Kiba estava entediado. Sozinho em casa, precisava estudar para uma das últimas provas do semestre. Com o período chegando ao fim as cobranças aumentavam: vinham em forma de trabalhos e exames rigorosos. Sobrava pouco tempo livre, e investir esse tempo em estudar o fazia ter vontade de sair correndo!
A vida adulta era tão complicada…
Tinha um emprego de meio período para ajudar a completar a mesada que ganhava da mãe e da irmã mais velha. Elas o ajudavam a bancar a faculdade e algumas despesas, mas Kiba nunca gostou de ser folgado ou sentir que tirava proveito das pessoas que amava. Tinha parte da tarde e da noite livres, não fazia mal algum trabalhar pra ter mais liberdade financeira.
Porém nessas épocas pedia folga no arubaito e ficava em casa estudando.
Ou algo assim.
Pois naquele momento ele estava meio deitado na mesa, sonolento, quase babando sobre o livro. Estava a um passo de desistir e ir cochilar no sofá quando o celular sinalizou uma mensagem.
Deslizou a tela e desbloqueou o aparelho velho e arranhado. Era Shino, seu namorado.
"O que está fazendo?"
Kiba sorriu. Shino tinha um estúdio de tatuagem e aproveitava o ócio entre o horário de um cliente e outro trocava mensagens com Kiba. Se conheceram quando Kiba precisou corrigir uma burrada tatuada no traseiro. O interesse mútuo os fez se aproximar, começar a namorar e até mesmo viver juntos! Moravam no apartamento de Shino há quase um ano. Ainda passavam por adaptações, o relacionamento entre duas pessoas de personalidade tão diferentes não podia ser um mar de rosas cem por cento dos dias. Mas o amor era forte. Ajudava a encontrar meios termos que não pesavam pra nenhum deles. A vida a dois seguia cada vez melhor!
"Nd e vc", respondeu depressa.
"Tenho um tempo livre. Estou entediado"
O sorriso de Kiba aumentou.
"posso te animar"
"Então me anime"
O rapaz pegou o celular e foi para o quarto. Na última vez que Shino se entediou, fizeram uma brincadeira muito divertida para ambos.
Ainda era cedo. Não precisou acender a luz, havia claridade o suficiente. Pegou o descanso para celular e colocou no meio do colchão. Também pegou um tubinho de gel lubrificante e trouxe pra cama.
Primeiro acionou a função de gravar, depois ajeitou se na cama. Seu celular era velho demais para vídeo-chamadas, a câmera frontal era péssima. Mas gravava vídeos razoavelmente bem e tinha espaço na memória.
Começou tirando a blusa. Em seguida foi a bermuda e a boxer. Colocou um travesseiro em cima do outro e recostou-se confortável sobre eles. Dobrou as pernas e as abriu bastante, de um jeito que sabia expor bem sua intimidade para a câmera que o gravava.
Despejou um pouco do gel na mão e não perdeu tempo em envolver o próprio pênis. Os dedos deslizaram fácil, ágeis com a prática adquirida em noites solitárias. Acariciou-se sem impor muita força, do jeito que Shino o ensinou a fazer, sem afobação. A medida que o lubrificante se espalhava ia causando um calorzinho agradável. O primeiro gemido escapou quando a ereção se tornou nítida, o pênis despontando rijo, duro de excitação. Foi o primeiro de vários. Imaginou que era a mão de Shino ali, subindo e descendo, um pouco mais rápido a cada segundo. Subindo e descendo, parando brevemente ao encostar no baixo ventre que começava a ficar sensível. A sensação se estendeu pelo períneo à medida que o corpo reagia e o ânus se contraia revelando o desejo de ser penetrado. O corpo tencionou-se todo, o ar tornou-se diferente quando o pré-gozo vazou pela ponta do membro rígido, as veias pulsaram em evidência, porque a excitação cresceu a ponto de se tornar dolorosa. Gemidos se emendaram, mal se deu conta de quando os lamentos de prazer traduziram-se no nome do namorado.
Shino… Shino… Shino!
Os movimentos da mão se intensificaram. Perderam o jeito cuidadoso, característico de Shino, passaram a ser erráticos e desesperados, do jeito moleque de Kiba.
A imaginação se avivou. Lembrou dos toques que vinham no lugar certo: dentes que mordiscavam seu pescoço, dedos que provocavam seus mamilos, mãos fortes que o prendiam pela cintura a ponto de marcar a pele. O pênis alheio que o preenchia depois da preparação, que o dominava e lhe sucumbia por completo. Que o domava ao alcançar a próstata, levando-o ao paraíso.
Gozou gritando o nome do namorado. Um jato de sêmen jorrou brevemente e o atingiu na barriga, líquido quente e esbranquiçado que ampliou o aroma erótico no quarto.
Uma das pernas caiu um pouco pro lado, sem forças. O movimento fez Kiba gemer baixinho pelo corpo ainda sensível. Limpou a mão no lençol e respirou fundo duas vezes tentando reunir coragem.
Só então foi desligar a gravação, sendo o sorriso enorme e satisfeito a última imagem que a câmera capturou.
Abriu o aplicativo de conversa. A última mensagem era a de Shino pedindo que o animasse. Ambos sabiam bem de que jeito… compartilhou o vídeo com ele, sem coragem de assistir e ver se ficou bom. Era ótimo para seguir impulsos, mas em certos momentos a timidez batia sem dó.
Demorou alguns segundos para carregar o arquivo. Tinham uma boa Internet, mas o celular de Kiba era horrível! Quando foi enviado, sentiu uma grande sensação de dever cumprido!
"Chegou no momento certo. Obrigado"
A mensagem de Shino surgiu na tela e fez Kiba vibrar baixinho. Era tão emocionante!!
"Diz oq axou", enviou como resposta.
Olhou em volta pensando em trocar o lençol sujo, tomar um banho e tirar um cochilo. Já não tinha clima para estudo, sentia o corpo relaxado pedindo um descanso. Mas seu corpo estava sujo, o sêmen logo secaria, grudento. Não conseguiria dormir assim nunca!!
Estava tão compenetrado nos pensamentos sobre o que fazer que levou um pequeno susto quando a porta do quarto se abriu e Shino entrou no aposento.
"O show foi tão bom que ele veio repetir ao vivo!!", foi o primeiro pensamento de Kiba. Que perdeu todo o sentido quando as sobrancelhas de Shino se ergueram e os lábios se entreabriram de surpresa.
— Kiba…? — havia certa diversão na voz do homem. Como um adulto indulgente que pega alguém num flagra constrangedor.
— Shino? — o garoto parafraseou o chamado, começando a ficar igualmente surpreso com a situação.
Nesse momento o celular fez um sinal sonoro. Kiba destravou a tela, de modo um tanto mecânico. Ainda estava aberto no chat com Shino. E exibia a nova mensagem recebida.
"Obrigado. Está perfeito", era o que o namorado dizia. A questão toda, como ficou óbvio, é que Shino não a enviara.
E o mundo de Kiba desabou.
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