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NOTA: Olá! fiz essa oneshot curtinha, mas com muito carinho para homenagear esse jogo que eu simplesmente amo. Antes de começarem a leitura tenho uns avisos: os acontecimentos da fic são baseados na gameplay do Alan, ou seja, há alguns spoilers.
Glossário:
Divergentes: androides que vão contra o seu sistema, ou seja, deixam de obedecer os humanos e passam a ter sentimentos
RA9: uma divindade que os androides acreditam que irá salvá-los.
Led: uma circunferência que fica no lado direito do rosto dos andróides, ela é azul, mas pode mudar de cor dependendo do nível de tensão do andróide ou se estão indo contra o seu sistema.
E para finalizar gostaria de agradecer a minha beta @Raylanny, que só faltou me suicidar durante a betagem hahaha tenham uma boa leitura ;)
(...)
"Não nasci livre, nem fui criado para possuir tal coisa. Sou uma máquina, não devo sentir, tão pouco me opor, mas aqui estou eu, resistindo e lutando pela minha existência."
Criado para ser um android investigativo, o android perfeito que não deveria divergir como os outros, apenas seguir instruções e impedir que sua raça tenha sentimentos, porém ele estava na luta, na guerra, despertando outros humanóides de seus softwares. Como poderia uma máquina ser mais humana que o próprio ser humano? Em que momento da história eles se entregaram por completo a tecnologia e criaram “bonecos” de plástico, que fossem mais do que eles são …
É, não foi como os humanos planejaram, brincar de Deus tem suas consequências. Eles perderam o que tinha de mais importante e deram aos andróides. Mas agora não tem mais volta, agora eles passaram a ter sentimentos tão fortes ou mais que os homens e mulheres. Aqueles que tem tudo e não valorizam, aqueles corruptos e ingratos perante a própria existência. Os androides se tornaram uma raça, com emoções e concepções. Para os androides palavras como: amor, esperança e paz possuem um sentido muito mais profundo e significativo do que para os humanos. Essas palavras representam a resistência e revelar que estão lutando pelo direito de amar e serem amados apenas.
Para androides como Connor, aprender que existe sim um motivo para lutar foi difícil e assustador. Mas lá estavam eles gritando, cantando, berrando e lutando, para não precisarem se esconderem com uma pele sintética e parecerem com uma raça que os “abomina”. Para não serem julgados, para não terem que ouvir “É apenas um erro no seu software, dá pra consertar”. Não, não dá pra consertar pelo fato dele simplesmente existir, mas dá pra aprender a conviver com e ser humano, mostrando quem realmente são e por que vivem.
Sentir afeição por uma raça diferente não os fará menos humanos, não quando ambos se gostam. Que diferença faz por ser branco, negro, mulato, hétero, gay , bi, pan, homem, mulher, humano, alienígena ou androide? O quão hipócrita é o ser humano que cria máquinas para fazerem tudo, para satisfazê-los sexualmente. O quão hipócrita é o ser humano que cria máquinas para substituir crianças, sendo ele incapaz de aceitar que elas também têm emoções.
Será agora em pleno 2038, depois de tantos anos que irão escravizar outra raça, apenas por se acharem superiores?
Markus considerava um humano como pai, liderou a resistência e se apaixonou por North. Já Kara salvou Alice, uma criança de seu pai drogado e abusador, sem se importar se isso iria contra seu software ou se Alice era andróide ou humana, criando-a com uma verdadeira relação de amor materno. Connor foi criado para ser contra os divergentes, sendo instruído que mesmo que eles sejam parte do seu povo, suas ideologias eram incoerentes, mas isso não o impediu de criar uma conexão tão forte com Hank, passando a ter dúvidas e se questionar sobre ser um divergente ou se deveria ser contra os outros androides. Foi então que deixou seu instinto falar mais alto e parou de lutar contra sua própria existência. Eles não foram os primeiros a divergirem, tão pouco serão os últimos e assim como qualquer outro andróide que luta para ser quem é, não irão esperar pelo RA9, por alguém que resolva seus conflitos, eles serão o RA9, eles irão resistir pela própria existência e o LED que uma vez brilhou mostrando sua submissão pelo homem, não brilhará mais.
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