anna-back1583172491 Anna Black

Elizabeth está envolvida em uma história impossível, ela descobre que é a filha perdida de um mafioso. Ela é a princesa da máfia italiana, e pelo que tudo indica está prometida em casamento desde o seu nascimento ao Capo: Luciano Costatini, conhecido como Luc, ele é a personificação do sexo e da violência, e exerce sobre Elizabeth uma atração inexplicável. O quê Elizabeth deve fazer? Como será possível evitar o seu destino? Mas será que ela quer mesmo evita-lo?


Романтика эротический 21+.

#romance #máfia #Capo #hot #dark
3
4.3k ПРОСМОТРОВ
В процессе - Новая глава Каждое воскресенье
reading time
AA Поделиться

Elizabeth

Será que ele vem?

Tenho observado um rosto familiar em meus concertos. Eu nunca o encaro abertamente, sempre dissimulo a minha observação, mas há algum tempo tenho notado a presença constante de um homem alto, moreno e de olhos amarelados. Ele fica sempre nos últimos lugares da sala de concerto.

Não há como não notá-lo, acho que todos na sala o notam. Ele não é um homem que passa despercebido. Além de sua beleza, ele parece exercer uma atração magnética natural sobre as pessoas.

Tenho curiosidade para saber por que ele vem a todos os meus concertos, mas nunca se aproxima ao final deles para me felicitar, como é de praxe. Sempre que saio do camarim após os concertos, eu fico observando para ver se vou encontrá-lo, mas nunca o vejo.

Ele parece sempre muito concentrado nas minhas performances, então eu tento passar todos os meus sentimentos através da música.

A música tem sido o nosso único canal de comunicação. Às vezes, eu me pego sonhando acordada com ele... Mas é claro que é pura perda de tempo, um homem como ele jamais estaria sem uma namorada, esposa ou qualquer companhia feminina que fosse. Nunca o vi acompanhado por uma mulher, mas é óbvio que um homem como ele não vai ficar sem uma.

Hoje vim ao teatro para ensaiar sozinha antes do concerto, gosto de passar o som e sentir a acústica do lugar antes de me apresentar. Nesses momentos, sinto falta de minha mãe, que sempre me acompanhava e dava suas opiniões sobre a minha performance.

Ela foi a principal incentivadora na minha vida musical, foi ela quem me colocou nas aulas de música quando eu tinha cinco anos e me acompanhou a cada passo. Só de pensar nela e na falta que faz, já sinto lágrimas subindo aos meus olhos.

Não, Lizzy, chega de chorar, concentre-se!, tento me encorajar a seguir.

Fui adotada quando eu tinha dois anos de idade, pelos Sr. e Sra. White. Eles foram os melhores pais que alguém poderia ter. Infelizmente, um acidente de carro levou meu pai durante a minha adolescência, e minha mãe foi levada há apenas um ano, por um câncer fulminante que acabou com a sua vida em apenas três meses após o diagnóstico. Desde então, vivo sozinha na casa que eles me deixaram de herança, em um bairro de classe média, e tenho vivido da renda dos meus concertos e da venda dos meus CDs e gravações digitais. Ocasionalmente, dou aulas em conservatórios ou escolas de música. Tenho que estudar muito diariamente, para me manter preparada para as inúmeras apresentações musicais. Mas, ultimamente, essa vida de sacrifícios e solidão andam me cansando. Sinto a necessidade de mudar de vida, ter uma família, ter algo mais para me apoiar além do violoncello.

Fui muito protegida pela minha mãe enquanto crescia. Apesar de ser uma mulher muito doce, ela era muito rígida com os meus estudos e concertos, e isso não me deixou muito tempo para namoros. Na verdade, eu só tive um namorado, mas não durou nada. Após o início do namoro, ele me pediu para terminar tudo de maneira muito estranha e abrupta. Então volto a pensar no homem misterioso. Será que ele virá hoje?

— Oi, Lizzy! — Mia, a produtora do teatro, me chama pelo meu apelido. — Acho que já terminamos por hoje, o concerto desta noite foi transferido para amanhã.

— Por quê? Já estávamos com tudo pronto!

— Não sei, Lizzy. Foram ordens da diretoria do teatro, talvez eles tenham tido algum problema com a emissão dos ingressos. De qualquer forma, não há mais nada para fazer hoje.

Solto um suspiro de frustração, odeio quando esses imprevistos acontecem. Agora não terei a oportunidade de ver o homem misterioso. Eu sei que é bobagem, e que ele provavelmente nem pensa em mim, mas eu desfruto dos momentos em que posso vê-lo, ainda que de relance.

— Vou indo. Nós nos vemos amanhã, Lizzy — Mia se despede, já caminhando em direção à porta de saída.

— Tchau, Mia, até.

Passo a arrumar as minhas coisas para sair e coloco o case do meu violoncello nas costas. Andar com um instrumento tão grande nas costas faz parecer que estou carregando um caixão.

Saio pela porta traseira do teatro, a rua está deserta e mal iluminada. Vou caminhando em direção à rua principal, onde pretendo tomar um táxi, quando sinto uma mão apertando o meu ombro.

— Venha, antes que eles te vejam! — uma voz grave ordena enquanto agarra meu pulso, puxando-me em direção oposta a que eu estava caminhando.

Olho para trás e vejo o homem misterioso dos concertos. De perto, ele é muito alto e me força a levantar o queixo para olhá-lo. É a primeira vez que o vejo tão próximo, e consigo notar a linha forte do seu maxilar e o nariz reto. Ele é muito mais bonito do que eu imaginava. Mas não está me olhando, ao contrário, ele está olhando para todos os lados deste beco, como se temendo que alguém apareça a qualquer momento. Será que ele é louco?

📷

— Para! — tento detê-lo. — Sobre o que você está falando?

Assim que essas palavras saem da minha boca, eu escuto os primeiros tiros vindo em nossa direção, ao mesmo tempo em que ele me empurra para trás de um contêiner de lixo que está próximo a nós e me faz deitar no chão.

Estou em pânico, com o rosto grudado no asfalto, quando vejo o homem misterioso tirar duas armas de dentro do seu terno e começar a disparar. Meu coração está acelerado, estou horrorizada com a cena que se desenrola. Será que esse homem é um policial? O que será que está acontecendo?

Eu não consigo ver quem está disparando em quem, mas acho que ele atingiu os seus alvos, já que não escuto mais tiros.

— Venha, temos que ir, antes que cheguem mais. — Ele me ajuda a me levantar e coloca o case do meu violoncello com facilidade em suas costas. Segura a minha mão e caminha com rapidez. Sinto as minhas pernas tremerem, acho que eu não conseguiria sair do lugar se ele não estivesse me guiando.

Então percebo sangue escorrer pela manga de seu terno, no braço que não está me segurando.

— Você está ferido, temos que ir para um hospital.

— Sem hospital para mim, estou bem. Vamos — ele responde sucintamente.

Saímos correndo e entramos em uma SUV preta. O carro tem uma aparência robusta. O homem misterioso dá partida, fazendo os pneus cantarem. Nessa hora, um tiro atinge a minha janela, bem na altura da minha cabeça.

— Aaaahhh!!! — solto um grito de susto, mas observo que a janela não quebrou, está apenas rachada. Pelo visto, este carro é blindado.

— Merda! Chegaram mais. Abaixe-se! — o estranho ordena em tom urgente enquanto manobra o carro em alta velocidade em direção à rua, e eu não demoro em obedecê-lo.

Fico abaixada enquanto escuto tiros de todos os lados, o homem parece estranhamente calmo para quem está baleado e no meio do fogo cruzado.

Ele abre o porta-luvas e tira um revólver de dentro. Passa a dirigir com uma mão e a disparar com a outra. Continua dirigindo em alta velocidade por um tempo, trocando tiros ocasionais. Depois de muitos solavancos e algumas pequenas colisões (e depois de meu coração inúmeras vezes quase sair pela boca), sinto finalmente a frequência dos tiros diminuírem, até cessarem plenamente.

O estranho usa o painel de controle do carro para fazer uma chamada.

— Alô, Luc?! — alguém atende do outro lado. — Porra, cara, onde você está? Estávamos te procurando em todos os lugares!

— Calma, Enzo, estamos chegando. Avise ao médico que se prepare.

— Caralho! O que aconteceu? Você está ferido? Que merda está acontecendo?

— Foi apenas um arranhão. Faça o que eu estou te pedindo, Enzo, não tenho tempo de te explicar tudo agora. — Ele desliga o telefone sem esperar por uma resposta. Agora sei que ele se chama Luc.

Depois de um tempo, paramos em frente a um grande portão, que se abre nem bem chegamos. Ao passarmos por ele, avançamos por alguns metros por uma estrada bem arborizada, parando em frente a uma casa. Na verdade, isso aqui não é uma casa, e sim uma mansão. Olho boquiaberta para a altivez de sua construção.

Luc estaciona o carro, que já está bem avariado, em frente às portas de entrada e seguimos em direção à mansão.

Observo, admirada, uma sala ampla, clara, com desenho moderno e pé-direito altíssimo. Os objetos parecem masculinos, é obviamente a casa de um homem.

— Você está bem, Elizabeth? — o homem me pergunta, tirando-me dos meus devaneios.

— Sim. Eu acho. Quem é você e o que foi que acabou de acontecer? — pergunto, necessitando de respostas.

— Finalmente você chegou!

Outro homem irrompe na sala, interrompendo a possibilidade de eu receber uma resposta. Ele é muito parecido com o meu salvador. Ou será captor? Ainda estou deliberando sobre isso, mas eles são obviamente parentes. Esse outro é uns poucos centímetros mais baixo que Luc, e seus olhos são verdes.

— O que você pensa que está fazendo, Luc?! Você perdeu a porra do juízo? Como desaparece assim, sem levar ninguém com você? Não sabe que é perigoso?

— Fui resolver um assunto pessoalmente — Luc responde calmamente, em amplo contraste com o outro, que se mostra nervoso.

— Mas...

— Agora não, Enzo! — Luc fala em voz mansa, mas já é o suficiente para calar Enzo. Luc parece ser um homem acostumado a ser obedecido.

— Elizabeth, perdoe-me por nos conhecermos dessa maneira — Luc diz, desta vez olhando em minha direção. — Não era esse o meu plano. Sei que você deve ter muitas dúvidas, mas agora mesmo preciso ir a um médico. Volto para falar com você assim que for possível. — Ele fala enquanto faz uma careta ao tirar o paletó do seu terno.

Quando olho para o seu braço, noto gotas de sangue que escorrem para o chão. Luc está tão tranquilo e calmo que eu cheguei a me esquecer de que ele foi baleado.

— Ok — assinto. O que eu poderia responder em uma situação como esta? Não me cabe outra escolha além de esperar por respostas. — Diga-me onde estou, assim posso pedir um táxi...

— Não, você vai ficar aqui. Aquelas pessoas que nos atacaram ainda estão procurando por você. É perigoso para você lá fora. Mandarei lhe prepararem um quarto e mais tarde nos encontramos e poderei explicar tudo.

Sem mais uma palavra, Luc se retira, e Enzo me lança um olhar de curiosidade antes de segui-lo.

Alguns segundos depois, uma mulher de meia-idade entra na sala.

— Olá, eu me chamo Bianca. — Ela me estende a mão, que eu aperto. Sinto-me deslocada, sem saber o que fazer. — O senhor Luc disse que eu deveria preparar um quarto para a senhorita. Venha, siga-me.

Eu pego o meu violoncello, que Luc havia deixado no sofá da sala, e a sigo. Vamos caminhando pela mansão, que parece ter um número infinito de cômodos. Bianca abre uma das portas e eu me deparo com um quarto tão bonito quanto o restante da casa, mas aqui a decoração parece mais feminina.

— Este é o quarto de hóspedes, aqui a senhorita vai encontrar tudo o que precisar. Temos também roupas no armário, caso a senhorita queira se trocar. Avise-me se quiser fazer um lanche ou se precisar de qualquer outra coisa, é só digitar o número um naquele telefone ao lado da cama. O senhor Luc pediu para avisá-la que, assim que possível, ele virá vê-la.

Nossa! Que loucura! O que será que está acontecendo? Quem estará me perseguindo? E qual é o papel de Luc em meio a tudo isso? Ele obviamente está acostumado com esse tipo de acontecimento, manteve-se calmo e determinado durante toda a cena de violência que presenciamos. Droga! Ele até levou um tiro, e ainda assim ficou com uma atitude toda blasé!

Será que eu deveria fugir e tentar a minha sorte lá fora? E se eu encontrar aqueles homens que nos perseguiram? Acho que é mais inteligente eu ficar aqui, por enquanto. Luc parece que não quer me matar; se quisesse, eu já estaria morta.

Deixo o meu instrumento em um canto da sala e me dirijo ao banheiro. Depois de ser jogada no chão, atrás de uma lixeira, e sair correndo por aí, eu não estou com a melhor das aparências, preciso de um banho urgente.

O banheiro é grande e suntuoso, como todo o resto da casa, mas, apesar de um longo banho de banheira parecer uma tentação, eu opto pelo chuveiro, não quero demorar, para o caso de Luc voltar logo, prefiro estar preparada.

Eu me arrumo o mais rápido possível, visto as roupas mais práticas do guarda-roupa, que, curiosamente, couberam perfeitamente em mim, e me sento, esperando por Luc. Sei que eu deveria comer, mas depois do que passei e com tantas perguntas na cabeça, não tenho apetite.

Algum tempo se passa, talvez horas, quando escuto batidas na porta.

— Pode entrar — falo.

Bianca aparece.

— O senhor Luc lhe espera na sala de jantar, senhorita Elizabeth. Ele pediu que a senhorita o acompanhe.

— Está bem. — Eu me levanto e a acompanho, curiosa para saber o que está se passando.

Encontro Luc na sala de jantar. Ele parece recém-saído do banho, com os cabelos ainda úmidos. Está vestido da mesma maneira formal que antes, mas agora ele traja apenas uma calça cinza e camisa de botão branca, que está com as mangas enroladas, deixando à mostra um pedaço de seu curativo no braço.

— Você está bem? — pergunto.

— Sim, não se preocupe, a bala passou de raspão, deixou apenas um arranhão. — Luc se levanta e puxa uma cadeira para eu me sentar. — Venha, sente-se, faça-me companhia para o jantar.

Eu me sento à mesa, em frente a ele, e Luc começa a servir a comida no meu prato. A mesa está farta, mas eu não conheço todos os pratos que estão sobre ela.

— Pode deixar, eu mesma posso fazer isso — eu me prontifico, afinal, ele está com um braço baleado.

— É um prazer servi-la, Elizabeth! — Luc recusa o meu oferecimento.

É impressão minha ou a sua voz está carregada de sensualidade? Sinto toda a minha pele se arrepiar. A palavra prazer sendo dita pela boca de Luc ganha um novo significado.

Ele passa a se servir da entrada, que parece ser algum tipo de comida chique, e então começa a comer. Eu como um pouco, já que sei que preciso, mas não consigo comer muito, por causa da tensão que se acumula em meu estômago.

— Por favor, Luc, me conte o que está acontecendo — peço, não aguentando mais o suspense.

Luc para de comer, limpa a boca no guardanapo e passa a me estudar atentamente.

— Tenho muita coisa para te dizer, Elizabeth, mas não sei se você está preparada para saber toda a verdade.

— Qualquer coisa é melhor do que ser mantida no escuro.

— Corajosa. Gosto disso.

Luc me olha com satisfação e toma um gole do seu vinho.

— Seu nome original é Isabella de Santis. Você nasceu na Itália, filha de Giancarlo de Santis, que era um membro da máfia italiana da qual hoje eu sou o capo. Giancarlo traiu a máfia, por isso ele e toda a sua família foram assassinados. Mas, antes, ele te escondeu, com a intenção de salvar a sua vida. Por isso você foi adotada aqui na Inglaterra.

Eu o olho chocada. Por alguns instantes, fico sem palavras. Ficamos em silêncio por alguns segundos, até que consigo finalmente começar a formar algum pensamento coerente.

— Mas por que aquelas pessoas me atacaram? — tento entender essa história maluca. — Eu não pertenço à máfia! Pelo amor de Deus, eu sou apenas uma instrumentista! Que interesse eles teriam em mim agora?

Luc me observa intensamente e continua a sua explicação:

— Eles estavam atrás de você por minha causa.

— Mas por quê? O que eu tenho a ver com você?

— Eles descobriram que você é o meu ponto fraco e tentaram tirar vantagem disso. — Luc não consegue esconder o brilho de fúria no olhar enquanto fala.

— Eu o quê? Mas como eu posso ser o seu ponto fraco? — Do que será que ele está falando?

— Quando você nasceu, seu pai fez um acordo com o meu, o que é uma tradição em nosso meio.

— Que acordo é esse?

— Nossos pais nos prometeram em casamento, Elizabeth.

— O quê? — pergunto, atônita.

— Você será a minha esposa, e eles descobriram, é por isso que, a partir de agora, você se tornou um alvo. Você não poderá levar a mesma vida que levava antes. — Luc me olha pesaroso. — Sinto muito, Elizabeth, mas, a partir de agora, a sua vida vai mudar.



4 марта 2020 г. 21:47 0 Отчет Добавить Подписаться
0
Продолжение следует… Новая глава Каждое воскресенье.

Об авторе

Прокомментируйте

Отправить!
Нет комментариев. Будьте первым!
~