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Renata do Clã das Águas é uma ômega um tanto quanto singular, a última Kyoretsu do mundo. Em outras palavras, uma ômega ao extremo, descendente direta dos originais, que possui uma beleza inigualável e um cheiro exorbitante. Sendo dada em casamento ao Supremo, ela terá que lidar com a premissa de que ele a rejeita, não a reconhecendo como sua companheira de alma e vivendo, inclusive, um romance com uma bela loba de origem desconhecida. Agora, além da rejeição, Renata precisará enfrentar o grande detalhe de que caso não seja marcada pelo Supremo, por ser quem és, está destinada a morrer literalmente de amor. Para tanto, é necessário quebrar uma maldição e vencer os últimos bruxos do Clã das Sombras.


Фентези 21+.

#lobos #submissão #rejeição #AMORVERDADEIRO #alfas #omegas #bruxas #hot
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Capítulo 1

Amadinhos

Como eu avisei desde que migrei para o wtt, reescrevendo SUA E INDESEJÁVEL como original, acrescentando novas teorias, criando novos fatos e fechando uma série de buraco, de forma a transformar essa história mais convincente. Ressalto até que se existe algo que vcs gostariam de sugerir como mudança a hora é agora... Aceitando tds!!!

Aviso tb que para que os meus antigos leitores não estranharem muito, tentei ao máximo escolher os nomes dos personagens os mais próximos possíveis do anime. Além disso, tentei manter alguns aspectos também dos personagens. Por exemplo, o Nolan, que representa o Naruto, pertencerá ao Clã dos Ventos, se é que me entendem...

Se acaso aos mudanças agradarem a tds e forem de vossas vontades, futuramente a repasso para NH; ok?

Aos meus novos leitores, sejam bem vindos

Bjs e espero contar com o apoio de vcs

A paz

Carolrjbr


Capítulo 1

Tinha sido amor à primeira vista, à última vista, às vistas de todo o sempre.

Vladimir Nabokov


Renata


Dentro de um Rolls-Royce Phantom VI, de 1977, por sua janela, eu vejo o céu clareando e ganhando traços alaranjados, típicos do verão. Ou seja, daqui a poucas horas o Sol estará nascendo, passando a reinar absoluto sobre todos nós; e, eu mal posso conter toda a ansiedade e felicidade que atingem o meu pobre coração.

E pensar que também era verão, quando as negociações de um casamento iminente entre mim e o alfa do Clã dos Ventos iniciaram-se. Logicamente que vocês poderão me dizer o quanto isso é inaceitável. Ser coagida a aceitar um laço tão forte e especial, em troca de favores políticos, econômicos e sociais, é algo muito além do que podemos compreender e consentir. Contudo, temos um grande problema por aqui: a corda sempre estoura para o lado do mais fraco; certo? Pois então...

Eu ainda me pergunto o que vocês esperavam que eu fizesse. Que eu batesse os meus lindos pezinhos e me colocasse contra uma decisão do Conselho? Nunca! Vocês nem imaginam o quanto os nossos anciãos podem ser impiedosos. Não fazem ideia do quanto o nosso alfa — no caso, meu pai — pode transformar sua vida em um verdadeiro inferno. Se acaso soubessem, concordariam e apoiar-me-iam em qualquer união que eles me propusessem.

Nessa altura da história, provavelmente, se faz necessário eu explicar-lhes algumas coisas. Eu, a primogênita que teoricamente deveria assumir a liderança de todo o clã, sou uma ômega, o que naturalmente já me colocaria em maus lençóis. Só que há um detalhe ainda maior. Como se não bastasse tal "dádiva", ainda sou a única Kyoretsu do mundo. E, vocês ainda acham mesmo que o meu pai aceitaria o fato de que sua herdeira ser "isso", como ele mesmo costuma me chamar? Quando, na verdade, eu deveria ter o sangue e as características de uma alfa? Jamais. Nem percam os seus respectivos tempos preciosos esperançosos em relação a isso.

É que o meu mundo não é um mar de rosas como pode ser o de vocês. Para as ômegas, ele é um lugar sujo, desalmado, que não quer saber o quanto você pode ser valiosa, ou não. Ele simplesmente vai te bater tanto, e tão forte, até que você dobre seus joelhos e clame por clemência. Maltratar-te-á, agredir-te-á e humilhar-te-á, diariamente e ininterruptamente. Possivelmente, oferecer-te-á como escrava. Na melhor das hipóteses, em um casamento como uma bela moeda de troca. Resumindo, se você é uma ômega, não espere nada de bom em sua vida. Essa, lamentavelmente, é a nossa triste realidade.

Para piorar ainda mais minha situação, como eu já disse, sou uma Kyoretsu, uma ômega ao extremo. Totalmente submissa e frágil, sou o que eles consideram ser a vergonha e o peso do Clã das Águas. A voz de um alfa, por exemplo, é mais dolorosa e irresistível para mim. Meu cheiro também é bem mais forte, comparado às demais ômegas, podendo alcançar um raio de até cinco quilômetros durante o cio. Ah, o cio... Um período ainda mais doloroso e que demora muito mais tempo. O amor, fatal. Ou seja, nada tão ruim que não possa piorar; não é mesmo?

Claro que houve um segundo motivo, bastante pertinente por sinal, que me fez aceitá-lo de bom grado, desde o primeiro momento. É que eu nem sei o quanto isso pode parecer louco, mas bastou eu escutar o seu nome uma única vez para que eu pudesse pressentir o quanto eu estava destinada a ele. Todavia, essas minhas esperanças e todas as palpitações eufóricas do meu coração foram sendo naufragadas, pouco a pouco, como uma onda derradeira, ao verificar a sua resistência diante de nossa união.

Eu só fui mesmo ter a confirmação dos meus sentimentos e da veracidade dessa minha intuição no dia em que meus olhos encontraram-se com os seus lindos olhos azuis. Digo e reafirmo que eu me apaixonei logo de cara. Amor à primeira vista mesmo. Aquela coisa toda da confirmação de que ele era o meu predestinado; e, eu, sua Luna. Ressalto até que, desde o início, eu soube o quanto afogar-me-ia nas águas profundas desses seus dois oceanos de águas aparentemente refrescantes. E sem pensar uma única vez.

Ah, eu me lembro perfeitamente desse dia. Dia em que eu estava completando dezoito outonos e fui arrematada pelas sensações terríveis do meu primeiro cio. Eu realmente já não estava me sentindo bem. Meu corpo doía, as vozes dos conselheiros já me incomodavam bastante e a febre de dias aumentava consideravelmente; mas, vejam só. Eu nunca imaginei que estava prestes a vivenciar o meu primeiro cio. De forma alguma.

Como herdeira do clã, estava na sala de reuniões, juntamente com os anciãos, esperando por ele, para discutirmos uma possível aliança. Eu mal continha a minha euforia em saber que eu o veria pela primeira vez. Todavia, quinze minutos dentro daquela sala foram o bastante para que todos os olhares se inclinasse em minha direção e os rosnados surgissem.

Como vocês podem imaginar, sim, eu fiquei ainda um tanto confusa sobre o que acontecia por ali, por cerca de uns cinco minutos, eu acho. É que eu não conseguia entender muito bem o porquê de todo aquele alvoroço. Ainda olhei para o meu pai em busca de respostas e encontrei um olhar de desgosto, raiva e rancor. Afinal, o que estava acontecendo? Melhor. O que eu fiz de errado dessa vez?

Em poucos segundos, os rosnados tornaram-se ainda mais intensos e ferozes, o que me levou ao chão. Com isso, eu já contorcia-me em pura dor, enquanto eu sentia um calor insuportável abater todo o meu corpo. Resumindo, esse era meu veredito: eu era uma ômega, provavelmente uma extinta Kyoretsu tal como minha mãe.

Depois dos primeiros sintomas do meu cio, senti uma mão tocando-me e puxando-me. Era um daqueles velhos asquerosos. Ainda olhei para o meu pai clamando mais uma vez por socorro. Esse nada fez. Mantinha-se estático e com seu olhar de superioridade e desprezo, sentado majestosamente em seu trono. Eu só me perguntava como ele podia agir assim, de forma tão indiferente ao sofrimento de sua própria filha. Eu nunca soube dizer, e acho mesmo que jamais saberei.

Dentro dessa perspectiva, desesperei-me e engoli em seco; e, por mais que meus instintos fizessem-me implorar por um lobo, eu só conseguia sentir repulsa e medo. Sim. Definitivamente, eu era uma Kyoretsu. Ora, somente esse tipo de ômega é capaz de negar um lobo em pleno cio, por mais que a dor e o calor sejam insuportáveis tal como infinitas adagas lhe perfurando e o fogo queimando a sua pele literalmente como as chamas infernais. Resumindo, uma ômega desse tipo só se entrega ao seu predestinado, diferentemente das demais ômegas, tidas como "normais", que aceitam qualquer um, desde que eles sejam capazes de aliviar e extinguir o seu calor.

Repito. Eu estava prestes a ser violentada por vários conselheiros, em frente ao meu pai, dentro daquela sala, e esse continuava sem fazer absolutamente nada. Minhas lágrimas já até desciam como cascatas pelo meu rosto. A realidade é que eu não podia fazer absolutamente nada diante de toda aquela situação. Eu simplesmente estava à mercê dos caprichos e das vontade daqueles velhos. Mas, foi aí, para o meu alívio total, que a porta se abriu e eu me vi dentro daqueles seus dois oceanos refrescantes, pela primeira vez.

A verdade é que eu realmente me apaixonei à primeira vista. Ora, primeiro, ele era quem os céus destinaram para mim. Segundo, ele era um deus de tão lindo. Terceiro, porque ele se portava como o meu salvador particular, rosnando e obrigando todos a se afastarem de mim. E, é lógico que ninguém era tolo o suficiente para enfrentá-lo. Afinal, ele não era apenas o alfa do Clã dos Ventos. Ele era o que denominavam como o Grande Supremo Alfa.

Com o coração palpitando e sentindo a paixão me dominando, seu rosnado e seu olhar levaram-me a insanidade. Inconscientemente, ainda tive a ingenuidade e ousadia de aspirar o ar, sentindo o seu cheiro másculo e amadeirado entrando em minhas narinas. E, a verdade nua e crua é que aquilo foi demais para mim.

O resultado disso tudo é que eu enlouqueci de vez. Eu simplesmente o desejava. Eu desesperadamente o queria. Meu corpo clamava por ele, e somente por ele, para saciar-me e apagar todo aquele fogo que existia em meu corpo, em especial no meu baixo ventre. Eu de fato faria qualquer coisa para que ele me declarasse como sua. Qualquer coisa mesmo. Nem duvidem disso.

Eu ainda questiono-me como ele conseguiu tanto autocontrole; uma vez que, conforme o conhecimento público, o cheiro de uma Kyoretsu é totalmente irresistível para um alfa, em particular para o Supremo. Dizem até que fomos criados especialmente para ele, já que os seus cios são mais vorazes e violentos, de forma a satisfazer todos os seus desejos primitivos. Mas, o fato é que ele resistiu, levando-me para uma área mais reservada.

Desde esse dia, ele tornou-se o grande amor da minha vida. Objeto de desejo de todas as células do meu corpo. Ou seja, eu verdadeiramente passei a amá-lo com todas as forças do meu coração. E, eu não digo isso baseada em romances literários; não. Eu digo isso porque meu coração me diz. Porque minha alma grita. Porque é assim que de fato acontece no mundo em que vivo. Basta um único olhar e nós, lobos, nos apaixonamos perante às bençãos da Lua.

O que seria lindamente romântico, se não fosse trágico, dramático e perigoso. Oh, sim. Deixe-me explicar só mais uma coisinha aqui. Uma Kyoretsu é capaz de amar com total entrega, intensidade, dedicação e submissão; mas, em contrapartida, esse amor pode levá-la à morte e a destruição total. Explicando mais claramente, a aproximação entre uma Kyoretsu e o seu predestinado torna seus cios ainda mais agonizantes, se acaso esse alfa o negar. Sem contar a premissa de que o seu corpo também passará a exigir que esse alfa em questão a marque. E, se isso porventura não acontecer, seu corpo e coração irão se sucumbir até a morte. É como se o amor fosse um veneno fatal e latente para o seu próprio coração. Conseguem compreender, agora, a gravidade do que digo? Pois então.

Olhando ainda a paisagem do cair da noite, fitando o céu e com um enorme sorriso em meus lábios, pouco me importa os perigos que poderei enfrentar ao me casar com ele. Sei bem que caso ele não me marque, isso significará o meu fim, por assim dizer. Sei também que corro um risco ainda maior ao casar-me com ele, o Grande Supremo; uma vez que, ele só marca uma omega por amor. Mas, também sei que não há com o que me preocupar. Afinal, eu também sei o quanto os nossos destinos já se cruzaram muito antes de virmos ao mundo.

Além disso, para a alegria total do meu coração, depois daquele fatídico cio, passei a receber uma infinidade de cartas suas. Elas contavam-me tudo sobre o seu clã. Desde cada aspecto natural de suas terras à forma diferenciada que eles tratavam os ômegas. Ele, aliás, sempre fazia questão de reafirmar o verdadeiro valor de uma ômega — espécie já rara, devido aos maus-tratos. — diante de qualquer sociedade lupina. Todavia, o que mais me trazia felicidade era ler o trecho em que me dizia o quanto estava ansioso em me reencontrar e tomar-me como sua. Aí, eu pergunto a vocês: tem como não encher meu coração de esperanças por dias melhores? Não. Não tem. Tanto é que meu passatempo predileto passou a ser ler as suas cartas todas as noites, ou quando eu sofria algum descaso ou crueldade dentro do meu próprio clã. Ressalto até que foram essas mesmas cartas que me sustentaram ao longo de todos esses meses.

— Com essa carinha de loba apaixonada, você só pode estar pensando em uma única pessoa. — de repente, com toda sua pose altiva de futura herdeira e a promessa de ser uma grande alfa, minha irmã Hannah insinua, constatando pela minha timidez a minha resposta óbvia. — Acertei; não é mesmo? — ela gargalha, orgulhosa pela sua recente descoberta. — Quem diria que um casamento arranjado te deixaria tão feliz e com as quatro patas arriadas, irmã?

— Deixe de tolices, garota. — o nosso segundo no comando, o jovem lobo promissor Neri, intervém, com uma cara gigantesca de poucos amigos. — A senhorita Renata sabe muito bem que esse casamento faz parte apenas de um acordo político.

É claro que ela ainda pensa em confrontá-lo; mas, eu sinalizo que ela deve se manter calada. Melhor assim. Para quer se desgastar em uma discussão sem pé e nem cabimento? Até porque, se pensarmos bem, o que o céu uniu, não há ninguém no mundo que possa separar. Sem contar que não tem sentido toda essa implicância que o Neri sente pelo Nolan. Primeiro, porque ele é o Alfa dos Alfas. Segundo, porque ele se mostrou tão aberto e feliz com essa união que não tenho mesmo o que temer.

— Ela sabe muito bem que não deve nutrir nenhum tipo de sentimentos afetivos pelo nosso Supremo. — finaliza, enfim, mau humorado.

— Misericórdia! Vou te falar uma coisa, Neri. — e lá vai começar outra discussão entre os dois. — Ainda está para nascer alguém mais chato e estraga prazer do que você.

Decido ignorá-los. Há uma coisa maior que vem me preocupando: a noite de núpcias. Afinal, pouco sei sobre o que acontece entre um homem e sua mulher. A única coisa que me passaram mesmo é que uma ômega precisa de um alfa durante o cio. Que um alfa enlouquece nesses períodos. E que eu só precisaria mesmo deixar os meus instintos me comandarem; porque, por ser o que sou, já tenho mesmo a natureza devassa. Mas, aí eu me pergunto: o que de fato acontece entre quatro paredes? Que tanta necessidade sentimos um pelo outro? O que...?

Meus questionamentos são interrompidos no momento em que o carro da frente, que acomoda o meu pai e alguns de seus conselheiros, pára e obriga os demais da comitiva a fazerem o mesmo. Eu vejo, então, a nossa frente, o grande portão de ferro do clã dos Ventos, com dois guardas de cada lado, abrindo-se para mim com a linda e gigantesca promessa de que eu viverei o melhor conto de fadas que eu poderia cogitar.

13 мая 2019 г. 18:22 2 Отчет Добавить Подписаться
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daniel freu campos daniel freu campos
Primeira historia de fantasia q leio e amei no primeiro capitulo me puxou toda atenção sobre a historia mto bem escrita e interessante parabéns
~

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