agmars A. G. Mars

Keith gostava de cantar, mas, nos últimos dias, estava se tornando um hábito ser pego murmurando canções de amor.


Фанфикшн Мультфильмы 21+.

#voltron #sheith #Keith-Shiro #Palladinos
Короткий рассказ
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Uma velha canção de amor

Notas: Voltron não é meu.

Sheith é canon aqui.

História se passa na volta para a Terra, apesar de não ser o enfoque, pós-S6, então meio que tem uns spoilers leves.

Tem sexo explicito manxman.

AAAEEEEH QUE FIZ UMA SHEITH I DON'T KNOW WHY!

Enfim, foi uma ideia bem wtf que veio enquanto "enchia" minha pasta do pinterest com imagens Sheith e, sei lá, escrevi.

Homenagem especial pra minha amiga Mariana que me ajudou a concluir a fic e MEGA me apoiou a postar - BRIGADA VIAAADA! Sério gente, agradeçam a ela por ter saído algo aqui! hsuahuahuasha

Tem sequiçu pessoal, então se atentem se gostam de ler ou não, ok?

Aproveitem!

Playlist das músicas que meu bebê Keith canta: https://www.youtube.com/watch?v=EmabvrwlgaI&list=PLyd6lgaZ1W7ggHLymN7qX_QLRILYDwZ9C

PS: falando só por descargo de consciência, como o Keith 'tá cantando de cabeça, tem trechos fora de ordem, ou ele se empolga quando não deveria, enfim.

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Uma velha canção de amor

Turn arooooouuund briiiiight eyeeeeees... every now and then I fall apaaaaart… — murmurou baixo. Os olhos focados na paisagem com a qual já deveria ter se acostumado, mas que nunca perdia sua beleza. — And I need you nooow tonight... and I need you moooore than ever… and if you only hooooold me tight… we'll be holding on forever… — Batucava na própria perna ao ritmo da música. — And we'll only be making it riiiiiight 'cuz we'll never be wrooong… — Empolgou-se.

Together we can take it to the end of the line! — Lance gritou do outro lado, quase estourando os sensores de som do leão negro.

— Lance! — Não acreditava que ele estava ouvindo esse tempo todo.

— Desculpa, cara... — Hunk foi quem comentou, rindo. — Mas o microfone do leão negro ‘tá ligado.

— Vai... todo mundo... your love is like a shadow on me all of the tiiiiiiiiiiiiimeeeeeee!!! — Lance continuou cantando, fazendo todos os outros paladinos rirem. E, rindo, Keith desligou o áudio do leão.

Vire-se olhos brilhantes

De vez em quando eu caio em pedaços

E eu preciso de você agora nesta noite

E eu preciso de você mais do que nunca

E se você apenas me segurar com força

Nós estaremos segurando para sempre

E nós estaremos só fazendo o certo

Porque nunca estamos errados

Juntos nós podemos levar isso até o fim da linha

Seu amor é como uma sombra em mim todo o tempo

(Bonnie Tyler – Total Eclipse of the Heart)




In my liiiife there's been heartache and paaiin… — murmurou enquanto se servia daquela gororoba espacial no dormitório em que pararam. Todos deveriam já estar dormindo, mas era cercado por uma insônia constante enquanto Shiro não melhorava. — I don't knooow if I can faaaaace it again... — Serviu-se de um pouco de cada coisa que encontrou na geladeira, sem se importar muito com o gosto que teria. Tudo parecia verde e gosmento de qualquer forma e já comera coisas piores. — Can't stop nooow... I've travelled so faaar to change this lonely liiiiiiiiiiiiife... — Quando se virou para sentar-se à mesa e comer, encontrou Lance parado na entrada da cozinha. Sorriu sem graça.

I wanna know what love’iiiiis… — Lance murmurou sorrindo sacana.

— Vá dormir, Lance. — Sentou-se.

I want you to shoow meeeee… — cantou exagerado, forçando uma interpretação ao se inclinar para frente fazendo a mão de microfone. Com o olhar sério de Keith, acabou rindo divertido. — Só vim pegar um copo de água, The Voice... — Rindo, caminhou até a pia. Keith o ignorou.

Na minha vida há sofrimento e dor

Eu não sei se eu consigo encarar isso novamente

Não posso parar agora

Eu viajei tão longe

Para mudar essa solitária vida

Eu quero saber o que o amor é

Eu quero que você me mostre

(Foreigner – I Want to Know What Love is)




So take a look at me nooooooow… — cantarolou baixo enquanto limpava o interior do leão negro. Precisava deixá-lo confortável para Shiro viajar. — Well there's just an empty spaaace... and there's nothing leeeeeft here to remiiiind me just the meeemory of your faaaace… — Fechou os olhos, apertando em mãos o pano úmido com que limpava o chão. — Now… take a look at me noooooow 'cuz thaaaaaat's just an empty spaaace… — cantou mais alto do que costumava, porém não se importou. — But to waaaiit for you is all I can do and that's what I've got to face… — Suspirou como se realmente sofresse, ainda que, de alguma forma, a música realmente o afetasse. — Take a good look at me nooooooow...

— Err... Keith?

Virou-se abruptamente para Pidge entrando no leão negro.

— Allura está chamando a gente pra... err... conversar... — Sorriu, tentando conter o riso que, quando soltou, veio em gargalhada.

Keith apenas suspirou, soltando o pano úmido no chão para sair do leão junto a mais nova.

Então dê uma olhada em mim agora

Bem, há apenas um espaço vazio

E não restou nada para me recordar apenas da memória de seu rosto

Agora, dê uma olhada em mim agora

Porquê é apenas um espaço vazio

Mas esperar por você é tudo o que eu posso fazer

E isso é o que eu tenho que encarar

Dê uma boa olhada em mim agora

(Phil Colins – Take a Look at me Now)




And iiiiii… — murmurou, tentando ter folego par puxar a palavra. — Will always looooooove yooooou... I will always love yoooooooouuuuu...

— ‘Tá apaixonado, é? — Allura riu baixo ao se aproximar de um Keith distraído comprando frutas para levarem.

— O quê? — Virou-se para a alteana e sorriu sem graça. — Não. É que... bem... essa música não sai da minha cabeça... — Suspirou.

— Parece alguma música de amor. É da Terra?

— É... — Voltou-se para as frutas.

— Sobre o que ela fala?

— É sobre uma mulher que está se despedindo do cara que ela ama, eu acho... — Deu de ombros. — Ela diz que sempre vai amar ele... mesmo indo embora... porque se ela ficar... vai só atrapalhar ele... — Encarou as frutas nas mãos. — Mas isso não impede os sentimentos dela, entende? — Encarou Allura.

— Que... triste... — Suspirou.

— Ás vezes o amor precisa se despedir. — Respirou fundo, encarando os outros paladinos se divertindo na venda. Shiro ainda não podia se juntar a eles.

— É... — Allura encarou o chão. — Acho que sim...

— Você está bem? — Gentilmente tocou-a no ombro.

— Estou... — Sorriu doce, erguendo o olhar. — Melhor a gente se apressar. Falamos pro Shiro que só levaria um tic! — Riu baixo.

Keith concordou com a cabeça enquanto sorria.

E eu sempre irei te amar

Eu sempre irei te amar

(Whitney Houston – I will Always Love You)




And even as I waander… I'm keeping you in sight… — murmurava enquanto pilotava. Poderia ter deixado o leão negro no piloto automático, mas estava sem sono. Além do mais, sentia-se mais confortável quando podia cuidar dos outros leões, já que todos os paladinos deveriam estar descansando. — You're a candle in the window’oooon a cold, dark winter's night... and I'm getting closer than iiiii ever thought I miiiiiiiiiight... — Batucou os dedos na própria perna. — And I can't fight this feeling anymoooooore... — Deixou-se levar pela música e pelo silêncio. — I've forgotten what I started fighting foooooooor... It's time to bring this ship into the shooore and throw away the ooooars, foreeeever…

Antes que entrasse no segundo refrão, sentiu um toque gentil no ombro. Quase saltou na cadeira, virando-se em defesa para Krolia que sorria gentil. Suspirou aliviado.

— Desculpa te assustar...

— Tudo bem... te acordei? — Voltou-se para frente.

— Não..., na verdade..., eu gostei de te ouvir cantar. Sabe... — Encarou as estrelas a frente. — Seu pai também gostava de ficar murmurando pra você dormir. Ás vezes ele inventava as músicas... às vezes era alguma que ele gostava... — Suspirou nostálgica, e Keith se manteve em silêncio. — Tinha uma que ele gostava muito... — Fechou os olhos, tentando resgatar as memórias. — Ele sempre cantava pra você dormir... ou pra mim... — Sorriu, tendo em mente a imagem do marido aninhando o filho no peito ao cantarolar. — Era algo... — cantarolou baixinho, tentando encontrar o ritmo certo.

Don't teeell me it's not worth tryin' fooooor… — Keith murmurou, interrompendo o cantarolar da mãe. — You can't teeeell me it's not worth dyin' fooooor… — Sentiu-a apertar com mais força seu ombro. Fechou os olhos. — You know it's truuuue… everything I doooo… I do it for yooouuu…

— Bem essa… — Krolia ofegou, tentando conter as lágrimas.

There's nooo looove… like yoour loooove… and no ooother… could give mooore loooove… — Keith ainda cantarolou o resto que lembrava da música.

— Você... — Krolia sorriu. — Seu pai teria muito orgulho de você, sabia... vocês são... parecidos... — Riu afetada.

— Vá descansar... — Abriu os olhos, enxergando-se no reflexo do vidro a frente. — Amanhã será um longo dia...

— Você também deveria, Keith... — Soltou-o, antes de se afastar.

E mesmo quando eu vagueio

Estou te mantendo a vista

Você é uma vela na janela numa fria e escura noite de inverno

E eu estou me aproximando mais do que eu pensei que poderia

E eu não posso mais lutar contra esse sentimento

Eu esqueci pelo o que comecei a lutar

Está na hora de trazer esse navio para o porto

E jogar fora os remos para sempre

(REO – I can’t Fight this Feeling Anymore)


Não me diga que não vale a pena tentar por isso

Você não pode me dizer que não vale a pena morrer por isso

Você sabe que é verdade

Tudo o que eu faço

Eu faço por você

Não há amor igual ao seu amor

E nenhum outro poderia dar mais amor

(Bryan Adams – I Do It for You)




Eeevery night in my dreams… I seeee you, I feeeeeeeel yooou… that is how I know youuuu go’oooon… — murmurava baixo no banho. Os olhos fechados enquanto ensaboava os cabelos. Eram raros os momentos em que paravam num planeta com saneamento de água e sistema de esgoto, tendo banheiro. — Far across the distaaance... and spaceeees betweeeeeeeen us... you have come to show yooooou go’ooooon... — Respirou fundo. A água quente acalmava o corpo, quase trazendo o sono do qual, há muito tempo, se desprendera. Talvez fosse a calmaria em saber que Shiro finalmente estava bem. Ou o mais bem possível que poderia estar depois de tudo. — Neeear, faaaar, whereeeever you aaare... I belieeeve that the heart does go’oooooon... — O corpo se arrepiou com a música. Era impossível não se lembrar de quando pilotou o leão negro pela primeira vez. A certeza de que jamais veria Shiro novamente lutando contra a esperança de ele continuar. E ele continuou. Ele sempre continuava.

Nós salvamos um ao outro.

Oooonce moooore you oooooopen the doooor… and you're heeere in my heart and my heart will go’ooooon and oooooon… — Elevou a voz, tomado pelas lembranças e pela música.

— Oh Keith! — Hunk bateu na porta com certa brutalidade. — Aqui não é The X-Factor, não! Para de cantar e apure no banho! Eu to todo melecado de... dessa coisa que a gente comeu... argh!

— ‘To saindo! — gritou em resposta, finalmente desligando o chuveiro. O corpo, no entanto, continuou arrepiado.

Toda noite em meus sonhos eu vejo você, eu sinto você

É assim que eu sei que você continua

Longe da distância e espaços entre nós

Você tem vindo mostrar que você continua

Perto, longe, aonde quer que você esteja

Eu acredito que o coração continua

Mais uma vez você abre a porta

E você está aqui em meu coração

E meu coração irá continuar e continuar

(Celine Dion – My Heart Will Go on)




And you come to me on a suuummer breeze… keep me warm in your love, then you softly leave and it's me you need to shooow… — Keith ouviu as vozes cômicas do lado de fora e saiu do leão negro, curioso. — How deep is your loooove? — Arqueou as sobrancelhas ao encontrar Pidge cantando com Hunk.

How deep is your love? How deep is your love? — Hunk cantou. Lance, sentado em frente à fogueira, ria junto com Allura.

I really meeean to leaaarn... 'cause we're living in a world of fools… — Pidge continuou cantando.

E eu não sei o resto daaa letra…, mas vou continuar cantaaaaando todo apaixonaaado… — Hunk completou e Lance só faltava chorar de tanto rir. Até mesmo Shiro que, até então, apenas sorria indignado, riu baixo. Era bom vê-lo sorrir novamente.

Eu sou o Keith e quero sabeeee... how deep is your love? — Pidge terminou, virando-se para Shiro, antes de explodir em risadas.

— Hey! — Keith se aproximou, forçando uma expressão séria apesar de querer rir. Havia leveza naquela volta para casa. Porém, principalmente, em Shiro sentado em frente à fogueira, sorrindo verdadeiramente feliz.

— Keith! — Lance quase gritou. — Eles estavam... estavam... — Mal conseguia falar por rir demais. — ‘Tava igualzinho você!

— Há. Há. — Keith rolou os olhos, antes de se jogar sentado perto de Shiro.

— Não está bravo... — Shiro o encarou. Keith sorriu.

— Eles não cantam tão bem quanto eu...

Shiro acabou rindo baixo. Keith sorriu ainda mais, apesar das provocações aumentarem sobre sua cantoria. Não se importava. Estava feliz.

E você veio para mim em uma brisa de verão

Me mantem quente em seu amor

Então, você suavemente vai embora

E é para mim que você deve mostrar

O quão profundo é seu amor

O quão profundo é seu amor?

O quão profundo é seu amor?

Eu realmente desejo aprender

Porque vivemos num mundo de bobos

(Bee Gees – How Deep is Your Love)




If you're lost you can look and you will find meee… — Keith ainda não acreditava que aceitou aquela loucura de cantar no palco do karaokê. Estavam num planeta peculiar o suficiente para refletir muito da cultura anos 80, porém com aliens de quatro olhos e sem calças. — Time after time...

— Vai Keith! — Lance gritou provocador, fazendo Keith rolar os olhos no palco.

— Uhul! Keith! — Shiro também gritou, sorrindo para as feições envergonhadas do outro.

If you fall I will catch you, I'll be waitiiing… time after time… — Rolou os olhos, impaciente. Apesar de ser um karaokê, precisava se lembrar sozinho da música, já que o planeta não tinha a discografia terrestre da Cyndi Lauper. E era ainda mais constrangedor com tantos aliens confusos o encarando.

— Canta pra nós! — Pidge pediu animada. — Vai!

Keith até pensou em apenas ignorá-los, mas ter toda aquela atenção de um Shiro sorridente, o animou. Ele não merecia? Depois de tudo o que passaram... aquela paz... aquela infantilidade... era um prêmio que não podia negar a ambos. Então tomou fôlego, virando-se para seu público especifico.

Aafter my picture fades and daaarkness has turned to gray… — cantou sem realmente focar algum dos amigos. — Waaatching through wiiiindows you're wondering… — Virou-se para Allura. — If I'm OOK… — Então, encarou Pidge que gritava empolgada. — Seecreeets stoleeen from deep insiiide... — Os olhos correram até Hunk. — The drum beats out of time... — E, sem que quisesse, Shiro se tornou seu foco. — If you're lost you can look and you will find meeee… time after time… — Seus olhos se encontraram e teve quase certeza de que não conseguiria concluir a letra. Não precisou.

If you fall I will catch you, I'll be waitiiing… time after time… — Shiro cantarolou sorrindo, sem desviar o olhar. O coração de Keith se aqueceu.

Se você está perdido você pode procurar

E irá me encontrar

Vez após vez

Se você cair eu vou te pegar

Eu vou estar esperando

Vez após vez

Depois que minha imagem desbotar

E a escuridão se tornar cinza

Assistindo através de janelas você está se perguntando

Se eu estou bem

Segredos roubados lá do fundo

O tambor bate fora do compasso

Se você está perdido você pode procurar

E irá me encontrar

Vez após vez

Se você cair eu vou te pegar

Eu vou estar esperando

Vez após vez

(Cyndi Lauper – Time After Time)




And I knooow the niiight is fadiiing… — murmurou enquanto caminhava sozinho de volta para o leão negro com as próprias coisas. — And I know the time's gonna fyyly... And I'm never gonna tell you everything I've gotta tell you, but I know I've gotta give it a tryyyy… — Estava guardando o pouco que ainda tinha para voltar à viagem. Finalmente, perto da Terra. — And I know the roads to richeeees… and I know the waaays to fame…I know all the rules and then I know how to break 'em and I always know the name of the gaaame… but I don't know how to leave you and I'll never let you fall… and I don't know how you do it…

— Meu Deus, Keith! — A voz de Lance o assustou. O garoto estava perto do leão negro, já que o leão vermelho não estava muito distante. — Você precisa parar de ficar cantando. Sério.

— Por quê? — Continuou seu caminho até seu leão.

— Allura veio perguntar se você estava apaixonado. Como é que eu vou saber?

Keith acabou rindo, negando com a cabeça. Soltou os próprios objetos perto da boca do grande animal e, então, virou-se para o amigo.

— Se eu estou apaixonado por quem?

— Ela acha que é ou por mim... — Não escondeu a expressão de indignado, causando riso em Keith. — Ou pelo Shiro, o que continua esquisito! Melhor você falar pra ela que você só é doido! É sério! Vai acabar com minhas chances, cara!

— Vou avisar sim... — Riu junto, engolindo o nervosismo pela menção do nome de Shiro. — E que chances? — Sorriu maldoso, querendo se distrair dos pensamentos sobre o outro paladino negro.

— Ah, qual é! — Lance choramingou. — ‘Cê sabe que... — Bufou. — Esquece!

— Que você gosta da Allura? — Sorriu com a expressão indignada de Lance. — Relaxa cara, prometo não estragar suas chances com ela...

— Valeu... — Sorriu animado. — E aí? Então é o Shiro o amado? — provocou.

— Vai se foder, Lance! — Pegou os objetos novamente, caminhando para dentro do leão. — Ou vou falar pra Allura que é pra você minhas músicas! — brincou, rindo.

— Vai se foder, Keith!

E eu sei que a noite está desbotando

E eu sei que o tempo vai voar

E eu nunca vou dizer a você tudo que tenho que te dizer

Mas eu sei que eu tenho que tentar

E eu conheço as estradas para riquezas

E eu conheço os caminhos da fama

Eu conheço todas as regras

Então eu sei como quebrá-las

E eu sempre sei o nome do jogo

Mas eu não sei como te deixar

E eu nunca vou te deixar cair

E eu não sei como você consegue...

(Air Supply – Making Love out of Nothing at All)




You were myyyy strength when I was weeeak… — cantarolava no silêncio do leão negro. Estavam cada vez mais perto da Terra e a ansiedade o roubou o sono novamente. Com o microfone do leão desligado, deixou-se distrair com a própria voz. — You were myyyy voice when I couldn't speak... — Por sorte, sequer sua mãe estava no leão desta vez. Era apenas sua própria existência e um Shiro cansado demais para acordar com murmúrios. Ele raramente acordava à noite, então sentia-se seguro para ficar apenas pensando. — You were myyyy eyes when I couldn't see... you saaaw the best there was in me... — Batucou os dedos na perna. — Lifted me uuup when I couldn't reach… you gave me faaaaith 'cause you belieeeved…

I'm everything I am...

— Céus! — Saltou na cadeira, assustado. — Shiro! — Virou-se para o paladino sentado não muito atrás, encostado à parede.

Because yooou loved meee... — Tentou puxar a voz, mas rapidamente desafinou. Riu enquanto Keith sorria. — Não canto bem como você.

— Desculpe te acordar. — Rapidamente se voltou para o leão, ligando o piloto automático antes de tirar o cinto.

— Não acordou. Eu não dormi.

— Ah... — Levantou-se, aproximando-se dele. — Ansioso? — Sentou-se ao seu lado.

— Mais ou menos... — Deu de ombros. — Sabe... — Ficou sério repentinamente. — Já estava começando a me sentir mal... sendo excluído do seu show... eu só ouvi você cantar agora! — Virou-se para um Keith indignado. — Todos sempre falando de você e de sua bela voz e eu apenas sonhando com ela!

— Então você sonha com minha voz? — Keith provocou, adorando ver o olhar de presunção sumir do rosto de Shiro.

— Você entendeu... — Acabou rindo baixo, encarando o chão por breves segundos. — Por que sempre escondeu esse talento de mim? — Encarou-o.

— Não escondi. — Deu de ombros. — Cantei com você no karaokê, lembra? — Sorriu.

— Não valeu! Todo mundo disse que te ouviu cantando sozinho.

Keith acabou rindo, perplexo com a ousadia dos amigos. Conseguia muito bem imaginá-los fofocando sobre suas cantorias. Principalmente, lembrava-se bem das palavras de Lance. Com certeza os paladinos estavam fazendo muito mais do que salvar a galáxia, unindo-se para tentar descobrir quem causava as músicas de amor do atual paladino negro. Queria ficar irritado, mas a verdade era que sequer conseguia. Não com Shiro tão perto ao ponto de sentir o calor de seu corpo, fazendo-o lembrar-se da conversa que tiveram no dia em que ele acordou. O corpo se aqueceu e Shiro pareceu sentir seu corpo, pois entrelaçou os dedos das mãos.

— Sabe que eles estão desconfiando, né? — Shiro sorriu doce.

— Eu não dou a mínima! — Deitou a cabeça no ombro do paladino.

— Mas ainda acho injusto você cantar pra todo mundo e pra mim não...

Keith riu novamente, mais baixo.

But I see your truuuue cooolors shiiiining through… — murmurou baixo, cedendo aos pedidos do amado. — I see your truuuue coooolors and that's whyyy I loooove yoooou… so don't beee afraid to let them show your true colors… truue coooolors are beauuutiful like a raiiiiiiiinbow…

Não pode continuar a canção, pois Shiro o segurou pelo queixo, erguendo-o para um beijo doce e calmo. Ainda se lembrava da primeira vez que sentiu o gosto daquela boca na própria. Foi um toque mais desesperado, mais intenso, no qual ambos perderam o controle pela necessidade de se sentir, logo após Shiro confessar que se lembrava do eu te amo. Depois de tudo o que passaram, não ousou desmentir a verdade que vinha mantendo há um bom tempo dentro do peito. Com uma coragem que o tempo o ensinou a ter, confessou-se por inteiro. Falou do amor que o libertava, que o tornava forte o suficiente para continuar lutando, mas, principalmente, no qual se segurava quando as esperanças pareciam pequenas. E era por amor que aceitou o leão negro e aquela ligação, por amor que não desistiu de procurá-lo e teria revirado toda a galáxia atrás daquele sorriso. Assim como teria lutado com todo o Universo se fosse para Shiro ficar bem. Tudo valia a pena em nome daquele sentimento porque, depois do que já perdera, era esse amor quem o trouxe de volta à vida de tantas maneiras que jamais poderia explicar. Com esse amor se permitiu ter uma família, se permitiu ser líder, colocar a necessidade dos outros na balança, a ter coragem o suficiente para enfrentar o próprio passado e, depois de tudo o que viu, seguir em frente com orgulho de quem se tornou. Aquele amor tornou-se parte de quem era e iria entender se Shiro não o correspondesse. No entanto, contra todas as probabilidades, Shiro o beijou pela primeira vez e, ainda que fosse diferente, o arrepio descendo pela espinha era o mesmo.

Quando se afastaram, ainda sentia o gosto da reciprocidade na boca. Sorriu, de olhos fechados, ofegando contra os lábios rachados do mais velho. Desde o dia em que o provou pela primeira vez, aquele amor se fundiu a felicidade plena e, quando deu por si, estava cantando músicas de amor em todos os lugares. Era uma maneira boba de sempre se lembrar de Shiro, ainda que fosse impossível esquecê-lo.

Antes que pudesse se perder em novos pensamentos, voltou a sentir o toque intenso dele nos lábios, tornando o beijo, outrora doce, no fogo que os consumia há tempo demais para ser abafado. Deixou-se levar, entrando com as mãos sob a roupa daquele homem forte. Nos dedos calejados, sentiu, novamente, cada cicatriz, apertando os lugares que sabia causar suspiros em Shiro. Entre o beijo, sorriu, antes de ser puxado para o colo do amado. O beijo cessou para que ele retirasse a própria camisa, dando acesso aos lábios de Keith, agora, para os mamilos já rijos de arrepio. Sugou-os delicadamente, deixando, em seguida, que a língua trabalhasse, lambendo-os em movimentos circular, sempre alternando entre um e outro. Shiro fechou os olhos, ofegando, enquanto suas mãos apertavam o quadril de Keith. Era uma região sensível para ser tocada com tanto desejo.

— No leão negro mesmo? — Shiro ousou perguntar, ofegando pelo chupão que recebeu em resposta.

— O que acha? — Keith se afastou, sem sair do colo, apenas para retirar a própria camisa.

Logo Shiro o tomou num beijo ávido, deixando suas mãos grandes sentirem a pele já marcada de Keith. Subiu-as do quadril pelas costas, apertando o que conseguia para senti-lo estremecer. Quando chegou nos ombros, desceu-as pelo peitoral, apertando-o também, antes de arranhar de leve o abdômen exposto até pousar as mãos nas coxas, apertando-as com mais força. Gostava de apertar a pele mais delicada que a própria, causando aqueles suspiros contidos entre o toque das línguas. O beijo cessou para Keith poder ofegar, tendo as mãos puxando de leve os fios agora brancos de Shiro.

— Acha que temos tempo? — Keith perguntou com a respiração descompensada.

— Não muito... — Shiro o deitou no que deveria ser um colchão improvisado de cobertores no chão. Ajeitou-se de joelhos, entre as pernas de Keith, inclinando-se para marcar a pele branca da clavícula com beijos e chupões. — Logo amanhece... — Desceu os lábios para o mamilo rijo de um Keith que apertava com força suas costas, ainda ofegando entre os gemidos. — Deveríamos dormir um pouco... — Sugou com força o mamilo esquerdo de Keith, fazendo-o gemer alto ao se contrair por inteiro. Tendo a pele delicada, também era extremamente sensível aos seus toques certos. Já decorara os lugares que o deixavam entregue.

— Shiro... — Ofegou, afastando-o sem dificuldades. Encararam-se. — Vai logo...

Shiro sorriu. Keith não era de pedir e, em contrapartida, jamais o desobedecia. Afastou-se para tirar a própria calça. Keith fez o mesmo, desfazendo-se também dos sapatos e meias. Voltou a deitar apenas para ter Shiro sobre si mais uma vez, beijando-o intensamente enquanto se ajeitava em cima do quadril do mais novo, não deixando peso sobre o corpo dele.

— Shiro... — gemeu ao parar o beijo, apertando o quadril alheio. — Tem certeza?

— Não gosto de fazer rápido com você...

Apoiou uma mão no chão ao lado do rosto do Keith e a outra segurou o membro já rijo dele, começando uma leve masturbação. Seus movimentos faziam a glande roçar na entrada de leve, causando-o um arrepio que subia pela espinha. Gostava do sentimento de expectativa que o toque superficial causava. Sorriu quando Keith fechou os olhos, ganhando um avermelhado no rosto quente.

— Se doer... a gente para... — Keith ofegou.

— Eu não sou virgem, Keith.

Rindo baixo, antes de deixar a glande dele acariciar de verdade a própria entrada. Fechou os olhos, deixando-se sentir ela levemente úmida contra sua pele seca. Era tão bom senti-lo daquela maneira que logo já estava com a entrada pulsando, desejando algo fundo dentro. Ofegou antes de gemer arrastado.

— Shiro... — Keith gemeu, apertando ainda mais a pele dele.

— Humm... — gemeu, continuando os movimentos. No entanto, desejando mais, deixou o membro dele parado para rebolar de leve. Gemeu mais longo, abrindo os olhos para garantir que Keith também sentia prazer. — Olha pra mim... Keith... — ofegou o nome dele.

Keith abriu os olhos lentamente. Se já não bastasse a imagem de um Shiro lindo sobre si, inclinado, sorrindo gentil e com os olhos brilhando em luxúria, sentiu a glande forçar a entrada dele. Gemeu arrastado, contendo-se para não o forçar para baixo. Sabia que, apesar de Shiro ter força de ir contra, era capaz de ele descer rápido demais apenas para que gemesse alto como ele gostava de ouvir.

Encarando-o, Shiro desceu lentamente. Ofegava pesado, contendo-se para não fechar os olhos e perder as expressões de deleite do rosto do amado. Adorava ver como ele era tomado por algum êxtase que o roubava o ar e a sanidade, principalmente quando aquela beleza vinha acompanhada dos gemidos arrastados e pesados que ele soltava.

Quando finalmente o teve dentro por completo, gemeu sem ar. Mordeu o próprio lábio inferior, sentindo a ardência de ser preenchido no seco. Apesar de não fazer muito tempo desde a última vez, doía quando não havia preparação. No entanto, no fundo, gostava daquela sensação, sentindo os músculos da perna fraquejar por ter Keith tão fundo. E como era bom sentir o calor do corpo dele espalhando-se pelo próprio... e estar completamente preenchido, com todas as paredes interiores sendo tocadas... e o líquido de pré-gozo escorrendo aos poucos pois ele dividia o prazer daquelas sensações. Fechou os olhos.

— Está doendo? — Keith usou uma das mãos para acariciar o rosto de Shiro delicadamente. — Shiro... — gemeu.

— Não... — ofegou. — Não muito...

— Quer... — Interrompeu-se para gemer quando Shiro se remexeu, fazendo seu membro mover-se dentro. — Porra... Shiro! — Apertou com mais força ainda o quadril dele, gemendo.

Shiro sorriu. Adorava ouvi-lo falar palavrões na cama.

Apoiou ambas as mãos no chão, pois, apesar de ter pernas fortes, as sensações eram intensas o suficiente para bambeá-las. Ainda de olhos fechados, começou os movimentos, rebolando para se deixar encontrar prazer além da dor. E não demorou muito para ambos se misturarem em seu interior e acabar gemendo descompensado junto a Keith que apertava seu quadril com ambas as mãos novamente.

— Vai... Shiro...

Como Keith não pedia, Shiro obedeceu, começando a descer e subir devagar. Gemeu alto quando começou a acelerar os movimentos. Até tentou abrir os olhos, mas era impossível com o corpo todo se contorcendo toda vez que se sentava sobre Keith novamente. Sentia cada estocada mais funda, preenchendo-o de maneiras que sequer conseguiria descrever tamanho prazer.

— Kei... — gemeu jogando a cabeça para trás.

— Porra! — Keith deslizou as mãos para as nádegas duros do mais velho, apertando-as com força. Em resposta, Shiro se contraiu, fazendo ambos gemerem alto com o prazer.

Keith o puxou para um beijo em algum momento. Deixava-o controlar as estocadas, enquanto sentia o gosto de suor se misturando as salivas, engolindo os gemidos. Deslizou uma das mãos ao pênis de Shiro, começando a masturbá-lo sem ritmo, não conseguindo acompanhar a velocidade das estocadas. Tão pouco importava.

— Shiro... porra... — gemeu entre os beijos, sentindo que a qualquer momento iria gozar.

E não tardou para se derramar dentro do amado. Ainda assim, ele não deixou de rebolar, afastando-se para conseguir gemer ao sentir o líquido o aquecer ainda mais, escorrendo com dificuldade. Keith acelerou a masturbação, usando a mão livre para acariciar o peitoral e abdômen de Shiro, dedicando tempo nos mamilos. Apertou-os com certa força, fazendo o mais velho gemer sem voz, então apenas passou os dedos, pressionando-os enquanto Shiro apoiava as mãos em seu peito, arranhando-o.

Contraindo-se por inteiro e quase soltado o peso do corpo sobre Keith, Shiro gozou clamando o nome do outro. Para, depois de se derramar, empurrar-se deitado ao lado dele no chão. Keith ainda o puxou para uma sessão de selinhos calmos e gentis, visto que a respiração pesada de ambos os impedia de aprofundar o beijo. Quando se afastaram de vez, Keith se deixou aproveitar-se do pequeno espaço para deitar a cabeça no peito forte de Shiro, aninhando-se nele enquanto se abraçavam, as pernas se entrelaçando.

— Deixou os autofalantes ligados? — Shiro perguntou sonolento, fechando os olhos.

— Deixei... a gente vai ouvir quando eles acordarem...

— Ótimo...

Keith apenas sorriu, já adormecendo. Era fácil dormir nos braços de Shiro.

Você foi minha força quando eu estava fraco

Você foi minha voz quando eu não podia falar

Você foi meus olhos quando eu não podia ver

Você viu o melhor que existia em mim

Me levantou quando eu não podia alcançar

Você me deu fé porque você acreditou

Eu sou tudo o que sou

Porque você me amou

(Celine Dion – Because You Loved Me)


Mas eu vejo suas verdadeiras cores brilhando

Eu vejo suas verdadeiras cores

E é por isso que eu te amo

Então não tenha medo de deixá-las aparecer

Suas verdadeiras cores

Verdadeiras cores são lindas como um arco-íris

(Cyndi Lauper – True Colors)

29 июля 2018 г. 17:40 1 Отчет Добавить Подписаться
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A. G. Mars We'll be a fine line... we'll be alright

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Minara Hitsugaya Minara Hitsugaya
Amei, está tão perfeita, tão maravilhosa
~