hyogie Hyogie Han

[yoonseok | alternative universe | one-shot] Hoseok decide presentear seu novo vizinho com um vaso de begônias para lhe dar boas-vindas. O que não esperava era que este fosse a pessoa mais adorável do mundo.


Фанфикшн 18+.

#bts #yoonseok #lemon #fluffy
Короткий рассказ
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Livros e Flores

"Flores me são teus lábios.

Onde há a mais bela flor,

Em que melhor se beba

O bálsamo do amor?"

Machado de Assis — Livros e Flores

Falando nisso, um colega meu da faculdade vai se mudar pro seu prédio na próxima semana.

Hoseok conversava ao telefone naquela agradável tarde de domingo com seu primo, Namjoon. Conforme o assunto fluía, os dois acabaram chegando à aquele assunto. Namjoon cursava fotografia em uma universidade próxima ao prédio em que Hoseok morava. Já havia escutado o mais novo falando sobre o colega de classe, mas nunca Hoseok nunca deu de fato muita atenção à aquele assunto.

— E ele é gato? — perguntou, deixando claras as suas intenções. Não via problemas em falar abertamente sobre sua opção sexual, principalmente quando tratava-se de Namjoon, o qual conhecia desde pequeno. Os dois praticamente cresceram juntos, e ainda por cima, Namjoon era bissexual, atualmente namorando um belo rapaz que atendia pelo nome Kim Seokjin.

— Acho que depende do ponto de vista. Mas ele é meio esquisito, sabe?

O Jung gelou.

— Esquisito como?

Hoseok lembrava-se claramente de todas as suas experiências com pessoas "esquisitas". E definitivamente nenhuma delas havia sido boa. Traumatizantes, talvez. Nada realmente muito grave. Tirando o ex-namorado que tentou lhe esfaquear.

— Ele tem umas ideias meio estranhas. É um velhinho ranzinza.

Hoseok respirou fundo. E lá se foram suas chances de tentar desencalhar.

— Mas ele é legal com você se você for legal com ele. — Namjoon comentou — Pra falar a verdade, vocês até que formariam um casal bonitinho.

Revirou os olhos. As vezes era difícil dizer quando Namjoon estava ou não brincando. Os dois já haviam se metido em diversas encrencas por causa daquilo.

— Ah, claro. Um cara de 22 anos namorando com um velhinho. Nossa, que casal lindo, vou até fazer fanart. — Hoseok ironizou, ouvindo o primo rir.

— Você é realmente péssimo em entender metáforas... — o mais velho soltou um baixo "Que?" — Apenas tente dar uma chance pra ele, okay? Se vocês não derem certo, pelo menos podem ser bons amigos.

— Certo, certo. — revirou os olhos — E o que eu faço pra chegar nele? Eu não posso simplesmente chegar nele e falar "Então, meu primo 'tá há um tempo tentando me desencalhar de qualquer jeito. Bora transar e ver se dá certo?".

A risada grave de Namjoon soou no telefone.

— Compra alguma coisa pra ele, tipo um presente de boas-vindas. Ou sei lá. Você sabe que eu não sou bom com essas coisas.

— Não é à toa que foi o Jin quem teve de tomar a iniciativa pra namorar... — Hoseok murmurou, ouvindo um "Ei!" do outro lado da linha — Tudo bem, eu vou tentar. Mas se ele tentar me esfaquear igual o Taekwoon, eu juro que corro até a sua casa só pra te usar como escudo humano.

˙·٠•●❀●•٠·˙

Hoseok não acreditava que estava prestes à fazer aquilo.

Seguindo o conselho de Namjoon, o Jung decidiu comprar algo para presentear o tal de Min Yoongi. Após quase uma semana pensando, Hoseok finalmente conseguiu descobrir algo que talvez o colega de Namjoon gostasse.

Um pequeno vaso de begônias rosa. De acordo com a atendente da floricultura, begônias eram ótimas para decorações de apartamento. Sem falar que não eram flores muito difíceis de se cuidar, já que Namjoon lhe disse que Yoongi não era lá a pessoa mais dedicada do mundo. O que levava Hoseok à pensar: Que tipo de pessoa era Yoongi? Um homem de meia idade que só agora estava saindo debaixo das asas da mãe? Onde Namjoon estava com a cabeça em tentar juntar os dois? Por que Namjoon vivia lhe dizendo que iria se surpreender ao conhecê-lo? Seria Yoongi um daqueles tais sugar daddy?

Todas aquelas dúvidas seriam sanadas naquele momento, já que estava na frente da porta do apartamento de Min Yoongi que, convenientemente, era ao lado do seu. Nem um pouco coincidente o fato de um dos poucos apartamentos à venda naquele prédio ser justo ao lado do seu. Nem um pouquinho. Há poucos dias, o Min mudou-se para seu novo apartamento, aquela era a deixa para que ele e Hoseok finalmente se conhecessem.

Tocou a campainha, ouvindo o som ressoar dentro do apartamento.

— JÁ VAAAAI. — ouviu-o gritar do outro lado da porta. A voz era levemente grossa e rouca, denunciando sua idade. Pôde ouvir o som de algumas coisas caindo, como se o Min estivesse tropeçando e derrubando tudo em seu caminho. Todo aquele barulho foi seguido por uma série de xingamentos nada educados.

Após alguns minutos a porta foi destrancada e aberta. À frente de Hoseok, estava um garoto um pouco mais baixo e provavelmente mais novo que si. Sua pele era pálida, destacando os lábios rosados em bem desenhados. Os olhos eram parcialmente cobertos pelo par de óculos de armação delicada e pelos cabelos exoticamente tingidos de verde-menta. Havia curiosidade em seu olhar, que aos poucos encontrava-se com o do maior. Aquele rapaz parecia uma boneca de porcelana. Se Hoseok tocasse-o, ele quebraria?

Mas afinal, o que aquele garoto tão jovem estava fazendo ali? Seria ele algum ficante de Yoongi? Ou até mesmo um prostituto que estava apenas lhe fazendo companhia nas noites solitárias?

— Ah, eu... gostaria de falar com Min Yoongi. — falou, escapando de seus devaneios.

— Eu mesmo. — Hoseok não deixou de surpreender-se com a voz incrivelmente adulta do menor, contraditória à suas feições infantis.

Calma... esse é o Yoongi? — pensou, finalmente processando a frase do rapaz de cabelos esverdeados.

"— É um velhinho ranzinza."

"— Você é realmente péssimo em entender metáforas..."

COMO EU PUDE SER TÃO IDIOTA? — gritou mentalmente consigo. Era óbvio que Namjoon estava querendo se referir à personalidade de Yoongi, e não à sua idade!Hoseok sentia uma grande vontade de bater sua cabeça na parede. Mas mesmo assim, lembrava-se de Namjoon dizer que Yoongi era mais velho que os dois, o que não deixava de ser surpreendente. Hoseok não daria mais de 17 anos para Yoongi.

— Qual é a dessa cara? — perguntou, encostando-se no batente da porta. Foi naquele momento em que percebeu que Yoongi usava apenas uma blusa larga e branca, que ia até a metade de suas coxas, e um short aparentemente curto demais para esconder qualquer coisa. Como este não sentia frio com tão pouca roupa? Hoseok utilizava um suéter grosso e jeans, e ainda assim sentia frio.

— Não foi nada. — respondeu rapidamente.

— Você deve ser o Hoseok, né? — perguntou Yoongi, olhando-o da cabeça aos pés. Hoseok assentiu, estranhando o fato do menor saber seu nome — Namjoon me falou de você.

— Aaah... — soltou o ar. Aquilo dispensava apresentações. Por algum motivo, sentia-se extremamente sem graça na presença de Yoongi. Talvez o fato de ter pensado durante a semana inteira que este era um senhor de mais de meio século estivesse constrangido-o por dentro — Bom, eu sou o seu vizinho a partir de hoje. E... o Namjoon me falou que seria legal te presentear com algo pra te dar boas-vindas.

Estendeu o vaso para Yoongi, que encarou-o por um instante. Então, seus gélidos dedos por um momento encostaram nos de Hoseok, causando uma pequena divergência entre as temperaturas. Sério, Yoongi realmente não estava sentindo frio? O menor sequer tremia!

— Ah, begônias. — ele arqueou as sobrancelhas, reconhecendo as flores — Obrigado. Eu acho.

Antes que Hoseok pudesse pensar em mais alguma coisa para falar, Yoongi virou as costas e fechou a porta sem dizer uma palavra sequer. Quando Namjoon havia lhe dito que o garoto de cabelos esverdeados era estranho, ele realmente não estava brincando.

Ficou alguns minutos encarando a porta, tentando digerir tudo o que tinha acabado de acontecer.

Primeiro, aquele garoto com cara de boneca não era um prostituto e nem um simples ficante de Min Yoongi. Ele era o próprio Min Yoongi. E aparentemente, não sentia frio. Segundo, Yoongi era suficientemente silencioso para fechar uma porta e deixá-lo ali com cara de tacho, porém era barulhento o suficiente para fazer parecer com que a terceira guerra mundial estivesse acontecendo dentro de seu apartamento, enquanto tentava fazer o trajeto para abrir a porta.

Mas onde é que o Namjoon foi me meter? — pensou, lembrando-se que Yoongi seria seu vizinho por um bom tempo a partir daquele dia.

— Hey, o que você ainda está fazendo aqui? — quase tomou um susto ao perceber que Yoongi já havia aberto a porta de novo, deixando apenas a sua cabeça para fora — Se está esperando que eu te convide para entrar, pode esperar sentado, porque isso aqui 'tá uma bagunça.

— Ah, não. Eu... só estava pensando demais. — respondeu, evitando o olhar de Yoongi.

Os dois ficaram em silêncio, apenas encarando um ao outro, como se estivessem esperando algum comentário.

— Você é primo do Namjoon, não é mesmo? — Hoseok assentiu com a cabeça — Aquele que nunca conseguiu ter um relacionamento instável?

— Sim, sim. — forçou um sorriso. Como Namjoon poderia falar de si daquela maneira para as outras pessoas — Não é como se eu não conseguisse. Eu só não dou sorte mesmo.

— Ele fala bastante de você. Diz que vira uma mocinha quando o assunto são insetos ou filmes de terror.

Eu vou matar o Namjoon.

— São apenas fobias como quaisquer outras. — tentou fazer com que a frase dita por Yoongi não parecesse tanta queimação de filme como antes — Namjoon me disse que você gosta de ler.

Por que eu estou tentando puxar assunto com ele? — questionou-se.

— É verdade. Você também gosta?

— Aham. — Hoseok era realmente péssimo em manter conversas — Gosta de Harry Potter?

Os olhos de Yoongi pareceram brilhar por um momento.

— Sim. — ele deu um sorriso contido, fazendo com que seus lábios se tornassem uma fina linha curva — Qual a sua casa?

— Corvinal.

— Aaah eu finalmente encontrei alguém que também é da Corvinal. — Yoongi empolgou-se, fazendo com que Hoseok sorrisse. Min Yoongi era realmente adorável.

— Ótima resposta. Mais dez pontos para Grifinória. — os dois riram ao mesmo tempo — Namore alguém que te trata como Dumbledore trata Grifinória.

— Realmente.

Talvez Yoongi não fosse um total estranho. Apenas não passava uma primeira impressão boa. Era aquele tipo de pessoa para qual você fala "Eu te achava metida antes de te conhecer".

Teria Namjoon finalmente encontrado a pessoa certa para Hoseok?

˙·٠•●❀●•٠·˙

Um mês inteiro havia se passado. Tudo estava fluindo de maneira bem mais natural do que Hoseok pensara. Para falar a verdade, interagir com Min Yoongi não era uma tarefa difícil. Difícil mesmo era acostumar-se com suas manias estranhas e frases enigmáticas. Também era realmente complicado saber quando o menor estava falando sério ou não.

Apesar da face inocente, Yoongi sabia das coisas até demais. Não era novidade quando vez ou outra o rapaz de cabelos esverdeados xingava a mãe de alguém por algum motivo qualquer.

Sem falar que este possuía manias estranhas, como tirar fotos estando de cabeça para baixo e sempre piscar exatamente três vezes sempre que falava a palavra "porque". Ainda havia também sua tendência à usar roupas não muito eficientes em dias frios. Mas apesar de tudo isso, Yoongi era uma boa pessoa, alguém que através de sua usual calmaria transmitia segurança e até mesmo confiança.

Yoongi era extremamente desleixado para questões como arrumação. Seu apartamento vivia uma bagunça e as coisas eram sempre mudadas de lugar. As vezes, era até mesmo difícil encontrar um sofá naquela sala devido às pilhas e pilhas de livros jogadas por lá. Mas por algum motivo, o vaso de begônias que havia lhe dado sempre estava no mesmo lugar, e incrivelmente bem cuidado. Yoongi não tinha cuidado nem com a lente de suas câmeras, então por que teria tanto zelo com um simples presente?

Diferente de Hoseok, que era sempre cuidadoso com coisas maiores, e um pouco menos com o que não tivesse tanta importância. Sua mania de arrumação sempre incomodava à Yoongi, que normalmente deixava para arrumar apenas quando o próprio não aguentava mais toda aquela bagunça.

Mesmo com personalidades opostas, os dois conseguiram adquirir uma estranha cumplicidade. Seus gostos literários semelhantes faziam com que diversas conversas, das mais banais até as mais sérias, fossem facilmente desenvolvidas.

Hoseok não podia negar que o jeito de Yoongi conquistava-o. Era encantadora a maneira como o mais velho conseguia manter um semblante tão inocente ao falar coisas tão devassas. Além de tudo, Yoongi era extremamente direto e sincero, fazendo com que segredos fossem inexistentes naquela amizade. E as vezes... pegava-se olhando fixamente para os lábios rosados e tão convidativos de Yoongi. Era difícil dizer se estava ou não apaixonado. Talvez sim, talvez não... apenas o tempo poderia dizer.

Estava esperando que as coisas entre os dois se desenvolvessem um pouco mais, para que assim tivesse certeza do que estava sentindo. Quando Namjoon lhe disse que os dois dariam um bom casal, realmente não estava brincando.

Os dois completavam-se de todos os jeitos, como se fossem a continuação um do outro. E aquilo não era apenas bom. Era ótimo.

E finalmente, houve o dia em que tudo foi posto à prova.

Foi em uma fria e chuvosa noite de sábado.

Naquele dia, Hoseok estava sentado no sofá da sala, lendo um livro que havia comprado por sugestão de Yoongi. O som pesado da forte chuva do lado de fora ajudava-o a concentrar-se. Todas as suas melhores memórias estavam relacionadas à chuva. A mais recente foi formada na semana anterior, quando Hoseok e Yoongi saíram juntos para uma bienal do livro e começou a chover durante toda a tarde, fazendo com que aquele delicioso cheiro de chuva adentrasse o ambiente da bienal e deixasse os dois inebriados durante todo o evento. Sem falar que no mesmo dia, aconteceu a tão clichê cena de diversos filmes românticos, onde as mãos do casal se esbarravam ao procurarem os livros na estante. Foi um toque rápido, porém o suficiente para provocar um longo arrepio na espinha de Hoseok.

Estava sendo extremamente singelo em relação ao que sentia por Yoongi. Afinal, existia a possibilidade do menor só vê-lo como um amigo. Vez ou outra deixava alguma indireta, porém na maioria das vezes, Yoongi parecia não perceber, o que de certa forma partia o coração de Hoseok.

Voltando ao dia chuvoso...

Hoseok folheava com gosto cada página do livro que Yoongi lhe indicara com tanta vontade. Aquele havia sido uma das poucas vezes em que pôde ver os olhos do menor brilhando em emoção infantil, fato que ocorria com pouco frequência, mas quando ocorria, era praticamente impossível não se derreter sobre aquele olhar tão doce e infantil.

Até que de repente, um forte trovão ressoou do lado de fora, fazendo com que Hoseok desse um grito agudo até demais. Então, a luz acabou.

Era só o que me faltava... — pensou, respirando fundo. Sabia que teria de ficar no escuro por um bom tempo, levando em consideração que sempre demoravam para consertar o gerador do prédio. De início, aquela não lhe pareceu uma má ideia, até que ouviu o som do vento fechando uma das portas com força, em um estrondoso baque — Eu definitivamente não vou ficar aqui nesse escuro.

Como se sua vida dependesse daquilo, Hoseok procurou seus tênis e calçou-os, saindo do apartamento apressadamente. Para a sua surpresa, não era o único a querer escapar de toda aquela escuridão.

Mesmo que o hall de entrada estivesse envolto na penumbra da noite, Hoseok conseguiu ver Yoongi fechando a porta de seu apartamento, com algo em mãos que não pôde enxergar.

— Você realmente vai sair nessa chuva sem um guarda-chuva? — ele perguntou, ficando na frente de Hoseok.

— Ah, que cabeça-oca a minha. — sorriu — Vai sair também?

— Na verdade eu estava pensando em dormir até a luz voltar, mas o seu grito me fez perder o sono. — os dois riram ao mesmo tempo — Pra onde você quer ir?

— Na verdade eu só estava pensando em andar por aí.

— Perfeito.

˙·٠•●❀●•٠·˙

Hoseok e Yoongi estavam andando por aquela calçada encharcada há um bom tempo. A chuva já estava um pouco mais fraca, permitindo que não precisassem mais gritar para que pudessem entender o que estavam falando. Naquela noite, Yoongi parecia mais enigmático que o normal.

— Sabe, as vezes eu acho que sentimentos são como pombos. —ele falou, aéreo.

— O que? Por que justo pombos?

—Porque... — então, o momento que Hoseok tanto apreciava começou, onde Yoongi começava a explicar-lhe suas filosofias. Geralmente era ali que Hoseok parava de pensar no que quer que estivesse acontecendo, apenas para admirar Yoongi, enquanto seus lábios se moviam lentamente para que pudesse entender.

Naquele dia em especial, Hoseok estava sentindo dificuldade para prestar atenção no que o menor falava, pois seus olhos quase não conseguiam desgrudar de seus lábios róseos e tentadores. As vezes olhava nos olhos de Yoongi para tentar disfarçar, mas seu olhar sempre voltava à sua boca. Até que em certo momento, Yoongi parou de andar.

— O que foi? — Hoseok perguntou.

Yoongi não respondeu. Lentamente, inclinou-se na ponta dos pés e passou a mão que não segurava o guarda-chuva pela bochecha de Hoseok. Antes que pudesse processar qualquer coisa, o maior sentiu os lábios do mais velho sobre os seus, em um toque calmo e inocente.

O encostar durou alguns minutos, até que Yoongi se afastou, olhando no fundo dos olhos de um Hoseok completamente estático e enrubescido. O menor também encontrava-se naquela situação, porém com menor intensidade.

— Por que você fez isso? —perguntou, tocando os próprios lábios.

— Porque eu estava com vontade. — respondeu, simplista — Sem falar que você também queria.

— C-Como assim? — gaguejou. Yoongi soltou um longo suspiro e revirou os olhos, como se estivesse ouvindo a maior besteira de sua vida.

— Pelo amor de Deus, Hoseok, você vive encarando a minha boca. Você realmente acha que eu não percebo isso? — o maior mordeu a língua para não responder — Mas se isso te deixa mais tranquilo eu também faço isso quando você faz isso.

— Calma... o que? — eram fatos demais acontecendo em tão pouco tempo.

— Qual é! Eu estou há quase um mês deixando isso mais do que na cara. Ou você realmente acha que as nossas mãos se encostaram na semana passada por acidente? A verdade é que eu estou há um puta tempo querendo você, e eu sei que você também sente o mesmo. Só que você anda sendo tão mongo pra perceber que eu simplesmente fico puto demais com você pra falar a verdade. Aí hoje eu dei um basta nessa palhaçada e aqui estamos! — Yoongi era realmente direto demais. Hoseok ouvia cada palavra com atenção, tentando entender tudo aquilo que lhe era dito — A verdade é que eu 'tô querendo te pegar desde que o Namjoon começou a me falar de você. Mas não pegar do tipo "Ah, foi só sexo". No começo eu até pensava assim, só que o destino inventou de fazer a gente se conhecer e eu acabei me apaixonando fodiamente pelo seu sorriso, por esse seu jeito de querer deixar tudo arrumado, mesmo que depois as coisas fiquem bagunçadas demais, o jeito que você fala das coisas que gosta, o jeito que fala comigo, e principalmente, por você. Então seria um pegar mais como "Eu amo você, caralho".

Era incrível a naturalidade que Yoongi usava para falar tudo aquilo. Sua sinceridade algum dia ainda seria sua ruína. Ou não.

— É por causa disso que eu cuido tão bem daquele vaso de begônias. Porque foi algo que você me deu e... begônias representam o amor e a lealdade. Então eu acabei cuidando na esperança de... a gente dar certo. —Hoseok ficou em silêncio, boquiaberto. Como não pôde perceber aquilo antes? — Fala alguma coisa, esse silêncio 'tá me deixando constrangido.

— Eu... — fez uma pausa, tentando colocar seus pensamentos em ordem — Eu também sinto o mesmo. Até algum tempo atrás eu não tinha certeza se era amor ou não, até porque no começo eu achava que você era um velhinho de meia idade. Mas de qualquer jeito, eu acabei me apaixonando por você. É isso.

— Você é realmente horrível em se expressar. — falou Yoongi. Logo em seguida, ele abriu um sorriso bem diferente de todos os que Hoseok já vira. Era o sorriso de alguém verdadeiramente apaixonado — Mas deu pra entender.

Hoseok riu soprado. Yoongi não mudava nunca. Carinhosamente, colocou as duas mãos no rosto macio e pálido do menor.

— Eu amo você. É isso que queria ouvir?

Pela primeira vez, Hoseok viu Yoongi corar bruscamente, rapidamente assemelhando-se à um pimentão.

— Sim, seu idiota. — o maior riu mais uma vez. Yoongi conseguia ser adorável até mesmo quando estava bravo.

— Então... a gente meio que 'tá namorando agora?

— Uhum. — o menor acompanhou seu sorriso — Você vai ver, namorar vai ser legal. Agora me beija.

E assim, Hoseok tomou os lábios de Yoongi que tanto queria provar para si. A boca do menor tinha gosto de pasta de dente, como se este realmente tivesse se preparado para aquilo. Lentamente, sua língua passou entre os dentes de Yoongi, acariciando sua língua gentilmente. Suas mãos foram das bochechas do rapaz até seus cabelos, apertando-os e trazendo-o para perto.

O corpo de Yoongi estava praticamente colado ao seu. A mão livre do mais velho apertava sua cintura enquanto correspondia à aquele beijo tão delicioso. Hoseok pode sentir o corpo do menor esquentar à medida que aquele contato tornava-se mais profundo.

Em um ato um pouco mais ousado, Yoongi mordeu o lábio inferior de Hoseok, puxando-o e finalmente quebrando o contato

Os dois estavam completamente vermelhos e ofegantes, beijando-se na chuva. Nada clichê.

— Vamos pro seu apartamento. — Yoongi simplesmente falou, deixando claras as suas intenções.

˙·٠•●❀●•٠·˙

No quarto escuro de Hoseok, este tinha Yoongi sendo pressionado contra a porta fechada, enquanto as pernas do menor rodeavam seus quadris. Os dois beijavam-se com uma intensidade que nunca pensaram que fossem conseguir alcançar. As línguas entrelaçavam-se em sincronia, enquanto Yoongi apertava suas pernas, pressionando sua ereção na do maior.

Os suspiros satisfeitos soavam de maneira baixa e descompassada, conforme Hoseok investia os quadris contra os do menor, simulando estocadas. Os agasalhos estavam perdidos em algum canto do chão, junto com os óculos de Yoongi, já que os corpos encontravam-se quentes demais para continuar usando aquilo.

Hoseok passou as mãos pelas coxas de Yoongi, apertando-as ainda por cima da calça, arrancando um arfar do mesmo. Subiram de forma provocante até as nádegas do mais velho, onde Hoseok não pôde se conter em acertar um tapa fraco ali, fazendo-o apertar as pernas outra vez.

Assim que Yoongi afastou-se para gemer, Hoseok capturou sua língua, iniciando um beijo fora da boca. O mais velho remexia-se no colo do Jung, ansioso por seus movimentos. Afinal, não fazia aquilo há um bom tempo. O mesmo valia para Hoseok.

Então, o maior carregou-o até a cama, deitando-o e logo em seguida sentando-se sobre sua cintura. Lentamente, seu dedo indicar passou por baixo da camiseta de Yoongi, provocando uma onda de arrepios na pele branquinha e sem nenhuma marca. Até aquela noite. Hoseok decidiu colocar as duas mãos ali embaixo, sentindo por inteiro a pele macia e imaculada de Yoongi, enquanto este só sabia suspirar e apertar os ombros de Hoseok.

Espalmou as mãos no abdômen liso do menor, logo trilhando tamborilando os dedos por suas costelas, até chegar nos mamilos rosados e intumescidos, onde Hoseok fez questão de pressionar os polegares, ouvindo Yoongi arfar e aumentar o aperto em seus ombros. Cuidadosamente, iniciou uma pequena carícia nos botões, sendo recebido com os gemidos baixos e manhosos de Yoongi.

O menor por fim decidiu fazer algo. Levantou seu joelho, começando a esfregá-lo na ereção cada vez mais evidente de Hoseok, o qual deixou escapar um gemido rouco, seguido por um sorriso safado. Entretanto, o mais inesperado veio em seguida: Yoongi desabotoou a calça de Hoseok, logo descendo o zíper. Então, sua destra adentrou a boxer de Hoseok, envolvendo seu pênis com uma das mãos. Com lentidão, Yoongi iniciou uma torturante movimentação de vai em vem, fazendo com que Hoseok mordesse o lábio inferior, excitado.

— Você gosta disso? — o menor perguntou, rouco. Hoseok ainda estimulava seus mamilos, levando-o à vez ou outra apertar pênis do mais novo.

— Uhum... — Hoseok deixou-se gemer, oitavas abaixo do normal. Naquele momento, não havia nada mais excitante para Yoongi do que os gemidos graves de Hoseok acima de si.

O maior continuava estimulando os mamilos sensíveis do Min, levando-o à vez ou outra apertar seu pênis em meio à masturbação.

Cuidadosamente, Hoseok abaixou-se, mordendo de leve o peito de Yoongi, para beijá-lo logo depois. Sua boca desceu em uma trilha de lambidas e mordidas suaves sobre a pele quente do menor, que insistia em arrepiar-se ao mínimo toque.

Sem aguentar mais aquele calor, Yoongi retirou a própria blusa, jogando-a em um canto escuro qualquer. Mesmo com a falta de iluminação, Hoseok não pôde deixar de admirar o torso magro e delicado do Min. Era quase como uma tela em branco, aos poucos sendo pintada com tons de vermelho e roxo.

No tempo em que Hoseok ficou admirando o corpo de Yoongi, este retirou a mão de seu pênis para assim empurrá-lo na cama, invertendo as posições. Um sorriso devasso surgiu em seu rosto, causando arrepios em Hoseok. Agora o mais velho estava no cotrole.

O Min apertou a barra da camiseta do maior, ansioso.

— Tira. — ordenou. Obediente, Hoseok retirou a camiseta, jogando-a na mesma direção que Yoongi jogara a sua, expondo seu corpo firme e parcialmente definido. O menor lambeu os lábios, logo em seguida pressionando as nádegas contra a ereção de Hoseok, ouvindo-o gemer e sentindo apertar suas coxas, tentando descarregar aquele ínfimo prazer.

Lentamente, Yoongi passou as unhas pelo abdômen de Hoseok, arranhando-o. Suas mãos foram até o cós do jeans do maior, puxando-o para baixo e, com certa dificuldade, tirando-o. Por um momento, parou para admirar Hoseok quase nu à sua frente, completamente entregue.

Yoongi abaixou-se, retirando o pênis completo ereto do maior de dentro da boxer e, sem cerimônias, colocou-o na boca, ouvindo Hoseok gemer alto enquanto apertava seus cabelos tingidos de verde-mente.

Iniciou uma felação nem muito lenta e nem muito rápida, apenas o suficiente para fazer com que as pernas de Hoseok fraquejassem, enquanto arfava e gemia, sem deixar de apertar os fios curtos e macios de Yoongi. A excitação percorria as veias dos corpos dos dois, como se pudessem explodir a qualquer momento.

Ao perceber que Hoseok estava quase gozando, Yoongi afastou-se, deixando um fio de saliva escorrer por sua boca. Trocaram um olhar cúmplice, como se pudessem se desvendar apenas com aquilo.

Tranquilamente, Hoseok inverteu novamente as posições. Então, retirou as calças de Yoongi junto com a boxer.

Abriu um pouco as pernas do menor, tratando de morder a parte interna de uma de suas coxas com força suficiente para deixar a marca de seus dentes li. Em seguida, chupou a pele alva ao som dos gemidos e arfares de Yoongi, que já estava com a respiração completamente falha.

Posteriormente, usou os dedos para pressionar a glande do pênis de Yoongi, fazendo-o gemer um pouco mais alto do que antes e arquear as costas. Hoseok espalhou o pré-gozo por toda a extensão, em uma suave masturbação capaz de fazer Yoongi delirar. Os dedos ágeis do mais novo desceram para os testículos do Min, acariciando-o gentilmente aquela região cheia de terminações nervosas.

E finalmente, os dedos de Hoseok pressionaram a entrada de Yoongi.

— Eu... posso? — perguntou, receoso.

— Porra, gente não chegou até aqui pra eu desistir agora. —delicado como sempre, Yoongi respondeu, arrancando um risinho de Hoseok.

— Certo, certo, você tem razão.

Lentamente, o maior introduziu o dedo indicador na entrada de Yoongi, que passou a apertar os lençóis da cama enquanto gemia em um breve incômodo. O segundo dedo foi um pouco melhor, levando em consideração que Yoongi já estava voltando à acostumar-se com aquela sensação tão conhecida.

Hoseok começou a movê-los com cuidado, esperando que o mais velho começasse a se sentir realmente confortável com aquilo. Em certo momento, seus dedos esbarraram em um ponto mais sensível, levando Yoongi à gemer manhoso e apertar os lençóis ainda mais forte. Pressionou aquele ponto mais vezes, deliciando-se com as expressões eróticas e extasiadas de Yoongi.

Ao julgá-lo como estando preparado, Hoseok retirou os dedos de lá, ouvindo o menor gemer insatisfeito.

Com uma velocidade invejável, o Jung despiu-se de sua última peça de roupa.

— Vai... — murmurou Yoongi.

Hoseok respirou fundo, segurando os tornozelos do mais velho. Com lentidão, penetrou-o, centímetro por centímetro. Yoongi gemia, deixando de apertar os lençóis para arranhar as costas do maior e morder seu pescoço. Assim que seu pênis ficou completamente dentro de Yoongi, os dois trocaram outro olhar. Ambos estavam corados, suados e ofegantes, tudo aquilo por causa de alguns minutos dando prazer um ao outro.

Hoseok começou a mover-se em puro êxtase, sentindo aquele aperto delicioso ao redor de seu membro. Os gemidos misturavam-se gradativamente, enquanto ato era acompanhado de chupões, mordidas e puxões de cabelo. Era tudo bom demais para ser verdade. Não era apenas sexo. Era amor.

O maior estocava com força, acertando várias vezes a próstata de Yoongi, que paralelamente fincava as unhas em suas costas e apertava as pernas ao redor se sua cintura, pedindo por cada vez mais. Então, Hoseok começou a masturbá-lo conforme estocava, dividindo aquela sensação com Yoongi.

Após alguns minutos, os dois chegaram ao ápice do prazer. Primeiro fora Yoongi, depois Hoseok, que completamente exausto, acabou deitando-se por cima do namorado.

— Você é pesado. — murmurou Yoongi, tentando empurrá-lo para o lado.

— E você é gostoso, mas nem por isso que fico esfregando na sua cara o tempo todo. — Hoseok recebeu um tapa em seu ombro, seguido pela risada doce de Yoongi. O mais velho rolou para o lado, puxando os lençóis para cobri-los.

— Me diz... quando você comprou aquele vaso, sabia o significado das flores?

— Na verdade não. — Yoongi encostou a cabeça em seu peito — Namjoon me disse que elas tinham um bom significado, mas não quis me falar. Foi algo como "SÓ DÁ ISSO PRA ELE".

O menor riu baixo.

— Sabe que a gente precisa agradecer à ele por estarmos juntos agora, né?

— Uhum...

Louvado seja Kim Namjoon... — pensou Hoseok —E louvadas sejam as begônias.

29 июня 2018 г. 19:15 0 Отчет Добавить Подписаться
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Hyogie Han Fã incubada de boybands e aspirante a escritora, de alguma forma tento me encontrar na escrita através de pequenos desabafos vindos de crises existenciais

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