nikky Nikky St

Ele é capitão da frota estelar, feito prisioneiro após uma emboscada de piratas espaciais. Ela uma contrabandista espacial, herdeira de um dos bandidos mais temidos do espaço, mas que ninguém sabe que já está morto há mais de um ano. Após ser resgatado pela exótica moça de cabelos rosados, Sasuke se vê novamente prisioneiro, mas dessa vez com uma captora muito mais agradável e incrivelmente atraente. Já Sakura, ainda não consegue entender porque cometeu a loucura de resgatar um estranho que não fazia ideia de quem ou o que poderia ser, e que ainda por cima, despertava nela uma atração que nunca sentiu antes. Esse encontro teria sido mero acaso, ou seria o universo conspirando a favor de um novo amor?


Фанфикшн 18+. © Esta história é de minha autoria, mas os personagens do anime Naruto pertencem ao seu respectivo autor, Kishimoto. Apenas os personagens originais são meus.

#sasusaku ##naruto #hentai #UA #espaço
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Capítulo 1

Rota intergaláctica 2357, cinturão de Vênus, quadrante 3 – Ano 2092.

Luzes vermelhas piscavam, juntamente com o alarme que não parava de ecoar em seus ouvidos, havia muita fumaça e o cheiro de queimado se espalhava pela nave. Estavam sob ataque. A rota que faziam transportando um grande suprimento de mantimentos para uma das estações espaciais do governo era segura, mas foram enganados por um falso pedido de socorro de uma nave de transporte civil e emboscados ao sair do caminho que deveriam seguir para tentar socorrê-los. O chamado na verdade veio de uma nave de piratas espaciais Nordakianos.

Ele e seus homens revidaram, mas a nave de transporte de suprimentos era bem menor que uma de combate e não possuía armamentos potentes o bastante. Ah, como sentia falta de sua Stelar num momento desses. Maldita hora que resolveu pegar alguns dias de folga e decidiu ir de carona na pequena nave até a estação de Homeland 2. Só queria relaxar, andava muito estressado e nem sua própria tripulação o aguentava mais. Nunca fora alguém considerado simpático, ou bem humorado, mas após três anos sem tirar uma semana sequer de férias, seu estado de espírito estava medonho, as pessoas fugiam dele pelos corredores da nave e sua fama de rabugento aumentou ainda mais. O único que ainda ousava perturbá-lo era seu imediato e braço direito, Naruto, que fora quem o importunou a ponto de convencê-lo a tirar alguns dias para descansar.

— Comandante Uchiha, precisamos evacuar a nave, os escudos estão falhando e não temos capacidade para revidar. – disse apavorado um dos tripulantes.

Apesar de não gostar de fugir de uma boa briga, aquela era uma batalha perdida, estavam em clara desvantagem. Uma explosão no compartimento de carga ecoou por toda a nave, e as luzes se apagaram por um instante, até que a iluminação de emergência ascendesse. Os piratas estavam tentando invadir, para roubar os suprimentos e os seres cruéis não costumavam deixar ninguém vivo para trás. Não havia mais tempo, precisava salvar a tripulação.

— Evacuem, agora! Todos para as cápsulas de fuga. – ordenou.

Mas era tarde, o inimigo já estava dentro da nave. Tiros foram disparados e alguns tripulantes atingidos, ou mortos. Não poderia deixar isso acontecer, sua honra de capitão vinha primeiro que sua vida, não deixaria nenhum dos seus para trás. Ordenou que os outros fossem mais depressa para as cápsulas e ele atrasaria os piratas, mesmo que isso custasse sua própria vida. Se dirigiu para o compartimento de carga que já estava sendo saqueado, haviam pelo menos vinte piratas ali, mas não se entregaria facilmente. Se escondeu atrás das caixas empilhadas e derrubou um dos adversários, com um tiro na cabeça e depois outro também. Mas não percebeu quando um se aproximou por suas costas, derrubando-o com um golpe na nuca. Sua visão ficou turva e ele sentiu seus braços serem puxados com brutalidade e algemados atrás das costas, procurou sua arma, mas estava longe demais, então voltou sua atenção para o som de passos se aproximando de si, seu corpo foi erguido pelos dois homens que o algemaram e colocado de joelhos, ele encarou o par de botas velhas e sujas em sua frente, para então erguer os olhos e fitar um velho inimigo seu.

— Ora, ora, mal posso acreditar no que vejo. Se não é o capitão Sasuke Uchiha. – disse o Nordakiano, com seu típico sorriso venenoso.

— Orochimaru. – grunhiu.

— O que faz numa navezinha tão medíocre, Sasuke-Kun? Não me diga que foi rebaixado?

— Se me chamar assim de novo, eu arranco essa sua língua, cobra peçonhenta. – o tom frio com que disse, não foi capaz de expressar o tamanho do asco e da raiva que sentia do homem a sua frente. Na verdade, odiava os Nordakianos em geral, os seres que possuíam traços humanos mesclados ao de serpentes nunca lhe inspiraram confiança. E Orochimaru era um dos piores deles.

— Oh, não se faça de durão, sei que também sentiu minha falta, assim como eu senti a sua. – um sorriso ainda mais sombrio se formou no rosto de Orochimaru. _ Não sabe o quanto eu esperei por esse nosso reencontro, para te fazer pagar por tudo o que me fez.

Sasuke sorriu de canto. _ Não me diga que ainda guarda mágoas por eu ter explodido sua nave e te deixado à deriva no espaço? Deveria ser grato por eu tê-lo deixado com vida.

— Deveria ter me matado enquanto teve sua chance, Sasuke-Kun... Eu com certeza não irei desperdiçar a que estou tendo agora. – os olhos amarelos brilhando com maldade.

— Tragam-no á bordo rapazes, teremos uma viagem muito divertida pela frente. – sua risada ecoou pelo espaço, enquanto ele se dirigia de volta para sua nave.

******

Rota de comércio 7458 – Algum lugar próximo a Mercúrio.

— “isso não é problema meu.” – repetia mentalmente para si mesma, tentando olhar para qualquer lugar da nave, menos o canto do compartimento de carga, onde um homem grande e robusto estava preso á parede por algemas magnéticas fixadas em seus pulsos e tornozelos. Ele usava apenas uma calça preta que parecia fazer parte de algum tipo de uniforme espacial e botas, a forma como seus braços e pernas estavam esticados deixava ainda mais evidente seu corpo másculo e os músculos bem trabalhados do abdômen e dos bíceps, o peitoral largo e as coxas definidas que ficavam evidentes, mesmo cobertas pela calça, era um homem muito atraente, ainda que não pudesse enxergar seu rosto, pois ele estava de cabeça baixa e o cabelo preto e liso caia sobre sua face a impedindo de vê-lo por completo. Era impossível não observá-lo. Percebeu que ele estava bem machucado, haviam marcas roxas espalhadas por seu tórax e algumas manchas de sangue no chão.

 _ “O que eles vão fazer com ele? Quem era ele? Por que estava preso?” – Ela não tinha respostas para as perguntas irritantes que perturbavam sua mente. Não devia perder tempo pensando nisso, tinha preocupações maiores no momento.

— Meus homens já verificaram a mercadoria. – Orochimaru capitão da sucateada nave pirata classe-D sorriu para ela, mas nem tentava disfarçar que sua atenção estava toda voltada para a frente de sua blusa, encarava seus seios descaradamente. _ Está tudo certo. Vou transferir o pagamento, basta colocar o seu delicado dedinho aqui.

Ela se aproximou prendendo a respiração, o homem cobra lhe dava calafrios. Aqueles olhos amarelos e a pele pálida e escamosa, sem falar na língua enorme e nojenta que vez ou outra ele passava pelos lábios, como um predador saboreando o medo de sua presa. Ela encostou o dedo no escâner eletrônico para que lesse sua digital e o retirou quando o aparelho apitou, confirmando sua identidade e o visor piscou, completando a transferência.

— Foi um prazer fazer negócios com você, capitão Orochimaru. – disse forçando um sorriso que não tinha a menor vontade de dar e dando um passo para trás para colocar mais espaço entre eles.

— Agora que já cuidamos dos negócios... que tal um pouco de diversão? – disse sorrindo malicioso. _ Já faz um longo tempo que não vejo uma mulher tão bonita quanto você. Poderia ser interessante, ouvi dizer que mulheres de cabelos exóticos são muito boas de cama.

Ela lutou contra a ânsia que se formou em seu estômago e conteve o impulso de colocar para fora seu café da manhã. Esse cara só podia ter sérios problemas mentais se achava que ela se interessaria em fazer sexo com ele.

— Desculpe capitão, mas é contra as regras me envolver com clientes. Kizashi matou o último cara com quem dormi, ele acha que se eu for pra cama com alguém, essa pessoa não será mais confiável para fazer negócios comigo. Tenho certeza que conhece a fama que ele tem, leva seus negócios muito a sério.

Assustado o homem recuou um passo para trás e ela relaxou. Kizashi Haruno. Seu pai tinha uma grande fama de ser um homem impiedoso e que matava pelo menor dos motivos. E essa era a única razão pela qual ela estava viva, ainda. Se por acaso descobrissem que ele já não pertencia ao mundo dos vivos há mais de um ano e que era ela sozinha que estava tocando os negócios... Um arrepio lhe subiu pela espinha só de imaginar o que poderia lhe acontecer, a morte seria a melhor das hipóteses. Uma mulher bonita, jovem e sozinha, lidando com o pior da escória espacial, não demoraria para ser estuprada ou vendida para algum bordel espacial e consequentemente morta na mão de algum brutamontes drogado ou bêbado.

De repente seu comunicador apitou, na hora perfeita por sinal, e essa foi sua deixa para cair fora dali. _ Tenho que ir, meu pai não está em um dia bom hoje e qualquer coisa pode ser motivo para explodir sua nave. – deu de ombros, como se isso não fosse nada de mais.

O capitão pirata tinha os olhos arregalados e suava frio, se afastou um pouco mais andando de costa e acabou esbarrando em algumas das caixas que haviam acabado de ser descarregadas quase caindo no chão.

— Sakura, apresse-se, desaporte antes que eu exploda essa sucata que chamam de nave. - uma voz grave e irada soou em seu comunicador.

Ela olhou para frente observando o efeito que aquilo teve no pirata diante dela. Ele estava ainda mais pálido que o normal e suor escorria de sua testa.

— Já terminamos por aqui, melhor você ir logo, seu pai não nega a fama que tem. – o homem dizia apavorado.

— Oh sim, ele é realmente tudo o que dizem. Acredita que hoje de manhã ele atirou em um fornecedor apenas porque não gostou do gosto do vinho que ele lhe serviu? – disse sussurrando, como se contasse um segredo. As mentiras iam se tornando cada vez mais fáceis de contar à medida que praticava.

— Você tem que ir, agora. – o semblante do capitão era de puro pavor. _ Diga a Kizashi que foi um prazer fazer negócios com ele.

— Eu direi. – respondeu contida, mas por dentro gargalhava, até que era divertido fazer aquilo.

Virou-se para voltar a sua nave e sumir para bem longe dali, quando o som de risos no compartimento de carga chamou sua atenção. Quatro piratas estavam em volta do homem imobilizado na parede, um deles desferiu um soco em seu estômago e o homem indefeso apenas grunhiu de dor. Tamanha crueldade fez o sangue de Sakura ferver e o som dos golpes contra o corpo do outro a fez estremecer por dentro. Covardes, sem honra, deviam dar a ele pelo menos a chance de tentar revidar e lutar por sua liberdade.

— “Não se importe com isso, Sakura, não é uma boa hora, aproveite que tudo deu certo e saia disso enquanto pode.” – dizia para si mesma, tentando seguir sua razão, ao invés de seu coração mole e idiota que sempre a colocava em apuros. Respirou fundo e caminhou de volta para sua nave, mas ao passar pelo prisioneiro que apanhava, este a olhou fixamente, seu rosto agora revelado, mostrava mais alguns hematomas e um pequeno corte no lábio inferior. Ainda assim, ele era lindo, com certeza o homem mais bonito que já viu, com seus olhos cor de ônix, misteriosos e sedutores.

 _ Está achando ruim apanhar de mim? Espere até chegar a estação Iron, você vai lutar contra gladiadores de todas as raças e até robôs. E nós, vamos ganhar um belo dinheiro por sua venda. – disse um dos piratas que o espancavam.

Eles iriam vendê-lo como escravo de luta? Isso era pior do que imaginava. Pobre homem não sabia o que ele tinha feito, mas ninguém merecia um destino cruel assim. Apressou o passo e entrou rapidamente em sua nave, soltando um suspiro de alívio, não podia mais presenciar algo tão horrendo, sua consciência nunca mais lhe daria descanso. As botas faziam um som alto enquanto ela se dirigia para a cabine de controle. Ela se virou para trás enquanto as portas se fechavam e teve uma última visão do homem algemado, que destino miserável ele teria daqui para a frente.

Sua respiração estava pesada e seu coração apertado, de repente ela se lembrou de quando sua vida também se tornou um inferno, há cerca de dois anos atrás. Morava em Júpiter com sua tia Tsunade, quando recebeu um holograma de seu pai, dizendo que queria vê-la. Depois de treze anos ele queria encontrá-la? Não gostou nem um pouco da ideia e não queria ir, mas sua tia, que a criou desde os cinco anos de idade, quando seu pai a levou para morar com ela, disse que ele devia ter um motivo importante para procurá-la, então concordou e decidiu ir, levando sua tia consigo.

Ao encontrar o temido Kizashi Haruno, ele não era mais tão temível assim, estava morrendo em uma cama por causa de uma doença da qual sofria há muitos anos em segredo. Mas seu estilo de vida ainda era brutal, um grande contrabandista, rodeado de capangas tão ruins, ou até piores que ele. Uma semana após sua chegada Kizashi faleceu, dizendo em seu leito de morte que deixava o controle de seus negócios nas mãos dela, logo ela, uma garota de dezoito anos que nunca havia sequer visitado o espaço até sete dias antes. Mas tudo ainda podia piorar e mal o corpo de seu pai esfriou, os coiotes que ele chamava de companheiros se revoltaram e atacaram sua nave, em busca de suas mercadorias valiosas e dinheiro. Sua tia Tsunade deu a vida para salvá-la, colocando-a numa nave menor que era usada para transporte de cargas e se trancando dentro da grande nave de Kizashi a explodindo com todos os inimigos dentro, nenhum deles sobreviveu para espalhar a notícia de que seu pai estava morto. Lágrimas queimavam em seus olhos prestes a escapar e ela fechou as pálpebras para contê-las. Tudo que ela tinha agora era a pequena nave espacial em que vivia, a temida fama de mal de seu pai e a rota de comércio que havia ficado salva no computar da nave, junto com os contatos de clientes e fornecedores.

Ela usou a mercadoria que estava na nave no dia em que fugiu para começar sua nova vida e assim se tornou uma contrabandista espacial. Não era a vida dos sonhos, mas era a única que ela tinha. A porta do compartimento de carga se abriu e ela entrou, vendo Bell se aproximar. O laranja gritante de sua lataria foi a primeira coisa que a chamou atenção quando o achou, não era a cor que mais gostava mas se não fosse isso, ela não o teria distinguido no meio de toda sucata espacial que havia no  cemitério de naves onde o encontrou.

— Bem vinda de volta a bordo capitã. Temos mais uma transação bem sucedida. – a voz aguda do dróide era irritante, mas foi o melhor que conseguiu fazer com os poucos componentes eletrônicos que tinha a disposição. O barulho a lembrava de um sino e por isso lhe deu o nome de Bell.

O robozinho continuava parado a sua frente aguardando ordens.

— Prepare-se para a decolagem, por favor, nosso radar está com problemas, então até que eu o concerte preciso que logue no computador de bordo e faça o procedimento para que eu não bata nas laterais da nave ao desaportar.

Ele se virou e saiu em direção à cabine de controle, para fazer o que ela ordenou. Bell era um dróide auxiliar e sua programação incluía pilotar naves de pequeno porte, entre outras coisas. Foi realmente um grande achado, muito útil. Virou-se novamente, fitando a porta do compartimento de carga, mesmo que não pudesse ver o homem através delas, ainda podia imaginá-lo machucado e preso como um animal.

A porta da cabine se abriu novamente e Pix outro dos três dróides que ela possuía se aproximou. _ Precisa de ajuda? – o pequeno robozinho de reparos perguntou.

— Não Pix. Procure uma tomada para se recarregar, ok? Precisarei de você mais tarde. Ah, diga ao Dom que venha até aqui.

— Entendido. – respondeu se afastando.

— Merda. – murmurou balançando a cabeça, como se tentasse espantar a ideia que estava tendo.

Caminhou até o armário perto da porta e o abriu, observando com cuidado as armas guardadas ali. _ "O que você está fazendo, Sakura? Isso é estupidez." – Suspirou e hesitou por alguns segundos, antes de pegar uma das armas. _ "Você é idiota mesmo. Uma grande imbecil de coração mole que vive se colocando em encrenca." – discutia consigo mesmo, na esperança de se convencer da grande loucura que estava prestes a cometer. Uma porta lateral se abriu e Dom veio até ela, o robô era um antigo androide de guerra que ela encontrou em um depósito de lixo espacial em uma das luas de saturno, enquanto procurava peças de reposição para sua nave. Boa parte de sua lataria estava enferrujada e descascada, não restava quase nada da tinta verde oliva que um dia o recobriu, metade de seu rosto estava desfigurada, deixando expostos seus circuitos e o globo ocular eletrônico, nos braços as articulações de metal estavam expostas dando a ele um ar assustador, como um zumbi robô.

— Quais as ordens, senhor? – ela bufou, já havia desistido de tentar fazê-lo parar de chamá-la assim, era algo em sua programação original, afinal ele foi criado para ser um soldado.

Sakura respirou fundo algumas vezes, juntando toda sua coragem antes de prosseguir. _ Tem um homem preso na outra nave, ele é alto, tem cabelos negros e está algemado á parede no compartimento de carga. Nós vamos resgatá-lo. O que você sempre me diz sobre abandonar um companheiro?

— Nunca deixamos um companheiro para trás. – Dom virou seu grande corpo para o armário de armas, estudando as cuidadosamente. _ Qual o grau de ameaça do inimigo?

— Eles são criminosos, mas não precisa mata-los, apenas os expulse do compartimento de carga para podermos resgatar o outro homem. Não quero o sangue de ninguém em nossas mãos, ainda que seja de malditos piratas.   

— Entendido. Missão de resgate. Pegar o nosso homem e recuar. – disse de maneira robótica.

— Exato. – Sakura ponderou um pouco sobre o que faria. Não conhecia o homem e se fosse alguém perigoso? _ Hum, Dom, ele está algemado á parede, apenas o solte de lá, mas não retire suas algemas.

O androide se virou para ela. _ Não entendo este comando. Ele é uma ameaça?

— Eu ainda não defini isto. Tenho medo que esteja agressivo e possa me machucar.

— Entendido. Proteger meu Senhor é prioridade número um. – Dom se virou pegando uma das armas e a encarou novamente. _ Deve ficar na nave e apenas dar cobertura. É o plano que oferece menor risco.

— Ok. Bell? - Chamou pelo comunicador o outro dróide.

— Sim, capitã?

— Teremos que fazer uma saída rápida, mas ainda estamos acoplados, então, assim que resgatarmos o cara, você terá que arrebentar os ganchos de encaixe para nos liberar, ok? Não espere eu ordenar para iniciar a decolagem, assim que estivermos a bordo, faça. Eles tem canhões, não nos deixe ser atingidos.

— Entendido. Irei usar a velocidade máxima assim que desacoplarmos.

É eles já tinham feito fugas arriscadas antes, não seria tão difícil. Respirou fundo pegando uma máscara de oxigênio e entregando outra para Dom, encaixou-a em seu rosto e pegou uma granada de gás atordoante.

— Certo, vamos lá. Você está no comando dessa missão Dom, eu darei cobertura, resgate o soldado ferido.

— Entendido. Estou conectado com o circuito das portas, fique atrás de mim até lançar o gás. Vou resgatar nosso homem senhor.

Ela se posicionou atrás do androide e assim que as portas se abriram, fazendo um baque alto quando a rampa tocou o convés da outra nave, lançou a granada de gás. Uma espessa camada de fumaça branca tomou conta do compartimento da nave inimiga. Aquilo era loucura, ela estava enfrentando uma nave vinte vezes maios do que a sua e com certeza nunca mais conseguiria fazer negócios com piratas, mas ela jamais iria embora e deixar aquele homem sofrendo ali. E se os piratas não gostavam dele, algo de bom deveria ter, já que eles se simpatizam com gente ruim. Ela ouviu os gritos da tripulação pirata e Dom entrou na nave inimiga, tiros foram disparados e ela se escondeu um pouco mais para dentro de sua nave, se protegendo, mesmo não vendo em que direção estavam indo por causa da fumaça. Ela atirou outra granada, dessa vez com fumaça de cor verde e os homens recuaram, acreditando que fosse tóxica, Dom percorria o compartimento com velocidade, indo em direção ao homem que olhava surpreso e sem entender o que estava acontecendo. Quando chegou até ele, o androide encaixou a máscara de oxigênio em seu rosto e com seus braços mecânicos arrebentou as restrições que prendiam as algemas á parede, jogando o homem sobre o obro e o arrastando em direção á nave de Sakura. Ainda bem que Dom era um robô grande e robusto, do contrário não conseguiria carregar o resgatado. O capitão Orochimaru correu para a porta com uma arma na mão e Sakura atirou outra granada de gás, para impedi-lo de atirar em Dom e no homem que carregava. Assim que entraram na nave as portas se fecharam.

— Bell, estamos dentro. Decolar! – gritou.

Sakura deixou cair a arma, arrancou a máscara e se agarrou á parede em busca de apoio para suportar a turbulência da decolagem. O som dos motores em potência máxima foi ouvido e o chão da nave estremeceu. Um som agudo de algo mecânico se quebrando a fez se encolher, imaginado o estrago que seria causado em sua pobre nave com a desacoplagem forçada, mas não tinham escolha. A nave toda tremia e Sakura olhou para o homem que permanecia imóvel, olhando com uma careta para o rosto desfigurado de Dom, enquanto este retirava a máscara de seu rosto.

— Segure-o, Dom. – O androide obedeceu prontamente, travando os braços em volta do homem, mantendo-o firme, mas sem machucar.

O impacto da nave decolando a toda velocidade repentinamente após se soltar dos ganchos de encaixe foi tão forte que Sakura quase não teve tempo de se segurar direito para não ser arremessada longe dentro do compartimento, seus braços doíam pela força que fazia para se agarrar á borda de uma porta. Mais uma vez ela desejava ter dinheiro para comprar os caríssimos estabilizadores de gravidade, eles ajudam muito nessas horas.

— Estamos livres do encaixe. Iniciando manobras evasivas e preparando para entrar no hiper espaço. Nenhuma violação no casco detectada. – a voz de Bell soou nos alto-falantes da nave. Isso era bom, sem danos prejudiciais. Viajar pelo hiper espaço lhes daria vantagem, pois uma nave pequena atinge uma velocidade muito maior que uma grande.

Assim que entraram no hiper espaço, apesar da alta velocidade em que viajavam as vibrações se normalizaram e a turbulência cessou. Sakura se soltou e caminhou em direção ao convidado que já havia se recuperado do espanto com o rosto de Dom e a encarava sério.

— Olá, eu sou Sakura. – fez uma pausa, não sabia exatamente o que dizer ao homem, havia acabado de roubá-lo de uma nave pirata sem nem conhecê-lo, se ela estava confusa sobre isso, ele deveria estar mais ainda. Talvez achasse que ela também quisesse sequestra-lo para vendê-lo como escravo. _ Em quatro dias estaremos passando pela estação Sky Fall, no quadrante dois do anel de Saturno. Chegando lá eu vou te libertar e você pode voltar para o lugar de onde veio, seja qual for.

O homem era realmente bonito, mas seus olhos a encaravam friamente, ela ficou um pouco receosa, mas não demostrou. Eles se encararam por um tempo, então ele suspirou, mas não disse nada, ela desviou o olhar.

— Ok. Acho que você não quer conversar. – suspirou, ela realmente estava curiosa sobre ele, mas não teria colaboração de sua parte para resolver isso. _ Deve estar se perguntando por que está aqui. Bom, esta é minha nave, eu sou comerciante e indo totalmente contra minha racionalidade e bom senso, te resgatei porque não podia deixa-lo para trás depois de ouvir o que pretendiam fazer com você, ninguém merece um destino tão cruel.

Ele continuou sem dizer nada. Sakura chegou a cogitar que ele fosse mudo ou que falasse outra língua que ela desconhecesse, mas algo em sua cara dizia que ele apenas decidiu ignorá-la. Aquilo a irritou, passava tempo demais sozinha e quando finalmente tinha uma companhia não robótica, seria ignorada. O que tinha de errado com ele afinal, ela salvou sua vida e é assim que a retribui? Ingrato.

Bufou irritada. _ Bom, eu vou mandar Bell aqui para cuidar de nosso convidado, não o solte, Dom.

— Entendido, Senhor.

— Eu pensei que você tinha dito que iria me libertar. – a voz grossa e rouca chegou aos seus ouvidos quando se virou de costas.

Virou-se de lado, com uma das mãos na cintura e o olhou pelo canto dos olhos, encontrando sua expressão dura e fria. _ Eu disse que farei isso... quando chegarmos à estação Sky Fall. – sorriu de canto e se encaminhou para sua cabine, precisava de um banho depois de um dia tão maluco. 

26 февраля 2018 г. 16:29 0 Отчет Добавить Подписаться
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