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BRASIL,
1967
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PASSOS APRESSADOS, vindos de uma mulher, surgem pelo corredor do prédio tomado por agentes. "Sem saída", pensa apreensiva. Isabel Valente era repórter investigativa desde a década de 50, já havia desmascarado todo tipo de sujeira, desde escândalos de corrupção, tráfico de armas e drogas. Mas esse caso seria o ápice de sua carreira.
Valente descobriu que o governo do país não só financiava projetos para uma organização maligna que pensava-se ter sido extinta após a segunda guerra, mas também faziam experiências com seres humanos. Centenas de pessoas que foram dadas como "desaparecidas", na verdade, haviam se tornado ratos de laboratório nas mãos de cientistas loucos que não tinham o mínimo de decência ou ética. "E pensar que eu vim para esse país justamente para fugir desses malucos." A mulher lamenta, com ironia, enquanto foge com uma pasta em mãos, intitulada: "Project Inhumans".
Segundo o relatório adquirido, o projeto baseia-se em manipulação genética através de DNA alienígena, aparentemente o objetivo era criar uma nova espécie de Super Soldado, seja lá o que isso queira dizer.
—Francamente, se eu não tivesse visto com meus próprios olhos, jamais acreditaria nisso.
— Não tem mais para onde fugir, Isabel, ou devo dizer, minha querida esposa? —A voz grave e imponente de Coronel Schmidt, marido de Isabel, se faz presente e a mulher se vê cercada ao fim do corredor.
Se ao menos tivesse percebido antes, se ao menos se atentasse aos sinais, jamais teria se envolvido com o homem asqueroso à sua frente. Durante suas investigações, a repórter descobriu que seu marido estava envolvido com a Hydra, financiando projetos e acobertando seus rastros, além de ser responsável por encontrar "voluntários" para os experimentos, que até então não foram bem sucedidos. Pelas imagens que tinha encontrado, todas as cobaias sofreram deformações horríveis antes de virem a óbito.
Antes que pudesse formular uma resposta à altura, sentiu uma picada em seu pescoço e, enquanto perdia os sentidos, podia ouvir as últimas palavras de seu marido que a essa altura já estava deixando o local:
—Levem-na para o laboratório, queimem as provas. Podem fazer o que quiser com ela, apenas tenha certeza de que a informação não vaze— A voz fria de seu marido, que nada parecia com o doce homem que havia conhecido há alguns anos, ressonava baixinho— Hail Hydra! — Enquanto perdia os sentidos, tudo que Isabel conseguia pensar, era de que maneira fugiria daquele inferno sã e salva, não só por ela, mas também pela pequena vida que recentemente havia descoberto em seu ventre.
"Ficaremos bem, meu filho, ficaremos bem"
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