missgeleia. MissGeleia .

"Aeron" - Ela disse. "Nome do deus celta da batalha" Palavras dela. Aeron, como orgulhosamente pensava em si mesmo agora, tinha que admitir que o espaço era agradável. Sua companhia também era, ela poderia dizer mesmo com o pouco tempo que passaram juntos. Aeron sentia que poderia se estabelecer perfeitamente ali. Quem sabe, um dia ele pudesse até mesmo chamar aquilo de lar. Não que ele fosse precisar de muito. Aeron era um cacto simples e sem muitas exigências. Ele era resistente e iria levar qualquer coisa que viesse a partir de agora. Ele era a droga de um deus celta da batalha depois de tudo.


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Aeron.


"Não crie expectativas. Crie Cactos" - Autor Desconhecido.


Ele não estava animado para chegar.

Não mesmo.

O sentimento que transpassava seu pequeno corpo esverdeado nada mais era do que pura ansiedade pelo o que seriam seus dias daqui em diante.

Na verdade, não saber o que exatamente esperar era uma sensação horrenda.

A questão era, existiam muitas coisas com as quais ele realmente não se importava em conviver, afinal, ele era um viajante e um orgulhoso sobrevivente, o que o tornava bastante tolerante a ambientes em geral. Seus dias em galpões, caixas, estantes, passando de mão em mão até chegar naquele supermercado ensinaram a ele um pouco sobre como os seres humanos funcionavam.

Talvez não o suficiente para torna-lo um especialista em seres humanos, mas vamos lá, ele não era estupido.

O que verdadeiramente o incomodava eram as coisas com que ele definitivamente não suportaria conviver. E, com sua sorte, muito provavelmente acabaria com todas as opções que menos lhe agradam.

Não era como se ele pudesse preencher algum maldito formulário onde exprimisse todas as coisas que ele não quer perto dele muito obrigado.

Pelos céus, ele rezava que sua nova companhia não tivesse gatos.

Ou crianças.

Não que ele desgostasse muito de ambos.

Mas, veja bem, os gatos são criaturas sacanas que gostam de pendurar-se em coisas e derruba-las - assim como as crianças, mas vamos chegar lá -

E ele não gosta de altura e de, principalmente, ser arremessado se estivesse em algum lugar alto, muito obrigado.

E sobre as crianças...

Bem, crianças são engraçadas e até um pouco bonitinhas quando caladas, mas ainda sim são mexilhonas.

E ele não gostava de ser mexido.

Ele conseguiria uma placa de "por favor, não encoste ou respire perto de mim" se os espinhos não fossem suficientemente eficazes como aviso, mas não é possível.

E crianças gostam de tocar. Muito.

E arrancar coisas.

E depois colocar essas coisas em suas bocas babadas, mas, novamente, ESPINHOS. Pensando bem essa teria que ser uma criança bastante louca para pôr alguma parte dele ali.

De qualquer forma, ele não era exatamente fã de ter partes suas arrancadas de onde estivessem grudadas. Mesmo que elas fossem nascer novamente, mas a questão era, ele não gostava.

Ninguém gostava de ter partes suas retiradas.

A menos que você seja um lego, é claro. Então sua função existencial seria desmontar-se e remontar-se várias e várias vezes o que quase – foco no quase – faziam-no sentir pena das pobres criaturas. Não que ele achasse que legos realmente se importassem em serem partidos em mil pedaços, as criaturinhas masoquistas.

Com ênfase nisso, ele esperava também que sua companhia não gostasse dos monstrinhos coloridos.

De qualquer forma, ele queria apenas poder relaxar em algum lugar tranquilo onde poderia viver por quanto tempo a mãe natureza - e os cuidados da sua nova companhia - permitissem.

O que poderia não ser muito tempo, mas que seja.

......

Eles chegaram em um prédio

Um prédio

Ele quase conseguia escutar o delicioso choro de criança vindo de lá.

Talvez ela tivessem um gato também, que felicidade!

Dane-se, ele pode muito bem sair rolando de volta para o supermercado por mais alguns meses.

..........

"Aeron", ela disse.

"Nome do deus celta da batalha."

Palavras dela.

Aeron, como orgulhosamente pensava em si mesmo agora, tinha que admitir que o espaço era melhor do que esperava.

Agradável até, apesar de não se encontrar tão rente ao solo quanto ele gostaria.

Sua companhia também, pelo que pôde aprender com os poucos minutos de caminhada, não era de todo mau. Mesmo que sim, ele pode ter sido um pouquinho reclamão minutos atrás por conta de toda mudança de ambiente e da insegurança de não saber para onde estava indo, mas tem essa coisa que ele sentiu assim que ela o olhou.

E estando ali, finalmente, ele poderia dizer que era melhor do que imaginava.

Quem sabe até mesmo um dia ele chamaria aquilo de lar.

Não que ele fosse precisar de muito para isso.

Aeron era um cacto simples e sem muitas exigências, afinal.

Ele era resistente e iria levar qualquer coisa que surgisse em seu caminho a partir de agora.

Sim.

Ele era a porra de um deus celta da batalha depois de tudo.

..................

Haviam motivos reais para Aeron não gostar de alturas, pensou em profunda reflexão enquanto esperava por sua companhia descer e busca-lo de onde ele havia pousado no chão.

O vaso estava em pedaços e, felizmente para Aeron, a única coisa em pedaços em toda a situação.

Ele assistiu enquanto ela vinha quase em pânico enquanto murmurava coisas das quais ele realmente não prestou atenção.

Ele suspiraria se tivesse pulmões.

Essa era sua sorte, obviamente.

Sua companhia era um pouco melhor que um gato.

.......................................

Ele ganhou um novo vaso depois de tudo.

Era brilhante e tinha um toque familiar de arte nele e era bem melhor do que o que ele tinha sido mantido todo esse tempo no supermercado.

Um golpe de sorte, apesar do que levou a efetuar a troca.

Poderia ter sido bem pior.

Ele poderia ter acabado em um vaso de lego, o que o obrigaria a jogar-se da próxima vez apenas para ver a maldita coisa feia fazer o que faz de melhor: Desfazer-se em pedaços.

Bem, desde que ele estava apenas com algumas lacerações – deus da batalha aqui, ele não estaria reclamando – e um vaso novo, Aeron quase se sentia sortudo.

E sua companhia o deixou distante do parapeito da janela dessa vez.

...................

Aeron conheceu a companheira de apartamento – ele aprendeu o nome daquilo – naquele mesmo dia.

Ela riu quando sua companhia contou os acontecimentos de hoje.

Aeron ficava realmente feliz que alguém pudesse apreciar a história.

Ele novamente desejou ter pulmões apenas para ser capaz de expressar seu mal humor.

Pelo menos a companheira de apartamento de sua companhia também não parecia ser tão ruim.

......... 

Sua companhia tinha hábitos peculiares, ele descobriu.

Peculiares porque ele não saberia classifica-los como outra coisa

Aeron não saberia dizer, por exemplo, se seria totalmente saudável para um humano beber tanta quantidade do liquido preto que chamavam de café.

Ou se era normal para eles ficar tanto tempo sem atender às suas necessidades básicas como água e alimento.

E pra ele dizer isso significava que era alguma coisa.

De qualquer forma sua companhia tinha hábitos e um deles realmente estava começando a incomodar.

Sua companhia era reservada e costumava passar seu tempo imersa em seus pensamento, com algum livro ou com a máquina quadrada.

Computador, como ele também aprendeu.

Nada de errado com isso, se apenas ele não estivesse prestando atenção o suficiente a ela naqueles momentos em que o barulho de “teclar” se fazia presente no recinto.

Aeron não era do tipo xereta, muito pelo contrário, ele gostava muito de ser deixado para seus próprios negócios, mas era quase hipnótico assistir algumas das expressos que surgiam no rosto de sua companhia quando ela estava focada no que quer que estivesse escrevendo.

Ou lendo?

Ele definitivamente não era do tipo xereta, mas dane-se se não o incomodasse o desejo de querer compartilhar o que ela estivesse vendo.

E ele não era xereta, muito obrigado.

.......................

Ela conversava consigo mesma as vezes.

Principalmente quando o soar de teclas começavam.

Ele percebeu depois de parar de tentar desvendar as expressões mínimas dela – rrg, ele gostaria de saber o que ela estava vendo – e passar a ouvir com mais atenção, assim, voilà!

Ele começou a pegar pequenos pedaços do que ela estava fazendo.

E ele realmente gostou do que ouviu.

............................

Os dias se passaram.

A vida continuou.

O vai e vem no apartamento se tornaram uma deliciosa rotina no dia-a-dia de Aeron.

Aeron “andava” no apartamento mais vezes do que realmente achava possível, desde que duas pessoas realmente cuidavam dele.

Ele conheceu mais sobre a companheira de apartamento de sua companhia e agradou-lhe saber que ela também transpirava um pouco daquela coisa que o fazia sentir-se bem ao seu redor.

Aeron pôde conhecer mais de sua companhia também. E ela, por sua vez, passou a falar com ele mais vezes do que somente frases soltas.

Sim, tempo.

O tempo realmente passou, desde que aparentemente o clima quente estava se aproximando.

Essa seria a única explicação para o quentinho que Aeron sentia crescer em seu ser.

........................

Não somente aprender coisas sobre sua companhia, Aeron aparentemente poderia aprender coisas sobre si mesmo também.

Como as músicas.

Não que ele não soubesse o que música significa. Ele poderia vir do deserto, mas não quer dizer que passou toda sua vida embaixo de uma pedra.

O fato é: Ela gostava de várias músicas.

E jazz.

Bem, Aeron também gostava das músicas dela.

E do jazz.

...........................

Realmente Aeron poderia aprender bastante.

Quem diria que “cultura pop” seria algo tão amplo?

.......................

“Não sei como escrever um fluffy”

Relatou sua companhia depois de alguns minutos escrevendo em seu computador.

Se pudesse responder ele diria, bem... Que também não?

“Eu não faço ideia de como fazer isso.”

Aeron olhou profundamente para os olhos de sua companhia e viu a frustração crescente ali.

Bem, se ela não fazia ideia de como escrever um, Aeron não tinha ideia do que fluffy significava.

Para seu benefício, sua companhia apenas começou então um monólogo sobre uma história fofa e dessa forma Aeron finalmente entendeu sua dor.

Ele não conseguiria escrever fluffy também.

...............

Sua companhia era uma pessoa talentosa.

E esperta, como ele percebeu logo no primeiro dia de convivência, depois de prestar atenção a um murmurar constante que durou alguns minutos.

Ela era bem esperta.

Aeron ficava um pouco impressionado como ela parecia gostar de aprender sobre o mundo e outras coisas.

O tempo que sua companhia passava no computador – diferente dos alienados que vira uma vez ou outra – era realmente utilizado para absolver algo construtivo dali. Certo, 80% das vezes seria para alguma nova descoberta, se considerar que ela não estivesse tendo um dia particularmente difícil, claro.
Sua companhia lia tanto sobre o mundo e suas particularidades que as vezes parecia como se ela tivesse visto e andado sob cada palmo de terra descrito. Eram tantos conteúdos absolvidos que algumas vezes pareciam não ser o suficiente e ela apenas tinha que criar seu próprio mundo ou sua versão dele.

O que fazia com maestria.

Aeron gostava particularmente das histórias das quais os leitores dela – sim, ela tinha leitores – consideravam “destruidoras”.

Ele quase poderia sentir o orgulho preenchendo fisicamente uma parte dentro dele quando sua companhia lia alguns dos comentários mais desesperados de seus fãs.

Aeron particularmente apreciava ser regado com essas lágrimas.

....................

Além dos hábitos peculiares, sua companhia também possuía amigos peculiares.

Não ruins, mas apenas únicos.

Especiais.

Talvez um pouco malucos. Um “pouco muito” as vezes.

Voltemos a chamá-los de peculiares.

De qualquer modo, Aeron passou a reconhecer alguns deles através do quadrado brilhante por onde sua companhia sempre se comunicava.

E ele via como ela gostava de conversar e brincar com eles. E isso era muito bom. Nessas horas essas pessoas faziam com que ele voltasse a sentir aquela coisa.

Aeron gostava deles.

.................................

"Sim papa, estou alimentando ele"

Aeron deixou de contemplar a bela visão do céu azul de onde estava atualmente para observar sua companhia. Ela estava falando dele?

"Eu sei, eu tenho cuidado.”

“Não, eu não vou afogar ele também.”

É melhor não mesmo, pensou. Arruinaria o nosso bom relacionamento.

“Ele é o deus da batalha, papa. Ele não vai morrer tão fácil."

Sim, ela definitivamente estava falando dele.

“Ceeeerto, você viu a foto que eu enviei, não foi?”

Como é? Quando foi que ela...

“Tudo bem, eu faço isso, eu vou mandar outra para você ver como ele está bem...”

Sua companhia saiu caminhando para outro cômodo e Aeron apenas...

Não vai pensar nisso naquele momento. Não mesmo.

Ele voltou a contemplar a janela e o gato caolho que sorrateiramente se esgueirava do outro lado da rua para assustar um outro gato cinza em três... dois...um...

Yepe.

Se tivesse lábios Aeron teria sorrido.

.....

“Viu só o que você me faz passar?”

Sua companhia perguntou minutos depois de enviar uma nova foto dele – vejam só – para o que sua companhia chamou de pai.

“Ele pergunta sobre você todas as vezes”

Aeron a encarou.

“Tenho certeza que tá adorando a atenção.”

Ele? Imagina.

Sua companhia estreitou os olhos e Aeron devolveu sua acusação silenciosa com seu mais inocente tom de verde.

...................

Ela disse que estava em crise de identidade dessa vez.

Por conta de um livro sobre um menino com um galo feio na cabeça.

Ah, a doce convivência.

Sua companhia estivera escrevendo apenas a alguns minutos antes e entre um parágrafo e alguma pesquisa – Aeron não saberia dizer – as coisas chegaram naquele ponto.

“Não consigo mudar...” – ela sussurrou pela oitava vez em consternação. Não que estivesse contando.

Aeron olhou o que pôde da tela e viu apenas verde.

Oh.

“Não acredito que eu virei sonserina!”

Ela continuou a resmungar sua incredulidade enquanto fazia o tal teste uma e outra vez.

Então... Sonserina.

Se fosse possível Aeron teria dado de ombros.

Se tivesse ombros.

Ele observou como sua companhia tentava em vão burlar o teste - porque convenhamos, aquilo era uma clara tentativa de trapaça, pensou com orgulho.

Bem, Aeron não via nada de errado com o verde.

................

O dia havia se tornado tarde.

E então noite.

E... Quase dia novamente?

Aeron olhou para a figura insone que era sua companhia.

Ela o olhou em retorno.

“Eu preciso de mais alguns minutos.”

Ele continuou a encarar.

“Quase acabando...”

Aeron encarou com mais intensidade.

“Você é bastante julgador para um cacto”

Sua companhia soltou um bocejo e ele encarou.

“Cerrrto, hora de dormir.”

“Não, querida”, rebateu Aeron por sua vez. “Isso foi à horas atrás.”

Os dois se encararam.

Sua companhia deu de ombros.

“É, é melhor eu ir dormir mesmo”

.........

Os dias continuaram a passar.

E passaram.

Ele havia aprendido bastante sobre sua companhia – o bastante para não mais se perder totalmente tentando seguir a linha de raciocínio dela – e gostou do que viu.

Mesmo que ela realmente esquecesse de alimenta-lo e alimentar-se algumas vezes.

Ou que ela quase o derrubasse em outras.

Ou quando começava a murmurar sobre alguma história e não dizia o maldito – sim, isso o irritava mais do que qualquer outra coisa – FINAL.

De qualquer maneira Aeron podia dizer que gostava de sua vida.

Com seus próprios negócios naquela janela.

Com sua companheira peculiar, de muitos amigos peculiares e historias peculiares

Um lar doce lar, como diriam.

...............

“Aqui” ela disse revelando o que quer que estivesse escondendo em suas costas.

Se fosse possível, um vinco em sua testa estaria se formando nesse momento.

“Conheça Boo Angelo”

Se ele tivesse testa, claro

“Seu novo irmão/irmã.”

Tá brincando, certo?

“Seja bonzinho, Aeron”

E quando ele não é? Pensou.

- Yepe, senhoras e senhores, sua companheira quer que dois cactos sejam sociáveis. Maravilhoso, não?

-Seria se você tirasse esse espinho enorme da sua bunda.

Mas como é?

-Bem, grande sorte minha que eu não tenho bunda.

Boo Angelo, sua nova companhia, bufou.

Aeron sentiu aquela coisa novamente por alguns segundos.

Mas ele não seria um para dar colher de chá para o novato. Aeron deixaria o tempo dizer se Boo seria uma companhia ou um companheiro.

Até lá, Aeron O deus cacto da batalha continuaria com seus próprios negócios, muito obrigado.

11 ноября 2018 г. 16:37 2 Отчет Добавить Подписаться
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MissGeleia . Eu sou fofa e macia por dentro. Prometo ;)

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Olá, eu sou Mirz. Venho te parabenizar pela Verificação da história. Gostaria de dizer que eu adorei o Aeron! É um cactozinho muito rabugentinho, mas muito amorzinho também! Uma vibe total de bolinho queimado: duro por fora, mas macio por dentro. Super me deu vontade de ter um vasinho com um cacto agora. Sua escrita está ótima, só uma coisinha que eu observei que vai mais para dica do que um comentário de revisão mesmo. Tem algumas palavras que estão sem acento, como “líquido”, e os verbos terminados em “a”, “e” ou “o” com os pronomes oblíquos –la(s), -lo(s), como “derrubá-las” e outros. São erros bem pequenos, que são mais observações, por isso a história não foi posta em revisão. No mais, a história está ótima, parabéns! Tenha um bom final de semana. ;)
Ayzu Saki Ayzu Saki
Essa é, e sempre será uma das minhas estórias favoritas, e não foi porque foi feito para mim não - um pouquinho vai -, mas porque a forma como você descreveu um Cacto me fez me apaixonar ainda mais por ele. E agora sempre que olho para Aeron na minha janela, eu posso o imaginar falando comigo sem me sentir uma lunática :D
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