Eu caminhara pelas várzeas encharcadas por uma breve garoa, até que um homem barbudo, carregando uma vara de pescar me parou pelo caminho. Ele usava botas, calças desbotadas e um chapéu rasgado, que contrastava quase que perfeitamente com seu sorriso espontâneo, aproximou - se de mim e disse:
—Olá, não posso vê - lo, mais imagino que estou falando com um jovem de bom coração, não é?
Foi então que percebi, ele olhava somente para o horizonte, como se fosse incapaz de enxergar. Ele era cego. Respondi à ele, dizendo:
—Agradeço teu elogio, mas, de onde vens?
Ele ficou calado por um tempo, como se não tivesse certeza da resposta, mas logo em seguida falou:
—O lugar de onde eu vim, não há princípio nem fim. Ele se une gentilmente ao horizonte, como a lua sendo refletida ao mar. De onde eu vim não há fome, nem tampouco sede. De lá eu posso ver as estrelas, de lá eu posso pensar. Porém, venho à caminhar. Em meio às várzeas, procuro um lugar onde eu possa amar.
Tudo aquilo resooava para mim como pura poesia, e por um momento, me vi tentando decifrar suas palavras. Eu parecia estar flutuando em meus pensamentos, até que de repente, o homem já não estava mais lá. Parecia ter súbitamente retornado ao seu antigo lar.
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