rael_moraes Rael Moraes

Com problemas com o pai, Nicholas passa por muita apenas por uma aceitação, e em seu caminho, Dominic mostrou ser uma pessoa muito importante. Entre tantas nuances, Dominic era a sua literatura, seu poema, seu soneto. E Nico amava ler e apreciar.


Романтика Молодой взрослый романс 18+.

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Prólogo.

De frente para aquele caderno, eu pude ver o quão fodido eu estava. Quando se entra na faculdade de Letras, você imagina coisas que relativamente se acentuam ao escrever poesias, descrever romance e alguém fazendo a desgraça de um MBA para talvez ser um grande (e fodido) professor, matérias de português, o famoso "Por que, porquê, por quê, porque" que ninguém mais aguenta.

MAS NÃO, o alecrim dourado, vulgo eu, tinha que tá metido em um script da peça de teatro da faculdade! Fodido? Mais que eu? Há, não existe.

Sempre que posso, paro e penso, reflito e pergunto: Nicholas Castello, o que está a fazer na faculdade de literatura numa das grandes universidades desse mísero país? É, acho que preciso pensar muito para chegar a resposta correta da questão.

Fechei os olhos incomodado com o ruído da ligação no fone.

– Cara, você devia mandar a real pro professor Samuel, simples, pô! – reclamou Pietro do outro lado da ligação.

Esfreguei a mão na testa, levando-a até o visor do celular, que marcava duas horas de ligação, ou seja: cento e vinte minutos de tentativa do Pi de me ajudar. Que que eu estou fazendo neste curso mesmo? Ah sim, verdade.

– Pie, porra, não cola, tá ligado? Eu tenho três meses para escrever! E, bem… você é romântico, pensei que iria conseguir ajudar com algo. – resmunguei frustrado, ajeitando um dos fones ao bater com o lápis sobre o papel com a mão destra.

Fechei novamente os olhos pelos ruídos, caramba, por isso que eu durmo pouco com ele! Esse doido se movimenta demais! Chega a ser desconfortável este som.

Preguiçoso! Não quer falar porque quer dormir! Nojento… Pietro Rossi suspirou do outro lado.

Estou neste trabalho a mais de duas semanas, estou tendo pequenos avanços, o primeiro ato tá quase em conclusão e eu nem sei como começar este tipo de romance. Eu nem mesmo consigo fazer o trabalho direito, a cafeteria está com grandes demandas de encomendas e os clientes estão chegando em abundância.

Todos os dias o trabalho me mata, eu chego chego e saio tarde, nem mesmo sei o que fazer quando eu estou no intervalo. Desde o dia que isso começou e sou colocado no caixa, eu passo horas olhando para os casais na lanchonete. Chega a me deixar entristecido…

– Nic, eu realmente te desejo tooda a minha boa sorte – bocejou –, só que eu ser e não ser um romântico não vai influenciar em nada, tu quem cursa e se meteu nisso, eu realmente peço desculpas por ser um inútil no momento. Só que… também não se baseia nos teus namoros, não…

Ele tá mais que certo. Bocejei cansado, não conseguindo evitar um som, então larguei as coisas na mesa e peguei o celular, andando pelo quarto com o telefone na mão, enquanto me despedia de Pietro, eu ajeitava as coisas na cama e desliguei a luz acionando a Alexa para que reproduzisse som de chuva para poder descansar. O silêncio é muito ensurdecedor e acaba me deixando paranóico sobre muitas coisas, então é bom ter um som para me fazer apenas apagar.

Pela manhã eu saí cedo para o café, Donna (um estabelecimento tão agradável que julgo ser um lar para mim) estava com poucos clientes hoje e eu agradeço mentalmente por isso. Eu consegui parar um tanto para rabiscar meu bloco de notas, passei os dedos nos fios ralos do cabelo, eu odeio quando estão longos, me sinto tão incomodado!

Rabiscando algumas ideias que vinham em minha mente, e lutando para não procrastinar, eu cutuquei com a tampa da caneta em minha bochecha, encarando os rabiscos que eu estava fazendo.

Eu pensei que quando eu começasse a fazer alguma coisa (como trabalhar e morar sozinho) as coisas mudariam de, talvez de mal a pior. E não é que é mesmo? Estão tão mais pálidos que o normal e não é por comer pouco, ando passando a máquina 2 no meu cabelo, fico parecendo aquele coreano da boyband BTS… RM?

Levo o dedo a boca, puxando o maldito corinho que estava saltado, mordiscando a pele morta, distraído.

– Bom dia.

Sou retirado de meus devaneios quando ouço uma voz gentil à minha frente, com um sorriso eu ajeito a postura. Quando meus olhos param em frente a figura que estava sentada no banco exatamente onde eu estava na frente, eu pude sentir meu ar faltando por completo.

Moreno, com os olhos tão escuros quanto o universo.

Pisquei atordoado, sorrindo.

– O que deseja? – puxei a caderneta, olhando pouco para ele para não parecer abusado.

Ele tinha o maxilar marcado e, porra, isso era tão nítido!

O rapaz sorriu e eu pude ver que ele tinha os lábios longos e delicados, se controla, menino. Mas ele não me parece tão desconhecido, talvez ele esteja na faculdade também? Devemos ser colegas? O que será que ele está fazendo aqui tão cedo?

– Eu vou querer um cappuccino, com bolo de milho. – e então ele apoiou o rosto na mão, com um sorriso eu concordei com a cabeça, não deixando de reparar naquele band-up em seu pulso, deve ser charme?

Porra de for, ele conseguiu certinho!

Me virei para fazer o que ele queria, deixando a máquina trabalhar no café dele e me virei para o balcão, pegando um pedaço de bolo para o garoto.

Com uma certa timidez, eu larguei o prato em sua frente.

Não quero parecer alguém que gosta de se machucar com pensamentos, porém quando eu acho que estou passando dos limites de olhadas, eu sei que um interesse vai crescer dentro de mim e ele não vai se tornar mútuo, nem mesmo recíproco. Eu posso atender ele aqui, mas e depois? Nunca mais veremos. Tantos que eu atendo e que eu não vi nunca mais.

É como uma paixão à primeira vista. Momentânea.

– Ah, eu não queria tão grande, pode me dar metade..? Eu não, realmente, não terei dinheiro o suficiente… – ele mordeu o lábio e encarei o prato, crispando os lábios.

Mas também não sairei como desfeito.

– Ahn… o senhor pode comer, será cortesia da casa. Além de ser uma receita nova, será o primeiro a experimentar, ficaria encarregado deste pedaço generoso. – coloquei as mãos no bolso do avental, ouvindo a máquina avisar que o café do rapaz estava pronto.

Me virei para pegar o prato e com uma calma inexplicável eu deixei o café para ele. Me afastei um tanto, encarando aquele bloco pela vigésima vez no dia, molhei os lábios com a língua e rabisquei mais algumas coisas. Ouvi um pigarro e levantei o olhar. Os olhos escuros estavam presos em um único ponto, confesso que isso me deixou arrepiado.

– Então, você quem é o Nicholas do curso de Letras!? – pediu curioso.

– Ahn? – soltei alheio aquela informação. Na verdade, bem ciente do que ele disse. – A-ah! Sim, você estuda lá..?

Olhei para o cartaz preso na lanchonete. Donna (que ironicamente tem o mesmo nome que seu café), fez questão de deixar um cartaz destes na cafeteria e convidava a todos que entravam, quem iria ganharia um desconto ao apresentar o ingresso carimbado pela instituição.

Que vergonha, meu deus!

O moreno parecia ponderar sobre a resposta, até que ela veio alguns segundos depois:

– Sim. Falando nisso, Gus fala bastante de você. – ele acrescentou com um sorriso (que me deixou de pernas moles): – É um prazer lhe conhecer, Nicholas. Eu sou Dominic. Curso Arte contemporânea na faculdade.

– Muito prazer, Dominic… então, o Gustavo né? Aquele pateta… – sussurrei a última frase, amaldiçoando-o na minha cabeça. Ele fala de mim por aí!? Que garoto-! Cacete que vontade de fazer ele engolir essa língua afiada de cobrinha criada com o Pietro. Vejo seu olhar em mim esperando uma resposta. – Guto é um ótimo amigo, mas não entendi o porquê de estar feliz em me conhecer. Sou como qualquer outro.

– Ah, não diga isso! É que eu apenas estou interessado em sua obra… Gustavo é um – crispou o canto dos lábios antes de completar – ótimo amigo, ele fala muito bem de você, assim como os outros dois. Então eu pensei que seria legal acompanhar de perto, passar para o jornal da faculdade depois para ter uma ótima manchete.

Não era isso que ele queria. Eu vejo no seu rosto que ele está apenas curioso ou que quer participar. Se tem alguma coisa que eu costumo pensar é que: duas cabeças pensam melhor que uma. E porquê não, né? Eu não vou sair perdendo, e bem, os créditos são méritos. E se ele me ajudar, isso pode ajudar na faculdade dele e em bons resultados.

Juntei as sobrancelhas, olhando para ele de canto, observando os dedos longos levarem a xícara até seus lábios. Acompanhei o caminho até que os lábios vermelhos sugassem o líquido, virei o rosto para o lado, me xingando mentalmente por ser tão besta.

– Vou pensar.

Ele concordou com a cabeça.

Me afastei dele um pouco, parando no caixa para atender um cliente que estava pagando a conta, sorri para a moça que estava realmente agradecendo pelo bolo de morango, dizendo estar ansiosa para poder encomendar o dela para algum evento que não prestei atenção para ouvir. Olhei de canto para Dominic, que estava entretido com o seu protetor de corte, esfregando a mão por cima do curativo.

Suspirei, balanço a cabeça para os lados, não é hora, Nico. Não é hora!

Eu sempre me quebrei em todos os meus relacionamentos, não tenho uma base sequer de como vai ser uma maldita peça de teatro onde um romance é o tema principal, que clichê! Poderia ser a arte da Guerra, ou a ilustre vida de uma família, comédia!

Veja bem...

Com o meu primeiro namorado, apenas fui obrigado a deixar meu cabelo crescer por ser mais bonito com ele longo, assim não ficaria tanta pele exposta.

Com meu segundo, o infeliz me deixou com uma marca que eu jamais vou esquecer, essa porra na minha cabeça pesa e graças a minha boa sanidade mental, não é minha consciência (esse pode ter certeza que a dele pesa).

O meu terceiro, esse babaca faz meu sangue ferver de modo sem igual, se tem algo que eu odeio nesse mundo é gente que se atrasa pra qualquer coisa e dá desculpas tão esfarrapadas quando a cara lavada na mentira. Quem se atrasa por que teve que ajudar uma senhora atravessar a rua!?

O som da cafeteira tocava uma playlist que Donna havia escolhido, e eu quero tanto pedir para ela tirar dessa sofrência, cara! Pô, eu tô feliz, e começa Jão? Amiga, a terapia tá cara… já tentou pagar uma?

– É que sou fraco, frágil e estúpido… – Murmúrio baixinho, começando a puxar alguns salgados para trocar por outros mais quentinhos e crocantes. Murmurando o som da música, eu não me dei por conta quando o tal Dominic levantou e andou até o caixa, parando agora em minha frente enquanto sorria pequeno.

Notei sua mão esfregando sobre o mesmo lugar, de leve. Talvez uma mania?

O silêncio vindo de nós dois, que não era desagradável, era bem nítido. Quando o cartão foi puxado eu até mesmo quase engasguei com a minha própria saliva, um black. Jura?

Cacete por que eu não me dei por conta!? Roupas caras, com a costura mais que centrada. Filho de patrão? Com certeza. Em poucas palavras para passar na máquina de cartão, ele agradeceu e então se virou para sair, mas antes que passasse pela porta de vidro, se virou acenou.

– Até mais na faculdade, Nicholas, e o bolo estava perfeito.

O sorriso dele era visível de longe e, estranhamente, confortável. Puxei o ar que não tinha me dado por conta de ter segurado, toquei minha testa e fechei meus olhos um tanto frustrado. Que porra!

Olhei para o cartaz e neguei com a cabeça, eu não quero nem imaginar o que vai acontecer quando isso chegar nos ouvidos do meu pai, sinceramente eu não quero nem saber se já chegou… Pois quanto mais eu observo as coisas, mais eu quero me fingir de cego, sério. Tem certas coisas que me apavora e eu prefiro nem chegar ao ponto crucial deste apavoramento. Neguei várias vezes com a cabeça, tentando ignorar qualquer incômodo que surgisse. Isso não é hora Nicholas.

A manhã finalmente havia chegado ao fim e eu pude deixar minha cabeça relaxar quando entrei no vestiário, trocando de roupa para uma confortável, a minha roupa. Me olho no espelho, observando o corte militar que me acompanha desde os primórdios e esfreguei a mão nele, gostando daquela sensação rala de cabelo.

Mesmo que eu trabalhe aqui a mais que dois anos, eu nunca fico à vontade com os outros, mas não consigo me socializar com eles, uso a desculpa de ter trabalho da faculdade acumulado para não sair para qualquer lugar. Mesmo que eu socialize com os clientes, meus colegas de trabalho são pessoas que eu ouço os assuntos e convivo.

Toquei minha clavícula, encarando a marca que eu tinha ali. Pietro é um grande bostão que eu tenho vontade de socar!

Tomo o rumo da minha casa, esfregando a mão no braço e lembrei das marcas vermelhas do Dominic. Urgh! Pare com isso seu besta! Não fique pensando em pessoas. Além do mais, ele tirou a porra de um BLACK DO BOLSO!!!! Eu não deveria me meter na vida das pessoas, nem mesmo me sentir curioso e querer ir atrás, só que… ele disse que não tinha tanto para tudo aquilo.

Porra eu sou um besta!

Eu deveria parar de pensar nessas coisas.

Antes que eu pudesse chegar em casa, meu celular apita em um som de notificação, e com uma mão eu desbloqueio o celular já clicando no aplicativo de chat de conversa.

Pietro Rossi havia me enviado mensagem. Cliquei nele.

Pateta do 3,14:Vai querer carona? Aproveita que tô com um bom humor!

Mordi o lábio, parando de caminhar e olhei para os lados para atravessar a rua, parei ao subir a calçada puxando de novo o aparelho, respondendo rápido.

Nico: Pode ser. Vou te esperar em casa, não esquece que hoje tem jogo.

Agradeço por morar perto. Subi as escadas da varanda da casa, batendo o pé para tirar a sujeira e passei no tapete, destranquei a casa e respirei fundo, sentindo o cheiro de essência de rosas, eu não sei porquê ainda me torturando com isso…

Não demorei para me arrumar quando recebo a notificação de que o Rossi estava vindo para cá. Peguei a mochila jogada no sofá e sai, trancando mais uma vez a porta. Eu definitivamente odeio a cadeira de linguagem e interpretação, pelo simples fato de ser de tarde. Por que não tem durante a noite, como as outras? Deixei uma cara de insatisfação quando ele parou em frente a minha calçada, tirando o capacete e jogando a franja do corte moderno.

– Eu tive uma ideia para sua peça! Que tal o garoto sem senso de moda? Perfeito pra você! – Um sorriso divertido era mostrado nos dentes brancos e alinhados do meu melhor amigo, que estava apoiado sobre o capacete que iria me emprestar.

Lancei meu melhor olhar de “Agora não, Pietro”, peguei o capacete assim que me foi estendido e coloquei, fechando a trava de proteção e suspirei derrotado ao olhar para a moto. Eu só queria chegar vivo na faculdade, pena que eu vou ir de moto, ainda mais com esse bunda-mole que ainda tenho com o memorável título de melhor amigo.

– Tinha que ser moto, Pi? Não poderia usar um veículo mais seguro, adaptado para que não derrapassemos pelo asfalto e corrermos o risco de parar embaixo de um caminhão? Pô, ai tu me decepciona, irmão – Deixei o drama correr, mas o salafrário apenas riu de canto, não me respondendo, então apenas subi na maldita garupa e agarrei-me na cintura dele.

Passe de morte adquirido com sucesso.

Não sei de onde ele tirou essa habilitação que ele tem, se tem um meio de transporte que eu odeio são motos e esse bocó bêbado. Eu sou alguém que prefere não chamar a atenção, ser neutro, e eu consigo tudo menos ser discreto com essa matraca bebada. Parece que eu viro o pinheirinho de natal inusitado para os outros, todas as atenções são concentradas em mim.

Eu gosto do fato do meu melhor amigo ser uma pessoa bem conhecida, eu fico feliz com isso. Vejo que as pessoas dão o verdadeiro mérito, cujo qual eu me sinto insuficiente para entregar isso. Só que, porra, eu amo esse fedelho metido a capitão do time de basebol!

Mas não é por amar ele que eu vou aguentar ficar indo de bolinha de pinball.

Bati no ombro dele em tapas leves, que encostou a moto ao entender o meu recado. Segurei em seus ombros para descer da moto e retirei o capacete, passando a mão na nuca ao o entregar o capacete. Estou ficando com frio na nuca, isso se dá ao início do nosso inverno.

Há algo mais gostoso que o inverno? Não mesmo, mas só eu de pijama quentinho. Nada mais importa.

Ta, ta. Eu vou deixar a moto aqui, espera. – suspirei, segurando a proteção e observei o loiro oxigenado descer da moto – Agora vamos,

Balancei o capacete que era branco e com dois desenhos de um pokemon esquisito, senti que ele estava desconfortavel e suspirei o mais fundo que eu conseguia. Ele quer falar alguma coisa e não quer ao mesmo tempo, como se não tivesse certeza. Pietro chega a ser insuportável com esses jeitos.

Passando pela entrada do nosso bloco, subitamente o corpo dele parou de andar e encarei os olhos dele, o sorrisinho malandro ali. Idiota.

– Querido amigo, lembra daquela situação com aquele japa do curso de gastronomia? – Levantei a sobrancelha, que foi entendido como catapulta de informação – Então, sua palhaçada com o espelho retrovisor dele ta na reta, caso não coma com a gente na La Divina mais tarde.

– Nem fodendo! – fechei a cara. – Conta pra ver onde sua língua vai parar.

A ameaça não pareceu surtir tanto efeito quanto deveria, ele riu zombeteiro e o peso de seu braço foi deixado sobre meus ombros. O filho da puta ainda tem coragem de me tocar depois de uma ameaça dessas de contar que, na festa do mês passado, o maldito Japa não quis ficar comigo e eu (bêbaço) quebrei o espelho dele em um único chute.

Não foi só esse fator que acarretou meu ato de fúria, eu não sou alguém que se importa de quem quer ou não ficar comigo, mas sim o que o retardado disse para os meus colegas no dia anterior. E eu até suspeito que ele saiba que fui eu quem quebrou.

Sou uma pessoa muito coração. Dependendo da situação.

– Então não se esqueça, depois da aula direto para o café. E depois, Sophie vai vir buscar nós dois para o jogo. – avisou, eu já havia esquecido…

O jogo definitivo da Harpia, era este ganho para a entrada do time da faculdade entrar nos estaduais. estou definitivamente torcendo por eles!

– Pare de pensar nisso que eu sei que tá pensando, ou que vai chegar neste pensamento. – A mão repleta de anéis tocou meu ombro e levantei uma sobrancelha. Sendo guiado novamente pelas escadas acima (porque, segundo meu amigo, temos que exercitar as pernas), ele tomou a falar mais uma vez – Você conseguiu aquela questão da peça? Guto e eu estamos ansiosos para, quê? Dois meses e duas semanas?

– Você pode parar de me lembrar disso? A nota de todos os meus colegas vai ser em base a cada personagem que eles fizerem, eu tenho que escrever algo que não prejudique ninguém.

– Nico, – meus ombros foram segurados, me impedindo de subir aquelas escadas de novo, encarei as orbes dos olhos mais sério que eu estava vendo. Ali estava, essa cara que eu queria evitar, a seriedade de alguém que não tem culpa de me ouvir ficar bostejando sobre meus problemas! – desde que saiu da Harpia vem se culpando por muita coisa, eu não quero isso, Nicholas. Cacete, tu é meu melhor amigo, eu mais que ninguém sei como sua cabeça funciona, Quantas vezes a gente ficou no seu quarto enquanto você tinha uma ou duas crises? Jamais vou me importar de passar cinquenta ou mais contigo, apenas não se cobre com uma coisa que não cabe a você, não mais,

– Pi, você me deixa enjoado com essa melação toda, obrigado… Apenas, não aqui, ok?

Sorri, retirando sua mão de mim e virei meu corpo para poder voltar a caminhar.

Acima de tudo, tenho medo de depender emocionalmente dele e ser um peso depois. Nem ele e eu merecemos isso,

Quando eu entrei no time, cara eu fui tão bem recebido, fiquei por longos dois anos jogando e até consegui ser um ótimo substituto do capitão quando ele teve de pegar atestado por estar doente, e foi ali que meu andamento no time estava para desmoronar.

Dois anos atrás eu tive um namoro normal, até, éramos pessoas quebradas tentando se consertar, e nem tudo é flores. Nem tudo dava certo, e então terminamos, meu rendimento no time não tinha nem uma influência do meu relacionamento, eu sou independente e sempre caminhei com minhas próprias pernas. Jogar basquete era um sonho de um jovem adulto de 26 anos que cursa bacharelado em Letras.

Oh mãe, o que eu estou fazendo da minha vida?

1 августа 2022 г. 0:00 0 Отчет Добавить Подписаться
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