ohhtrakinas Sasah Trakinas

Nunca imaginaram que seriam capazes de fazer certas loucuras bêbados; fazer coisas que jamais fariam sóbrios. Não queriam lembrar das terríveis façanhas que fizeram, mas para encontrar Viktor, teriam de deixar a vergonha de lado, e lembrar o que fizeram na noite passada.


Фанфикшн 13+.

##YOI ##yuri on ice
Короткий рассказ
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one-shot


O forte arrependimento de ter enchido a cara na noite passada bateu assim que acordou com uma imensa dor de cabeça. Katsuki Yuri não era muito de beber, pois sabia das barbaridades que era capaz de fazer quando estava embriagado. Porém, parecia não ter se importado com isso na noite passada...


—O-onde estou? –A típica pergunta, porém necessária, fez-se. Percebeu estar deitado numa superfície dura que não era a cama do hotel, era o chão. Um chão de madeira, totalmente oleoso e sujo. A visão embaçada só pode reconhecer o salão de festa depois de alguns minutos forçando a vista, que por sinal, estava sem os óculos.


Céus, o que aconteceu com aquele salão!? Lembrava que a festa especialmente feita para os participantes da competição de patinação mais convidados, estava cheia, todavia o salão agora tinha apenas os seus colegas: Phichit, Christophe, Yuri Plisetsky e o cara do Cazaquistão que virou seu “novo amigo”, Otabek.


Graças á forte miopia que tinha, não conseguia ver muito, mas reconhecia que todos os seus colegas encontravam-se em situações deploráveis, deitados em cima de mesas, jogados no chão, abraçados uns aos outros; uma vergonha.


—O que diabos aconteceu aqui!? –Levantou-se do chão, percebendo que estava vestindo apenas uma cueca, e suas roupas encontravam-se no grande e majestoso lustre do salão. Forçou mais a vista, até reconhecer Phichit. Correu em direção ao amigo que estava deitado no chão, segurando o celular firmemente enquanto o mesmo carregava em uma tomada perto do chão.


—Phichit-kun! Phichit-kun, acorda, por favor! –Disse Yuri, balançando o ombro do amigo com certo desespero.


—H-hmmm~ -Resmungou o tailandês, abrindo os olhos lentamente, fazendo uma careta quando sentiu a claridade que fazia o lustre. –Yuri? –Falou com a voz rouca, logo se sentando e encostando as costas na parede, um pouco tonto. –O que aconteceu?


—E-eu não sei... –Respondeu nervosamente, olhando para os lados com a vista embaçada. –Parece que bebemos muito noite passada...


—Uoh! Isso então é aquela manhã que todos acordam de ressaca? –Disse animadamente, logo começando a mexer no seu celular freneticamente –Vamos tirar uma selfie, precisamos registrar esse momento!


—M-mas, Phichit- Foi interrompido quando sentiu o braço do moreno lhe circundar o pescoço e fazer biquinho com a boca, logo escutando o barulho da câmera do celular tirar a foto.


—“Acordando de ressaca com o amigo” –Dizia, enquanto digitava. –“Essa noite foi louca... Risos”. Pronto, postei. –Se acalmou, voltando á encarar o amigo japonês, mas logo se espantou ao perceber que o mesmo estava sem óculos. –Caramba, você está sem óculos! Tá bonito demais pra não tirar uma foto, vamos, venha.


—Phichit, por favor, acordamos no salão de festa e todos estão horríveis, precisamos saber o que aconteceu! –Se afastou novamente do “viciado em selfies”.


—Yuri, é óbvio, bebemos muito. Isso daqui é só uma consequência da noite de bebedeira. –Apontou para o salão totalmente destruído.

—Mas se fizemos isso daqui, com certeza teremos que pagar... –Estava preocupado.


—Queridos, vamos fechar um pouco a boquinha e descansar um pouco mais?


—C-chris! –Gritaram Phichit e Yuri ao mesmo tempo.


—Bom dia, meus amores. –Piscou, Christophe, que estava deitado em cima de uma mesa ao lado de um mastro de pole dance. Ao contrário de Katsuki que estava apenas de cueca, Chris encontrava-se totalmente nu.


Um pouco incomodado, Yuri comenta: -V-você não está usando nada, Chris! Cadê suas roupas?


—Preciso tirar foto disso... –Phichit não perde tempo.


—Não tire foto disso, Phich...


—Mostre meu melhor ângulo! –Fez pose.


—NÃO FAÇA POSE!!!


Yuri respira fundo, tentando recapitular tudo o que aconteceu na noite, falhando miseravelmente. Não se lembrava de praticamente nada! –Pessoal, vocês dois se lembram de alguma coisa? –perguntou para eles que tiravam fotos.


Phichit olhou para cima, tentando buscar em sua memória o que havia feito na noite passada –Hmmm... Só lembro que tirei foto de você dançando pole dance, e aí eu comecei á beber também e pronto, já viu, né... Só sei que acordei ao lado do meu celular, e pelos deuses ele estava carregando.


—Eu me lembro até dar duas horas da manhã, porque depois disso eu mudei de nome para Maria e não me lembro de mais nada. –Respondeu, Christophe.


—Mas Maria não é nome de mulher? –Perguntou o tailandês.


—Você não me conhece.


—Pessoal, então vamos pegar nossas coisas e os dois que estão jogados no canto do salão –Referia-se á Yuri Plisetsky e Otabek. –E vamos logo sair daqui antes que o responsável chegue e sobre para nós! –Disse Yuri levantando-se do chão rapidamente, sentindo uma forte tontura. –Urgh! –Tudo girou, ficou verde e... – “Bleeerrrg~


—Ai, que nojo...


—“Yuri está vomitando, pessoal~” ... Carinha de vômito. Postado.



                                                                              xXx



Todos haviam saído do salão, meio escondidos para não chamar a atenção e levarem bronca pelo o que fizeram. Foram imediatamente para a área de lazer do hotel, reclamando alto pela claridade que o sol da manhã fazia naquele lugar. Agora, sentados numa mesa redonda em baixo de uma sombra, conversavam entre si.


Enquanto isso, Chris havia ido na lanchonete comprar alguma coisa, estava com fome.


—Ok, pessoal, quero que todos comecem a se lembrar o que aconteceu ontem á noite. –Disse Yuri Katsuki calmamente, encorajando todos.


—Escuta aqui, porco, eu já disse: Você começou a ficar bêbado e foi dançar pole dance com o Christophe. –Disse Yuri Plisetsky, usando óculos escuros para esconder suas olheiras.


—Não precisa me lembrar que eu dancei pole dance, E NÃO QUERO VER AS FOTOS E OS VÍDEOS QUE VOCÊ FEZ, PHICHIT, GUARDA ESSE CELULAR! –Gritou, envergonhado. –Mas, Yurio-kun, escuta, o que você estava fazendo deitado no chão junto á Otabek?


—Sinto cheiro de ship novo... –Disse Phichit, baixinho.


—Cale a boca, eu escutei, tá bom!? “ship” novo minha bunda. –Deu de ombros –Acabei ficando bêbado também, né...


—M-mas você é menor de idade, não pode!


—EU SEI QUE NÃO POSSO, PORRA! –Gritou, irritado – Eu estava bebendo meu suco de laranja, e quando vi você dançando, eu comecei a dançar também porque estava empolgado. Quando voltei pra minha mesa, meu suco de laranja já não era o mesmo... Depois o louco do Chris chegou perto de mim e me induziu á beber.


—Que horrível!


—Deixa a ONU saber disso... –Cruzou os braços.


—O Otabek tá calado, né, gente? –Comentou, Phichit, chamando a atenção do rapaz que estava sentado ao lado de Yuri. –Você bebeu ontem a noite?


—Não. –Respondeu simplista.


Katsuki logo tomou a dianteira -Uooohhh! Se você não bebeu significa que ficou o tempo todo sóbrio! Nos diga o que aconteceu!


—Eu estava tão entediado que acabei dormindo logo depois do Yuri.


—Mas por quanto tempo o Yuri ficou acordado? Será que ele durou a festa inteira?


—Não... Depois de quatro copos de bebida ele caiu no chão já dormindo. Deitei do lado dele e dormi também.


—Ahh, que nojo! Por que teve que dormir do meu lado!? O salão era muito grande pra você querer dormir agarrado á mim, idiota! –Reclamou o loiro.


Otabek logo se pronunciou: -Mas sabem de uma coisa? Está faltando alguém nessa roda aqui, não é?


—Lembro que o JJ saiu da festa cedo, não sei porque, mas saiu. –Lembrou Phichit.


—Mas não é dele que estou falando...


Todos ficaram em silêncio, tentando lembrar quem Otabek estava falando. Olharam-se entre si, e logo perceberam que estava faltando uma cabeleira platinada entre eles.


—DEUS DO CÉU, O VIKTOR!!! –Gritou Yuri Katsuki assim que se lembrou, levantando-se da mesa um pouco desesperado: -ONDE ELE ESTÁ!? VIKTOR!!!


—CACETE, SUMIRAM COM O VICTOR! QUER DIZER, A CULPA É SUA, PORCO! –Gritou Yurio.


—M-MINHA!?


—SIM, SUA! ELE ESTAVA O TEMPO TODO COM VOCÊ, E DO NADA ELE SOME? ALGUMA COISA ACONTECEU! VOCÊ SERÁ CULPADO DE TER SUMIDO COM UM HERÓI NACIONAL DA RÚSSIA! NINGUÉM MEXE COM A RÚSSIA, CARA! NAPOLEÃO E HITLER SÃO A PROVA DISSO!


—MEU DEUS, A CULPA SERÁ MINHA SE JAPÃO E RÚSSIA COMEÇAREM UMA GUERRA!


—Com certeza iremos ganhar, se isso acontecer – O loiro cruza os braços, cheio de si –Temos bombas nucleares.


—Dá para os dois se acalmarem!? –Disse Phichit tentando acalmar os dois que estavam desesperados. –Ele deve estar em algum lugar por aí, não aconteceu nada, relaxem. Otabek, você não se lembra de mais nada mesmo?


O rapaz balança a cabeça negativamente.


—Olha, porco, não é por nada não, mas eu acho que você perdeu a sua aliançazinha barata... –Plisetsky aponta para as mãos desnudas de Yuri.


Ao perceber que não estava usando o anel dourado, o japonês acaba se engasgando com o susto, sentindo o coração palpitar de desespero mais uma vez –GWAAAAHHH!! NÃO BASTA TER PERDIDO O VIKTOR, PERDI O MEU AMULETO TAMBÉM!!!


—Pra mim aquilo não é amuleto, não. É aliança mesmo. Vocês se casaram! Parou com a palhaçada de amuleto! –Disse o moreno tailandês.


—P-phichit-kun, por favor, não diga isso... –Respondeu constrangido.


—Olha só, o porco está com vergonha. Que ridículo...


Nesse instante, Chistophe aparece segurando uma bandeja com café da manhã e estava totalmente alegre, sentando-se na mesa junto á eles. –Pessoal, vocês não vão acreditar! Acho que acabei casando com alguém enquanto estava bêbado, hahaha!


—Hãaa!? –todos falaram ao mesmo tempo.


—Sim, olhem aqui! –Estendeu a mão mostrando o anel dourado.


—É MEEU!!! –Gritou, Yuri, tentando arrancar o anel da mão dele.


—SEU NADA, INVEJOSO. SAI DAQUI, RIDÍCULO!


—Chris, o anel é dele mesmo. Yuri acabou perdendo... –Comentou, Phichit. –Bom... Perdendo nada, ele estava na sua mão o tempo todo.


—O que estava fazendo com você? –Perguntou Katsuki, colocando o anel de volta, sentindo-se aliviado ao ter a aliança de volta.


—Eu sei lá, só sei que apareceu... Mas eu acho que não só a aliança você perdeu, mas os óculos também... Ou está usando lentes? –Estreitou os olhos.


—N-não, eu acabei perdendo eles, também –Coçou a nuca –Não estou enxergando muito bem...


—Porco cego. –O loiro não perdeu a chance de o insultar.


—Isso me lembra um filme, essa situação que estamos passando –Começou Otabek –E acho que deveríamos fazer o mesmo que eles. Que tal olharmos os nossos bolsos das roupas e ver o que tem?


—Grande, Otabek! –Comentou o moreno tailandês, sorridente.


—Muito inteligente de sua parte –Sorriu, Plisetsky.


—Não sei porque, mas sinto cheiro de ship vindo de vocês dois –Disse Chris sorrindo, enquanto mexia nos bolsos de sua calça.


—EU DISSE A MESMA COISA! –Gritou Phichit, contente por não ser o único á perceber tal coisa.


—CALEM A BOCA E PROCUREM, IDIOTAS!


Segundos depois, todos jogaram os papeis e coisas que estavam dentro de suas jaquetas e calças. O que viram foram alguns papeis, fichas de cassino e um colar de pérolas.


—U-UM COLAR DE PÉROLAS!?


—FICHAS DE CASSINO! FOMOS EM ALGUM CASSINO! PRECISO TIRAR FOTO DISSO E POSTAR NO INSTAGRAM PORQUE ISSO NÃO SE VÊ TODO DIA!


—Espera... Esse papel é uma receita médica? E É PRA MIM, MAS QUE PORRA? EU FUI NO MÉDICO? EU NÃO HAVIA DORMIDO NO SALÃO!?


—Geeente, que babado! Tem um telefone aqui, e é do JJ... Quem foi que conseguiu o telefone do JJ?


Todos estavam extremamente confusos e surpresos, assustados, porém, Otabek mantinha-se calmo, alheio á tudo o que estava acontecendo, pois parecia não ter participado da grande noite dos rapazes, já que havia dormido no salão.


—O-ok, temos que ficar calmos, pessoal, se acalmem! –Gritou Yuri, tentando chamar a atenção de todos. –Tudo que temos aqui é como se fosse pistas, vamos pensar assim, ok? O que temos mesmo? Err, uma receita médica, o telefone do JJ, um colar de pérolas e fichas de cassino.


—Será que essas coisas aí, essas pistas, vão nos levar á Viktor? –Perguntou Yurio.


—Acho que sim –Katsuki coça a nuca, confuso –Bom, onde querem ir primeiro? No médico, cassino, joalheria ou ligar pro JJ?


—Prefiro morrer do que ligar pro JJ, aquele ridículo. –Resmungou o loiro.


—Acho melhor irmos no médico. Pelo menos lá eles nos dirão da onde nós viemos e porque o Yurio teve que passar lá. –Comentou Phichit.


—Ele tem razão. –Concordou, Chris.


—Então vamos lá!


Encorajados á saber o que diabos aconteceu na noite passada, todos se levantaram da mesa e saíram do hotel onde estavam, indo ao endereço do hospital que estava na receita médica. Andavam pelas ruas da Espanha resmungando de dor de cabeça e ainda incomodados da maldita ressaca, porém o único que não estava sofrendo, era Otabek.


Enquanto caminhava ao lado de seus colegas, uma pequena duvida martelava na cabeça de Yuri -O que eu acho estranho, é: Se o Otabek disse que o Yurio-kun dormiu depois de quatro copos no salão, o que diabos ele estava fazendo com a gente na rua?


—Acho que a noite dele não acabou só naqueles copos não... –Disse Chris, soltando uma risada logo em seguida.


—Isso não tem graça, viado! –O loiro respira fundo, ajeitando os óculos escuros –Quer dizer que 

me arrastaram pra rua mesmo estando inconsciente?


—Aposto que não estava inconsciente, Yuri. Talvez estivesse muito bem acordado depois de ter desmaiado pelos quatro copos, mas não se lembra de nada. –Disse Phichit.


—Então eu devia tá muito louco pra não ter me lembrado de nada... –Estreitou os olhos.


—Chegamos...


Param em frente ao hospital, respirando fundo antes de entrar. Sabe-se lá o que ficariam sabendo dos médicos da noite que aconteceu. Internamente o loiro rezava para que não estivesse com alguma doença ou que não tivesse engolido nada para ter passado no médico.


Chegaram na recepção, e Yuri logo se apressou: -C-com licença, moça... Eu queria falar com o doutor... –Forçou a vista para tentar enxergar o nome, mas estava com dificuldades de pronunciá-lo. Era japonês, não sabia falar espanhol. –Socorro, gente, como que fala isso?


—O porco não sabe falar espanhol, alguém sabe?


—Eu sei me virar... –Otabek se pronunciou, pegando a receita médica da mão de Yuri e começando a conversar com a recepcionista. Depois de alguns minutos, eles são liberados para irem falar com o médico que os atendeu.


Já na sala do doutor, todos estavam calados com receio de não falar espanhol. Otabek mais uma vez começou a falar com o doutor, e logo o rapaz voltou-se para os amigos: -Ele sabe falar inglês.


—Ah, maravilha, vamos falar com ele, então. –Yuri se adiantou, fazendo uma pequena reverencia, cumprimentando-o. Costume forte de japonês. –Desculpa voltar aqui e importuná-lo de novo, Doutor... Aposto que fizemos algumas coisas estranhas quando estávamos aqui.


—Vocês são muito engraçados, isso sim! Hahahahaa. Bom, enfim, para que voltaram? Sejam rápidos, tenho que começar minhas consultas daqui á dez minutos.


—S-sim, err... O que viemos fazer aqui?


—Não se lembram? O loirinho aí foi o mais louco. –Apontou para Yuri, que logo engrandeceu os olhos de trás dos óculos escuros, um pouco assustado. “Como assim o mais louco?”, pensou aflito. –Vocês o trouxeram por que estavam no cassino, e acabaram saindo numa briga.


—Meu Deus, a gente brigou no cassino... –Katsuki colocou a mão na testa.


—“Aquele momento que você descobre que brigou no cassino”... Cadê um meme legal? ... 

Achei. “risos”. Pronto, postei. Essa foi ‘A+’.


—Phichit-kun, larga esse celular, por favor...


—E eu estava machucado? –Perguntou Yurio, tomando a dianteira.


—Sim, você levou um soco em cada olho. Passei um remédio pra dor, como podem ver na receita.


—Cacete, eu achei que isso fossem olheiras! –Plisetsky vira-se de costas e vai para o fundo da sala, totalmente abalado. –Eu to em choque! Eu levei dois socos, mano! –Otabek se aproxima para consolá-lo. –SE AFASTA DE MIM, TÔ’ IRRITADO. QUEM FOI QUE ME SOCOU!? VAI ARRUINAR A MINHA APRESENTAÇÃO!


—Bom, acabou meu tempo, desculpe. –O medico se levanta da banqueta que estava sentado. –Mas enfim, vocês vieram do cassino.


—M-médico, por favor, me responda só mais uma coisa. Um rapaz de cabelo platinado, mais ou menos uns vinte e sete anos, ele estava com a gente? –Perguntou Yuri, um pouco aflito.


—Hmmm... Não estava, não. Só estava você, o loirinho, o cara dos cílios bonitos e esse viciado em celular aí. –E por fim, o médico se despede brevemente deles, saindo da sala e os deixando sozinhos.


—Então o Viktor não estava com a gente desde aí? –Perguntou Christophe, um pouco desanimado.


—Então vamos ter que ir no cassino! Uow, eu nunca entrei em um. –Deu uma pausa –Q-quer dizer, entrar em um sóbrio, porque bêbado pelo visto eu entrei, mas não me lembro de nada...


—Eu nunca mais vou beber na minha vida, e nunca mais fico perto de vocês, seus animais! –

Gritou Plisetsky, irritado. –Eu levei dois socos na cara! Dois! Um em cada olho!


—Então vamos logo no cassino! Precisamos achar o Viktor rápido! –Disse Yuri, saindo do escritório rapidamente, sendo seguido por seus colegas.


Assim que saíram do hospital, perguntaram paras as pessoas que andavam na calçada, onde que ficava o cassino mais próximo dali. Depois de ficarem sabendo do endereço, correram para lá.


Por sorte não era muito longe dali, e o cassino era um pouco escondido, ficando num lugar não muito amigável. O mesmo estava aberto, com muito menos clientes do que costuma-se á ter durante a noite.


Quando entraram no cassino, logo chamaram a atenção de alguns funcionários. Minutos mais tarde, o dono do cassino aparece.


—Olha só se não são os garotos sortudos e briguentos. –Na ultima palavra olhou para Plisetsky, que tratou de virar o rosto para outro lado.


—Sortudos? –Perguntou Chris.


—Sim! Nunca vi rapazes tão sortudos como vocês! Vocês são simplesmente loucos, de verdade! Hahahahahah


—S-senhor, por favor, nos diga o que aconteceu aqui na noite passada! –Pediu Yuri.


—Bom, podem ir sentando por que é uma grande história!


Seguiram o dono do cassino até uma grande mesa redonda onde todos se sentaram, meio receosos e preocupados com o que o homem iria falar para eles.


Um pouco ansioso, Yuri logo se adiantou: -Antes de mais nada, um rapaz de cabelos platinados estava acompanhado da gente?


—Hmm, se me lembro bem, ele estava sim. Quer dizer, na primeira vez que vocês vieram ele estava, quando vocês saíram e voltaram, ele já não estava mais com vocês.


—E-ENTÃO QUER DIZER QUE ENTRAMOS NESSE CASSINO DUAS VEZES!? –Assustou-se, Katsuki.


—E o mais importante, querido, o Viktor estava com a gente! –Sorriu Chris que parecia mais aliviado.


—Uooohhh! Entramos e saímos daqui duas vezes!? –Phichit parecia ser o único que estava empolgado com o assunto, certamente animado por ter bastante assunto para falar nas redes sociais. –Por favor, nos conte o que fizemos na noite passada nesse cassino!


—Muito bem, foi o seguinte...


                                 02:40AM (manhã) da noite passada. Entrando no cassino.



Todos entraram no cassino já fazendo alegremente. Falando alto, dando risadas exageradas, os rostos fortemente rubros, corpos cambaleantes tentando encontrar o equilíbrio perfeito.


Chamavam a atenção de dentro do cassino que naquela hora estava cheio. Os seguranças se aproximaram, chamando a atenção de cada um.


—“Disculpen, señores?” –Disse um deles, que estavam em duplas. Com os corpos grandes e fortes, terno preto e óculos escuros, pareciam um pouco intimidadores, porém, para aquele grupo de amigos totalmente bêbados não eram nada. – “Ellos están molestando a los clientes de ese establecimiento”.


Phichit sabia que quando se é abordado por seguranças, coisa boa não saia, e mesmo bêbado, teve a habilidade de sacar seu celular o mais rápido possível, pronto para tirar uma foto.


—Eeeu não entendi pooorra nenhum do que ele disse! –Falou Yuri, com o vocabulário solto e arrastado. Parecia que quando ficava bêbado, não só perdia a vergonha de tirar as roupas, mas também não se fazia de rogado se soltar palavrões.


Yurio, incomodado por ser abordado por seguranças junto de seus amigos, prontificou-se em tomar a dianteira, e de nariz empinado, respondeu os seguranças: -CÊS NUM’ SABEM COM QUEM TÃO FALANDO, NÃO, OW! CADÊ O VIKTOR? OHH, VIKTOR!!


Irritado por não receber resposta, Yurio olhou para os lados em procura de Viktor, até o ver o mesmo perto de uma mesa onde rolavam várias e várias apostas.


—PESSOAL, O VIKTOR TÁ LÁ! –Gritou o loiro, chamando a atenção dos rapazes.

Todos correram para a mesa onde Viktor estava.


—Que jogo é esse, Viktor? –Perguntou Yuri, esgueirando-se no mesmo, procurando por apoio.


—Waah, amazing! É um jogo que se cair no número que você apostou, você ganha bastante dinheiro! –Explicou da maneira mais simplista que conseguira. Não estava em condições de prestar atenção no jogo e entender realmente o objetivo de tudo.

Phichit logo puxou novamente seu celular e começou a gravar: -VAMOS JOGAR ESSE JOGO ENTÃO, PESSOAL! QUERO FILMAR A VITÓRIA!!! –Gritava, descontrolado.


—Precisamos apostar alguma coisa! –Viktor alegremente juntou as mãos entusiasmado, ansioso para entrar no jogo daquela mesa.



—Eu aposto o meu óculos! –Yuri retira os óculos do rosto, colocando na mesa. Todos começam a rir de sua ação precipitada.


—Não pode apostar isso, querido Yuri~ -Disse Chris, se aproximando do moreno enquanto descia uma de suas mãos no peitoral do mesmo. –Que tal apostar suas roupas? A cada partida ganha, você tira uma peça –Sorriu de forma sugestiva.

Um pouco enciumado, Viktor logo se aproxima e puxa Katsuki para si: -Tenha mais respeito, acabamos de nos casar!


—Eu aposto minha dignidade! –Gritou Plisetsky, levantando uma de sua mão e batendo na mesa.


—VISH, ELE ESTÁ RECOBRANDO A CONSCIÊNCIA. TRAGAM MAIS BEBIDA! –Gritou Christophe, chamando a atenção do garçom.


—Q-quer dizer, virgindade! –Corrigiu-se.


—MENTIRA, ELE CONTINUA BÊBADO. GUARDA A BÊBIDA, GARÇOM, GUARDA!


—N-não pode apostar esse tipo de coisa, Yurio-kun~ -Afastou o menor de idade da mesa, estava para fazer uma besteira!


O responsável por fazer a jogatina da mesa logo se pronuncia, chamando a atenção dos amigos que estavam discutindo o que apostar: -Senhores, se aprecem, por favor!


Os cinco rapazes ficaram olhando entre si e pensando no que iriam postar. Por breve segundos, Christophe pensou em apostar suas roupas, talvez isso fizessem as pessoas ficarem mais entusiasmada com o jogo. Phichit por breves momentos também pensou em apostar seu celular, mas logo tirou tal pensamento horrível da cabeça. Apostaria seu rim, mas não apostaria seu celular. Logo, Viktor toma a dianteira e retira sua aliança do dedo, colocando em cima da mesa: -EU APOSTO A MINHA ALIANÇA! E OLHA QUE EU CASEI HOJE!


A o ver o albino fazer tal ação precipitada, Yuri logo berrou: -O QUEEEEEEEE!!!!???


Por outro lado, mostrando seu ódio pelas alianças e união dos dois, Yuri Plisetsky encorajava o mais velho: -A-POS-TA! A-POS-TA! A-POS-TA!


—Mas senhor, não pode apostar sua aliança sem saber o valor que ela tem!


Um pouco contrariado, Viktor recolhe a aliança e vira-se para Yuri: -Quanto que pagamos mesmo nas alianças? Estou tão “crazy” que nem me lembro~ -Soltou uma risadinha no final.


—Está pensando mesmo em apostar nas alianças!? Não faça isso, Viktor! –Disse o moreno, preocupado.


—Ahh, cala a boca, porco! –Yurio se aproximou e empurrou Katsuki, irritado. -Vamos numa joalheria para ver quanto valem!


                                                                        Tempo atual


—E aí, depois disso, vocês saíram do cassino para ir nessa tal joalheria. –Disse o dono do cassino, relembrando das cenas, vendo as expressões de todos ali ficarem pasmas e incrédulas.

—O Viktor apostou nossas alianças!? –Gritou Yuri enquanto bagunçava os próprios cabelos. –C-como ele ousa apostar nossas alianças!? Como eu pude deixar!?

—Eu apostei a minha virgindade? –Por outro lado, Yuri Plisetsky mostrava assustado e incrédulo, não acreditando que fora capaz de sugerir apostar sua própria virgindade.

—Vocês deveriam parar de lamentar de suas apostas e irem na joalheria, não é? –Otabek tirou todos do transe –Deveríamos ir lá para ver se conseguimos informações sobre o Viktor.

—Parece que o boy magia é o único racional daqui –Comentou Chris.

—Lógico, ele não estava bêbado com a gente –Revirou os olhos, phichit.

—E-esperem! Eu não posso sair daqui sem saber de mais uma coisa! –O jovem loiro vira-se para o dono do cassino mais uma vez, e relutante, tira os óculos do rosto, mostrando as duas manchas roxas que estavam em cada olho. –ME DIGA COMO QUE ISSO ACONTECEU! QUEM FOI QUE ME BATEU!? E POR QUE?

—Uoooohh, isso daí! Depois que vocês haviam voltado para o cassino, pareciam estar mais loucos que o normal. Me lembro que um rapaz tropeçou no seu pé, e quando ele foi pedir desculpas, você logo virou uma de direita nele, e disse: “EU NÃO MALTRATO MEUS PÉS COM BALÉ PRA FILHO DA PUTA PISAR EM CIMA!”, aí o cara começou a bater boca contigo, e você falou de novo: “NINGUÉM FALA ASSIM COM O YURI PLISETSKY DA RUSSIA!”, e aí pronto, o cara foi te bater.

—ELE TEVE A CORAGEM DE BATER EM UM ADOLESCENTE SÓ POR ISSO?

—Bem... Ele odiava a Rússia, pelo o que me lembro. –Coçou a barba.

—Quem diabos odeia a Rússia? Ele era nazista!?

—Ok, Yurio-kun, chega! Temos que continuar nossa busca, vamos! –Yuri se aproxima do loiro e o puxa pelo braço, arrastando-o para fora do cassino.

Já do lado de fora, andavam pela calçada a procura da tal joalheria que possivelmente haviam passado.

—Eu ainda não acredito que Viktor teve coragem de apostar nossas alianças –Disse o moreno de forma cabisbaixa. –Achava que isso era importante para ele.

—Não fique assim, Yuri –O tailandês logo se aproxima, colocando um de seus braços em volta do pescoço do amigo –Ele estava bêbado, não estava ciente de suas ações... Na verdade ninguém aqui estava. O Yurio até apostou sua virgindade!

—Vai ficar lembrando disso aí, mesmo!? –Gritou o loiro que estava logo atrás junto á Otabek.

—Yuri, sabe de uma coisa? –Chris logo começou, chamando a atenção de todos –Se quer prender o Viktor, dá uma chave de cu nele. Joga no Google. “pow”. O boy vai ficar caidinho por você pelo resto da vida. Muito eficiente.

—C-CHRIS, NÃO DIGA ESSAS COISAS! –O moreno estava com as bochechas vermelhas, constrangido –Há menor de idade entre nós –Sussurrou.

—Vai pra puta que pariu, hein! Vai pra puta que pariu! –Gritou Yurio.

—Falando desse jeito, parece até que o Chris já fez esse tipo de coisa.

—Já disse que você não me conhece, Phichit, não me conhece...

E finalmente chegaram na tal joalheria.

Ao entrarem, chamaram a atenção dos donos da joalheria, que mostraram-se surpresos e assustados. O homem que estava atrás do balcão puxou uma Doze carregada, fazendo barulho com a arma, pronto para atirarem.

—SAIAM DAQUI, SEUS LADRÕES!

—UAAAHHH!!! –Todos gritaram, levantando a mão em desespero.

—M-MAS O QUE!? –Gritou Yurio, assustado, se escondendo atrás de Yuri. –SE FOR PRA ATIRAR NA GENTE, QUE COMECE POR ELE! –Referia-se ao moreno.

Phichit, antes de levantar os braços, não perdeu a oportunidade de mexer no celular: -“Estão apontando uma arma pra mim! Pura adrenalina!”, meme de impactado; postei. –E por fim guardou o celular no bolso da blusa, levantando as mãos.

—S-senhor o que está acontecendo!? –Perguntou Katsuki, assustado.

Irritado, o homem começou a gritar: -COMO OUSA PERGUNTAR ISSO, LADRÃO!? ROUBARAM MINHA JOALHERIA NA MADRUGADA PASSADA!

E todos os rapazes fizeram um “o” com a boca e engrandeceram seus olhos, tamanha a surpresa.

—Ahh, não, peraí’! –O tailandês puxou o celular novamente- “Geeente, eu roubei uma joalheria! Quem diria que o phichit aqui faria uma coisa dessas! Sou foda! Ding, ding, ding~” , pronto, postei.

Um pouco confuso com a ação do amigo de Yuri, o dono da joalheria logo encara Chris, perguntando: -O que ele tem? Sabe que roubou uma joalheria, e age dessa forma?

—Os jovens de hoje em dia estão desse jeito, mesmo, meu caro. Alienados pela tecnologia. –Respondeu simplista, sem abaixar as mãos.

Determinado á resolver aquele grande problema, Yuri logo se pronuncia, tomando a frente: -Senhor, por favor, abaixe a arma, vamos conversar!

—Como vou saber que não estão armados!?

—Não estamos! Somos patinadores!

—Patinadores não roubam joalheria!

—Estávamos bêbados!

—Muito bêbados! –Completou Phichit.

—Bêbados pra caralhos! –Acrescentou Yurio.

—Mas pense nuns bêbados!–Finalizou Chris.

—Uhum... –Otabek.

Vendo que todos não mostravam ser suspeitos, e pareciam estarem falando a verdade, o homem baixa a arma.

—Venham comigo, vou mostrar o que vocês fizeram. –O homem entra para dentro de uma sala onde parecia ficar as câmeras. Ele fora acompanhado por todos os rapazes.

Chegando na pequena sala escura, onde haviam várias telas de segurança, o homem busca por uma fita e coloca para mostrar as filmagens da noite passada. Quando o vídeo começou a rodar, as cenas que viram eram de ficarem perplexos!

Na imagem preto e branco, todos estavam juntos, inclusive Viktor. O albino parecia ter parado e ficado olhando para a porta de vidro fechada da joalheria, logo depois começando á dizer algumas coisas que não sabiam. Segundos mais tarde, totalmente fora de si, Yurio aparece segurando uma pedra e gritando várias e várias coisas, em seguida quebrando o vidro da vitrine da joalheria. Os estilhaços caíram no chão, e com a sirene tocando, pareciam não estarem assustados, muito pelo contrário, estavam rindo mais do que deviam.

Sem nenhuma vergonha na cara, Phichit pega um colar de pérola que estava na vitrine e começa á brincar com a mesma, enfeitando-se enquanto ria junto dos outros.

—Então fui eu que roubei o colar... –Disse o tailandês sussurrando para si mesmo, um pouco assustado.

—Eu definitivamente nunca mais irei beber com vocês. –Comentou Chris –Só beberei com o Viktor, coisa que eu sempre fiz.

—E falando no Viktor, ele ainda estava com a gente quando passamos por aqui.

Assim que as filmagens acabaram, todos ficaram em silêncio, constrangidos e assustados consigo mesmos. Quebrando o silêncio, Yurio logo começou a se pronunciar: -Escuta aqui, cara –Pôs uma de suas mãos no ombro do dono da joalheria –Se for pra prender a gente, que prenda depois da competição. É que eu tenho um ouro pra ganhar, sabe?

—Vocês vão pagar por isso, entenderam!?

—S-sim, iremos pagar por tudo, pode deixar! –Yuri pôs as mãos dentro da jaqueta, tirando o colar de pérolas –Inclusive, aqui está o colar. Não aconteceu nada com ele, por sorte ainda está intacto.

O homem pega o colar com cuidado, logo começando a examiná-lo. Alguns segundos depois suspira aliviado, estava tudo bem com o mesmo e sem nenhum arranhão. –Para terem devolvido o colar, é por que não fizeram isso de propósito. Estavam realmente loucos na noite passada!

—Realmente... –Lamentou, Yuri.

—Pois então vou aliviar a barra de vocês e não chamarei a polícia. Mas quero que paguem pelos estragos que fizeram. Centavo por centavo!

—Vamos sim, senhor!

Todos saíram da pequena sala e voltaram para a entrada da joalheria. O homem que permanecia atrás do balcão e com o colar em mãos, logo passara a observar o jovem Yuri acompanhando todos aqueles rapazes mais velhos. Curioso, logo perguntou: -Ei, você, o mais baixinho daí.

Irritado por ter sido chamado de baixinho, Yuri Plisetsky vira-se bruscamente para encarar o dono da joalheria: -O que que foi!?

—Você é menor de idade, não é? O que diabos estava fazendo bêbado junto com esses marmanjos.

Sua vontade era de colocar a culpa neles, dizendo que os próprios foram os culpados por embebedá-lo: -Eu sou maior de idade!

—Maior de idade? Pois não parece!

—Sou sim! –Repetiu –É que eu tenho problema de crescimento... –Balbuciou, incerto de si mesmo.

—Hm... Ok... –Não estava seguro de si, mas resolvera acreditar no jovem loiro.

Ao saírem da joalheria, cientes de que agora tinham uma grande divida á pagar, os cinco rapazes resolvem descansar um pouco da fatídica busca por Viktor Nikiforov. Sentaram em um dos bancos de uma praça histórica que havia por ali nas ruas. Todos em silêncio e levemente assustados em descobrirem mais sobre o que fizeram na noite passava, estavam sentados no banco de forma espaçosa, mostrando o visível cansaço.

Não ousando em dizer mais nada, estavam em silêncio, buscando uma maneira de diminuir a culpa que sentiam por beberem tanto na madrugada passada.

—Ainda não encontramos o Viktor... –Lamentou Yuri, choramingando no final –Deve estar em perigo... Jogado por aí. Pode estar morto!

—Waaah, vira essa boca pra lá! –Chamou a atenção, Chris, assustado só de imaginar o amigo morto. –Deve estar por aí, bem... Vivo!

—Eu te disse, porco, se Viktor estiver morto, você enfrentará a fúria da Rússia!

—Ainda temos mais uma pista para checar, pessoal. –Otabek chamou a atenção de todos que se lamentavam, mostrando um papelzinho com alguns números – Temos o telefone do JJ.

—Eu ainda me pergunto por que diabos temos o telefone daquele traste! –Resmungou Yurio, levantando uma de suas sobrancelhas.

—Devemos ligar para ele! –Phichit pega o celular e começa a ligar para o mesmo –Quem vai falar com ele?

—Que tal o Yurio-kun?

—POR QUE EU, PORCO!?

—Apenas fale com ele, querido~ -Christophe o encorajava, pegando o telefone da mão do Phichit e entregando á ele –Vamos, fale.

—MAS POR QUE EEEEUUU!!!???

Alô?

—Yurio-kun, ele atendeu, vamos, fale com ele!

—M-mas... AAH! ALÔ, PORRA!?

Uoohh, é a princesa, mesmo?

—Quem você está chamando de princesa, seu corno!?

Não diga essas coisas, você que pediu meu telefone!”

E todos ficam em silêncio, impressionados com o que JJ havia dito. Olharam para Yurio, querendo saber o que diabos estava acontecendo.

Christophe se aproxima de Otabek e coloca um de seus braços no pescoço do rapaz: -Olha só, querido Otabek~ Parece que tem um concorrente!

—CALA ESSA BOCA, SUA BIXA! –Gritou o loiro, desesperado, logo voltando-se para o celular que estava no viva-voz –O QUE DIABOS ESTÁ DIZENDO, JJ!? DESDE QUANDO EU PEDIRIA SEU TELEFONE!?

Ué, ontem você pediu! Na festa veio em mim, justamente quando minha namorada estava no banheiro, e disse: Sua namorada não presta, me passa seu telefone, imprestável! Eu não entendi porra nenhuma, mas como eu jogo pros dois lados, eu passei meu telefone pra você”

—PODE PARAR DE MENTIR, SEU ESCROTO!

—Yurio-kun, pare de gritar no celular e vamos direto ao assunto! Precisamos achar o Viktor!

—VOCÊ CALE A SUA BOCA, PORCO INUTIL! AGORA EU QUERO SABER COMO QUE EU TIVE A CORAGEM DE FALAR AQUELAS MERDA PRO PORRA DO JJ!

Não me chama de Porra!

—Escuta aqui, seu lixo! Você pode até ter razão por eu ter pedido seu telefone, pois eu estava bem louco, mesmo! Nunca que sóbrio eu iria pedir seu telefone!

Ahh, então quer dizer que bêbado pediria, não é? Isso só mostra que você está mesmo interessado em mim. Hahahaha!”

—Vai pra puta que pariu, hein! Vai pra puta que pariu!

Sem paciência alguma de deixar aqueles dois discutindo no telefone, Yuri pega o telefone da mão do loiro e logo começa á falar: -JJ-kun, precisamos de sua ajuda!

Eu já até sei o que vão me pedir. É sobre o Viktor, não é?”

—EXATAMENTE! –Gritaram todos.

Hahahaha! Como eu esperava. Mas não vou dizer até o Yuri me pedir desculpas! Ninguém fala dessa maneira com o King JJ!”

—Yurio-kun, peça desculpas por favor.

—NUNCA QUE VOU PEDIR DESCULPAS PRA ELE. PREFIRO MORRER!

—Ahh, que bom! –Chris se aproxima do loiro e o pega pelo ombro –Vamos ali no meio da rua, então? Fácil, fácil um caminhão passar por cima de você.

—PODE ME SOLTAR! PAROU! PAROU!

—Yurio-kun, pare de pânico! Apenas desculpe-se, só isso! –O moreno incentivava o mais novo, entregando o celular á ele.

Peça desculpas pra mim, princesa!”

—Você não merece!

Com jeitinho~

—...Foi mal aí, então...

Direito

—Desculpa, porra!

Sem o porra...”

—Hn... D-desculpa...!

Agora assim!

Christophe respirou fundo, um pouco cansado de tudo aquilo: -Esse moleque vai ser difícil pra dar, hein! –Virou-se para Otabek, que continuava a observar tudo sem interferir –Se você conseguir ir pra cama com ele, você será um vencedor, por quê, olha!

—VAI PRA PUTA QUE PARIU, HEIN! VAI PRA PUTA QUE PARIU!

Yuri pega o celular de volta: -Nos diga onde ele está!

Como eu estava hospedado em um hotel diferente do de vocês, e minha namorada estava me esperando, acabei encontrando vocês no meio da rua. Estavam gritando no meio da rua, chamando a atenção das pessoas enquanto seguravam a droga de um colar de pérolas

—Então nos encontramos com ele depois de roubarmos o colar! –Comentou Phichit.

Vocês roubaram?

—I-isso não vem ao caso, JJ-kun, apenas continue por favor!

Que seja. Então... Viktor chegou em mim, e começou a choramingar um monte de coisas que eu não entendia nada! Eu acabei me distraindo com ele, quando você sumiram! Eu não sabia para onde vocês haviam ido e deixaram o Viktor para trás! Eu tive que lidar com ele bêbado, e não foi fácil!”

—Uooohh, então foi aí que perdemos o Viktor! Quando voltamos para o cassino pela segunda vez, deixamos ele para trás! –Yuri estava surpreso.

Vocês são uns irresponsáveis, sabiam? O levei de volta para o hotel onde vocês estavam e o larguei na recepção. Não me dei o trabalho de levá-lo para o quarto, mas pelo menos estava seguro dentro do hotel...”

—Waah, ele está no hotel! –Gritou Katsuki, pronto para sair dali correndo.

—Não acredito que todo esse tempo ele estava no hotel! Que palhaçada! –Chris estava irritado.

Oe, eu não mereço nem um ‘obrigado’!?

—Muito obrigado, JJ-kun!

E princesa, já que está com o meu telefone, não me incomodaria se ligasse para mim. Eu e minha namorada temos um relacionamento aberto”

Irritado, Yurio pega o celular rapidamente e o ataca para o meio da rua.

—MEU CELULAAAR!!!!! –Gritou Phichit em pânico, correndo para o meio da rua sem medo de ser atropelado.

Aquela manhã foi fatídica para todos, inclusive para Otabek, que não tinha nada a ver com aquilo, mas resolvera acompanhar todos.

Já passara do almoço, e quando finalmente voltaram para o hotel desesperados, começaram uma nova procura por Viktor, dentro da imensa construção luxuosa. Vários minutos se passaram, e finalmente encontraram Viktor no ultimo andar do hotel, onde ficava uma piscina apenas para os visitantes VIPs. O mesmo estava jogado perto da piscina, de baixo do sol forte, ainda vestido com as roupas da noite passada. Dormindo, sua pele estava rosada por causa dos raios solares que o queimavam pouco a pouco.

Ao ver o parceiro, Yuri logo soltou um berro, correndo em direção á ele e o abraçando forte. Checou sua mão, que por sorte ainda usava a aliança; estava aliviado. Quando acordou, Viktor sentira fortes dores no corpo, dor na cabeça, e na pele que estava queimada.

Todos estavam aliviados por finalmente terem encontrado Viktor e pelo mesmo estar bem no final das contas.

—A noite foi divertida, não foi? –Já no quarto, Viktor e Yuri estavam sentados na cama procurando descansar o máximo que podiam. Ao escutar tal pergunta absurda, o moreno passa a encarar o albino que estava com o corpo pálido, empapado de tanto protetor solar.

—Lógico que não! Nunca mais quero beber na minha vida, Viktor! Ainda mais com vocês por perto.

—Mas esse tipo de coisa é bom acontecer de vez em quando, sabe? Pelo menos teremos história para contar.

—Viktor, nós brigamos num cassino, Yurio-kun teve que ir no hospital, e assaltamos uma joalheria sem querer!

—...Ok, essas coisas não devem acontecer, mas ainda assim é bom ficar bêbado de vez em quando.

Katsuki respira fundo, acomodando-se melhor na cama. Pretendia passar o resto do dia ali, deitado, relaxando. –Phichit-kun vasculhou direito o seu celular e acabou descobrindo uma pasta que havia ocultado com todas as fotos que ele havia tirado da noite passada....

—Fotos da gente bêbado!? Amazing!

—Não, não é legal, Viktor... –Revirou os olhos –Para esquecer desse acontecimento traumático, fizemos ele excluir todas as fotos...

—É uma pena –Fez bico. –E vem cá, Yuri~ Cadê seus óculos?

—Ah, é mesmo, meus óculos... Nas fotos que o Phichit-kun tirou, umas delas mostrava eu indo pro banheiro, jogando ele na privada e dando descarga. A privada entupiu e inundou todo o banheiro... Na foto estamos rindo muito.

—Oh... Então... Então vamos ter que comprar outro, não é?

—É...

E ficaram calados mais uma vez.

Com o silêncio aconchegante que estava fazendo no quarto, Yuri aos poucos estava quase dormindo, mas a inquietação de Viktor não o deixava descansar. O albino mexia os dedos das mãos, incomodado por não ter nada o que fazer. Parecia que toda a noite que passou não fora o suficiente para gastar suas energias.

Por fim, levantou-se da cama e foi no frigobar, pegando duas latinhas de cerveja. Yuri não estava acreditando no que estava vendo.

—Está calor de mais, não acha? Uma latinha de cerveja não fará mal nenhum... –Sorriu, abrindo sua lata e bebendo. –Quer?

Mesmo com todo o trauma que passara, parecia que uma latinha de cerveja não faria mal algum.

—Hm... Quero.

1 марта 2018 г. 13:06 1 Отчет Добавить Подписаться
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Sasah Trakinas Alcoólatra triste.

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Donna Dan Donna Dan
Olá, Sasah! Sou da equipe de verificação do Inkspired e vim te parabenizar pelo seu trabalho. Adoro uma comédia e histórias de bêbados! Me diverti muito com o Phichit querendo postar tudo o tempo todo, até mesmo a cara de ressaca horível que eles deviam estar. E, gente, quem confundo um soco no olho com olheiras? Muito inocente o Yurio, coitado! Ainda fizeram ele ficar bâbado! A história em si ficou muito bem desenvolvida, se deserolando à medida que os personagens descobriam o que aconteceu com eles e o quê fizeram durante a noite. Então o vai e volta do enredo não ficou confuso, os personagens estaam confusos! A única coisa que dificultou um pouco a leitura foi que, em um determinado ponto do texto, existem alguns parágrafos quebrados, especialmente no meio de diálogos. Parecem ser erros de digitação, então sugiro que, para melhorar ainda mais seu texto, procure por essas quebras no texto, retirando os espaços. Outra coisa que melhoraria ainda mais essa história seria uma revisão do uso dos porquês no texto, por exemplo: "Vocês o trouxeram por que estavam no cassino" em vez de "Vocês o trouxeram porque estavam no cassino", "E POR QUE?" em vez de "E POR QUÊ?", "e porque o Yurio teve que passar lá" em vez de "e porquê o Yurio teve que passar lá". A história está muito bem escrita, por isso foi verificada. Revisar esses pontos vai melhorá-la ainda mais. Estou tentando calcular todos os prejuízos que esses meninos tiveram em uma única noite... Bom, quem nunca acordou e disse que nunca mais iria beber, mas depois estava com aquela latinha para "curar a ressaca" que atire a primeira pedra! Obrigada pela leitura e pelas risadas. Parabéns pelo seu trabalho!
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