Estava morando na casa de uma tia minha, tinha meus 19 anos, esperava pela oportunidade de um emprego, já que na minha cidade a coisa estava feia para os jovens e adultos.
Ainda estava terminando os estudos no supletivo da escola local, então durante o dia ficava em casa e a noite ia para a escola.
Neste tempo, dividia o quarto com mais dois primos mais novos que eu, não precisavam se preocupar com nada além de irem para a escola pela manhã.
Um dos meus primos, apareceu com um novo amigo que, na verdade, era um vizinho que morava na rua de trás da nossa casa. O garoto tinha a mesma idade do meu primo mais novo, uns 16 anos, completado recentemente ou já quase nos 17, não lembro ao certo.
O garoto era uma peste, filho único e mimado, com pais realmente problemáticos, embora nada que não fosse comum naquele lugar.
De início, mal nos falávamos e praticamente não nos víamos. Ele brincava com os meus primos sempre ao anoitecer, então eu estava saindo de casa para ir à escola. Mas aos finais de semana, se reuniam cedo e automaticamente, eu tinha que aturá-los o dia todo.
O tempo foi passando, e aquele garoto se acostumando lá em casa, passou a dormir lá conosco nos finais de semana e quando as férias chegaram, era quase impossível fazê-lo ir dormir na casa dele.
Neste período, e devido ao tamanho da casa, muitas vezes fui obrigado a dividir a cama com ele, principalmente quando estava calor e minha tia queria dormir sozinha, não deixando meu primo mais novo, dormir com ela.
No início era normal, dividia a cama mesmo contra a minha vontade. Afinal, estava ali de favor. Mas depois, fui notando que o garoto tinha um jeitinho meio estranho e todos lá também já estavam reparando nisso.
Lembro também que nesse tempo eu tinha acabado de terminar meu namoro com uma garota que frequentava a casa da minha tia, era amiga de todos e continuou a frequentar a casa mesmo com o fim do nosso namoro, ela odiava o garoto e foi uma das primeiras pessoas a questionar a sexualidade dele.
Embora o garoto já tivesse namorado uma das minhas primas, as brincadeiras continuavam e eu apenas observava.
Em algum período, nossa amizade aumentou, já não questionava o fato dele estar lá e nem as brincadeiras suspeitas dele. Meu primo mais novo tinha um pouco de ciúmes, pois o garoto, muitas vezes deixava de brincar, para ficar conversando comigo.
Mas para encurtar essas partes, houve uma noite chuvosa onde a casa estava cheia e todos já estavam prontos para dormir, eu na cama com ele, e meus primos na cama ao lado. Com os trovões e vento, decidimos contar histórias de terror e fazer coisas bobas que todo mundo já deve ter feito. Enfim, ficamos todos na mesma cama, um total de 4 pessoas em uma cama de solteiro.
Depois de muitos gritos da minha tia para que fôssemos dormir, resolvemos sossegar e nos deitar. Acontece que ficamos todos na mesma cama, espremidos e ele (o garoto), deitou ao meu lado.
Não dava para se mexer e claro do jeito que deitamos, ficamos — ainda não sei por que fizemos aquilo — mas, assim foi.
Lembro que adormeci rápido, mas acordei de madrugada, com sede e preguiça de ir buscar água. Quando abri os olhos e me organizei para saber onde estava, o garoto estava simplesmente frente a frente comigo e podia sentir sua respiração bem de frente ao meu nariz, ou seja, estávamos praticamente com os rostos colados e aquilo me assustou um pouco.
Não fui beber água e também não falei nada, me afastei devagar para que não o acordasse, e adormeci novamente. Minutos ou horas depois acordei, mas dessa vez foi porque algo tinha me incomodado.
Quando abri os olhos, pude notar e sentir o que tinha me incomodava. O garoto estava deitado de costas para mim e sua bunda estava nas minhas coxas, como se tivéssemos dormindo de “conchinha”. Isso me deixou inquieto porque ele acordou e perguntou se eu estava acordado, respondi que sim, mas que tinha algo estranho. Ele questionou o que, e respondi que estava molhado. Ele não entendeu, perguntou se eu tinha mijado na cama, expliquei que não era mijo, mas que tinha gozado.
Estranhamente, não reagiu com estranheza e a única coisa que disse foi:
— Nossa.
E então nos calamos e formos dormir.
Pela manhã, comentei com minha ex-namorada sobre o ocorrido e ela jurou que ele era “gay” e que estava a fim de mim. Duvidei, alegando que ele era muito novo e que se fosse já teria contado ou algo do tipo. Por fim, resolvi conversar com ele e falar sobre a noite anterior.
Foi bem difícil e complicado chegar ao assunto, mas ele pareceu facilitar tudo, era como se quisesse que eu perguntasse, então em certo momento fui direto e questionei se ele queria me beijar durante aquela noite, disse que sim e que não sabia se era “gay” ou bissexual.
Fiquei meio tonto com a situação e claro tentei convencer ele que aquilo era coisa passageira e que não deveria ficar pensando naquilo. Enfim, tentei dizer que não deveria pensar ou tentar fazer aquilo.
Eu era completamente ignorante no quesito homossexualidade, e claro, estávamos na casa da minha tia, o que poderia dar em uma grande “merda”.
Acontece que o tempo foi passando lentamente, e cada vez ficávamos mais próximos, e em uma certa manhã de segunda-feira, meus primos foram para a escola e ele ficou dormindo, acordando logo que fechei a porta para os meus primos saírem. Como só estávamos nós dois no quarto, acabamos nos olhando e automaticamente nos beijando.
Tudo rápido e assustador, mas, simultaneamente, tão gostoso e excitante.
Não falamos muito sobre o ocorrido, o dia correu normalmente, apenas nos pegávamos rindo e as pessoas perguntando do que riamos, alegamos ter sido uma piada que ouvimos juntos, mas isso foi só até o final daquela semana.
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