Kiss me more • Nomin • Подписаться

O frio que fazia do lado de fora do prédio pouco importava com o calor ali dentro. O corpo do Lee estava colado ao do mais novo como se necessitasse disso para viver. E talvez necessitasse mesmo. Talvez necessitasse dos beijos longos e desejosos de Jaemin, de sentir a respiração descompassada dele contra seu pescoço molhado pelo suor, de ter as mãos dele em seu cabelo, apertando os fios negros entre os dedos compridos e esguios.

A vida era curta e eles eram apenas dois jovens num mundo louco e fodido. Teria algo de errado em mandar tudo pra casa do caralho? Talvez sim. Mas quem liga? Eles não tinham nada a perder.

Jaemin só queria saber de beijar e morder os ombros do mais velho enquanto ele apertava com força sua bunda. A cintura dele esfregava-se contra a sua numa dança mais bela e ágil do que as que passavam horas e horas praticando naquela sala de treino. Seus membros roçavam-se por cima das calças apertadas, quase implorando para que fossem libertos. O espelho atrás de suas costas embaçava mais e mais à medida que as coisas evoluíam.

As mãos de Jeno rumaram certeiras para dentro das únicas vestes ainda existentes no corpo de Jaemin, massageando o íntimo enrijecido do mais novo numa lentidão que seria torturante se não fosse tão boa. Ninguém havia dito a ele que as chamas do Inferno ardiam mais deliciosamente do que o Paraíso.

Os lábios finos de Jaemin pareciam mais deliciosos a cada vez que repetiam isso. Vermelhos e inchados, entreabertos como se clamassem pelos do mais velho ainda que no momento apenas suspiros e arfares saíssem por entre eles.

— Pode me beijar mais?

Uma das mãos do mais novo ainda acariciava os cabelos encharcados de sua nuca e foi ela mesma a que o trouxe para perto daquela boca tão macia. Os lábios de ambos se encaixavam tão bem, como se houvessem sido feitos para ficarem daquele jeito. A respiração pesada dele batia contra seu rosto e se misturava com a sua. Os pulmões de Jaemin pareciam pedir por uma pausa, enquanto ele, por outro lado, parecia querer ver até onde iria aguentar.

Ele soltou abruptamente do contato, fazendo com que um estalo ecoasse pela sala escura. Jaemin desceu a peça de tecido escuro que ainda cobria a parte principal do corpo de Jeno e ajoelhou-se ali entre as pernas do mais velho. Correu sua língua rapidamente pelo topo do membro ereto dele, antes de tomá-lo em uma das mãos e guiá-lo até os lábios.

Jeno segurou firmemente nos cabelos bagunçados do mais novo com uma das mãos, enquanto a outra apoiava seu corpo frente ao grande espelho da sala de dança. Seus reflexo mostrava o estado caótico em que se encontrava: os cabelos bagunçados e molhados pelo suor, as veias de seus braços saltadas, os músculos tensos em seu corpo inteiro, seu peito marcado com arranhões vermelhos e hematomas que ficariam roxos em algum tempo. E ali, ajoelhado entre suas pernas, o garoto belo que desfrutava daquele momento consigo. O único com o poder de deixá-lo naquele estado. Aquela língua habilidosa e a garganta quente ao redor de seu membro. Os exercícios de canto não ajudavam apenas nas músicas, afinal.

Jeno não se importava em chegar ao seu limite logo assim. Ele sabia bem o quanto Jaemin gostava de sentir o gosto forte em sua língua. Sabia o quanto isso o animava e o quão melhor a situação ficava logo após.

O Na levantou-se do chão e voltou a trazer o corpo do mais velho para junto do seu em um abraço caloroso. Seus braços ao redor do pescoço dele faziam com que os peitos quentes de ambos se encontrassem. Jaemin sentia os batimentos fortes e rápidos de Jeno, da mesma maneira que ele sentia os seus, como se competissem para saber quem se sobressaía. Fechou os olhos e acomodou sua cabeça no ombro do mais velho ao sentir uma das mãos dele segurar seus membros juntos e começar a massageá-los.

Jeno não sabia sequer de onde tirava tanta força para continuar ali fazendo as vontades do outro rapaz. Seu corpo parecia mole e seu membro estava tão sensível que chegava a arder, mas isso não o impedia de continuar esfregando-o ao de Jaemin ou mesmo de envolver apenas a pontinha de ambos com a palma de sua mão, sabendo o quanto o mais novo gostava de ser tocado daquela maneira. Ele faria de tudo para ouvir mais dos arfares pesados e manhosos do outro.

Não levou muito tempo até que Jaemin atingisse seu limite também, sujando os dedos longos e a palma da mão de Jeno. Na riu baixinho. Ainda estava abraçado ao pescoço do outro e conseguia sentir a respiração cansada junto aos batimentos fortes dele contra seu peito. O calor da sala de dança agora era calmo e aconchegante.

Jeno soltou-se do abraço após um tempo e sentou-se no chão, apoiando suas costas no espelho. Seu corpo ainda estava quente e totalmente coberto de suor. Ele estendeu uma das mãos para Jaemin, chamando-o para sentar-se ali também. Este prontamente entendeu o que ele queria.

Era como um ritual para os dois. "Após a tempestade vem a calmaria" e ambos os momentos deviam ser bem aproveitados. Quando seus lábios se encontravam, parecia um pecado ter que afastá-los. Jaemin apoiava as mãos no rosto de Jeno enquanto este, por sua vez, o segurava pelo queixo. O silêncio do recinto era quebrado apenas pelos estalos e pelos suspiros baixos que produziam.

Jaemin era e sempre seria viciado no sabor e na sensação de beijar Lee Jeno. Não havia momento melhor do que aquele. Quando estavam cansados e satisfeitos, corpos em chamas e músculos doloridos. Podiam ficar ali o tempo que quisessem, eles não se importavam.

No final de tudo, eram apenas dois jovens com nada a perder, então por que não aproveitarem para se beijar mais um pouco?