retrive retrive geibi

Temari não era apenas um número, era a equação completa. Era como Bhaskara: fácil de decorar, rápida de grudar na cabeça e impossível de esquecer. Não que ela fosse fácil. Longe disso, a loira era complexa demais e o rapaz se sentiu como uma criança do primário quando tentou resolvê-la pela primeira vez.


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#Naruto #ShikaTema #Shikamaru Nara #Temari #Songfic
Короткий рассказ
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Único

Eu quero algo a mais e menos que isso eu deixo pra depois.


Shikamaru gostava de dizer que era o número 0.

Não aquele 0 que é usado na conta bancária e deixa tudo maior quando usado mais de quatro vezes. Também não é o 0 que muda a operação de uma conta complexa que colegiais adoram falar “só vamos usar isso uma só vez na vida, então pra que aprender?”.

Ele era o bom e velho zero à esquerda com o significado que as crianças do primário conhecem: Inútil, que não acrescenta em nada e está ali apenas para não ser somado e nem subtraído com nada. Totalmente sem valor, que sobra na divisão de números pares e que é cortado em um monte de operações por não fazer muita diferença no fim.

E ele gostava de ser assim.

Gostava de ser invisível e de não somar nada na vida de ninguém. Gostava mais ainda de não ser capaz de dividir e, com isso, não era obrigado a ter seu espaço ocupado por outra pessoa estranha com hábitos que não o agradavam em nada.

Nunca foi tão bom ser um 0. Absolutamente nada o segurava e relacionamentos eram coisas que ele afastava da mesma forma que afastava alguém que aparecia com a ideia louca de somar 2 com 0 para que o resultado par fosse alcançado.

Pelo menos era assim que sua matemática funcionada até Kankuro apresentar a irmã mais velha para o Nara em uma festa.

Temari não era apenas um número, era a equação completa. Era como Bhaskara: fácil de decorar, rápida de grudar na cabeça e impossível de esquecer.

Não que ela fosse fácil. Longe disso, a loira era complexa demais e o rapaz se sentiu como uma criança do primário quando tentou resolvê-la pela primeira vez.

Mas a Sabaku também gostava de se definir como um número e o que melhor definia era o 1. Simples, primeiro número a ser dito durante a contagem do pique-esconde e que o resultado era igual a 2 quando somado com um igual.

E nada tirava da cabeça da loira que aquele 0 que prendia um cabelo de uma forma engraçada era um maravilhoso 1 escondido, nascido para ser somado a ela. E a loira faria questão de ensiná-lo a matemática que ele não teve o prazer de conhecer ainda.

— Como anda a faculdade? – ela perguntou enquanto os dedos desenhavam pequenos círculos no peito nu do rapaz.

O lençol branco era tudo que tampava os dois corpos. Os cabelos loiros estavam uma perfeita bagunça e ela nem sabia dizer onde sua calça havia parado.

Sangue quente, olhos ferozes e uma sensação maravilhosa que ainda se espalhava pelo corpo, mas ambos estavam atentos e prontos para um segundo round.

A mulher não era uma perfeita trouxa e nem estava em um namoro sem futuro. Estavam juntos a oito meses e ela sabia que ele podia amá-la da mesma forma que ela o amava. Mas também estava totalmente disposta a sair daquilo se as coisas não seguissem o fluxo que ela desejava.

Ela queria algo a mais e se recusava ter menos do que merecia.

E tudo seguia o fluxo de próprio querer da mulher.

Quando Shikamaru notou, havia se transformada em um número 1 que somava muito bem com ela. Era irônico se ver tão preso a uma garota. Ainda não era possível dividir, mas lá estava ele, gostando de como ser um par ao lado dela soava bem em sua mente.

— Matemática é algo que eu gosto, você sabe, mas tenho tanta preguiça de estudar.

— Não quer começar um curso novo de matemática? – ela se apoiou nos cotovelos e virou a barriga para baixo para encara-lo melhor. – É de graça.

— Onde quer chegar, loira?

— Não é onde eu quero chegar, é onde eu vou chegar.

A mulher era uma força da natureza. O quadril largo, a bunda empinada e os seios fartos. Céus, ela era cocaína e ele não conseguia parar de cheirar, como se a loira tivesse utilizado algum tipo de magia para amarrá-lo daquela forma.

Em determinado momento, o Nara percebeu ter um grande fetiche em ficar amarrado, principalmente se for amarrado na cama com ela cavalgando sem pudor.

— Permita-se, Shika – o sorriso era levemente devasso e ele sabia que algo estava sendo planejado na cabeça da mulher devassa. – Permita-se e permita-me mostrar que as contas vão sempre dar o resultado que eu desejo.

A loira ainda mantinha nos lábios o sorriso devasso que ele teve o prazer de conhecer em diversas ocasiões diferentes.


E as contas são só pra te mostrar

Que o que conta é a soma dos sorrisos e da paixão
A matemática do teu coração


Não eram apenas dois números 1 a procura de algo maior, estavam ali como um par e nenhum dos dois carregavam o desejo de separação.

A única operação que ele desejava fazer era a boa e velha adição entre os dois corpos. Shikamaru até arriscava multiplicar os bons momentos e as coisas mais prazerosas que já fizeram ao longo do relacionamento.

Temari valia a pena. Ela valia até ouro. Era a maldita conta atraente que ele quebrava a cabeça na tentativa de resolver e tinha prazer quando o resultado era aquela gargalhada linda seguida por um caloroso beijo.

E o rapaz já estava resolvendo tudo em sua mente enquanto a loira erguia o tronco montando nele. O lençol já não escondia nada e ambos sentiam o calor da pele um do outro.

— Me dê isso, querido – ela arfou enquanto as mãos grandes dele deslizavam pela lateral de seu corpo indo ao encontro de seus seios. – Me dê tudo que você tem, filho da puta.

E ela nunca precisava multiplicar o pedido. A cabeça do rapaz tentava calcular qual seria a melhor forma de satisfazer o desejo daquela força da natureza.

Shikamaru não se importava de quebrar a cabeça todas as noites na tentativa de fazer algo novo na cama com ela. Ele não se importava de queimar os neurônios por ela e também não ligava se estava dividindo espaço com ela.

Com Temari, o moreno estava disposto a realizar todas as operações até enjoar. Até o fim dos tempos.

Ele realmente havia virado o número 1 que somava muito bem com a aquela mulher maravilhosa. Gostava de ser um número ímpar que virava um par ao ser somado com sua metade equivalente.


Então deixa eu te mostrar que mesmo sendo difícil de explicar

Eu sei que você pode, pode me amar assim como eu te amo


— Eu amo você, Shikamaru – as palavras saiam como música enquanto ela jogava a cabeça para trás com os olhos fechados.

Se sentiu na beira da loucura e entrando cada vez mais na matemática absurda que a loira o ensinou. Quando os lábios se moveram de forma involuntária e a voz saiu quase com desespero por sede para confessar tudo.

Foi naquele momento que ele teve certeza que se sereia um par pelo resto da vida com ela.

— Eu também amo você.


Songfic da música: Restar - Matemática

4 марта 2018 г. 6:12 2 Отчет Добавить Подписаться
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Об авторе

retrive geibi Ficwritter e designer nas horas vagas. 18 anos, criatividade demais para pouco tempo e muita preguiça. Mama da maravilhosa Igreja Arte do SaiIno Entrano

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Crazy Clara Crazy Clara
Primeiro, a capa. Menina, que coisa maravilhosa. Me pescou igual peixe no balde para vir cá uma conferida. Segundo, a poética do seu texto nas comparações com números e pessoas. Eu adorei. Foi tão curtinho, mas tão prazeroso de ler. Muito obrigada por esse conto de um casal tão lindo.

  • retrive geibi retrive geibi
    Essa capa é meu nenê ela hahaha <3 Fico feliz que tenha gostado dela aaaaaaaaaa que comentário mais fofinho <3 eu fico feliz que tenha gostado das comparações, foi uma dlc fazer essa história <3 March 04, 2018, 19:31
~