helenasterling Helena Sterling

Sejam bem-vindos ao The Masked Pleasure! Terá uma noite inesquecível, isso, claro, se estiver disposto a pagar o preço. Mas seja cauteloso, não se apaixone… Foi nisso que Zitao falhou.


Фанфикшн Группы / Singers 18+.

#kristao #kriswu #taoris #medieval #yaoi #bl #zitao #tao #yifan #wuyifan #huangzitao #bordel
Короткий рассказ
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Capítulo Único

A cama, o quarto, não importavam, não tanto quanto estar nos braços de Yifan. Sentia-se tão acolhido ali, era tão quente. Contudo as palavras que ouviu naquela noite não saíam, como fantasmas, não o deixavam dormir. Então remediava a própria falta de sono observando as feições bonitas do homem que o tinha tão profundamente e tão além. Não pôde evitar a melancolia e foi tomado pelas lembranças…


Antes…

Zitao estava entediado. Sentado na poltrona de luxo, não tinha clientes marcados para a noite, mas também não era esse o motivo de seu tédio. A capital do reino é conhecida por suas noites agitadas, o comércio de rua, os bailes de figurões e, claro, o Distrito do Prazer. Nada interessante o suficiente para entretê-lo.

The Masked Pleasure era o nome, famoso pelos seus prostitutos sempre mascarados usando codinomes. Zitao quase podia chamar de casa, quase podia chamar a dona de mãe. Depois de todos os lugares pútridos por onde teve que passar, aqui era bem tratado. Mesmo não dando tanto lucro quanto as prostitutas, ainda sim tinha seus clientes fixos e conseguia ganhar a vida.

Ver os rostos familiares pelo salão agitado enquanto lembrava do passado não ajudava com o tédio, então tratou de espantar as lembranças decadentes. Tentou usar a música alta para se distrair, sem sucesso, sua chefe dizia que ser tão azedo atrapalhava sua popularidade. Tanto faz.

Uma cara nova, captou. Era alto, constatou ao se levantar e Chase se pendurou nele, a desesperada. Uma pena para ela, Zitao estava interessado. Pescou uma taça de licor enquanto se aproximava de seu futuro cliente.

— Deixe-o respirar um pouco, Chase, querida — disse, e sorriu ao receber um olhar irritado dela. — Aqui, mas não pense que é de graça, nada é.

O homem sorriu, era bonito. A roupa preta denotava simplicidade, a espada presa à cintura tornava suspeito de quantas outras armas carregava escondido, contudo, ao todo, fazia Zitao querer lamber os lábios.

— Quanto é você? — E era direto.

— Hm… — Zitao fingiu pensar, fazendo charme. — Depende do meu humor, mas para você será mais caro.

O homem se aproximou um passo. Zitao pôde sentir o cheiro do sabonete dele, o que denunciou que, apesar de vestido de forma simples, alguém tinha se preparado bem para curtir a noite. Zitao poderia ajudá-lo com isso, e muito.

— É assim que seduz seus clientes?

Chase bufou alto e saiu de perto, completamente ignorada.

— Está funcionando? — Tao desafiou.

No momento seguinte, estavam em um dos quartos do bordel. As roupas prateadas de Zitao e as pretas do homem estavam por todo lugar exceto nos corpos deles. Não sabiam o nome um do outro, mas estavam certos de cada pequeno toque.

A partir daí, se tornou um cliente fixo. Zitao percebeu que havia se enganado a respeito do homem, era cuidadoso, atencioso, e deveria ter um estilo de vida abundante, já que, Zitao não era barato e conseguia reservá-lo por noites inteiras apenas para que dormissem abraçados. Não que fosse um grande conhecedor, não, o que sabia se limitava ao nome Yifan. E não cobraria mais, não quando tinha que permanecer no anonimato. Regras do The Masked Pleasure, os prostitutos estão sempre de máscara e nunca usam o verdadeiro nome.

— Silver. — Era como Yifan sussurrava para si no auge do prazer, era como o conheciam.

Vestido em prateado como se fosse banhado pelo luar, Silver, era assim que atendia seus clientes. Contudo, não podia negar a própria curiosidade conforme o tempo passava, o nervosismo quando ele sumia por um dia ou dois, mas sempre voltava e Zitao afastava os sentimentos ruins. Não queria nem pensar na realidade, que os dois estavam fadados ao fracasso.

Então, naquela noite, Yifan o reservou, trêmulo, e após receber um beijo, Zitao perguntou o que estava acontecendo. Yifan desviou, apertou os lábios e engoliu em seco. O silêncio fez a empolgação virar medo, algo estava definitivamente errado.

— Yifan…

— Trinta dias, eu vou sumir por trinta dias, Silver.

Trinta dias? Um mês inteiro? Zitao se manteve fixo no chão, temia cambalear, demonstrar fraqueza. Na mente havia apenas uma pergunta:

— Por quê?

— Tenho… planos. — Yifan coçou a cabeça. — Preciso que me espere.

Zitao deu um passo para trás.

— Então esta é uma despedida.

— Acredite em mim…

— Não. E não me peça mais. — Se manteve firme, se manteve forte. Não era a primeira vez e não seria a última, estava na vida noturna a tempo suficiente para saber lidar com isso. — Vamos, venha.

Tao foi abrupto, agressivo até, puxava o tecido para longe do próprio corpo sem medo de rasgá-lo. Yifan se aproximou, o parou. Tendo o queixo levantado de forma tão gentil pelo mais alto, a temperatura subiu rapidamente. Estavam tão próximos, mas Zitao não poderia se enganar por aquilo. Fechou o coração para os beijos, e os sussurros bonitos e promessas.

— Eu voltarei…

— Chega disso. — Zitao cortou, se precisasse manter a boca dele ocupada pelo resto da noite, faria. Só não suportava mais ouvir palavras do tipo.

Ao beijarem-se, o contato metálico da máscara prateada era uma presença inesquecível, estava sempre ali, entre os dois. Um lembrete expresso da real situação do relacionamento que possuíam. Era um prostituto, Yifan poderia se cansar e sumir a vontade, não havia nada de concreto além do prazer… então era ao prazer que iria se agarrar.

Zitao foi despido, aberto entre os lençóis, beijado, mimado, testado. Após o primeiro orgasmo, continuou, pendurou-se no pescoço de Yifan como um louco desesperado. Sentiu o toque das mãos quentes em cada centímetro, gemia e se deleitava, os lábios eram tão doces, mas o coração… o coração precisava de mais. Se era possível destilar amor puramente do ato sexual, comprovaria naquela noite.

No fim, terminou deitado, sem sono, enquanto o outro dormia. Sentindo-se tão só nos braços dele quanto o último floco de neve a despencar do céu.


De volta ao presente…

Os dias passaram, Yifan não apareceu. Zitao levantou a cabeça e fingiu que não se importava, seguindo trabalhando como sempre, e acreditou estar fazendo um ótimo trabalho até certa tarde. Estava bebendo na varanda na parte de trás do bordel, que ficava próxima aos dormitórios. Se olhasse para além do parapeito, havia um quintal mal cuidado sob o céu azul da cidade. Não havia silêncio, nem mesmo de dia, o movimento era constante.

— Está pensando nele, não está? — Era Chase. Ela tinha estrutura pequena, mas nunca tinha se aproximado tão despercebida antes.

— O quê? — Zitao desconversou.

— O alto bonitão! Não se faça de tolo! Todos podem ver que não está bem, mas eu sei que é por causa do sumiço do seu cliente favorito.

— Todos!?

— Ora, vamos… Anda suspirando pelos cantos, analisa cada canto do salão todas as noites “disfarçadamente” e fica melancólico a observar paisagens durante o dia. Dizer que está distante do seu normal é o mínimo, mas, anda, admite, sente falta dele não é?

Zitao simplesmente a mandou cuidar da própria vida e saiu.

Mas era verdade. Por mais que negasse e tentasse evitar, ainda caía nos mesmos hábitos, na mesma busca. E assim, trinta dias se passaram.

Silver estava mais que pronto, estava um espetáculo. Teve que escutar as risadinhas e comentários de Chase sobre “estar se arrumando tanto para receber alguém”, mas não se abalou. Não era por causa dele, não era porque o prazo acabava aquela noite, nada disso, tentava se enganar.

Mas não podia negar que contou os minutos para o pôr-do-sol ou que não aceitou nenhum cliente para a noite.

O grande salão estava animado como sempre, o luxo ao redor não o deslumbrava, os ricos e poderosos que ali se divertiam, também não. Enquanto a música tocava, e um de seus colegas apresentava um número de canto delicado, ele buscava um certo homem alto em todos os lugares.

Bem, ele poderia chegar mais tarde, certo? Zitao sentou-se em uma poltrona e foi recusando companhia, uma por uma, dos homens e mulheres que o conheciam. A cada hora, seu humor se tornava mais sombrio, e seus olhos menos atentos aos clientes. A animação se tornou decepção e desgosto.

Deveria saber, certo? Mais do que ninguém, deveria saber. As pessoas se cansam e somem, é como funciona o modo de vida que leva. Não importa quão bonitas sejam suas palavras e promessas, sempre termina malditamente igual. No fim da noite, ele continuará com qualquer que seja a vida dele, e Zitao irá continuar um prostituto anônimo. Por isso usavam máscaras ali. Havia quebrado a regra mais essencial do negócio: colocou o coração em jogo. E quebrou, mas não choraria. Na verdade, sorriu e foi até uma mesa próxima, onde, com todo seu charme, não foi difícil arranjar um cliente. E logo estava subindo para um dos quartos…

Como consequência, perdeu o grande anúncio da noite.

O cara não era interessante, mas pagou bem, por isso Zitao se esforçou para demonstrar que gostava dos toques enquanto era despido. As mãos não eram do tamanho certo, o calor, o cheiro, não, definitivamente não. Logo esqueceria.

Isso, claro, se não tivessem derrubado a porta. Zitao deu um gritinho assustado, mas não houve tempo para nada. Uma sacola de dinheiro foi jogada na cama e Zitao retirado dela, ele estava em choque demais para reagir, e só foi acordar quando Yifan perguntou:

— Onde é seu verdadeiro quarto?

Quer dizer, estava tão feliz que era como se pudesse se afogar no sentimento, mas não é assim que a banda toca. Não é porque ama Yifan que o dito cujo pode se meter assim!

— Ficou maluco de vez?! — exclamou, seguindo de uma tagarelice de reclamações sem fim.

Yifan interrompeu beijando-o. A cabeça de Zitao ficou em branco na mesma hora. Sim, esses lábios, essa boca, esse gosto, sim, sim! Não havia bebida alcoólica no mundo que o deixasse mais embriagado.

— Me atrasei, me perdoe.

Foi quando Zitao viu uma ponta de bandagem escapando da gola da roupa.

— Se feriu?

Yifan prometeu que explicaria tudo no quarto, tudo, absolutamente tudo. Então foram.

Sentados lado a lado, mas encarando um ao outro, na beirada da cama, Zitao ouviu sobre o Yifan que tanto lhe aquecia o coração. Era de família abastada e tradicional a qual não suporta e finge que nem existe, fugiu deles assim que pôde, e vive como um mercenário. Conquistou fortuna fazendo trabalhos arriscados e garantiu não ter usado um centavo da família para nada quando contou o mais importante: ele havia comprado o The Masked Pleasure. Era o novo dono. Precisou dos dias para fazer um trabalho que garantiria o resto do dinheiro que precisava. Na verdade, desde o começo quis comprar, Silver só agravou o desejo de se estabelecer e não se arriscar mais por dinheiro.

Zitao ainda estava embasbacado com tudo aquilo quando percebeu:

— Espere, está dizendo que…

— Que amo você? Sim, havia alguma dúvida sobre isso antes? — E riu, segurando as mãos de Tao com afeição e delicadeza. — Quero ter um relacionamento estável contigo, não podemos nos casar oficialmente, mas…

Yifan continuou falando animado dos planos que imaginava para o futuro dos dois. Zitao apenas continuou ali, parado, de olhos arregalados. Era como um sonho, tinha vontade de se beliscar. E, sem pensar duas vezes, se lançou a Yifan, reivindicando-lhe os lábios. De susto, caíram os dois deitados na cama, mas não interromperam o ósculo até faltar o ar.

— Silver…?

— Zitao. Me chame de Zitao.

Yifan, deitado de barriga para cima, sorriu largo para o belo homem acima de si. Afagou-lhe as bochechas com estima.

— Eu posso?

E a máscara voou para longe. A última barreira entre eles estava oficialmente no chão.

As roupas foram removidas com pressa, com fome. A saudade era a lenha para a necessidade incessante que tinham de tocar um ao outro. E daquele fogo não poderiam mais sair nesta vida, já estavam muito queimados para isso.

A noite foi preenchida com os gemidos e sons lascivos. Zitao gostava de ser mandão e ter o corpo mimado. Yifan gostava de se ajoelhar e se render aos desejos, de cobrir cada centímetro de pele com a boca, de possuí-lo com força.

E havia aquele momento após o ápice, onde estavam tão envolvidos um no outro que dormir embolados no calor deixado para trás era mais que natural, era inevitável.

Daquele dia em diante, todas as noites, no The Masked Pleasure, poderiam encontrar, no mesmo sofá de couro próximo ao bar, o mesmo par: o dono e seu cônjuge. Aproveitando a música, um ao outro e o prazer de amar.

23 июня 2022 г. 22:11 0 Отчет Добавить Подписаться
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Helena Sterling 𝄪•❥ɪ ғᴇᴇʟ ʟɪᴋᴇ ɪ ʙᴇᴄᴀᴍᴇ ᴀ ᴢᴏᴍʙɪᴇ^^ No dia em que aqui residir uma bio decente, o mundo acaba *-* Tenho contas no wattpad e spirit com mesmo nick <3

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