo que ele sabe que é.

Terminou a frase forçando a língua do outro para baixo obrigando a boca se abrir provocando ainda mais o lado sádico de Kageyama que já se aproximava a passos largos enquanto abria o zíper. O joelho esquerdo de Koutaro se enfiou entre as pernas fracas do outro fazendo-as se afastarem e a bunda se empinar ampliando a visão digna de um orgasmo para Kuroo.

Mas eu queria uma coisa para descontrolar eles...

Kageyama agora se masturbava com o membro rente ao rosto de Oikawa que novamente fora abaixado, os olhos castanhos não saíam dos azuis, a boca continuava aberta esperando a hora que entraria novamente em cena.

Não demora muito para que Tobio colocasse o membro para dentro da cavidade úmida de Tooru que gemeu abafado por sentir os dedos de Koutaro voltando para dentro de si a todo vapor. E Kageyama não perdeu tempo, começou a estocar a boca de Oikawa sem se importar se ele estava engasgado ou não, sua mão esquerda foi para os cabelos arruinados e puxou com força a franja que cismava em lhe atrapalhar a visão do rosto vermelho e dos olhos lacrimejados cheios de prazer.

Mesmo que sufocado, o garoto levou as mãos à cintura coberta de Kageyama a arranhando com força indicando que ele precisava de um tempo que fora dado depois de um belo tapa que marcou o outro lado de sua face. Entretanto, não havia espaço para a dor já que Bokuto fazia um belo trabalho dentro de Oikawa, sua unha do indicador raspou propositalmente a próstata alheia no exato momento do tapa. O quão grande fora seu esforço para não revirar os olhos com a sensação arrebatadora que subiu pelo âmago.

Antes que recuperasse novamente o ar Tobio voltou para dentro de sua boca dessa vez coordenando com Koutaro nas estocadas, os barulhos do engasgo de Oikawa eram altos e constantes, Kuroo soltou um gritinho animado ao ouvir mais um tapa de Bokuto estalar na bunda de Oikawa fazendo ele engasgar a ponto de precisar que os dois parassem para dar um ar ao outro.

- P-Por favor... M-Me f-fodam... – Oikawa conseguiu dizer com a voz fraca e arranhada.

Os olhos de Kuroo viajavam no rosto dos três sem parar, ele estavam com uma vontade imensa de se juntar a eles, ele queria tanto judiar um pouco de Oikawa, receber uns tapas de Koutaro e foder a bundinha empinada de Tobio. Ele precisou de muito esforço para só se levantar e não sair do lugar, Kuroo sabia que apenas um passo seria o suficiente para que ele cedesse.

Kageyama desceu o olhar para Oikawa, vendo o rostinho cheio de necessidade por alívio, a visão o atingiu em cheio o deixando mais lerdo com que acontecia ao seu redor. Percebendo o quão perto de finalmente gozar Tobio estava, Bokuto segurou seu pescoço e o puxou para um selinho longo, Tooru lambeu os lábios vendo a cena de baixo e decidiu esticar as mãos para começar a masturbar o namorado a sua frente enquanto o selinho se esquentava rápido se transformando em um beijo quente.

O beijo se findou com Tobio sorrindo sádico e se abaixando para ficar com o rosto no mesmo nível de Oikawa, se sentindo um pouco misericordioso ao ver o rostinho esperançoso do namorado, deu a ele a dádiva de um breve selinho antes de apertar com força seu maxilar.

- Uma cadelinha como você não tem direito de pedir nada. Nós vamos te foder só se a gente quiser.

Aproveitando a distração dos namorados, Koutaro puxou o cabelo de Oikawa pelo meio fazendo o corpo se arquear na cadeira pequena e a face se deformar em dor bem próximo ao rosto de Tobio. Os dedos do platinado decidiram brincar com os ossos saltados da coluna de Oikawa rindo da pele arrepiada que ficou.

- Não acha lindo, Bro?

Ainda encarando Tooru, Bokuto apertou a coxa machucada com força fazendo um gemido bater contra o rosto de Kageyama antes do mesmo voltar a se levantar e pincelar a glande molhada nos lábios inchados, Tobio estava provocando o namorado novamente, o atiçando a abrir obediente a boca, o que não demorou a ser feito, o moreno entrou com uma estocada funda fazendo o nariz de Oikawa se tocar repentinamente na virilha alheia e a garganta se afastar mais para lhe abrigar.

- Lindo e bem treinado, essa bonequinha é minha e do Tobio. É nossa. Não sua. Você não pode tocar, ninguém pode tocar porque não pertence a vocês. – Kuroo que estava com as costas coladas à parede escura tentava não gemer muito enquanto fazia a masturbação em seu membro, aquela ameaça não estava ajudando nem um pouco a pouca sanidade que tinha. – Percebe o quão ridículo foi assistir o showzinho que você o desafiou a fazer?

Bokuto retira seus dedos de dentro do namorado os usando para abrir os fechos da calça que usava, ignorando os barulhos e os movimentos eróticos que Oikawa fazia, liberou o próprio membro da prisão que estava soltando um resmungo aliviado.

- Tetsuro, você não faz a menor ideia do quão irritado eu fiquei. A minha vontade era subir naquela merda de palco e esconder minha cadelinha daqueles abutres carniceiros. – Os olhos se voltaram para os de Tobio perdidos no prazer que era foder a boca quente de Oikawa. – Mas sabe, a gente ta sozinho agora... E não tem ninguém para nos impedir de tomar o que é nosso por direito.

Dito aquilo, Bokuto entrou num único movimento em Oikawa fazendo a bunda machucada bater com força contra sua virilha assim como a glande na próstata alheia arrancando um berro abafado pelo membro de Tobio do namorado fraco e a beira de mais um orgasmo.

Kawa você sabe fazer pole dance não sabe? Por que não junta com lap dance?

Os olhos de Koutaro não largavam os de Tobio enquanto estabelecia as estocadas brutas e fortes para dentro do outro. Tobio estava muito perto de gozar na garganta surrealmente deliciosa de Oikawa, seus olhos se fecharam por não aguentar mais os manter aberto, contudo, o olhar alucinado de Bokuto continuou firme na sua mente o atiçando a ir mais rápido.

Oikawa os apertava como conseguia, estava difícil e dolorido, mas, mesmo assim ele manteve o máximo possível. A posição se quebrou quando Koutaro lhe apertou os vergões das costas destruindo seu controle de uma vez.

A mão de Tobio foi para a mecha que sempre ficava elevada no meio de sua cabeça a puxando com força o suficiente para seus olhos lacrimejarem mesmo que estivessem fechados.

E no meio disso tudo, havia Kuroo, ele estava cada vez mais no seu limite físico e mental, os olhos já não ousavam encarar o trio e a mão se movia conforme as estocadas de Tobio.

- Eu não achei o show ridículo. Muito pelo contrário, eu amei, principalmente as partes que aquele desconhecido quase fodeu o seu brinquedo no palco. Oh, eu amei sentir a bunda gostosa dele se encaixando perfeitamente no meu pau e não posso deixar de fora os gemidos que ele estava dando no meu ouvido. – A voz de Kuroo saiu carregada de prazer, seus músculos estavam tremendo era um claro sinal que ele gozaria logo.

O som das estocadas e do engasgo aumentaram consideravelmente, a provocação de Kuroo surtira um efeito surreal nos dois homens, Oikawa não sabia se xingava ou agradecia o amigo por tudo aquilo. Os olhos de Kuroo voltaram a se abrir e focar na cena a sua frente. Fora ao encarar o rosto suado as expressões de esforço de Bokuto que tudo sumiu, não havia mais a preocupação com o ciúme de Oikawa ou com o relacionamento com Tsukkishima, nada disso importava agora. A única coisa que importava era sua vontade de se juntar a eles e gozar em Oikawa e foi pensando nisso que deu o primeiro passo em direção ao trio.

Tsukki, isso pode ser perigoso... Eu não sei como eles vão reagir ao saber que eu sei dançar daquele jeito e eu nem quem chamar pra dançar comigo...

- Eu realmente acho o brinquedinho de vocês lindo. Que ótimos treinadores vocês são, meus parabéns, mas vamos... Já estamos aqui, não precisamos de egoísmo certo? Estamos entre amigos. Dividir os brinquedinhos é uma questão de educação não acham? – A voz era venenosa e debochada.

A cada passo Kuroo se masturbava menos e quando finalmente chegou ao corpo de Oikawa roubou um beijo de Koutaro o distraindo do que faria. Não foi fácil, mas ele conseguiu alcançar o membro esquecido de Tooru e começou a masturbar como estava fazendo em si próprio, destruindo ainda mais a mente fraca do garoto.

Tobio sequer se importou com a aproximação ou o toque de Kuroo sobre o que lhe pertencia, estava completamente focado em aproveitar ao máximo a boca do namorado sorrindo largamente entre as estocadas firmes que só paravam para sentir seu membro ser massageado pela garganta alheia que fazia movimentos de engolir.

- Ah Tooru... Bendita seja essa boca de vadia... Porra, e vou gozar logo logo... Mas hm... Não importa não é? – Os olhos se semicerraram e viram Kuroo aproximando a boca dos mamilos de Oikawa. – Você vai adorar engolir cada pedacinho da minha porra, porque é pra isso que você vive. Pra mamar meu pau como um bebezinho.

- Vamos lá Oikawa, goza pra gente. – Kuroo sussurrou em seu ouvido enquanto selava a bochecha abusada. – Vamos, eu sei que você se aliviar...

Um tapa forte foi estalado na bunda de Oikawa e veio de Bokuto por ver como o namorado estava ficando mais fraco muito rápido. Kuroo desacelerou o sobe e desce para encarar Kageyama acima de si com escárnio provocando o pobre homem que gozou forte na boca de Oikawa lhe enchendo as bochechas. Tobio precisou segurar firme na mesinha para não cair no chão.

Dentro de Oikawa, Bokuto sofria apertões surreais, ele logo entendeu que era uma indicação que o namorado iria gozar de novo, seu receio era que ele não aguentasse ficar acordado depois de mais uma. Contudo, não focou naquilo e aumentou consideravelmente a força ao qual empurrava a virilha contra a bunda do seu menino. Koutaro jogou a cabeça para trás gemendo o nome do outro, não poderia negar que estava muito perto de gozar, mas Tooru não precisava saber disso.

- Engole cadela. - Ditou Tobio com a voz ríspida, mas satisfeita.

Com muita dificuldade ele o fez apertando os olhos sentindo Kuroo e Koutaro judiando de seu corpo forçando um orgasmo contra as barreiras fracas que ele levantava. Quando terminou de esvaziar a boca, a abriu e colocou a língua para fora dando uma ótima visão a Kageyama ainda lento pela maravilhosa gozada. A posição não permaneceu por muito tempo, os ombros de Oikawa caíram de vez na cadeira empinando ao máximo a bunda para os outros dois homens, Kuroo deu um jeito e se enfiou ali para chupar com força o outro que berrou a plenos pulmões cerrando os olhos forçando mais lágrimas a sair.

Tobio olhava tudo de longe com um sorriso, pegou o celular de Oikawa jogado sobre a mesa e fez a honra de fotogravar as expressões do garoto, as de Koutaro e gravar um pouco da cena maravilhosa que se seguia. Uma ideia repentina lhe atravessou a mente então, ainda gravando, ele se abaixou para colocar a câmera pegando somente o rosto de Oikawa.

- Está gostando disso não? – A mão livre se fechou nas bochechas gordinhas e apertou até ele abrir os olhos sem o menor foco, a cor castanha deixava claro como as pupilas estavam mega dilatadas, uma bela cena a ser gravada. – Me diga Oikawa, acha mesmo que aquele magrelo que você se insinuou seria capaz de dar o prazer que a gente te dá todos os dias? Achou mesmo que aquele estranho era capaz de dar o que você precisa?

O gemido que escapou pelo biquinho que a boca de Oikawa seria capaz de excitar até um cadáver e Kageyama estava se sentindo incrível por ter conseguido gravar não só ele como a expressão de Tooru quando ele se derramou na garganta quentinha de Kuroo esmagando completamente Bokuto.

Era improvável que Koutaro conseguisse ficar sem gozar depois de presenciar e sentir Oikawa chegando ao ápice, aquele sexo estava sendo surreal e ele só notou aquilo quando perdeu momentaneamente a força das pernas ao gozar. O apoio de Bokuto foi a cadeira e as costas machucadas de Oikawa que soltou um grito dolorido esganiçado pela dor que cortou a sensação inacreditável de prazer que sentia.

Tooru, seu recorde de orgasmos é três não?

Apesar de se sentir incrível, Oikawa também estava cansando, dançar, apanhar e sustentar aqueles três homens cobrou seu preço assim que os efeitos iniciais do pós-orgasmo começaram a passar. O dançarino começou a sentir tanto cansaço que estava difícil até mesmo respirar, só o fato de ele estar meio consciente era uma surpresa enorme. Finalmente Kageyama terminou o vídeo e guardou o celular do namorado no bolso traseiro de sua calça social, ele deu uma olhada para Koutaro ainda deitado sobre Oikawa depois olhou Kuroo sentado no chão olhando para os três sem saber muito o que fazer além de continuar tocando sua punheta.

Foram mais alguns minutos assim, Bokuto até tentava falar com Oikawa, mas ele mal respondia e quando fazia não dava para entender nada. O sorriso orgulhoso brilhou nos lábios finos de Koutaro e com as forças repostas, se retirou de Oikawa que soltou um choramingo ao sentir a falta de algo dentro de si assim como o esperma escorrendo pelas suas pernas. Foi a vez de Bokuto tirar o celular do bolso e registrar aquela visão maravilhosa lambendo os lábios.

- Tobio, leve ele para casa. – Mandou ao guardar o celular novamente e ajeitar as calças.

- E você?

Kageyama o olhou desconfiado antes de começar a ajeitar as coisas do namorado jogando na mala pequena que ele tinha deixado num canto. Como não houve resposta para a sua pergunta, Tobio deduziu o que Koutaro faria enquanto ele carregava um Oikawa praticamente morto para casa.

- Você sabe o que ele acha sobre isso não é? – Questionou colocando uma roupa leve no namorado para que não saísse pelado dali.

- Ele não vai nem desconfiar disso. – Bokuto disse encarando Kuroo jogando no chão com um sorriso desafiador.

- Se ele acordar, ver alguma coisa e surtar, ou se ele descobrir e surtar, eu vou estar do lado dele. – Disse não gostando nem um pouco daquela história. – Está avisado Koutaro. – A voz soou fria.

Bokuto querendo ou não engoliu em seco, ele notou pelo olhar de Kageyama que ele estava falando sério, muito sério. Por um momento desviou o olhar de Kuroo para os namorados, Oikawa agora estava desacordado com o rosto relaxado no ombro direito de Tobio que o carregava como uma mochila presa a parte da frente do corpo com uma mão e com a outra mão estava na alça da malinha. Koutaro agradeceu internamente as idas à academia de Kageyama que ficou com um corpo forte e definido o suficiente para carregar Oikawa, que não era lá muito leve.

- Boa noite, não precisa nem dormir com a gente hoje. – Falou por fim antes de destrancar a porta e sair antes que Koutaro desse uma resposta.

Nenhum dos dois fez ou falou algo durante bons minutos após a porta ser fechada. A dura de Kageyama os fez repensar as próprias ações, entretanto, bastou que eles se olhassem novamente para que toda hesitação sumisse e a chama do tesão reascendesse dentro dos dois, principalmente de Kuroo.

- O que você quer Tetsuro? – Questionou Koutaro se sentindo misericordioso o bastante para deixar o outro escolher.

Kuroo se levantou retirando a calça e os sapatos deixando-os num cantinho da salinha. Andou até o outro próximo a cadeira melada com o esperma de Oikawa, a limpou rápido com um lenço umedecido jogado sobre a mesa então empurrou Bokuto para se sentar na mesma.

- Me deixe sentar em você. Firme, fundo e forte. – Sussurrou abaixando o rosto para encarar o amigo na mesma altura com um sorriso de lado nos lábios.

Kuroo-san, cuidado naquela boate. Te amo. Não faça nada inconsequente.

A resposta de Koutaro veio em forma de ação, ele se inclinou para trás colando as costas ao encosto da cadeira olhando Kuroo com um sorrisinho achando muito irônica toda aquela situação.

- Ficou animadinho ao ver meu brinquedo rebolando foi?

Com um revirar de olhos Kuroo se sentou sobre as coxas grossas do outro que continha aquele sorrisinho encantador nos lábios. Era mentira a constatação? Nem um pouco, mas não admitiria nem sobre tortura, se o fizesse Oikawa lhe importunaria até a morte.

As reboladas de Kuroo começaram fracas e foram aumentando conforme Koutaro ficava excitado, o moreno colocou quicadas suaves misturadas ao rebolado quando as mãos grandes lhe agarraram as nádegas magricelas apertando com vontade assim como os dentes mordiam o lábio inferior. Seria um descaso enorme Koutaro negar o alívio que Kuroo tanto implorava desde o começo de todo esse grande desafio.

- Ah Testuro, que pecado é termos tanto pouco tempo. – As mãos seguraram a cintura do outro e ajudaram a começar a descer no seu membro quando o mesmo já estava duro o suficiente para tal. – Puta que pariu... Que apertado...

Kuroo não se mexeu de primeira por estar ocupado sentindo aquele tamanho lhe separando, não estava nem um pouco acostumado com aquilo tudo e finalmente entendeu o porquê Oikawa ficava mal sempre que fazia aquilo. Perdendo grande parte da afobação, ele começou mexendo a cintura jogando a bunda para frente e para trás alcançando sua próstata na quarta tentativa.

Koutaro não tirava os olhos do rosto do homem acima de si que suspirava e curtia cada sensação com um sorriso calmo nos lábios, ele deu uma leve negada com a cabeça e puxou o cabelo de Kuroo forçando a olhar em seus olhos.

- Você não disse que queria forte e firme? Então faça. – Deslizou a mão pelo peito alheio até chegar na ereção vermelha. – Antes que eu o faça.

Foi o suficiente para ele começar a quicar de uma forma mais bruta, as mãos estavam no peito de Koutaro e era muito difícil não arranhar aquela pele branquinha. O cabelo batia com força no rosto suado e contorcido pelo prazer de estar sendo estimulado dos dois jeitos, a mão de Bokuto agora subia e descia num ritmo diferente ao qual seu corpo fazia dando um efeito surreal em seu corpo.

Kuroo não demorou para gozar, bastou um tapa na coxa fina para ele se desmanchar sujando a calça de Bokuto assim como seu abdômen, quando abriu os olhos tentou não ter um ataque do coração ao ver seus dedos marcados na pele alheia. Bokuto não entendendo muito aquela reação após um orgasmo, baixou o olhar e prendeu a respiração ao ver a marca, sua esperança era que ela sumisse logo.

- Está tudo bem, já já sai. – Disse com um sorriso tentando tranquilizar o amigo e a si.

Com um aceno de cabeça Kuroo saiu de cima do membro alheio só então notando que ele não tinha gozado. Mesmo cansado pelo orgasmo intenso e com dor no quadril, se sentou no chão entre as pernas do outro e o chupou até sentir o gostinho característico de esperma, junto a um puxão forte no cabelo e um grunhido alto.

- Cacete Kuroo... Isso foi muito bom.

- Obrigado, eu sei que sou incrível. – Kuroo respondeu deitando a cabeça na coxa esquerda do amigo que lhe distribuía afagos nos cabelos bagunçados.

- Vai querer ajuda para voltar para casa? – Koutaro perguntou tentando ignorar a sensação ruim que insistia em lhe cutucar o fundo a mente.

- Hm... Acho que Tsukki não ficaria muito feliz em vir me buscar e me encontrar desse jeito... – A frase foi dita em tom de piada, mas nenhum dos dois esboçaram sequer um sorriso.

- Eu te levo... E te ajudo a se vestir.

Com um aceno de cabeça Kuroo se sentou melhor no chão choramingando com a pontada de dor que ficou. Todo o prazer que sentiu estava se esvaindo mais rápido que deveria e internamente, ele estava assustado, mas ainda não estava arrependido.

Bokuto ajudou o amigo a se limpar e vestir as calças novamente, não trocaram palavras até saírem da boate pelos fundos, chamaram um uber e esperaram ambos perdidos fundos em seus próprios pensamentos.

Kou-chan, sabe o que eu ouvi hoje? Que Deus odeia traidores.

Kuroo botou os pés no apartamento que dividia com Tsukki às quatro da manhã, a essa altura ele já estava tremendo de ansiedade, sabia que tinha feito merda e bastou colocar os olhos no corpinho de Tsukki enrolado nos cobertores e abraçado ao seu travesseiro que ele soube, estava fodido. Ele estava fodido do pior jeito, a culpa que sentia era maior que o prédio que vivia e cada passo doía no fundo do coração lhe lembrando do ato imoral que cometera. Céus, Tsukki sequer havia acordado ainda.

Ele não teve coragem de se deitar ao lado do outro, se sentindo dilacerado por dentro voltou para a sala e deitou no sofá. Ele não conseguiu dormir por nada, somente um pensamento estava rodando na sua cabeça sem parar.

Ele era um traíra.

Em algum momento Oikawa surgiu na cabeça dele, o fazendo estremecer de cima a baixo, o amigo não poderia descobrir o que tinha acontecido, seria o inferno na Terra, e Kuroo estava ciente que Tsukkishima iria se juntar ao outro criando algo perto da terceira guerra mundial.

Kuroo-san, o Kawa-san disse que você nunca me trairia, é verdade né?

Duas semanas. Esse foi o tempo que Bokuto e Kuroo conseguiram esconder a traição, Oikawa e Tsukkishima estavam desconfiados que alguma coisa havia acontecido com os namorados desde o primeiro dia, mas não tinham um nome para aquilo ou sequer uma prova que havia acontecido. Contudo, Deus odeia traidores e bem naquele dia, o dono da boate, amigo íntimo de Kuroo, lhe procurou para fazer uma proposta de emprego, nesse dia Kuroo e Tsukkishima estavam em sua casa e, Kuroo e Bokuto estavam discutindo alto sobre um jogo novo que acabara de sair.

Eu juro Tsukki, eu nunca te trairia.

- Kuroo, esse aí que é o seu namorado? – Perguntou antes de ir embora apontando para Koutaro que tinha os olhos com o tamanho duplicado. Oikawa conseguiu ver que os dois perderam o ar e aquilo o intrigou, muito.

- Não, sou eu. – Tsukkishima disse levantando o braço do sofá.

- Sério? Não foi ele quem saiu do camarim com Kuroo mancando?

O silêncio que se prosseguiu na sala foi suficiente para o homem notar que falara o que não deveria, mas felizmente não era sua culpa. Ele atraiu a atenção de Oikawa novamente pedindo para que ele reconsiderasse a proposta e pensasse com carinho, o garoto apenas sorriu falso e assentiu fechando a porta devagar.

A mão na maçaneta estava tremendo, ele sentia mil coisas ao mesmo tempo, a principal delas, fúria pura em seu estado mais primordial. Tsukki não estava diferente, o peito magrinho subia e descia rápido e os olhos não saíam do chão, nenhum dos dois estavam com coragem de encarar os namorados.

O silêncio era perigoso e a tensão no ar era forte e sufocante, ambos sabiam que era a calmaria antes da tempestade, mas diferente do que eles pensaram, não houveram os famosos berros de Oikawa ou as agressões de Tsukki, haviam apenas lágrimas. Os parceiros não eram idiotas, sabiam que aquilo mostrava o quão mexidos os homens estavam.

- D-De quem foi a ideia? – A pergunta ousada veio de Tsukkishima.

- M-Minha. – O platinado revelou olhando o namorado fixamente, se preocupando ainda mais quando Oikawa respirou fundo e fechou os olhos.

Novamente o silêncio perdurou por muito mais tempo que deveria. O primeiro a se mover fora Tsukkishima, ele levantou para abraçar Oikawa que finalmente se rendeu ao choro, antes que os outros dois se levantassem para interferir, o loiro e o moreno sumiram para fora do apartamento deixando os traidores com as palavras de Kageyama rondando a mente.

O arrependimento tinha um gosto amargo na boca assim como a incerteza do futuro e o medo de perder tudo o que construíram, em Koutaro, o medo estava duplicado.

Ao finalmente ouvir a explosão de Oikawa no fim do corredor, Kuroo prometeu para si mesmo:

Nunca mais me meter no desafio alheio.


NOTAS FINAIS

Essa fanfic foi baseada num desafio que aconteceu em um RPG de Haikyuu, muito obrigada Sigridy, S-umony e Gg_senpai por tudo, amo vocês!

26 мая 2021 г. 22:10 2 Отчет Добавить Подписаться
2
Конец

Об авторе

Nyco Oikawa ↬Elu|Ele ↬ 23 anos ↬Todo o conteúdo desse perfil é um safe place para pessoas LGBTQIA+, neurodivergentes, PCD's, praticantes e entusiastas de BDSM e pessoas com fetiches convencionais ou não. ↬As minhas histórias são encontradas nos sites Spirit, Wattpad, Inkspired, Fanfiction.net e AO3, todos

Прокомментируйте

Отправить!
Нет комментариев. Будьте первым!
~