beca- Beca -

Naruto estava beijando Sasuke. Sasuke estava com o coração a ponto de explodir. Estava bom. Muito bom. Na verdade, a boca de Naruto era a melhor coisa que Sasuke havia provado em seus 17 anos de vida, e duvidava que algum gosto iria superar aquele.


Фанфикшн Аниме/Манга 18+.

#narusasu #sasunaru #sns #anos60 #alcool #drogas
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Only fools rush in

Wise men say
Only fools rush in
But I can't help
Falling in love with you

Julho de 1964


Princenton, como em todo o território de New Jersey, mesmo no verão, não era uma cidade de clima desconfortável. Mas naquele dia, o tempo estava irritantemente abafado. As nuvens escuras cobriam o sol, ameaçando uma chuva vespertina.

Um garoto, no auge de seus quase 12 anos de idade, caminhava junto de sua mãe pela calçada rumo à estação cujo o ônibus com destino a Somerville estaria aguardando a entrada dos passageiros. O menino andava tentando acompanhar os passos da mulher, todavia acabou por desacelerar o ritmo ao se sentir ligeiramente desconfortável com os sapatos pequenos para os seus pés.

Olhava ao redor à medida em que caminhava. Observava algumas crianças subindo nas árvores de um parquinho, se divertindo no balanço meio enferrujado ou descendo no escorrega desgastado que havia ali. Sua mãe, Mikoto, de vez em quando olhava para trás a fim de alertar o filho, mandando-o se locomover mais rápido para não chegarem atrasados ao ponto.

“Sasuke, meu amor, ande depressa, por favor! Ainda preciso preparar o jantar. Seu pai chega às 9, temos que estar em casa antes disso!”

O menino nada dizia, apenas continuava a andar tranquilamente, ou quase tranquilamente, já que seus dedos doíam pelo aperto do tênis. Ele poderia avisar do incômodo à mãe, mas havia decidido que nada diria. Ora, já tinha praticamente 12 anos, era um rapaz crescido! Conseguiria aguentar uma dorzinha ridícula.

Sasuke fitou a mãe. Ela estava um pouco ofegante pela pressa. A saia do vestido azul de tecido leve balançando para lá e para cá, enquanto o sapato fazia poc poc toda vez que o salto baixo e grosso tocava o chão. Sasuke apertou o passo para acompanhar a jovem senhora, não queria ouvir poucas e boas se perdessem o ônibus por sua culpa.

Para a sua sorte chegaram à estação a tempo e se posicionaram na fila formada, aguardando a vez de entrar.

“Pobrezinha da Tsunade...”, dizia Mikoto, “Cair da escada e torcer o tornozelo! Se não fosse por sua filha a ajudando em casa...”

Sasuke a escutava com pouco interesse. Tinham ido àquela cidade pela manhã a fim de visitarem uma amiga de infância de Mikoto que havia sofrido um pequeno acidente doméstico e, por mais que lamentasse muito pelo infortúnio da Senhora Tsunade, não se importava com o que sua mãe falava. Estava mais preocupado com o calor incômodo que sentia e com os calos em seus pés que já estavam o matando.

Entrou no ônibus e entregou o bilhete ao motorista. No rádio posicionado no painel tocava um dos maiores sucessos atuais: Johnny B Goode do Chuck Berry. Sasuke adorava aquela música.

Deu alguns passos à procura de dois assentos vagos. Avistou-os quase no fundo do ônibus e caminhou em direção a eles sentando o mais rápido possível com a intenção de tirar os tênis por uns minutos. Contudo, antes de começar a desamarrar os cadarços, ouviu uma risada escandalosa vindo de algum lugar à sua esquerda.

Olhou para aquela direção, para os assentos do outro lado do corredor, e viu um garoto de cabelos loiros e meio rebeldes sentado do lado da janela, mostrando um sorriso extremamente cativante à uma senhora de cabelos ruivos sentada ao seu lado bagunçando ainda mais as madeixas loiras.

Sasuke parou.

Ou o mundo parou, ele não saberia dizer.

Contemplando o menino, esqueceu a dor nos pés que há uns segundos o atormentava, esqueceu o tempo abafado que fazia naquela cidade, não viu Mikoto passar por ele e sentar-se no banco vazio atrás do seu. A única coisa em que conseguia focar-se era nos olhos tão azuis quanto o céu que as nuvens carregadas escondiam naquele dia, e no sorriso que devia ser tão brilhante quanto o sol que reluzia por detrás dessas mesmas nuvens.

Sasuke teve a impressão de que o dia até ficou mais bonito depois de contemplar aquele sorriso.

Parou de encarar e continuou observando, pela visão periférica, a interação daquelas duas pessoas que talvez fossem mãe e filho. O garoto tinha aproximadamente a sua idade, deduziu, e a mulher, talvez tivesse idade de Mikoto. Os dois não tinham a mesma aparência mas a energia era idêntica. Não conseguia entender o que tanto o fascinava naquele menino. Era um moleque bonito, sim, mas oras, existiam muitos garotos bonitos, assim como garotas...

Durante a viagem inteira, de quase 1 hora, Sasuke olhava disfarçadamente o loiro chamativo, ele vestia um macacão jeans, uma camisa cor laranja e tênis amarelo. Sasuke achou que todas aquelas cores combinavam com o jeito de ser do menino.

Em certo momento, pensou que fora pego no flagra pelo loirinho, imaginando que seus olhos se encontraram rapidamente, mas logo afastou a ideia, afinal o espalhafatoso estava muito distraido tagarelando com a mulher ruiva um assunto qualquer, enquanto, no rádio da condução, tocava Why do fools fall in love? de Frankie Lyman and The Teenagers. O que na opinião de Sasuke estava sendo uma música um tanto incômoda para o momento.

Alguns minutos após o ônibus chegar à cidade de Somerville, a senhora de cabelos de fogo ergueu-se do assento chamando pelo garoto que, agora distraído, olhava pela janela.

Naruto, Sasuke ouviu a mulher referindo-se ao menino por esse nome, levantou-se e saiu correndo atrás dela. O ônibus parou e ambos desceram no ponto. Sasuke continuou os fitando enquanto iam pela calçada à medida que o ônibus voltava a seguir pela rua.

Impacientou-se de repente, seus pensamentos agora não o deixavam em paz. Queria ver Naruto outra vez. Tornar-se seu amigo... será que isso um dia aconteceria?

Talvez não. Ou talvez sim, já que, pelo visto, moravam em bairros próximos. Até estranhou nunca ter trombado com o loirinho por aí, afinal sempre morou por esses arredores, conhecia boa parte dos garotos dos bairros ao redor de onde vivia.

Já estava começando a sentir falta da risada exagerada e bonita de Naruto reverberando em seu ouvido, quando foi tirado de seus devaneios por sua mãe meio impaciente em pé no corredor.

“Sasuke!” Mikoto tocava no ombro do moreninho. “Está se sentindo bem? Estou achando você mais quieto que o normal.”

“Tô bem mãe. É só o tênis. Tá apertado.”

“Então levanta daí, chegamos na estação. Espero que seu irmão já esteja em casa e tenha concertado aquele cano...”

Sasuke desceu, ao som de Stupid Cupid, mirando o céu de Somerville. Achou maravilhoso que ali, ao contrário de Princenton, o sol brilhava majestoso e o céu ostentava um lindo azul.

E durante o trajeto para casa, enfeitiçado pela cor celeste, mergulhou novamente em pensamentos e sentimentos que o acompanhariam por muito tempo.

18 июня 2019 г. 13:22 0 Отчет Добавить Подписаться
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