lara-gilmore9900 Lara Gilmore

O que teria acontecido a Edward Cullen se Bella realmente tivesse morrido nas mão do vampiro James? Fanfic feita para o #Inkdisney


Фанфикшн 18+.

#JacobBlack #crepúsculo #EdwardCullen #inkdisney #yaoi
Короткий рассказ
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Capítulo Único





"Ursos dançando. Asas pintadas. Coisas que eu quase me lembro.
E uma música que alguém cantou, uma vez em dezembro.

Alguém me mantém protegido e aquecido.
Cavalos galopam pela tempestade prateada, figuras dançando graciosamente, através da minha memória.
[...] Longe, há muito tempo atrás, brilhando como uma centelha. Coisas que o meu coração costumava saber, coisas que ele ainda tenta lembrar.

Dias de felicidade, e os cavalos na tempestade são imagens a dançar que eu posso recordar. Muito tempo passou
e o fulgor da lareira na memória ficou. Disso eu sempre me lembro. E a canção de alguém, foi no mês de dezembro."

Once Upon a December - Anastasia (English Version / Portuguese Version)


Eu não saberia dizer a quantos dias e nem a quanto tempo estive vagando sem rumo.

Eu deveria saber?


A única certeza que tinha era que ela havia partido para sempre. De todos os lugares que poderia estar agora, a minha casa sem dúvidas era o local mais angustiante. Já não suportava mais os olhares de pena sobre mim e muito menos as palavras de conforto que meus familiares me lançavam ao vento. Sabia que era tudo que eles podiam fazer, mas a dor que me consumia impedia que eu absorvesse qualquer tipo de ajuda. Foi aí, que decide me isolar. Ao passo que toda a minha família haviam se mudado para o Canadá, fiquei sozinho na mansão, em Forks.


Solitário, minha válvula de escape, mediante a todo tormento, era portanto, embrenhar-me na floresta, como se eu pudesse fugir do torpor da realidade. O cheiro de grama molhada, o farfalhar quase musical do atrito das folhas no alto dos dosséis das árvores me incubia a desligar-me de minhas lamentações.


Eu realmente havia aceitado que jamais teria Bella de volta. Mas, os desígnios da vida sempre encontrava um meio de trazer à tona o cruel sentimento de impotência...

Eu poderia ter feito alguma coisa para evitar...


Olhei para alto, observando os últimos resquícios da noite. Entre as nuvens carregadas, vislumbrei a constelação da ursa-maior que ainda dançava no ar em vários pontos cintilantes. Ao longe, uma coruja rasgou o céu, crocitando, com suas asas pintadas em branco, tão branco quanto os tons dos primeiros flocos de neve que agora caiam vagarosamente sobre a grama, naquele gélido amanhecer.


Até quando me permitiria sofrer? Fazia um ano que permanecia naquele estado letárgico.

Por que a dor assolante nunca me deixava?


Aquilo teria que acabar. Eu não tinha mais forças para continuar lutando contra o nada em que me tornei. Tão perto estava de casa, como estava da reserva. Em um desatino, tomei uma decisão. Atravessaria a fronteira que um dia separou os Quileute dos Cullen. Sabia exatamente o que me aconteceria assim que chegasse até lá. Sentiria pela minha família. Entretanto, não haveria tempo para despedidas.


Dei meia volta e corri até aonde eu pude, adentrando as terras dos meus inimigos naturais.

Os lobos sentiram o meu cheiro.

Os lobos não teriam piedade de mim.

Mas não era piedade o que eu estava procurando.


Então, parei ao centro de uma enorme clareira, e os viu descer uma colina de neve a alguns quilômetros à minha frente. Aos olhos de humano comum, aqueles lobos se assemelhariam a enormes cavalos de guerra galopando ferozmente cortando a superfície prateada da neve, prontos para um combate. No entanto, eles não eram cavalos e sim lobos que se aproximava em uma velocidade impressionante. Escutei um emaranhado de pensamentos turbulentos vindo deles. Eles pareciam brigar entre si, sobre quem me executaria. Puxei o canto dos meus lábios em um sorriso irônico diante da minha iminente tragédia.


Os lobos amontoavam-se rosnando e latindo. Eles me cercaram, enquanto teciam olhares furiosos para mim que ousei desafiá-los.

“Eu terei o prazer de matá-lo, sanguessuga!” — Paul vociferou, colérico. O lobo sabia que eu era capaz de ouvi-lo.


A mim, pouco importava quem seria o meu algoz. Me ajoelhei, fechei os olhos e aguardei serenamente por minha sentença: A morte. Aquilo representava, enfim a liberdade de uma vida que para mim não havia mais propósito. A liberdade para minha alma já condenada.


“Não!!”

Eu escutei um rosnado grave, surgir logo atrás, como um estrondo de um trovão. E os lobos que estavam na parte da frente deram passagem para o enorme lobo de pelos avermelhados.


"Mas ele invadiu!" — Paul tentou argumentar, ríspido.


"Não importa!" — Jacob prosseguiu.


"Eu vou matá-lo!" — Paul caminhou até quase encostar o focinho em meu rosto.


"Mais um passo e eu mesmo arrancarei sua cabeça fora, Paul! Eu sou o alfa e já disse que não!" — Jake reverberou sua ordem, elevando-se perante a matilha. Os lobos se agitaram e um burburinho de vozes foi ficando cada vez mais alto. Alguns indignaram-se e os poucos outros entenderam o porquê daquela atitude. — "Agora, voltem para cobrirem o perímetro." — Ele ordenou. Em poucos segundos, as feras gigantescas dispersaram-se por entre os arbustos da floresta.


E o que ficou, foi silêncio sepulcral entre mim e o alfa quileute.


Levantei o olhar e acabei encontrando com os olhos cor de avelã de Jacob. Perguntei em um fio de voz:

— Vai me matar?


Jake permaneceu me olhando sem desferir uma palavra sequer. Optou por desfazer a transformação. Vestiu-se com uma bermuda surrada que mantinha presa em uma das canelas e sentou-se sobre a relva gelada. Ele me fitou complacente, como se soubesse o quão quebrado eu estava.


— Não deixou que aquele outro lobo me matasse porque queria fazer isso com as próprias mãos? — indaguei abatido. Minha voz embargou, mesmo sem poder derramar uma única lágrima. E, isso era um inferno, pois, eu não conseguia chorar minhas tristeza, não conseguia por para fora o que a muito estava preso em minha garganta. Então, eu o questionei novamente: — Não queria que outro lhe tirasse a glória de matar o homem responsável pela morte da Bella? E... — Já não conseguia mais olhá-lo, baixei minha cabeça. Aquilo ainda doía. Aquilo ainda me machucava tanto, como se milhares de espinhos estivessem cravados em minha pele.


— Ei! — Jake chamou a minha atenção. — Olha para mim. Sei pelo o que está passando, eu também a amava. Não teve culpa pelo o que aconteceu. Foi James quem a matou. Eu estive observando você durante todos esses meses que se passaram desde o funeral. Vi você andar pela floresta sozinho e desolado. Nos primeiros dias, tive vontade de confrontá-lo de dizer que você era o culpado de tudo. No entanto, eu estava completamente cego, mergulhado em meu rancor. E antes eu o odiava tanto...


Pisquei algumas vezes, atônito.

Ele esteve por aqui esse tempo todo? Porquê?, me perguntei. Por que ele estava fazendo aquilo? Por que ele tentava me salvar depois de tudo? Aquelas perguntas borbulhavam em minha mente. Desviei o olhar e fixei em uma árvore qualquer. Então, senti o calor das mãos dele tocando-me a face. Sua voz rouca foi ficando cada vez mais branda.


— Eu não o via antes. Fingir não o ver por todo esse tempo. Tudo isso porque eu queria que ela escolhesse a mim, ignorando o que seria melhor para ambos. Mas, no fim, eu consegui enxergar você. Eu o exerguei através da Bella. Eu o exerguei em toda as vezes que os olhos dela brilhavam quando ela o via chegar e no modo como ela sorria quando ela me contava ou lembrava algo sobre você. — Ele tomou fôlego. Enquanto algumas lágrimas esquentavam-lhe o rosto mesmo contra sua vontade. — A Bel-Bella foi feliz e foi por sua causa. Não foi por mim, ou qualquer outra pessoa... Foi por você.


Não consegui verbalizar nada em resposta, então em um átimo de segundos, o abracei.

E naquele momento, toda minha alma calejada encontrou acalento no ombros quentes de Jacob. O calor aprazível que emanava daquela pele beijada pelo o sol, fazia me sentir vivo e expurgava-me de toda a amargura que havia crescido dentro do meu âmago. Fechei os meu olhos novamente, ansiando que aquela sensação durasse para sempre. Ficamos assim por alguns minutos, enquanto ele me afagava os cabelos, tranquilamente.


Ainda havia esperanças para mim? Merecia eu, ser feliz de novo?


— Não queria ter que ficar sozinho... — sussurrei, tão baixinho, que eu pensei que ele não ouviria.


— Não ficará. — Ele respondeu. — Podemos ser amigos, como sugeriu um dia.


— Faria isso por mim? — perguntei.


Ele assentiu com um sorriso meigo no rosto. Agora eu entendia porque Bella prezava tanto pela amizade que mantinha com Jacob. Não era difícil gostar dele. E, mesmo querendo passar a eternidade desfrutando aquele doce momento, me desvencilhei do abraço dele. Levantei, batendo a neve que havia se acumulado em minha roupa.


— Preciso ir agora — Eu disse. Ele assentiu. Eu já começava a me distanciar dele, quando eu o escutei me chamar:

— Ei, vampiro. — Me virei no mesmo instante — Nos vemos por aí? — perguntou.


Demorei um pouco na resposta.

— Sim, lobo. — Aquiesci com um sorriso bobo no rosto. O primeiro sorriso que eu não dava há muito tempo. Senti que as coisas seriam diferentes dali em diante.

♦♦♦

Eu havia passado o resto do dia, pensando no que havia acontecido aquela manhã. As imagens iam e vinham na minha mente e todas elas continham o rosto de Jacob Black.


Eu precisava de mais daquilo ou eu havia perdido o resto da minha sanidade?


Nos dias que se seguiram, sempre quando ia caçar, eu me aproximava o máximo que podia da reserva, na esperança de vê-lo. Queria reviver aquela sensação que havia sentindo nos braços de Jacob nem que fosse por poucas horas, mas eu sempre recuava. Eu sempre encontrava um jeito de fugir dos meus sentimentos.


E a troco de quê? Por que diabos não conseguia admitir que eu estava extremamente necessitado dos toques de um certo alguém?


Então, quando eu estava tentando voltar para minha solidão, trancar meu coração e jogar a chave fora, Jacob surgiu por entre os arvoredos.

— Me procurando? — Ele andou até mim.


— Não seja tão convencido. — Disse tentando disfarçar.


— Sei... — Ele arqueou uma sobrancelha e gargalhou — Sempre seguia o seu rastro até aqui, mas eu nunca conseguia o encontrar.


— Quer caçar comigo? — perguntei, rápido, antes que eu desistisse de tomar uma iniciativa.


— O que estamos esperando? — Eu o vi explodir em um lobo gigante na minha frente. E aquela se tornou a nossa rotina dias a fio.


Nos últimos meses Jake já não aparecia tanto como antes, ele estava no último ano do colegial, estava se esforçando para conseguir entrar para a faculdade. Às vezes, conversamos por telefone, não era mesma coisa, porém, só de escutar o som da voz dele já valia a pena. Passei as últimas semanas, sozinho em minhas caçadas. Sempre voltava para casa pensando que no dia seguinte eu o encontraria.


E naquele dia, bastou um único toque na campainha, para quase eu saltar do divã no meu quarto. Eu não acreditei a princípio, mas o cheiro... Aquele maldito cheiro estava vindo até mim, aquele cheiro que me inebriava. Corri a uma velocidade sobre-humana para atendê-lo.

— Está muito longe da reserva, sabia? — brinquei.


Ele sorriu.

— Eu... — Ele engoliu em seco — Eu queria saber o que vai fazer hoje a noite?


— É que.. que — gaguejei.

Jake gargalhou. Eu estava completamente sem jeito e ele tinha notado isso.


— Bom, se não tiver nada para fazer. Quer participar de uma noite da fogueira? — perguntou.


Eu abri a boca e minhas palavras se perderam no vento.

— Sei que deve estar achando tudo estranho, mas falei com os anciãos. Eles sabem tudo o que aconteceu com Bella e o que teria acontecido ano passado se eu não tivesse intercedido por você. Todos sabem pelo o que você passou e pelo o que vem passando. E decidimos que não há mais espaço entre nós para intrigas e rixas ultrapassadas. Será muito bem vindo na reserva. Aliás, posso vir buscá-lo, caso não fique confortável de chegar sozinho.


— Sim, por favor — falei, ainda surpreso, nunca me passou pela cabeça que isso um dia aconteceria.


Logo, às sete, ele retornou.

— Vai querer um capacete? — Ele sorriu, dando partida na moto. E por Deus, como o sorriso dele era lindo.

— Não reclamaria se me desse carona naquela lata-velha que você chama de caminhonete.


— Ah, não enche, Cullen — Sorrimos em uníssono. Eu me sentia tão leve na presença dele, era como se tivéssemos sido amigos uma vida inteira. Sentei na garupa e foi inevitável, me agarrei as costas dele. Não pela a velocidade com que ele estava pilotando pela a estrada, mas pelo calor que emanava da pele dele. Isso me atraía de uma maneira que não conseguia me controlar.


Quando chegamos fiquei um pouco receoso, e era visível como eu estava envergonhado. Escutei Jake sussurrar perto do meu ouvido:

— Tá tudo bem.


E realmente ficou tudo bem. Ele me mostrou cada parte da reserva e me apresentou os demais membros da matilha, para os anciãos e até para suas irmãs. Não demorou muito para se formar uma rodinha em volta de mim, e eu respondi animadamente todos aqueles questionamentos curiosos a respeito da minha espécie e do meu clã. Aquilo era tão novo para mim quanto era para eles.


Escutei Billy Black me chamar e Jake acenou positivamente para mim. Billy segurava uma tigela com espécie de tinta de cor rubra. Jacob me explicou que era uma tinta feita a partir de pigmentos de plantas. Billy pintou algo similar uma runa em meu rosto e me disse:

— Esse é o ritual de boas vindas da nossa tribo.


— É, desculpa decepcionar. Nossa tradição de boas vindas não envolve nada de sacrifícios e nenhum ritual esquisito de canibalismo. — Jake gargalhou.


— Tome todo o elixir — Billy me estendeu uma outra tigela.


— Não precisa tomar se não quiser — Jake interveio. Mas eu fiz questão de sorver até a última. O líquido era extremamente doce, e tinha um alto teor alcoólico.


Billy fez a última runa em meu rosto.

— Você é agora um membro quileute, oficialmente. Seja muito bem-vindo — ele me sorriu gentil.


Eu não via a hora de contar para o meus familiares sobre hoje. Ficariam extremamente surpresos.


As festividades seguiram noite adentro. Eu observava Jake dançando com uma garota, e os dois não paravam de ri. Observei ele andar em minha direção. Ele sentou ao meu lado, em um tronco de madeira que ficava em uma posição especial com relação à gigantesca fogueira que crepitava embalada pelos sons de vários instrumentos de cordas e tambores.


Perguntei como quem não quer nada.

— Era sua namorada?


— Quê? A Leah? Eu seria o último garoto da reserva que ela gostaria de namorar. — Ele falou bebericando o elixir.


— Então, você não tem namorada?


— Não, porque eu estou apaixonado por outra pessoa. — Ele respondeu olhando diretamente para mim. E, aquilo me pegou de surpresa. — E sabe o que é pior? É que eu não sei se essa pessoa corresponderia os meus sentimentos. — ele sorriu um pouco sem ânimo.


— Essa pessoa seria idiota de não corresponder você. — Respondi sem tirar o olhar de cima dele. Ficamos nos encarando, notei como ficou ruborescido e vi como ele mordeu o lábio inferior. Eu tive a súbita vontade de beijá-lo ali mesmo.


Jake se levantou e caminhou em direção a floresta, era isso mesmo que eu estava pensando? Ele queria que eu o seguisse? Não perdi tempo e corri atrás dele e o avistei entrar em um pequeno chalé. Girei a maçaneta e entrei.


— Pensei que não viesse. — Jake disse.


Me aproximei devagar, quase colando a minha testa na dele. Pude escutar como o coração dele batia desenfreado e sua respiração ia ficando cada vez mais ofegante.

— Me diz o que quer de mim? — murmurei. Ele fechou os olhos no momento em que toquei com a ponta dos dedos os lábios dele e senti o hálito quente chocar-se contra a minha pele.


— Eu quero você.


Não soube o que dizer, na realidade não era preciso falar nada. Eu apenas o beijei, selando nossos lábios em um beijo ávido e necessitado. Eu estava tão fodidamente necessitado, que o puxei para junto do meu corpo, eu precisava senti-lo. Queria cada pedaço do corpo dele, e me senti estremecer quando ele pôs as mãos por dentro da minha camisa, que ele me ajudou a retirar e jogou em um canto qualquer. Sua digitais quentes percorrida cada parte da minha pele fria. E eu afundei o rosto no vão do pescoço dele, o desejo latente de mordê-lo me assolou.


E eu já achava que havia perdido o que me restara de sanidade, então desci minhas pelo o abdômen trabalhado dele até parar em uma parte do baixo ventre dele. Enquanto nossas bocas deslizavam uma na outra. E nos livramos de qualquer vestimenta que nos impedia de dar o próximo passo.


Ele gemeu com voz rouca e arrastada, com o toque das minhas mãos o massageando. Eu já não aguentava mais, eu já não conseguia controlar a minha excitação e o virei e segurei em seu quadril perfeitamente empinado para mim e o penetrei sofregamente. Se era Jake que me fazia me sentir vivo, era dentro de Jake que eu queria estar. Estava inebriado, tão completamente ensandecido de prazer que não demorei muito a me derramar dentro dele.


Jake me olhou e me beijou. E eu acariciei o seu rosto.

— Eu amei está com você — Falei no ouvido dele.


— Você não tem ideia de quanto tempo eu estava esperando por isso. Mas eu respeitei o seu tempo, sabia que você ainda sentia pela a morte de Bella. — Ele respondeu.


O dia estava quase nascendo, e nós continuávamos falando sobre coisas aleatórias.

E então fiz uma pergunta que eu estava adiando.

— Sobre os seus genes de lobo... Deixa para lá... — Tive medo resposta.


Porém, ele insistiu em responder.

— Levarei um tempo para começar a envelhecer, mas morrerei como um humano comum. — Ele deu um leve bocejo e finalmente foi vencido pelo o sono.


A resposta de Jake martelou na minha cabeça durante horas. E o olhei dormir tranquilamente e fiz o que ultimamente fazia de melhor: fugi. Fugi do enlaço dele e eu estava sendo um maldito covarde como era antes. Eu não poderia reviver aquilo que eu senti quando eu perdi a Bella. Eu não sei se conseguiria passar por tudo aquilo de novo. Corri, mas não fui muito longe, pois, a dor que temia sentir no futuro, eu estava sentindo muito pior agora. E era uma dor excruciante como se meu coração tivesse quebrado em mil pedaços.


Resolvi voltar antes que fosse tarde demais, antes que ele se magoasse comigo. Não queria que ele soubesse daquele meu momento de fraqueza.


Voltei para o chalé e entrei e para minha sorte ele ainda estava dormindo.

Como eu pude pensar em deixá-lo? Como eu poderia estar renunciando todo o amor que Jake estava me oferecendo por puro medo?


Ele abriu os olhos lentamente e sorriu ao me ver.

— Em cima da escrivaninha tem uma caixinha — Ele apontou — pode abrir.


Eu abri a caixinha e dentro tinha uma pulseira com um pingente de um pequeno lobo talhado em madeira.


— Eu ia te dar ontem só que acabei esquecendo. Espero que goste.


— Amei — disse me jogando em seus braços e o agarrei apertado. — Eu não quero passar nenhum minuto a mais longe de você.


— Não vai — Ele me respondeu como uma vez em dezembro do ano passado.


E ali naquele momento eu decidi que queria Jake ao meu lado para sempre. Jamais pensaria em abandoná-lo de novo.

— Sei que é muito cedo para dizer isso, mas quer casar comigo? — sorri.


Jacob gargalhou.

— Nossa! Mas já vou avisando, terá que pedi permissão para o meu pai — Ele brincou.


Para ele, no momento, aquela minha pergunta não passava de uma enorme brincadeira entre a gente.

Mas eu nunca falei tão sério em minha vida.


Aquele dia sem dúvidas foi uns dos melhores dias que eu posso recordar.

♦♦♦

A brisa fria que adentrava a sala através dos enormes janelões, batiam contra o meu rosto, contrapondo-se do calor que vinha da lareira. A melodia do crepitar do fogo na madeira, sussurrava aos meus ouvidos, lembranças de um passado longínquo, como uma centelha viva em minha memória.


Fazia um tempo que eu estava observando o clima lá fora, sentado em uma poltrona. O único móvel restante da sala. A minha família se mudaria, sei lá, pela milésima vez? Eu já havia perdido as contas, assim, como eu havia perdido as contas de quantas vezes eu havia mexido no pingente de lobo da minha pulseira, tamanha era minha ansiedade. Iria me encontrar com Jake hoje.


Alice bateu na porta, me libertando de meus devaneios.

— Jasper já está o esperando no carro lá em baixo. Você irá visitar Jacob antes de viajarmos?


— Sim! — respondi me levantando — Você já falou com a minha filha?


— Eu já falei com a Sarah pelo celular e ela tá empolgada para revê-lo. Não ver a hora de chegarmos em Sidney.


Desci as escadaria e entrei no carro, Jasper me deu carona.


Chegamos no local em menos de meia hora.


E nossa como aquele lugar era lindo. Estávamos no outono e as folhas de bordo tingiam o chão em tom de laranja que fazia contraste com o céu cor de rosa morno de fim de tarde. Jasper decidiu ficar no carro para me dar um pouco de privacidade.


O silvo do vento gélido quebrava um pouco do silêncio ao redor.

E eu comecei falando:

— Você já deve saber que é vou me mudar novamente para variar — sorri — Mas hoje eu vim para agradecer, pela a vida em que levamos juntos, pela filha em que adotamos juntos e principalmente por você ter me salvado. É uma pena não estarmos juntos. Eu vim avisar que vou passar um tempo sem visitá-lo porque... — Minha voz embargou — Por que dessa vez estamos indo para Austrália, e sabe, a Sarah já está lá. Você tem noção de como a nossa filha é geniosa. Mas eu só quero dizer também.. Que eu vou voltar — Voltei a mexer no pingente da minha pulseira — Por que eu amo você. Eu amei você como nunca havia amado ninguém antes e... Eu sinto saudades — Estendi os meus dedos e dedilhei o nome dele cravado em um mármore frio e data que o destino tinha o tirado de mim.


— Tudo bem? — Jasper me ajudou a levantar. Assenti sem ânimo e seguimos para o carro.


Estávamos em Outubro, mas...

Uma vez em dezembro eu havia perdido a mulher que um dia eu amei.

Uma vez em dezembro eu achei que a morte era a única solução.

Uma vez em dezembro eu ganhei uma nova razão para viver, quando eu aceitei amar Jacob. Quando eu finalmente me permiti viver e vi que não devemos deixar para amar depois, se importar depois, falar um simples eu te amo depois porque nós só temos o maravilhoso agora. 

27 мая 2018 г. 22:03 4 Отчет Добавить Подписаться
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Lara Gilmore Melancholic Girl. Sad Girl. Dramatic Girl.

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Olá, obrigada por ter participado do desafio e ainda com um shipp tão inusitado assim, nunca pensei nele, admito. Pobre Edward, a morte da Bella deve ter sido um choque enorme pra ele, mas fiquei feliz que ele conseguiu seguir em frente. Agora, eu acho que pra fazer o shipp acontecer você os tirou um pouco do personagem. O Jacob é bem durão com pessoas que não são da intimidade dele, imagine o Edward que é alguém que ele odiou profundamente, eles precisariam de muita convivência pra interagir pacificamente. Já o Edward é um romântico, literalmente, do século 19, e uma das coisas muito características do livro mesmo é que ele com a Bella só transariam depois do casamento, ele sempre deixou isso bem claro, não faz sentido ele já ir assim com o Jacob, foi muito precipitado. Ainda sobre o Edward, na conversa dele com o Jacob na fogueira, era impossível o Edward ficar em dúvida naquele momento, ele lê mentes, então ele logicamente saberia que o Jacob, por exemplo, amava ele ou que queria que ele o seguisse, e ele também não pode ser pego de surpreso, porque, além disso, a audição dele é MUITO boa. Outra coisa que foi bem repentina foi os quileutes aceitarem o Edward dentro da tribo assim muito fácil, a rixa que eles têm com vampiros vem de séculos e não seria tão fácil assim que as coisas se resolveriam. Fazer uma fic dentro do universo da história é muito complicado, porque tem que envolver muita pesquisa, então eu sugiro que você se atente mais um pouco a isso. Quanto à gramática, você teve alguns errinhos, principalmente na parte da conjugação de verbo, vou pegar um exemplo no seu texto: “No entanto, eles não eram cavalos, mas sim lobos que se aproximava em uma velocidade impressionante.”. O verbo deve sempre concordar com o sujeito, que nesse caso é “lobos” e lobos é plural, sendo assim o correto seria “aproximavam”; isso acontece em alguns outros trechinhos também, então seria bom revisar essa parte. Mas eu gostei do enredo da sua história, ele é bem interessante. Obrigada por ter tirado um pouco do seu tempo para acolher esse desafio e publicar sua história, meus parabéns :D
Luray Armstrong Luray Armstrong
FAAAZ SSEEEECULOS Q LI CREPÚSCULO Eu era super viciado mas nunca tinha lido fic Fico feliz de essa ter sido a primeira Adorei ❤
LiNest LiNest
AWN QUE FIC MAIS ADORAVEL! Eu fiquei sorrindo feito boba enquanto lia, eu adoro ver esse dois idiotas aprendendo a se dar bem e se apaixonando no processo. Gostei muito de como tudo entre eles começou, posso não ser fã da Bella, na verdade, detesto ela, mas eu senti como a morte dela pesou para o Ed e o Jake e como ela era importante para eles, o momento onde os dois sentam e conversam sobre a Bella foi realmente tocante, a confissão do Jake de entender que ele nunca teve uma chance foi de quebrar o coração, mas amei o quão maduro ele foi, não apenas sendo sincero, mas tmb sendo gentil, isso é algo que me fez me apaixonar por ele nos livros. Eu tmb adorei como vc incluiu mais dos quileutes na fic, amei particularmente o Billy aparecer na fic, eu sou toda ligada com a família então quando vc colocou a presença tmb dos Cullen no final eu fiquei toda chorosa lol E GENTE ESSE FINAL! TÃO MARAVILHOSO! Enfim, adorei muito como vc escreveu a relação dos dois, desde o começo hesitante até a insegurança do Ed com o futuro deles até o final lindo dos dois, achei perfeito de verdade. Agora vem a parte chata que é a gramática, eu notei alguns erros estruturais, tipo frases com tempos verbais destoantes que confundem um pouco a leitura por não fazerem sentido com o resto do texto, tmb tem algumas palavras e acentuações erradas, mas nada que uma betagem não concerte, tirando esse porém a fic está bem escrita e gostosa de ler. Enfim, amei muito mesmo e fico feliz que jakeward não tenha morrido, meu otp lindo <3 ótimo trabalho

  • Lara Gilmore Lara Gilmore
    AAA muito Obrigada pelo comentário. Nesse começo eu quis passar como Bella era importante pros dois, e como os dois poderiam ser de fato amigos. E a parte das famílias eu quis todo mundo nem se fosse em parágrafo. E sobre a gramática, muito obrigada por me apontar os erros. As frases com o tempo destoantes, eu acho que ocorreu porque essa foi minha primeiro contato com a escrita em primeira pessoa. Mas vou aprendendo, o que é bom kkk Infelizmente nesse 1 ano escrevendo fics, nunca encontrei um beta que quisesse betar fics com o tema crepúsculo. Enfim, quero agradecer imensamente por ter pegado um pouquinho do seu tempo para comentar na minha fic. Beijos June 15, 2018, 19:11
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