- Onde ele está? - Lex perguntou ao entrar em casa e jogar a bolsa sobre a mesa de centro.
- Aconteceu outra vez... - Ainda sentada no sofá, Verônica ergueu o olhar para ela e em seguida olhou para o corredor dos quartos - Ele está lá.
- Por que não interveio? Por que deixou que ele fosse até lá? - Seus olhos estavam marejados e seu rosto estava ruborizado, não se sabia ao certo se pela irritação ou pelo clima.
- E proibí-lo de falar com a mãe? - Riu sem humor - Não devemos nos meter nisso.
- Não se importa com ninguém além de si mesma? - Alexia ergueu a sobrancelha direita e começou a caminhar em direção aos quartos.
- Acha que não me importo com ele? - Verônica a puxou pelo pulso, encarando- a - Quem você acha que cuidou dos ferimentos? Quem você acha que ouviu o choro? Quem você acha que sentiu vontade de ir até aquela maldita casa e agredir aquela família nojenta? Não diga que eu não me importo! Sinto a dor de Lucca tanto quanto você!
Um ranger de porta se pôde ouvir e logo ele estava parado as encarando, seus olhos estavam fundos e seu corpo repleto de hematomas.
- O quê fizeram com você? - Alexia caminhou até o menino e o abraçou.
- Ela disse que sou o próprio demônio... - Respondeu com o olhar vazio. - Que não devo ousar retornar àquela casa, pois sou uma vergonha para todos eles.
Sem aguentar olhar a cena por muito tempo, Verônica atravessou a sala e abriu a porta, sentando-se na escada em frente a casa.
- Ei... - Ouviu a voz de Alexia atrás de si.
- Vá embora. - Disse, fitando o nada.
- O que? - Lex se sentou ao lado dela.
- Sei que não é isso que planejava, você sabe - Deu de ombros - Até quando vai aguentar isso? Seu amigo sendo espancado e discriminado pela família apenas por ser homossexual, sua amiga expulsa de casa porque a família a odeia. Não há futuro para nós Alexia, você é a única que ainda tem para onde ir, não abra mão disso.
- E se todos tivéssemos um lugar para ir? - Ela pegou uma pedrinha e atirou no chão. - E se fôssemos embora? Começar de novo.
- Não há recomeços para quem está fadado a viver na merda - Verônica riu sem humor.
- E se houver? - Ela insistiu - Faz um tempo que venho pensando em como seria morar na Califórnia, nós três. Podemos começar a estudar, você sabe... dar uma chance a nós mesmos. O que acha?
- Se Lucca aceitar eu aceito, eu faço o que for melhor para ele.
- É melhor começar a fazer suas malas então. - Lex sorri e se levanta, entrando em casa.
Спасибо за чтение!
Мы можем поддерживать Inkspired бесплатно, показывая рекламу нашим посетителям.. Пожалуйста, поддержите нас, добавив в белый список или отключив AdBlocker.
После этого перезагрузите веб-сайт, чтобы продолжить использовать Inkspired в обычном режиме.