Fanfic escrita para o desafio hallowink que termina hoje. Estória baseada em uma imagem dada pelas adms, minha imagem foi essa:
Créditos:
Titulo da imagem: Fantasma com doces
http://celebratingtheseasons.tumblr.com/post/11028214617
Nii-San.
Sasuke era sempre pontual e por isso odiava atrasos, mas ele estava atrasado, e aquilo era incomun. Ele já não fazia mais parte do seu mundo então não havia maneira de descobrir o que acontecera, nem mesmo seu rinnegan podia ajudar, e isso lhe deixava aflito; desde que acordara sentira algo diferente, há dez anos era sempre a mesma rotina naquele dia específico; o Uchiha acordava, preparava seu café da manhã e, quando ia para o escritório analisar algum pergaminho, um corvo negro se encontrava em sua mesa lhe esperando. O animal não fazia nada, apenas ficava ali observando-o até a hora do almoço quando saía do quarto e entrava na cozinha encontrando pequeno tomates preparados e organizados cuidadosamente num prato, normalmente ovos fritos acompanhavam o fruto. Mas dessa vez tinha sido diferente; o corvo não vinhera e o almoço ele próprio tinha preparado. Desta vez Sasuke estava com medo, medo dele não vir. E pelo resto do dia aquele medo incomum ficou lá, não chegava atrapalhar-lhe, todavia, também não ia embora, era como um lembrete constante de que algo mudara e ele iria ter que lidar com aquilo, a questão era: O que havia mudado? O Uchiha tinha receio de descobrir.
Quando o pequeno relógio na parede deu meia noite, Sasuke sentiu seu medo se esvair juntamente com a chegada de uma figura um tanto incomum mas já costumeira para si. Aquela figura infantil agora parada em sua frente trazia uma enorme paz a ele, trazia uma sensação de lar... O pano branco cobrindo a forma era meio estranho, o sorisso largo e as bochechas coradas pintadas no tecido era incomum, e os doces - ele sempre trazia doces - que Sasuke tanto odiava, mas ele amava eram um tanto inusitados. Aquele combo não era exatamente famíliar, no entanto, a pessoa que se escondia debaixo dele sim; aquela pessoa ele conhecia bem, era sangue do seu sangue.
Era seu nii-san, Uchiha Itachi.
Mas desta vez ele estava um pouco diferente; o tecido antes todo branco agora parecia um tanto mais transparente, os doces que antes vinham em uma sacola grande eram apenas umas dez balas desta vez, e sobretudo, ele parecia mais leve, mais como... Um espirito.
Aquilo assustava o mais novo.
E ele queria falar isso, falar para seu nii-san que estava assustado, todavia, assim que abriu a boca para se pronunciar, Itachi, mesmo silencioso, pediu-lhe para não fazê-lo. E Sasuke como o bom irmão que era ignorou o que sentia e obedeçeu.
Então, o mais velho pegou as balas que tinha em mãos e as depositou sobre a mesa, para logo depois retirar o pano que cobria-lhe o corpo; era a segunda vez que tinha permissão para retirar aquele pano, a primeira foi quando voltou, um ano depois de sua morte, para vistar seu otouto. O pano foi ao chão para logo depois sumir no ar, e em frente a Sasuke apareceu Itachi, mas um Itachi criança. Ele se lembrava que na primeira vez que o vira tinha ficado receoso com o fato de Itachi parecer uma criança, pois o mais velho morrera adulto, morrera lutando por seus ideias, sendo assim, porque ele era uma criança agora? Então o próprio lhe explicou que a alma dos mortos refletiam o momento em que mais foram bem sucedidos em sua vida terrena. Para Sasuke aquilo fazia sentido, em sua opinião a infância realmente fora esse momento para Itachi, um momento onde podia ter paz, fazer travessuras, descançar, brincar, ser criança... Ser ele mesmo.
Ele sabia o porquê de Itachi agora ser uma criança, mas não sabia o motivo dele ter aparecido em sua verdadeira forma. Aquilo também assustava Sasuke.
Ele só queria uma explicação, queria que seu nii-san lhe explicasse o que estava acontecendo, não obstante, diferente das outras vezes ele não falava, só olhava o mais novo de um jeito terno e um tanto triste. E Sasuke não gostava daquilo, pois ele sabia o que estava prestes a acontecer, e mesmo assim não teria como evitar, seu chakara, seu sharingan ou até mesmo seu rinnengan de nada serviriam, pois ele sabia que era inevitável, mas ele não queria que fosse, porque ele tinha medo, medo de ficar sozinho novamente sem resquícios de sua familia, preso em sua própria mente rodeada de sombras. E foi movido por esse medo primitivo e sincero que ele agarrou com toda força o jeito do corpo de seu irmão, jeito pois esse não era palpável, era apenas um espectro do que um dia o real fora, sua tentativa todavia se fez vã já que seus braços atravessaram o “corpo”, aquilo doía muito em si, vê-lo e não poder tocar-lo. Não era a primeira vez que tentava fazer isso, já deveria até ter se acostumado a frustração de nunca conseguir, mas assim como o resto dos acontecimentos do dia, algo diferente também acontecera ali, pois por mais que Sasuke não conseguisse tocar em Itachi, ele sentiu quando o espectro do irmão tocou sua testa com a mão esquerda, e ele quis gritar, quis implorar para ele não fazer isso, não fazer aquele gesto de despedida, mas a voz não saia barrada pelo choro que era contido, e assim que o dedo indicador e o médio tocaram a testa do mais novo, Itachi começou a desparecer numa luz branca deixando para trás um toque na testa e um “aishiteru otouto” silencioso no ar. Quando já não havia mais vestígios de sua presença Sasuke caiu no chão com um grito rasgando a garganta:
- NII-SAN!!!
E quando o grito de dor cortou o ar de Konoha, lágrimas de sangue transbordaram combinado com o sharingan agora ativado que colocava o próprio usuário num genjutsu infinito de dor onde a cena da despedida se repetia em um looping infinito.
Notas Finais:
Bem é esse negócio curto e bad mesmo, é que assim na minha opinião ninguém passa por um massacre uma guerra e sai sem sequelas nenhuma e foi isso que eu quis retrar no Sasuke que ele ficou com medo da solidão porque já conviveu demais com ela.
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