artemisiajackson Artemísia Jackson

Um simples aperto de botão em um painel havia sido o início da desgraça. O fim dela? Ninguém sabia dizer quando ocorreria — ou pior: se ocorreria.


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Prólogo

Fic feita pro desafio FNS lançado no Facebook, primeira vez minha nesse universo, então não me julguem.

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O ano é de 2023.

As mudanças tecnológicas aconteciam de forma tão rápida e inesperada que mesmo a população dos países mais avançados ainda se sentia um tanto assustada. Por esse motivo, apesar de tudo estar mais encaminhado para a quarta revolução do que o mundo imagina, há um protocolo de segurança que impede tais notícias de serem lançadas livremente — o que há são fragmentos, lançados em séries, filmes e até mesmo novelas, preparando os humanos com uma espécie de programação neurolinguística.

E enquanto isso, grandes corporações inventam as mais diversas máquinas, desde pequenos projetos de robôs para ajudar em tarefas cotidianas, à grandes computadores quânticos e andróides com consciência e capacidades quase humanas de sentir e reagir, com a diferença de serem muitas vezes mais rápidos e inteligentes. O propósito? Criar o melhor exército de armas, e aqueles que as tiverem em maior quantidade, terão automaticamente o monopólio de todo mundo.

As coisas ainda continuavam as mesmas, afinal — com ou sem revolução, ainda existia aquele mesmo desejo de todos os mais avançados países: tornar-se uma potência mundial, a mais poderosa e temida.

Japão não ficaria atrás nessa corrida, e com as grandes corporações de ciências robóticas Konoha e U.A agora interligadas num projeto nacional, as expectativas de sucesso eram grande. Mas claro, em meio a tudo isso, haviam diversos abutres esperando para conseguir seu pedaço de alimento. Infelizmente, seriam esses os responsáveis que ruíriam com tudo construído pelas grandes corporações.

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Tomura Shigaraki se coçava incansavelmente, fazendo o ruído de suas unhas contra a pele de seu pescoço ecoar no grande laboratório secreto da U.A. A sala grande e escondida atrás de uma parede falsa era totalmente branca, sem janelas ou portas alternativas. Só os melhores possuíam acesso — não à toa, afinal, ali dentro estavam dispostas as mais grandiosas armas já criadas pelo ser humano: andróides que possuíam consciência e a capacidade de interpretar sentimentos e reproduzi-los.

Kai Chisaki observava o outro com um irritação contida, muito bem escondida atrás de sua máscara nada convencional, mecânica e com uma forma peculiar de bico. Encostado na parede gelada, de frente para os tubos de conservação que guardavam as máquinas, ele observava a agitação do outro.

O barulho do raspar de dedos na pele feria seus ouvidos, martelando sua mente incansável e persistentemente, desviando sua atenção dos próprios pensamentos. Kai resolveu se pronunciar antes que o som deixasse-o maluco.

— Ficar arrancando pedaços de si mesmo não vai fazer o projeto andar, fique quieto e aguarde as instruções. — sua voz era calma, polida, não demonstrava nada do que realmente sentia. Chisaki era um especialista em manter sua máscara.

— É mais fácil falar do que fazer. — resmungou Shigaraki, emburrado enquanto continuava a se coçar, agora andando de um lado ao outro, os passos ressoando na brancura vazia.

— Não estou me coçando como um retardado, estou? — retrucou, desencostando-se da parede com brusquidão. Andou até o outro e parou à sua frente, segurando suas duas mãos com força para que parasse de se coçar, encarando-o nos olhos. — Vai dar tudo certo, Orochimaru cuidará de tudo.

— Como pode ter tanta certeza? — Shigaraki indagou, meio irritado com a confiança que o outro exibia, encarando-o de volta.

— Konoha é um dos melhores laboratórios de ciências robóticas do país, bem como a U.A, e é exatamente por isso que pediram essa parceria. Não tem porque duvidar da capacidade daquela cobra peçonhenta. Ele pode ser repugnante, mas é bom no que faz e possui os mesmos objetivos que nós. — disse Chisaki, soltando as mãos do outro, que as deixou pender ao lado do corpo.

Juntos, os dois voltaram-se para observar os andróides que descansavam nos tubos cilíndricos de conservação contendo um líquido azul esverdeado, possuindo um envolto de metal na base, juntamente com uma tela. No topo, o envolto também existia, mas sem as telas, no intuito de permitir as passagens dos vários cabos que estavam atrelados às máquinas, conectados para manter a energia delas. O principal e mais letal andróide da coleção mantinha-se no meio, com seus exóticos cabelos verdes brilhando e flutuando em meio a mistura de água com formol e sofisticados conservantes.

Olhando dali, ninguém poderia imaginar o tamanho da ameaça que a equipe de inteligência artificial representava, pois todos possuíam uma feição calma (com exceção do K.0, que possuía uma expressão naturalmente rude e de aparência feroz). ID.666 parecia o mais inocente de todos, com detalhes no rosto tão vívidos e humanos que mesmo os especialistas se surpreendiam, principalmente com as belas sardas perfeitamente esculpidas em seu rosto.

— Nós vamos abalar as estruturas do mundo como conhecemos com essas máquinas. — comentou Kai, fascinado, enquanto passeava os dedos pelo tubo, correndo-os pelo cilindro de baixo para cima.

— Sim, todos irão nos reverenciar… Já sinto o gosto da vitória, Overhaul. — Tomura revidou, usando o condinome pelo qual Chisaki era mundialmente conhecido.

Não houve resposta, pois o outro estava perdido demais nos seus pensamentos e visões sobre a futura glória. Shigaraki estava na mesma situação, sorrindo de maneira sinistra enquanto observava todos os andróides ali entubados. Nenhum dos dois podia sequer imaginar o tamanho da desgraça que sua ambição traria às corporações, a si próprios e ao mundo.

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O enorme laboratório de ciências robóticas estava silencioso, exceto pelos suspiros emitidos por Jiraiya, que já estava farto daquela conversa. À sua frente, Orochimaru estava sentado enquanto mantinha seu semblante indiferente, embora exalasse determinação.

Nos tubos cilíndricos que iam do chão ao teto, as máquinas — assustadoramente parecidas com o ser humano — repousavam desligadas, com expressões serenas. Olhando-as ali, ninguém sequer poderia imaginar o perigo que representavam.

Jiraiya sentia como se estivesse preso em um daqueles terríveis filmes de ficção científica; onde tudo é avançado demais para o ser humano saber lidar. Porém era ainda pior do que parecia, por ser aquela a realidade.

— Não pode simplesmente ligar esses robôs, sabe que eles estão apresentando defeito. — Jiraiya declarou pela milésima vez, com a mão puxando alguns fios de cabelo em um tique nervoso.

— Não existe defeito, e não vou deixar minha criação de molho só porque vocês estão com medo de serem subjugados por robôs. — retrucou Orochimaru em um sibilo nervoso, embora sua face mantesse a típica expressão entediada de sempre.

— Andróides. — corrigiu Jiraiya de forma impaciente — Aliás, andróides com consciência que estão apresentando dificuldade para seguir as ordens que lhe são dadas, que questionam a todo momento por que existem as três leis da robótica e por que elas não priorizam a sua existência. Eles estão indignados por não existirem direitos robóticos, sabe o quão grave isso é? Que chance teremos se acaso essas coisas se revoltarem e resolverem aniquilar a nós? — o cientista levantou-se da sua cadeira em um impulso, empurrando-a com sua repentina movimentação. Virou as costas para o painel de controle, indo até uma das paredes prateadas para socá-la com força.

Orochimaru encontrou ali sua chance. Naquela sala, onde não haviam câmeras (para não haver risco de espionagem) e o protocolo de segurança era exageradamente reforçado, ninguém poderia sequer desconfiar de suas ações. Nãoo haveriam testemunhas, tampouco provas. Com um simples aperto em um botão verde, N.666 ganhou vida, saindo de seu tubo de conservação de modo silencioso, em segundos. As máquinas eram avançadas a tal nível que não precisavam de tempo para se organizar: seu sistema era tão rápido que dispensava carregamentos.

Jiraiya ainda estava de costas, com a cabeça encostada na parede, tentando se acalmar. Aquele era o seu maior erro no momento, e seria o último. Com um comando visual, Orochimaru ordenou a morte daquele que queria atrapalhar seus planos; o único que sabia dos defeitos de sua criação.

Jiraiya só percebeu a aproximação quando era tarde demais: o andróide estava atrás de si quando se virou, e antes que o humano pudesse sequer erguer a mão, seu pescoço estalou, indicando a fraturação da torção e a morte inevitável.

Ao terminar o serviço, N.666 manteve-se parado, esperando a próxima ordem — ainda estava no modo controlado, portanto não agia por si próprio. Orochimaru sorriu, satisfeito. Seu projeto acabava de ganhar vida, e sabia que o andróide I.666 havia correspondido ao comando do seu painel também.

Era oficial: o projeto Apocalipse havia ganhado vida. Em breve, Orochimaru tomaria posse dos androides da U.A e se tornaria o homem mais poderoso e influente no mundo. Ou pelo menos assim ele sonhava, sem sequer imaginar que ao acionar aquele botão, tinha assinado a sentença de morte do projeto e da revolução como todos haviam planejado. Orochimaru havia dado início ao desastre mundial que assolaria o mundo por anos, havia acionado o botão certeiro para o fracasso.

22 января 2020 г. 18:06 0 Отчет Добавить Подписаться
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