(…)Em um futuro, ainda que bem distante (…)
Cidade de BramsVille, central comercial da área Norte mundial, fundação 86, área 48.
(…) o mundo se encontrará próximo de alcançar seu limite de desenvolvimento (…)
A área 48, da fundação 86 é reservada para a recepção dos comerciantes e trabalhadores da área Norte.
(…) Creio ainda que: as tecnologias avancem, que a geografia mundial se modifique (…)
A área de recepção foi projetada para o deleite dos trabalhadores, contendo setores de recarga, reparo, reprogramação, aprimoramentos, entre outros, tanto operacionais, quanto funcionais.
O céu azul cobria a doce cidade de Sweet City, é como chamam a área 48 da fundação 86. Sob o mesmo as pessoas se movimentavam de um lado pro outro, se divertindo como deveriam em uma cidade de descanso. Sweet City é uma cidade que abrange todos os cidadãos. Neste céu estava o querido bar, uma placa de neon iluminava sua fachada com o singelo nome Energy Drink e também a figura de uma garrafa enchendo um copo com seu líquido vermelho percorrendo toda a taça. As portas em azul anil nos transportam para o aconchegante bar.
(…) e que a vida humana possa ser prolongada, ou até mesmo venha a ser infinita. Creio que humanos e máquinas venham a estar em um mesmo nível (…)
A área 48 é uma das poucas que ainda proporciona ambientes com adaptabilidade de recepção para a porcentagem humana mundial, também conhecida como Human-Cyborgs, ciborgues com mais de 30 % de composição humana em seus corpos.
(…) Creio que: somente a ciência pode alcançar este mérito. (…)
Portanto, sejam bem-vindos, estamos prontos a recepcioná-los todas as horas do dia. Começaremos agora com as notícias universais (…)
A transmissão de televisão se passa dentro daquele bar, porém, mais acima, separado pelo belo céu de Sweet City estava Aquarium, o lar dos deuses. Seus aquários e seu chão de plasma eram lindos, todos que lá estavam não necessitavam ouvir as notícias que a televisão anunciava, afinal, eles eram as notícias. Mas de nada adianta começar a história pelo lado dos saqueados, vamos a Energy Drink, onde se encontra nossa alma de Hood.
Sentado em uma das cadeiras sobre o sujo chão de plasma estava ele, um homem negro, de cabelos raspados, alto, quase uns dois metros. Batia a mão na mesa e falava irritado imitando a voz da transmissão:
— “Sejam bem-vindos…” Eles têm coragem de nos dizer isso? Depois de falar que nós somos a raspa do tacho ainda tem coragem de dizer isso? — Indagou indignado, se dirigindo a um rapaz ao seu lado, magro, bem branco, com olhos e cabelos pretos, usando uma touca francesa. O tom dele era meio alto para o do pessoal ao seu redor.
— Calma Jet… — Aconselhou o amigo ao seu lado.
Foi quando um homem alto se levantou do fundo do bar exclamando:
— Vocês não deveriam nem mesmo ser bem-vindos aqui! — Provocou enquanto se aproximava, mas ainda encoberto pela sombra.
— O que você disse? — Jet retrucou ao se levantar.
— Calma Jet, sem arrumar confusões… — O amigo tentava contê-lo.
— Como calma Katsu? Esse cara tá tirando uma comigo! Só pode!
O homem continuou:
— Vocês Human-Cyborgs não deveriam existir, são o lixo do lixo, o fracasso no meio da perfeição. Nós somos a perfeita evolução!!! — Ao expressar isso ele ergue o joelho e pisa com força no chão, movendo-se para frente e ficando exposto à luz, revelando seu corpo totalmente feito de metal. O chão de plasma sofreu um impacto que foi estendido pela superfície do local, com esta ação todas as máquinas presentes sofreram o choque.
No teto Katsu se agarrou, com algo que mais pareciam ser garras de metal a unhas longas. O homem que desferiu o golpe riu, mas ao recuperar o foco e olhar pra frente viu seu oponente sendo sustentado no ar por jatos que saiam de seus pés.
— Achou que pudesse me derrotar trocando de pele, lagarto? — Jet caçoou ao cruzar os braços.
A luta estava começando, mas, de repente, as portas de anil se abrem. Por elas entra uma mulher negra, cabelos em dread, de estatura mediana, e um sobretudo cobrindo suas roupas, usando uma bota de couro, e dela tirou um canivete e limpou as unhas com ele falando:
— E então pessoal, vamos colocar mais energia nesse lugar. — Ela chegou perto do balcão de vidro e encravou o canivete nele, se impulsionou e pulou para o lado dentro. Depois retirou novamente o canivete, sem causar nenhum dano ao balcão.
— Gianny… Eu… Não fui que eu quem começou, foi esse idiota! Ele…
— Jet, o único idiota que eu estou vendo aqui é você.
Ele olhou para os lados e não viu o homem de metal que havia o enfrentado. Nessa altura Katsu já estava na cozinha, vestido com seu avental, comentando alegremente:
— Ela tem razão Jet…
— Guarde meu sobretudo. — Num piscar de olhos o sobretudo estava sobre a careca dele. Por baixo ela usava uma roupa de garçonete, porém mais masculina que feminina, quase um smoking.
— Certo. — Sua voz saía fanha por conta do sobretudo.
Ela apertava alguns botões em baixo da mesa e o local se reorganizava. Eles começam o serviço e Gianny notificou:
— Temos mais trabalho que o normal, afinal temos um desfalque hoje…
— O que será que aconteceu com ela? Está mais atrasada que o normal.
— Você sabe como ela é… — Katsu começou a frase da cozinha.
— Pois é… — Continuou Jet. — Ela é meio… — Não completou com
indecisão na escolha da palavra.
— Idiota. — Gianny terminou, afirmando com todas as letras.
— Não era isso que eu ia dizer.
— Mas foi isso que pensou!
Ele ficou sem palavras por um instante, foi quando uma garota passou pelas portas azul anil e todos os olhares se dirigiram a ela, já que sua roupa estava ensopada. Era uma roupa de empregada, estava encharcada, ela entrava e tentava dar uma explicação:
— Desculpe o atraso, foi porque… — Ela foi caminhando enquanto torcia seus cabelos ruivos e seus olhos verdes não prestaram atenção na cadeira a sua frente. Ela tropeçou, caiu de cara no plasma, que por sorte não endureceu quando ela se chocou contra o mesmo. Aqueles no local, exceto Gianny e Jet, olhavam maravilhados com a cena, a garota agora de cara do chão, com a perna presa ao braço da cadeira, se debatendo, tentando se soltar. A admiração local se dava pelo fato que seu vestido ia descendo, revelando suas coxas brancas e macias, na cozinha Katsu tinha uma “síncope” encarando loucamente a situação.
Gianny se aproximou e acabou com a festa, ela tocou a garota que apareceu sentada sobre a cadeira, a deixando limpa e seca. Foi possível ouvir um suspiro coletivo daqueles que estavam ao redor.
— Então 23… — Gianny se dirigiu à garota. — Vamos trabalhar?
— Sim senhora! — Disposta, ela respondeu, fazendo uma continência com a mão.
Ela se levantou e se pôs a servir as mesas, enquanto Gianny se dirigia a Jet lhe fazendo uma pergunta retórica:
— Onde estávamos mesmo?
Ele abaixou a cabeça e continuou seus afazeres, dessa vez ele teria que concordar com Gianny, a garota era meio lenta.
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