Короткий рассказ
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Thank you for loving me

Bakugou acordou inquieto, não dormira bem. E isso o deixava de mau humor e com vontade de explodir coisas (mais que o normal, claro). Para evitar se estressar mais, aguentando toda aquela barulheira matinal, ele agora se encontrava trancado em seu quarto, andando de um lado pro outro. O motivo disso tudo era daqueles sentimentos, que considerava irritantes, além de hoje completar um ano em que ele e Midoriya estavam juntos. Lógico que o menor não iria cobrar nada especial dele, afinal se conheciam desde pequenos e aprendeu a ler as entrelinhas tortas do namorado. Só que ultimamente estava se sentindo incomodado.

Sempre foi muito observador, principalmente quando se tratava dele. As pessoas ao redor do seu Deku eram sempre amáveis com o mesmo, ele as cativava e inspirava facilmente, quase como se essa fosse sua individualidade (talvez fosse), mas a maneira que Katsuki agia na maior parte do tempo era quase que o oposto. Não era porque ele não o amava, pelo contrário, amava demais, a ponto do aperto em seu peito ser algo doloroso. Um formigamento, ou talvez uma corrente elétrica, percorriam seu corpo, apenas de estar perto dele. E aquela vontade de sorrir? Céus, ninguém sabia o esforço que fazia para evitar sorrir, afinal, Bakugou Katsuki não sorria assim, tão facilmente. Só que seus olhos brilhavam, toda vez que focavam no esverdeado, era inevitável, e o menor reparava. Óbvio, quando o assunto era Kacchan, não perdia um detalhe sequer, e talvez reparasse para sempre.

Só que no fundo, o loiro tinha vergonha de expor seus sentimentos, ainda mais na frente de outras pessoas. Sentia-se vulnerável. Nunca foi bom em lidar com suas emoções, provavelmente nunca seria, e mesmo que existisse um treinamento para melhorar isso, seu orgulho não aceitaria. E todo aquele misto de sentimentos que o invadiam, o deixavam sem reação e por isso eram irritantes. Não sabia lidar, nem evitar. Não queria se tornar aquelas pessoas que dependem de outras. Estava em um conflito interno entre amar demais e odiar amar demais.

Se deitou na cama, olhando para o teto enquanto pensava numa maneira de organizar seus pensamentos. Havia uma necessidade gritante de demonstrar para o outro, por inteiro, tudo o que tentava esconder. Colocou seus fones de ouvido, na esperança de que as músicas o acalmasse.

Izuku é seu ponto fraco. Ok, não tão fraco, ele tinha que admitir, mesmo que fosse internamente, mas ainda tinha a estranha vontade de protege-lo do mundo. Se pudesse prendê-lo num pote para que ficasse pra sempre seguro, certamente já teria feito, ainda mais levando em conta o quanto Midoriya conseguia se machucar frequentemente. Ele era tão imprudente. Será que levava em conta o quanto deixava-o preocupado? Parando pra pensar, ele também era inconsequente, mas isso não importava. Quando tinha se tornado tão possessivo? Às vezes não se reconhecia. Suspirou. Agora estava atrás de uma ideia para surpreender o amado.

Como se suas preces tivessem sido ouvidas, uma música começou, fazendo Bakugou se sentar de supetão. Pensou por alguns minutos, até a música acabar, e concluiu seu plano. “Então é isso”, pensou satisfeito. Pegando seu celular, enviou duas mensagens, uma delas para o namorado.

“Hey nerd! Venha no meu quarto hoje a noite”

“Bom dia pra você também, Kacchan.”

“Tsc”

“Bom dia”

“<3”

“Tudo bem, mais tarde eu irei ai”

Bom, agora já não podia voltar mais atrás. Largou as coisas na cama e após se arrumar, rumou para mais um dia de aula. O tempo passou voando e quando a noite chegou, Bakugou já estava no seu quarto. Arrumado e nervoso, suas mãos suavam, repetindo a cena da manhã. Então ouviu alguém batendo em sua porta.

— Kacchan? — a voz soou abafada do outro lado.

— Finalmente porra! — disse abrindo a porta, analisando Midoriya. Ele estava tão lindo, na verdade, ele sempre era.

— O-Oi — respondeu nervoso, juntando as mãos e fitando o chão.

— Entre logo — se segurou para não abraça-lo, o esverdeado ficava tão fofo quando estava tímido.

O loiro abriu espaço para que ele entrasse no quarto, mas ao fechar a porta, sentiu um frio na barriga. E se ele não gostasse? Se sentia inseguro. Não sabia o que dizer, não queria demonstrar o quanto estava nervoso. Midoriya se encontrava no meio do quarto, fitando o namorado. Achava impossível alguém conseguir ficar mais bonito do que era, mas Katsuki era mesmo impossível.

— Espere um pouco — essa frase saiu um pouco mais alto do que esperava, se xingando mentalmente.

Foi até o criado mudo, apertou o botão de play no celular, iniciando a música. Estava corado e com a típica expressão irritada. Se aproximou do namorado, os braços envolvendo sua cintura. Guiou a passos lentos uma tímida dança. Poderiam chamar aquilo de dança? Eles apenas se balançavam muito lentamente para um lado e para o outro, dando passinhos minúsculos, mas isso não parecia importar para ambos.

“It's hard for me to say the things

(É difícil para mim dizer as coisas)

I want to say sometimes

(Que as vezes quero dizer)

There's no one here but you and me

(Não há ninguém aqui, a não ser você e eu)

And that broken old street light”

(E aquela velha lâmpada de poste quebrada)

Midoriya o encarava, os olhos indicando um misto de surpresa e encanto, se deixou levar pelo ritmo lento e pela música, levando os braços ao redor do pescoço do namorado.

“Lock the doors

(Tranque as portas)

Leave the world outside

(Deixe o mundo lá fora)

All I've got to give to you

(Tudo que tenho para te dar)

Are these five words and I”

(São estas cinco palavras e eu)
Bakugou encostou sua testa na do amado e ambos fecharam os olhos, absortos na música. Ele sentia uma espécie de conexão, queria acreditar nisso. Desejava que aquela música e aquele momento, de alguma forma, conseguisse transmitir o quanto ele o amava.

“Thank you for loving me

(Obrigado por você me amar)

For being my eyes

(Por ser meus olhos)

I couldn't see

(Quando não podia enxergar)

For parting my lips

(Por abrir meus lábios)

When I couldn't breathe

(Quando não pude respirar)

Thank you for loving me

(Obrigado por você me amar)

Thank you for loving me”

(Obrigado por você me amar)

Se afastou de leve, abrindo os olhos. Apertou o abraço, de modo que seus corpos colassem, despertando o outro e fazendo os olhos esmeralda focarem nos de rubi. Ele ainda estava envergonhado por estar fazendo aquilo, porém não desviou o olhar, até porque aquelas esmeraldas brilhantes eram sua perdição.

“I never knew I had a dream

(Eu nunca soube que tinha um sonho)

Until that dream was you

(Até que esse sonho era você)

When I look into your eyes

(Quando olho dentro de seus olhos)

The sky's a different blue

(O céu é um diferente azul)

Cross my heart

(Atravesse meu coração)

I wear no disguise

(Eu não usarei disfarce)

If I tried, you'd make believe

(Se eu tentasse, você faria de conta)

That you believed my lies"

(Que acreditou em minhas mentiras)

Midoriya roçou seu nariz suavemente no outro, o famoso “beijinho de esquimó”, e sorriu, com lágrimas nos olhos. O sorriso que quebrava todas as barreiras do namorado, e que provocavam aqueles sentimentos confusos.

"Thank you for loving me

(Obrigado por você me amar)

For being my eyes

(Por ser meus olhos)

When I couldn’t see

(Quando não podia enxergar)

For parting my lips

(Por abrir meus lábios)

When I couldn’t breathe

(Quando não pude respirar)

Thank you for loving me"

(Obrigado por me amar)

Bakugou encostou a cabeça no ombro do namorado, curtindo as mãos do mesmo que fazia carinho nos seus cabelos. Aproveitou para sorrir, já que não seria visto.

"You pick me up when I fall down

(Você me levanta quando estou caído)

You ring the bell before they count me out

(Você soa o alarme antes que eu seja nocauteado)

If I was drowning you would part the sea

(Se eu estivesse me afogando você separaria o mar)

And risk your own life to rescue me"

(E arriscaria sua própria vida para me resgatar)

Midoriya começou a chorar. Tentou segurar o máximo que pode, mas ele se sentia tão feliz, tão amado, que antes mesmo de perceber, as lágrimas já estavam caindo. Não imaginava que aquilo aconteceria, talvez estivesse sonhando e logo acordaria.

"Lock the doors

(Tranque as portas)

Leave the world outside

(Deixe o mundo lá fora)

All I’ve got to give to you

(Tudo que tenho para te dar)

Are these five words and I"

(São estas cinco palavras nesta noite)

Bakugou percebendo o choro, desfez o abraço. Suas mãos se acomodaram ao redor da cabeça do menor, os polegares limpando as lágrimas que escorriam, recebendo outro sorriso, desta vez tímido, em troca. Se aproximou, depositando um beijo carinhoso nos lábios do outro.

"Thank you for loving me

(Obrigado por você me amar)

For being my eyes

(Por ser meus olhos)

When I couldn’t see

(Quando não podia enxergar)

For parting my lips

(Por abrir meus lábios)

When I couldn’t breathe

(Quando não pude respirar)

Thank you for loving me"

(Obrigado por me amar)

Após desfazerem o beijo, Midoriya abraçou o maior, com o rosto enterrado em seu peito, sendo imediatamente abraçado de volta. Inalava o cheiro do outro, do seu Katsuki. Recebeu um beijo no topo da cabeça e alguns afagos em seus cabelos.

"Thank you for loving me

(Obrigado por me amar)

When I couldn't fly

(Quando não pude voar)

Oh, you gave me wings

(Oh, você me deu asas)

For parting my lips

(Por abrir meus lábios)

When I couldn’t breathe

(Quando não pude respirar)

Thank you for loving me

(Obrigado por me amar)

Thank you for loving me

(Obrigado por me amar)

Thank you for loving me

(Obrigado por me amar)

Oh, for loving me"

(Oh, por me amar)

Permaneceram abraçados mesmo após a música ter chego ao fim. Sentiam que o tempo havia parado. Não queriam acabar aquele momento, mas agora Bakugou estava tenso, ele se afastou e olhou o outro nos olhos.

Izuku... — começou, com receio – deixe eu terminar de falar antes ok?

Recebeu um aceno positivo em resposta.

— Tsc. Acho bom você prestar bem atenção, porque eu não vou repetir viu? — só tinha que botar para fora tudo aquilo — Eu sei que eu não sou a melhor pessoa para conviver, nem mesmo sou um namorado que você merece. Já te magoei muito, e as vezes eu ainda te magoo, mas você ainda assim está aqui, do meu lado — começou a fitar o chão — Queria conseguir demonstrar mais, fazer mais. Porra! Isso tudo é muito...irritante. Não sei bem como dizer isso — Sua mão foi para o bolso da calça, retirando uma caixinha — Você... é importante pra mim.

Ele abriu a caixa, revelando dois pingentes. Midoriya observava de olhos arregalados, em choque. Era um yin e yang de quartzo. Laranja e verde. Retirou o yin e colocou no pescoço do esverdeado.

— Eu amo você, Deku.

Ok, ele já estava chorando de novo. Estava sem palavras, então apenas pôs o yang. Deu um selinho demorado e ficaram de mãos dadas.

— E-Eu não sei o que dizer, Kacchan. Você é tudo aquilo que eu quero, que eu preciso. Eu simplesmente amo tudo em você. Eu te amo tanto. Os colares são lindos, como você conseguiu? Ah! Isso é tão perfeito, apesar que você é todo perfeito né. Não esperava isso. É real? E se eu tiver preso numa individualidade de um vilão e tudo isso for uma ilusão?

— Cala a boca! — disse corado, erguendo o outro pelas pernas e jogando na cama.

— Kacchan! — seu rosto estava vermelho.

— Você pensa demais as vezes. Eu consegui os colares com a Yaoyorozu — deu de ombros.

— Sério?!

— Foi um pouco difícil, sabe como é, toda aquela merda de manter a economia, mas eu consegui dar meu jeito — fez pose de herói.

— Hum... São realmente lindos — disse enquanto admirava a pequena pedra laranja.

Bakugou deitou ao seu lado, ficando de mãos dadas e trocando beijos, até pegarem no sono. Não havia jeito melhor de comemorarem o aniversário de um ano de namoro.

19 марта 2019 г. 23:08 0 Отчет Добавить Подписаться
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Lexyee Oie! Sou apenas uma viciada em animes e em imaginar histórias pros meus shipps favoritos. Espero que se divirta com o que escrevo!

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