Короткий рассказ
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Capítulo único; silêncio


Oie, eu não tenho nada para dizer apenas que foi um pouco complicado fazer essa one. 

Eu comecei ela pensando em algo e na metade tudo virou de cabeça para baixo e parte eu me perdi, parte eu me achei e agora estamos aqui e é isto. Espero que gostem ♥

Boa leitura ♥

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O silêncio era a pior parte, porque eu conseguia saber por meio dele o quão ruim tudo estava.

Eu sempre fui alguém que gostava de barulho. Acho que por isso nunca me incomodei com os gritos agudos que ele dava, até mesmo considerava à dois anos atrás bonitinho a forma como ele nunca conseguia sussurrar.


Mas agora o silêncio era diferente, não havia momentos reflexivos onde eu poderia descansar e pensar no meu dia como era antes de estar com ele, havia se tornado solitário demais, algo que em outrora não era.


Por segundos meus olhos se fecharam e eu apenas escutei toda a mudez do ambiente. Havia o barulho do cachorro se coçando na varanda, o som dos carros passando pela rua, mas, além disso, não acontecia mais nada.


Talvez o silêncio do ambiente havia se juntando ao vazio do meu peito e se feito em um só e por incrível que pareça aquilo não doía mais.

Era confortável não sentir nada, havia se tornado bom o silêncio da casa, por mais estranho que isso fosse.


Significava que ele não estava e por muito tempo Bakugou não estar era um sinônimo de tristeza, todavia agora eu me sentia bem. Talvez “bem” não fosse exatamente a palavra correta a ser usada, mas eu tão pouco me importava. Não ter Katsuki por perto havia se tornado bom, mesmo que eu soubesse que em breve ele entraria pela porta da sala e gritaria avisando que havia chegado.


Duas horas atrasado, não, ao olhar no relógio notei que já faziam 3 horas que ele havia saído do trabalho e seu emprego era a apenas três ruas de casa. Ele deveria estar em algum bar, como já era normal há algum tempo, mas tudo bem também. Já não me importava mais. 

Lembrei-me de nove meses atrás, quando começamos a morar juntos, — cedo demais é claro, como tudo no nosso relacionamento havia sido — a maneira em que eu sempre tentava chegar mais cedo em casa só para não termos que pedir pizza no jantar, porque ele se recusava a fazer a janta, mas era óbvio que se eu chegasse tarde comeríamos pizza, mesmo ele sabendo que queijo doía meu estômago. 

Foi assim, aos poucos, que fui notando o quão descuidado e narcisista ele era. Não importava se eu houvesse marcado um jantar no dia x, se os seus amigos lhe chamassem para sair, ele desmarcaria qualquer coisa comigo para ir. Não importava se os meus amigos queriam conhecê-lo, ele sempre fugiria, mas em todas as festas que ele queria que eu fosse, eu tinha que ir. 

Parte de todo esse tempo junto e eu nunca havia percebido o quanto suas necessidades ficavam por cima das minhas, apenas… aconteceu. 

Quando eu dei por mim estava paranoico sobre as pessoas com quem ele conversava ou saia, faltava ao trabalho apenas porque ele iria sair naquele dia e eu me obrigava a ir junto. 

As paranoias, o ciúme, o gosto amargo sempre que ele me beijava, não eram por culpa dos remédios que eu tomava ou por conta da enxaqueca que só piorava, ou o cigarro que havia pegado o hábito de usar. 

Mesmo dando a entender que a culpa era dele, eu nego de antemão, somente porque não era e nunca seria.


Bakugou por muito tempo havia sido a minha luz no fim do túnel e eu não havia percebido o quão errado isso era até me dar conta do quanto infeliz nós dois nos tornamos. 


O estado em que ficávamos depois das brigas e de como, com o tempo, mesmo sem brigarmos nós estávamos — irritadiços e infelizes. 

Tudo isso me havia feito perceber, tarde demais para poder fazer algo para mudar, que nós dois não daríamos mais certo e que a culpa de tudo aquilo era minha por não perceber o que faltava e não era entre mim e ele e sim, comigo mesmo.


Eu havia me materializado completamente para agradar Katsuki e não havia percebido o quanto imprudente era e o quão perdido eu estava.


E internamente, eu agradeci Bakugou por isso, pois eu sabia que havia pessoas nas quais ficavam juntas a vida toda, como também havia pessoas que, como nós dois, tinham pouco tempo, porém grandes propósitos. 


O propósito de Bakugou entrar na minha foi-me fazer notar o quão mal eu me fazia e perceber quão mal eu fazia a ele, mas que tudo ficaria bem no fim, não com nós dois namorando, mas sim com ambos distante um do outro


Pensar em terminar o que tínhamos me lembrava de todo o silêncio em que eu estava e, estranhamente, havia-se tornado reconfortante e saber que seria daquela forma por um bom tempo, me fazia ter ainda mais coragem de fazer o que precisava ser feito.


Ouvi a porta de entrada sendo aberta lentamente, como quem não queria fazer barulho, passos descalços soaram pelo corredor e eu respirei fundo, traguei o cigarro que já estava pela metade e joguei as cinzas no cinzeiro em cima da mesa, peguei a latinha de cerveja que já estava há algum tempo largada e bebi dois grandes goles. 

Bakugou entrou na cozinha e se encostou na soleira da porta, assim que notou eu estar acordado. Não o olhei. Ele escorregou pela porta e se sentou no chão, olhando para a parede em sua frente. 


— Descul… — Eu não o deixei terminar, não poderia. Senti meu coração acelerar por segundos e todos os momentos que passamos juntos voarem pela minha mente desordenadamente, até parar naquele exato momento em que estávamos. 


Não me importei com o gosto amargo na minha boca, ou com o silêncio sendo corrompido pelo barulho da respiração do loiro e de sua voz rouca soando tão alta aos meus ouvidos. Eu apenas queria que o silêncio voltasse, porque eu sabia que ele seria melhor do que mais um dos pedidos de desculpa falhos de Bakugou. 


— Eu quero terminar… 

Então o silêncio retornou, entretanto daquela vez, ele fora completamente bem-vindo.

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Espero que tenham gostado, comentem o que acharam. Criticas construtivas são sempre bem-vindas ♥


Créditos pela capa à: OlenavitsScan & a betagem: misayama ♥

22 января 2019 г. 1:57 3 Отчет Добавить Подписаться
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Об авторе

Lory Flawer [ɑnime + hp] Writer, Brɑziliɑn, bisexuɑl, sɑgittɑriɑn, 18 yeɑrs old.

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Alice Alamo Alice Alamo
Olá, amada, tudo bom? Eu venho em nome do Sistema de Verificação do Inkspired. A sua história foi marcada como "Em Revisão" pelos seguintes motivos: 1) Há alguns errinhos como "à X meses atrás" -> nesse caso, a forma correta seria "há X meses" ou "X meses atrás"; 2) Há alguns errinhos de pontuação (vírgula) que comprometem o entendimento do texto; 3) Erros de digitação como "se juntando" em vez de "se juntado"; A história está maravilhosa, simples, curta e muito bem feita! Acho que uma revisada cuidadosa ou um beta podem ajudar a corrigir esses errinhos ;) Quando arrumar, basta responder esse comentário que eu volto voando para olhar a fic mais uma vez e verificar se estiver tudo em ordem! Beijoss
~

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