Assim que nasci, meu pai havia desaparecido nesse mundo, deixando apenas eu e minha mãe, que aguentou toda situação sozinha até meus 4 anos. Aos 4, fui deixada na casa dos meus avós em Amsterdam por questões financeiras, pela mesma. Mesmo prometendo voltar, ela nunca voltou. Conforme as primaveras foram se passando, deixei de esperar por sua chegada, e apenas fiz o que a vida exigiu, "segui-la".
Meus avós sempre foram meu suporte, era a primeira neta dada por uma das duas filhas deles. Amo ambos, só que o vovô era meu favorito, ninguém me tratava como ele. Era meu confidente, aquele que conseguia, através dos meus olhos, perceber qualquer uma das minhas tristezas mais profundas, a maior das minhas alegrias, a minha vírgula quando eu desejava o ponto final.
Aos 29 anos conheci meu primeiro amor, aqueles que você acha que é para sempre, mesmo sabendo que o para sempre é muito tempo. Nós humanos somos tão tolos, quando queremos viver uma eternidade que não nos cabe. Era uma mulher que se acreditava em destino, e o nosso havia sido cruel. Como uma brisa fresca de primavera ele chegou até mim, e com inverno ele me deixou. Se eu soubesse que aquele seria nosso último dia, juntos, teria o aproveitado cada minuto que pudesse, mas, mesmo que soubesse, nenhum, séria suficiente, nada me doeu mais, do que nós não temos nos despedido. Aquele maldito acidente, não só o levou, como uma parte sonhadora, esperançosa que se habitava em mim. Desde então, não há um dia que não pense que se pudesse existir outra vida, que nela não pudéssemos ter um final necessário, mas, um feliz.
Com 30 volto ao ponto anterior, tudo é uma farsa. Estava cansada, a minha vida era um pesadelo que vivenciava toda vez em que acordava, toda vez que olhava para o lado da cama, e ele não estava lá me dando aquele bom dia, que apenas o próprio sabia dá, logo lembrava do maldito acidente na faixa de pedestre, e questionava por que ele? Por quê, não eu?
Virei apenas uma colecionadora de boas memórias no fim, e elas me alimentavam dia e noite. Mas, não vivemos apenas delas, precisamos de coisas reais. Mesmo que tentasse, eu não conseguia seguir em frente, perder alguém que tanto amamos realmente nos faz mudar, de algum modo. Perdi nosso lar, que conseguimos com tanto esforço, meu trabalho como arquiteta, a depressão me deixou incapaz. Meus avós tomaram as rédeas da situação, apesar de serem pessoas com a idade um pouco avançada, outra vez me acolheram com todo seu amor, voltei a morar com eles. Ainda vivendo as fases do luto e lutando contra meus demônios interiores, outra tragédia acabou por acontecer, meu amado avô sofreu um AVC que o deixou impossibilitado de andar. Mesmo descrente das novas oportunidades que a vida pudesse me dá, de reconstruir meu futuro e ser feliz, arrumei um emprego numa floricultura, para ajudar nas despesas medicas, eram bem caras, e nas de casa, o salário era razoável, apesar que tudo o que conheço sobre flores, foi por meio de Gustaaf, era apaixonado, principalmente por rosas-brancas.
Спасибо за чтение!
Li as avaliações antes e peguei o spoiler na fuça, daí não deu nem pra fingir a revolta KKKKKKK Enfim.. cumpriu com a proposta da autora, curto e direto. Mas, confesso que daria uma boa história aí se não fosse apenas um 'dream' kkkk A prota merecia.. Parabéns pela escrita flor, e por favor, continue. Um bjão 💜
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