– Dá-me uma oportunidade, por favor! – Dizia ela com uma voz que parecia que ia começar a chorar a qualquer momento.
Eu suspirei e parei de fazer a minha mala, virando-me na sua direção.
– Eu já te dei. – Eu disse com uma cara séria, esta situação já se tinha repetido demasiadas vezes para o meu gosto, eu já não aguentava mais. – Quatro vezes, ou já te esqueceste? – Perguntei cruzando os braços.
– Eu não o volto a fazer! Desta vez é a sério! Eu prometo! – Ela disse aproximando-se de mim, mas esqueceu-se de um pormenor, atrás dela estava um espelho, e eu consegui vê-la a cruzar os dedos atrás das costas, já não havia nada a fazer, estava farto daquela situação.
– Está descansada Momo, não o vais voltar a fazer. – Disse e voltei a concentrar-me em terminar a minha mala, com as coisas básicas para ficar alguns dias na casa de um amigo.
– Shouto espera! – Ela disse desesperada vendo-me terminar, por fim, a mala.
Peguei na mala e fui em direção à porta do quarto e ela agarrou-me o braço.
– E as nossas famílias? Elas não iriam querer que isto acontecesse! Nós estamos noivos! – Ela já estava com lágrimas nos cantos dos olhos ao perceber que desta vez eu não iria voltar atrás nem dar-lhe mais nenhuma oportunidade.
– As nossas famílias só planearam este casamento porque a tua família estava à beira da falência! E este noivado chegou ao fim. – Disse puxando o meu braço que ela segurava. – Irei mandar alguém vir buscar as minhas coisas depois. – Ao dizer isso saí do quarto que um dia foi nosso.
Ainda consegui ouvir a sua voz chamar o meu nome antes de sair daquela casa, à qual não tinha intenções de regressar, entrei no carro e conduzi para o único sítio onde sabia que poderia sentir-me melhor. Das outras vezes quando a Momo me pedia para a perdoar eu pedia um tempo e vinha sempre ter com ele, a pessoa que nunca me tinha mentido, e que sempre me tinha ajudado, só ele me fazia sentir melhor quando eu estava para baixo, só ele é que me compreendia e aceitava, e era só com ele que eu precisava, e queria, estar neste momento.
Ao chegar à frente da sua casa toquei à campainha, por sorte era final-de-semana e ele estaria em casa, passando uns segundos a porta foi aberta, e lá estava ele, a pessoa que eu mais queria ao meu lado, Midoriya Izuku, que ao ver-me sorriu, um sorriso que iluminava a minha vida sombria, ele só precisou olhar para mim uns segundos e percebeu a situação.
– Entra. – Disse dando-me espaço para passar, eu fui direto para o quarto dele sem dizer nada, e ele, após fechar a porta, foi ter comigo.
Ao entrarmos os dois no seu quarto ele fechou a porta, eu abracei-o e fui logo correspondido.
– Ela fez outra vez? – Ele perguntou sem desfazer o abraço e eu apenas assenti com a cabeça. – E desta vez chegas-te ao teu limite certo? – Eu voltei a assentir e ai ele desfez o abraço. – O que pretendes fazer agora? – Perguntou sentando-se na cama e eu sentei-me ao seu lado.
– Ficar aqui contigo. – Eu respondi com um sorriso, ele riu, e abriu os braços, convidando-me para mais um abraço, e eu logo deitei a minha cabeça no seu peito.
– E o noivado? – Ele perguntou começando a passar as mãos no meu cabelo, aquele ato acalmava-me, especialmente por ser ele a fazê-lo.
– Vou cancelar, ela precisava mais dele do que eu. – Respondi apertando-o um pouco mais forte.
– Apesar de dizeres que não a amas ficas sempre assim quando ela faz isto. – Ele comentou sem parar o carinho.
– Ela disse que me amava, e mesmo que eu tivesse dito que não sentia o mesmo ela ainda assim quis ir com o noivado para a frente, e pensar que ia trair a minha confiança tantas vezes. – Eu murmurei contra o seu peito. – Eu só quero alguém que me ame de verdade.
Eu não amava a Momo, mas ela ter traído a minha confiança é o que magoava, e o facto de perceber que as suas declarações de amor eram vazias também doía um pouco, não é que eu estivesse realmente triste, eu simplesmente estava frustrado e cansado, eu só queria que a pessoa que eu amo me amasse de volta e não tivesse que fingir estar feliz no noivado que não fazia sentido para mim.
Ficamos em silêncio durante algum tempo, ele não parou com o carinho na minha cabeça e eu apertava ainda mais o abraço, era tão boa a sensação de estar nos seus braços, nos braços da pessoa que eu realmente amava.
– Porque é que não me podes amar? – Perguntei num murmúrio, ao ouvir a minha pergunta o Izuku parou o carinho na minha cabeça, eu percebi a pergunta que tinha feito e desfiz o abraço, mesmo que não o quisesse fazer, separei-me um pouco dele e levantei o rosto para o encarar, o Izuku estava a olhar para mim com os olhos arregalados e estava um pouco corado.
– Shouto. – Ele chamou baixinho. – Tu é que nunca percebeste. – Ele corou ainda mais, o que o deixava muito fofo.
Mas eu é que não percebi o quê? Antes que eu pudesse fazer-lhe alguma pergunta ele beijou-me, um beijo carinhoso e tímido, eu arregalei os olhos e tão rápido como começou, ele desfez o beijo e olhou-me diretamente nos olhos.
– Eu já te amava – Ele confessou timidamente, eu nem acreditei no que estava a ouvir, parecia um sonho, o que eu mais queria estava a acontecer, eu nem lhe respondi e beijei-o de novo, um beijo cheio de desejo e amor, eu estava finalmente a beijar a pessoa que eu mais queria.
Sem desfazer o beijo deitei-o na cama, separámo-nos e ele estava ainda mais corado.
– Posso amar-te? – Perguntei para ter a certeza de que podia avançar no que estava prestes a fazer, não queria fazer algo que ele não quisesse.
– É o que eu mais quero. – Ele respondeu com um sorriso e eu voltei a beijá-lo.
Eu passeava as minhas mãos pela lateral do corpo dele enquanto o mesmo rodeava o meu pescoço, puxando-me para mais perto. Eu desfiz o beijo e dirigi os meus lábios ao seu pescoço, beijando e passando a língua, sentindo o corpo dele a arrepiar-se debaixo do meu.
Parei de beijá-lo e ergui o corpo, ficando de joelhos entre as pernas dele, ele olhou-me confuso por um momento mas assim que comecei a tirar a minha roupa ele lançou-me um sorriso malicioso, que só me fez mordeu o lábio inferior com desejo, assim que fiquei de tronco nu puxei a camisola que o mesmo vestia, podendo admirar o seu corpo, e voltei a beijá-lo com desejo.
Enquanto o beijava levei as minhas mãos às minhas calças, tirando o cinto e desapertando-as com certa pressa, assim que o fiz, e sem desfazer o beijo, retirei aquela peça que me estava a incomodar, ficando apenas de boxers.
Voltei a mover os meus lábios por toda a extensão do seu pescoço e fui descendo até ao seu peito, toquei com uma das mãos num dos seus mamilos enquanto passei a língua no outro, sentido o corpo dele contorcer-se e ouvindo um gemido baixo, que só me incentivou a continuar.
Continuei a beijar o seu peito à medida que descia até chegar às suas calças, ele olhou para mim, como se pedisse que eu tirasse aquela peça, e eu logo o fiz, retirando-o as suas calças juntamente com os boxers e atirei-os para um canto qualquer do quarto, e logo a seguir peguei no seu pênis semi ereto.
Comecei a fazer movimentos lentos enquanto ele começava a gemer, ouviu-o pedir por mais e não resisti, levei a minha boca até à sua glande e passei a língua em movimentos circulares, ele gemeu o meu nome, e eu, como queria ouvir mais daquela voz tão melodiosa para mim, meti o máximo na boca e continuei a mover a minha língua.
Tirei o seu pênis da minha boca e comecei a beijá-lo, desde da glande até aos testículos, passando a língua algumas vezes, enquanto com a outra mão o estimulava com movimentos que iam aumentando.
– Shouto. – Ouviu-o gemer o meu nome novamente enquanto ele levou a sua mão à minha cabeça, fazendo-me encará-lo.
Enquanto nos encarávamos continuei a passar a minha língua pelo seu pénis e ele soltou outro gemido descontrolado.
– Se quiseres voltar a demorar anos para avançar eu não vou aguentar. – Comentou soltando a minha cabeça e inclinando a sua cabeça para trás quando voltei a meter o seu pênis todo na boca.
Não consegui conter o riso quando ele disse aquelas palavras, era verdade que tinha demorado para lhe dizer algo, ele provavelmente guardou o que sentia pois eu estava noivo, mas agora, eu não tinha nada que me impedisse de ter quem eu amo por completo.
Tirei o seu pênis da minha boca e voltei a fazer uma trilha de beijos até à sua boca, dando-lhe um beijo cheio de amor e desejo, eu também não queria esperar mais.
– Izuku onde está? – Perguntei começando a beijar-lhe o pescoço novamente, ele logo entendeu o que eu queria e entre suspiros conseguiu responder-me.
Afastei-me um pouco do corpo dele, o suficiente para chegar ao local que ele me tinha indicado, uma gaveta na mesinha de cabeceira, quando a abri, vi logo o que procurava, preservativos e lubrificante.
Não contive o sorriso malicioso por ver que ele tinha aquele tipo de coisas num lugar tão acessível, e ele ao ver o meu sorriso corou e desviou os olhos, como eu amava quando ele ficava tímido assim.
Despejei um pouco do lubrificante nos meus dedos, e aproximei-os da entrada do Izuku, penetrando o primeiro dedo, comecei a fazer movimentos lentos de vai e vem algumas vezes até que ouvi o Izuku chamar o meu nome adentrei o segundo dedo, continuando os movimentos, desta vez um pouco mais rápidos e profundos, enquanto o penetrava comecei a distribuir diversos beijos pela sua boca e pescoço, enquanto a outra mão começou a masturbar o pênis dele na mesma velocidade com que o adentrava.
Penetrei o terceiro dedo e ele gemeu mais alto, senti as suas mãos passearem pelo meu corpo, parando nas minhas costas apertando-as com alguma força, ele chamou o meu nome novamente e eu afastei-me um pouco.
Coloquei o preservativo no meu pênis já bastante ereto e espalhei lubrificante suficiente para causar o mínimo de dor ou desconforto, não queria magoar a pessoa mais importante para mim, precisava fazer as coisas com toda a calma que conseguia ter no momento.
Aproximei o meu pênis da sua entrada e comecei a penetrá-lo lentamente, senti-o arranhar-me as costas e perguntei se ele queria parar, ele negou com a cabeça dizendo que estava bem, eu dei-lhe um beijo carinhoso e por fim entrei completamente dentro dele, soltando um gemido.
Comecei a mover-me lentamente, tirando o pênis quase que por completo para depois preencher o Izuku novamente, ele começou a pedir por mais e eu fui aumentado o ritmo dos meus movimentos, ele rodeou o meu pescoço chamando-me silenciosamente para um beijo, que eu logo lhe dei.
Ele começou a mexer o seu próprio corpo de encontro ao meu e eu levei as minhas mãos a sua cintura para acelerar os movimentos, cada vez que o preenchia ouvia-o gemer, e isso só me incentivava a ir mais rápido.
Levei uma das minhas mãos até ao pênis de Izuku começando a masturbá-lo, rapidamente senti o interior do Izuku apertar-me e o seu líquido branco sujar a minha mão e o seu abdómen, eu parei de o masturbar e voltei a concentrar as minhas mãos na sua cintura, sentindo que o meu orgasmo estava cada vez mais próximo.
Senti o meu corpo vibrar quando finalmente cheguei ao meu ápice de prazer, e após alguns movimentos retirei-me do interior de Izuku. Tirei o preservativo e dei um nó, deixando-o no chão, para mais tarde o deitar fora.
Quando olhei para o Izuku, vi uma das melhores visões que tive o prazer de presenciar, o Izuku ofegante e suado, ligeiramente corado e com um sorriso no rosto, e que quando viu que estava a olhar para ele abriu os braços na minha direção, eu sorri e abracei-o, sendo logo correspondido.
Ficámos assim algum tempo e a sua voz quebrou o silêncio.
– Eu amo-te Shouto… amo-te tanto. – Comentou e eu encarei-o, ele estava a sorrir e eu sorri de volta.
– Eu sei, aturaste-me demasiado tempo para não me amares. – Respondi rindo um pouco e ele começou a rir também. – Amo-te Izuku, desculpa não ter dito mais cedo, mas eu estava noivo porque a minha família queria e tu dizias sempre que não estavas interessado em romance então eu pensei que só pudesse ficar ao teu lado como amigo. – Expliquei encarando-o e dando-lhe um beijo na bochecha.
– Eu não poderia interessar-me em romance se não fosse contigo, mas tu sempre foste muito lento para perceber esse tipo de coisas, então não faz mal. – Respondeu sorrindo e dando-me um beijo rápido.
Começamos a trocar beijos e carícias enquanto sorríamos um para o outro, estar com quem amamos é realmente uma sensação incrível.
De repente ouvimos um som, logo o reconhecemos, era o meu telemóvel, levantei-me preguiçosamente e peguei-o sentando-me na cama, era a Momo, eu não queria falar com ela, ela só estava comigo para a família dela voltar a ter dinheiro, suspirei, não queria atender, mas teria de falar com ela eventualmente, o noivado precisava de ser oficialmente terminado.
Antes que eu pudesse atender o Izuku tirou-me o telemóvel da mão e atendeu.
– Estou? – Perguntou com uma voz que parecia um pouco irritada.
Percebi que a Momo lhe tinha respondido, mas não consegui ouvir o que dizia.
– O Shouto? Ah não ele não pode falar. – Respondeu agora com um leve sorriso. – Ele agora não é nada teu querida, tu devias ter aproveitado enquanto pudeste, agora? Agora ele é meu. – E ao dizer isso ele desligou e entregou-me o aparelho.
Eu olhei para ele sem acreditar no que tinha acontecido e ele riu.
– O que foi? Ela tem que perceber que te perdeu, agora vem tarde. – Disse e deitou-se, tapando-se.
Eu pousei o telemóvel na mesinha de cabeceira e deitei-me ao lado do Izuku, que logo me abraçou, eu dei-lhe um beijo na testa e sorri.
– Agora sou teu. – Murmurei e ele sorriu.
– Estava a ver que nunca mais. – Ele respondeu e roubou-me um beijo.
Agora sabia que estava com a pessoa certa, a pessoa que eu amava, e que me amava de volta, agora sim, estava feliz.
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