Aquela noite estava tranquila, diferente das últimas semanas quando os Androides aterrorizavam as pessoas, sem hora ou lugar para atacar.
Havia o caos, a fumaça e agora havia o silêncio.
Num piscar de olhos tudo o que conhecia se transformou e não foi para melhor. Tudo mudou como em um sopro. Ele perdeu muito, perdeu todos, perdeu seu pai a quem tanto amava. Isso não era justo, ele não merecia nada do que aconteceu. Se pudesse ter feito diferente, se tivesse outra hipótese o que teria mudado? Jamais teria as respostas.
Lhe restava seguir em frente, manter as esperanças de que quando toda a destruição acabasse e finalmente os Androides tivessem sido destruídos, que ainda restassem humanos, ou seja que existissem pessoas vivas para que toda dor e toda luta valessem a pena. Ele precisava acreditar que em algum momento poderia ter uma vida, quem sabe construir uma família e poder sorrir outra vez.
Essa não era a vida que ele sonhou ter um dia, parecia ter passado alguns séculos e ele estava tão distante daquele menino de quatro anos que corria atrás de borboletas e pássaros coloridos.
Sim, isso fazia muitos anos, ele mal podia lembrar-se daquela manhã. Tudo era tão vivo, tão cheio de esperança e tão colorido. Ele era apenas um garotinho, no seu chapéu carregava uma esfera do dragão, fingindo-se de morto para que o tigre da montanha o deixasse em paz.
Depois, quando cresceu mais um pouco, sonhava com a ciência e a sabedoria que lia nos seus livros escolares. Ele queria ser um cientista, fazer descobertas para a Humanidade, encontrar a cura para doenças raras e fazer com que a vida das pessoas fosse melhor.
Ele agora fazia a mesma coisa, lutava para que a vida das pessoas fosse melhor, mas isso acontecia com a sua força e poder, não com a sua sabedoria e engenho. Era estranho as voltas que o Destino dava…
Olhando pela janela, a cor agora era cinza.
Os prédios, alguns em ruínas, outros estavam completamente destruídos, o asfalto esburacado, não havia pessoas nas ruas, tudo era silêncio e medo.
A noite sem lua. Os postes de luz que ainda resistiam em pé, alguns continham lâmpadas que piscavam e outras estavam queimadas ou quebradas pelos combates ali travados.
Não avistava mais borboletas e pássaros, já não estava na montanha. Estava sozinho na cidade, no meio do cimento e da fumaça.
Fechou os olhos, respirou fundo. Imaginava, gostava de deixar a mente se distrair com lembranças. Estava novamente naquela floresta com a exuberância de cores, cheiros a invadir seu ser. Alegria e inocência.
A seguir soltou o ar dos pulmões, abriu os olhos. Era essa promessa de esperança que lhe dava energias para continuar a lutar.
Não desistiria de alcançá-la, mesmo que esse passado estivesse distante e que sua realidade fosse tão equivocada, tão contrária ao que ele acreditava ser o seu futuro quando era apenas uma criança.
Vivia a vida que lhe fora imposta, não a que ele queria ter seguido.
Na verdade, Son Gohan nunca quis ser guerreiro.
No entanto, combatia e iria se empenhar sempre, em qualquer luta que livrasse para que, um dia, pudesse existir um futuro mais risonho, com crianças que chegassem a ser o que queriam verdadeiramente ser.
Agora já não estava sozinho. Tinha Trunks como companheiro. O filho do príncipe arrogante e orgulhoso que um dia conheceu, impaciente e determinado. Confiava no adolescente.
Ele e Trunks eram Saiyajins, os guerreiros mais fortes do Universo. Eles iriam sobreviver, pois lutavam por aquilo que amavam e sempre assim seria.
Son Gohan, o guerreiro Saiyajin que queria ser um grande cientista.
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