euluagabriela Lua Gabriela

Há poucas coisas que Baekhyun pode chamar de certas em sua vida e uma delas com certeza é sua ida ao Gangrim Music Bar todas às sextas-feiras à noite para se esconder entre as diversas pessoas que assim como ele sabem apreciar a voz de Park Chanyeol e todos os seus jeitinhos de enlouquecer o Byun com seu groove.


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#exo #chanbaek #baekhyun #chanyeol #oneshot #pwp #yaoi
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Graves e Agudos

Tento abrir caminho entre as pessoas em pé com suas bebidas, a conversa alta, presas no próprio mundinho com seus amigos. A música soa pelas caixas de som preenchendo o bar com o pop que não desagrada ninguém.

Fiz de tudo para chegar cedo, embora Sehun tenha feito birra por ter o abandonado sozinho em um jantar com a sogra e Jongin no nosso apartamento, me solidarizei com o par de olhos chorões, mas eu tenho um compromisso inadiável, insubstituível, que nem mesmo a sogra do Oh poderia mudar.

Chego ao bar comemorando uma vitória internamente, peço minha cerveja e enquanto espero, busco com o olhar minha mesa vazia, a mesma mesa em que me sento todas às sextas-feiras, um sofázinho encostado na parede e com uma meia-luz que faz com que eu me sinta corajoso o suficiente para simplesmente aproveitar a obra de arte que são os shows daquele dia da semana.

Desde aquele dia só penso em você

Pensei que você fosse impossível, até agora

O Universo está ao meu favor e meu lugar parece já marcado quando o barista me entrega a garrafa e aponta a mesa com um sorriso de lado, por um momento fico constrangido ao perceber em seu olhar o divertimento, ele me vê fazer esse ritual todas as semanas desde três meses atrás quando fui iniciado ao vício, a pior e melhor droga existente, The Burning Red.

Pego a bebida e vou até minha mesa, me posicionando para a apresentação que se iniciará em alguns minutos e fico feliz só de pensar que os dramas dos meus colegas de apartamento não me fizeram perder o início do show e todo o processo sagrado que é a banda subir no palco.

Prendo minha respiração por instantes ao minha visão ser nublada por uma onda de furacões vermelhos, os membros da The Burning Red, todos ostentando seus fios escarlates com excessão dos fios claros em destaque do guitarrista principal, fazendo um cumprimento em grupo nas escadas metálicas do pequeno palco. Estou mais do que ansioso a cada passo de subida, um sorriso inconsciente se abre em meus lábios quando o vocalista exageradamente alto testa o microfone com pequenas batidas de seus dedos longos e abre um daqueles seus sorrisos de lado que me faz perder um pouco do juízo.

— Nós somos a The Burning Red incendiando a sua noite — diz o loiro animado, os olhos brilhando e as mãos segurando firme a guitarra branca e vermelha, e o mais importante aquela voz rouca que me tira o sossego.

A multidão grita em resposta igualmente animada agitando suas bebidas e começando a pular aos primeiros acordes da música que abre a noite. A voz grossa rouca se arrasta pronunciando aquele idioma tão diferente do seu natural e se encaixando em toda a bagunça que é o garoto: sexy, jovem e talentoso.

Seus olhos passeiam pela platéia com aquele olhar que não abandona suas íris escuras, um olhar que me prende totalmente a si, não me permitindo prestar atenção em mais nada que não no guitarrista de cabelos loiros cantando aquela música totalmente favorável às mil fanfics que crio em minha cabeça desde que meus olhos pousaram em si pela primeira vez no festival de música da universidade.

Os olhos que invadem meus sonhos, a boca que tenta meu controle e a voz que perturba completamente os meus sentidos, me fazendo arrepiar com seu groove único.

Este é Park Chanyeol, o loiro que conseguiu invadir minhas defesas, provocando em mim sensações adormecidas há anos, o garoto que aprendi a desejar mais a cada pedacinho novo que tenho acesso.

O refrão se aproxima agitadamente provocando uma exasperação do público e um agito no meu estômago que mesmo com meses ouvindo sua voz, nunca se acostuma à onda de sensações que o vocalista pode me causar. Seu tom sobe para alcançar as notas, assim como seu corpo acompanha a melodia, os olhos fecham-se automaticamente com a preparação para o estouro.

— Baby, I'm preying on you tonight, hunt you down eat you alive, just like animals, animals — os abre repentinamente focado com um sorriso malicioso ladino se desprendendo de seus lábios.

Os olhos estão em mim, as palavras deixam sua gargantas em uma sensualidade só dele, o olhar conectado ao meu e aquela música cheia de promessas. É sujo, é sexy, é Park Chanyeol mexendo com meu psicológico.

Porque eu estou me aquecendo, você está lendo minha mente?

Eu sei que estou estancando, não me deixe ficar para trás

Engulo em seco, sinto minha respiração falhar, ruborizando de vergonha por ter sido pego praticamente babando em si desde que subiu no palco. Mas o que posso fazer? A intensidade da sua voz, seu olhar e aquele maldito sorriso me fazem arrepiar de uma única vez, me roubam o fôlego, afastando meus lábios minimamente e tragando mais ar.

Baby, serei seu predador essa noite

Te caçarei, te comerei vivo

Como animais, animais, animais

Ele percebe esse mínimo movimento, sei disso pela maneira como seu sorriso soltou uma lufada de divertimento, eu estou totalmente perdido.

Em três meses frequentando o Gangrim Music Bar, nunca aconteceu do loiro notar minha presença, corresponder de forma tão sacana os desejos reprimidos que carrego por si, nunca fui descoberto em minha mesa secreta todas às sextas-feiras.

Sou um contraste de vergonha pela exposição e tesão completo com a expressão do garoto, sinto meu peito errar as batidas do coração, poderia gozar apenas ouvindo sua voz.

Não sei o que você fez comigo

Mas sei que esse tanto é verdade

Quero fazer coisas picantes com você

O constrangimento me deixa totalmente vermelho, mas simplesmente não consigo desviar o olhar, nem ele parece querer fazê-lo.

Eu preciso parar antes de me iludir mais, antes de chegar ao ponto de não conseguir impedir meu cérebro de acreditar que não é apenas a letra da música, mas que ele realmente me deseja. Porém é tarde demais, pois já consigo nos imaginar rolando no sofá de casa, suas mãos em mim, sua respiração em meu ouvido acompanhada pelos gemidos roucos...

Posso enlouquecer a qualquer minuto, na verdade, acho que já enlouqueci, estou em um lugar lotado e com um problema nas calças por causa do seu maldito olhar.

Então o que está tentando fazer comigo?

Não conseguimos parar, somos inimigos

Mas nos damos bem quando estou dentro de você

Fecho meus olhos finalmente quebrando o contato e tento regularizar minha respiração, acalmar meu corpo que está tão sensível e sedento por mais de Park Chanyeol, preciso disso pela minha própria sanidade.

Cogito seriamente deixar o show para lá — mesmo sempre ficando até mais tarde apenas para vê-los se despedir — e ir para casa me aliviar por hoje, tive mais do que esperava quando iniciei essa loucura ao descobrir que sua banda se apresenta aqui toda semana.

Não diga mentiras, mentiras, mentiras, mentiras

Você não pode negar

A besta que vive aí dentro

Sim, sim, sim

Isso pode ser considerado saudável, a obsessão que tenho por esse garoto? Simplesmente o sinto puxar meu corpo para o seu, é tão difícil dizer não a todas as mínimas oportunidades que tenho de vê-lo, seja nos corredores da faculdade ou em um show que fez em outra cidade para qual dirigi por quase quatro horas no frio congelante para assistí-lo e questionar um pouco mais meu estado mental.

Esse garoto está sendo minha ruína, logo eu que sempre fui apenas um bom estudante e ótimo filho, agora preso em sentimentos tão sujos e viciantes.

Você é como uma droga que está me matando

Eu te elimino totalmente

Mas eu fico nas alturas quando estou dentro de você

Não sei quando minhas noites passaram a ser tão tortuosas com sonhos molhados e ereções no meio da madrugada, ou quando meu corpo se tornou tão minimamente sensível a qualquer coisa que venha de si.

Não sei quando perdi o controle a ponto de pedir a Jongin, também do departamento de música, para descobrir o máximo que pudesse sobre ele, talvez meu auge seja ter passado a seguí-lo por aí secretamente... Ou nem tanto ao ver que ele sabe claramente onde eu estou e soube exatamente como me provocar.

Amo suas mentiras, vou engolir tudo

Mas não negue o animal

Que ganha vida quando estou dentro de você

Em mundo algum, penso nisso como algo justo. Como pode alguém ter tanto controle sobre outra pessoa? Como posso ser tão entregue? Por que estou há três meses sem dormir com ninguém pelo simples fato de não conseguir imaginar outra pessoa fazendo isso comigo? Ele me destrói e parece ter plena consciência disso, o que só piora meu estado, estou parecendo a porra de um fanboy perseguidor.

E eu não posso voltar atrás, baby

Eu vou procurar em todos os lugares por você, e eu não posso voltar atrás

Baby, não pisque quando eu estiver te observando, e eu não posso voltar atrás

E não preciso que ninguém me diga o quão errado é invadir a vida de alguém assim, porque minhas aulas de Direito têm sido o suficiente para que eu tema o dia que seja descoberto que estive presente em todos os shows que fez desde o festival, não importando onde seja, ou como eu me esforço para assistir a todas as aulas abertas de sua turma, como passei a arrastar Sehun e Jongin para almoçarem comigo na área verde, pois o vocalista sempre usa o horário para brincar com o violão junto dos amigos, batendo um papo e me presenteando com suas risadas gostosas.

Você está comigo onde quer que eu acordar

Eu vou apostar nisso, eu sei que estou caindo

Eu sou melhor quando estou perto de você

Até mesmo o fato de eu conhecer sua vida privada, como Junmyeon é um amigo importante por ter cedido a casa quando o Park fora expulso da sua por que querer ser músico, que Kyungsoo foi o único da família a apoiá-lo, mesmo sendo filho do seu padrasto e não tendo nenhum vínculo sanguíneo consigo.

Que Jongdae é seu melhor amigo desde a infância e que o incentivou a criar a banda e reuniu os outros garotos do departamento para compô-la: Xiumin, Zitao, Luhan e Yixing.

Sei que fora ideia do Zhang o nome do grupo, bem como pintarem o cabelo, embora o Park se recuse a trocar o loiro de seus fio.

E sei que era bem próximo de Yixing, mas se afastaram por um motivo que, graças aos céus, desconheço, mas ainda assim tocam juntos, embora role um clima estranho em alguns momentos...

Assisto você de uma distância, eu simplesmente não consigo parar (mas eu não consigo parar de olhar)

Tinha as palavras, mas depois elas escorregaram da minha mente (agora não me lembro)

Toda vez que trocamos olhares todas as luzes desaparecem

Estou recebendo o medo do palco, quando você anda até mim

Garoto, você está sob a linha

Sehun já me disse para falar com ele um milhão de vezes, mas o constrangimento sempre me vence e acabo por preferir observar de longe.

Outro ponto é que não sei se gosta de homens, nunca ouvi de nenhuma namorada sua, porém também não ouvi do oposto, o que me deixa com mais uma trava, será que esses olhares são só uma brincadeira sua, apenas se divertiu com um garoto tarado obcecado por si?

Quando você entrou o ar foi embora

E todas aquelas sombras se encheram de dúvida

Não sei quem você pensa que é

Eu nem quero cogitar isso, porque me parte o coração, quebra todo o sentimento que passei a nutrir por ele ao longo desses meses, me coloca como um idiota e é tudo o que eu não preciso, perder algo que já faz parte de minha rotina, faz parte de mim. Temo não conseguir mais ouvir minhas músicas favoritas sem pensar em sua voz ou o simples risco de dar de cara com ele nos corredores da universidade.

Pode correr livremente

Pode encontrar outro peixe no mar

Pode fingir que era pra acontecer

Mas não consegue ficar longe de mim

Abandono a garrafa ali e ainda sem erguer o rosto para o palco, mudo para uma mesa nos fundos, escondida pela multidão que continua animada alheia ao turbilhão em mim. Evito beber demais, pois esse seria o cúmulo da miséria humana, me contendo apenas em mais uma garrafa de cerveja.

Mal presto atenção nas músicas seguintes, focado demais em meus pensamentos e buscando uma saída para a prisão que Park Chanyeol construiu, me escravizando a si, é uma sede dolorosa que sinto por seus lábios, seu corpo.

Eu ainda estou na corrida, você não sabe onde eu me escondo

Eu estou dando os olhos, mas você interpretou mal os sinais

Ao menos percebi, quando o show acabou, voltando a tocar alguma música pop batida e a The Burning Red deixou o palco. Puxo o celular do bolso checando o horário e largando a bebida para me preparar para dirigir em alguns instantes rumo ao meu apartamento, do qual eu não devia ter saído hoje.

E pensar que o contato dessa noite fez o oposto do que imaginei, de excitação passei a uma ansiedade profunda que me impede raciocinar com clareza, maldito guitarrista irritante.

Estou imerso em meus pensamentos que nem percebo a aproximação, despertando apenas com o som do vidro sendo apoiado na mesa, meus olhos suspendem-se e logo estão arregalados, dilatados.

Talvez você pense que pode se esconder

Mas consigo sentir seu cheiro de longe

— C-Chan-Chanyeol? — gaguejo sem conseguir me organizar o suficiente, e só piora quando o mesmo sorriso do palco está agora do meu lado, tão perto...

Um Park Chanyeol levemente suado pelo esforço no palco segurando uma garrafa de cerveja como a minha e o corpo totalmente voltado para mim no sofá. Sua expressão entre malicia e divertimento me tira dos eixos.

Não tem mistério, eu estou tentando manter a calma

Você está ao meu lado, eu estou prestes a quebrar as regras

Virei a cabeça para a direita, agora eu estou olhando para você

Pelo resto da noite

E eu não posso voltar atrás

Pelo resto da noite

Eu não posso voltar atrás

Retroceder

— Esse é meu nome, mas creio que já saiba disso há um tempo — solta sarcástico, divertido e engulo em seco. Abaixo minha cabeça completamente envergonhado, mas sou pego de surpresa pelo toque de seus dedos em meu queixo, erguendo meus olhos, ligando-os aos seus — Não se esconda. Confesso que fiquei surpreso com sua reação, esperava outra coisa que não uma fuga — a leve sugestão de uma segunda intenção me faz tremer, fazendo-o alargar o sorriso — Está vermelho — constata virando meu rosto para checar minhas bochechas, tento baixar minha cabeça outra vez, mas ele não permite — Está pensando em coisas indecentes, baby? Pois eu estou. I don't know what you've done to me, but before this night is through, I wanna do real bad things with you — sussurra bem próximo ao meu ouvido sem deixar o toque, cantalorando um verso da música de encerramento do show e praticamente colapso aqui mesmo, no entanto em um movimento automático, minha mão vai para o braço que me segura, apertando-o.

Uma lufada de ar sôfrego deixa meus lábios, mal me reconheço no baixo gemido que solto colando minha bochecha a seu rosto parado ainda próximo ao meu ouvido. Posso dizer que a risadinha rouca que me devolveu me fez amolecer em seu braço que já segura minha cintura.

— A única coisa que precisa é me responder: na minha casa ou na sua? — afasta o rosto do meu para olhar em meus olhos com seu sorriso sacana.

Errei em dizer que devia ter ficado em casa, que noite bendita e será melhor ainda.

Se eu correr, não será suficiente.

Você continua na minha cabeça, preso para sempre.

Então pode fazer o que quiser, sim.

— Na sua — respondo.

🎸🎸🎸

O loiro abre a porta do apartamento tirando sua jaqueta de couro e jogando sobre o sofá vermelho. Ele vai direto para a cozinha se servindo de um copo d'água e faz um sinal perguntando se quero também, mas apenas nego, um tanto perdido com o decorrer dos eventos da noite.

Em um momento, eu estava realizando meu ritual das sextas-feiras e agora estou no apartamento do guitarrista. Não acreditaria se alguém me contasse isso hoje quando me arrumava para sair como se realmente Chanyeol fosse sentir o perfume caro em meu pescoço.

Engulo em seco olhando ao redor um tanto perdido, não sei como agir em seguida, suas intenções ficaram bem óbvias no bar, mas agora estou nervoso.

— Relaxa, senta aí — aponta o sofá saindo da cozinha com dois copos do que julgo ser uísque.

Sento-me não pensando demais e aceito o copo que me estende, logo seu corpo está próximo ao meu, mas de forma relaxada.

— Então, não vai me dizer seu nome? — pergunta bebericando o destilado.

— Byun Baekhyun — respondo simples e bebo um pouco tentando me acalmar. Agora ele já sabe quem intimar num futuro processo por perseguição.

— Então, Baekhyun, é apaixonado por mim ou algo assim? — sorri de lado e meu corpo tensiona, merda. Engulo em seco desviando o olhar sem querer responder, mas meu queixo é agarrado outra vez na noite, me fazendo mirar em seus olhos — Já disse para não fugir de mim.

— Sim — digo baixo querendo muito correr para casa e negar minha existência por alguns anos, porém apenas assisto um sorriso de lado se abrir em seu rosto, que sorriso.

— E é por isso que me segue por todos os lados? — arqueia uma sobrancelha e me limito a um assentir tímido, com certeza estou me camuflando ao sofá de tão vermelho — Não parece alguém perigoso e não é todo dia que se tem um cara lindo de quatro por você, melhor... Quer ficar de quatro pra mim, Baek?

Meu peito perde o ritmo, minha respiração se torna uma bagunça, aperto os olhos.

— Não fode mais com meu psicológico — solto em um fio de voz.

Abro os olhos assustado com o movimento inesperado, as mãos de Chanyeol descem me colocando em seu colo, seu sorriso malicioso me promete tanto...

— Tem razão, nada mais justo que te foder de verdade — suas mãos grandes apertam minha cintura descendo para minha bunda e se levanta nos carregando até o que penso ser seu quarto.

A porta é aberta facilmente e meu corpo colocado sobre a cama, o loiro não se deu ao trabalho de ligar a luz e lamento não poder ver com clareza seu corpo, sendo iluminados apenas pela luz do corredor.

Chanyeol rapidamente arranca a camisa branca com desenhos escuros exibindo o peito largo e o abdômen sarado sem exagero na penumbra. Empurro meus sapatos para longe e ergo o tronco o suficiente para tirar minha jaqueta jeans e a camisa moletom amarela.

Seu corpo é minha festa

Eu estou fazendo essa dancinha para você

Você me deixou tão excitado

Agora é só eu e você

Seu corpo é minha festa

Vamos começar

Eu não chego a ser sarado, mas está tudo no lugar e definido, ainda assim me retraio um pouco sob seu olhar intenso. O Park sobe na cama escalando meu corpo, alinhando nossos quadris, pressionando nossos membros.

O contato me rouba o fôlego e consigo ouvir sua respiração entrecortada na curva do meu pescoço.

Sua boca finalmente busca a minha e não sei dizer o quanto almejo esse toque, os lábios macios levemente cheinhos encontram os meus com habilidade, umidecendo-os com o beijo afoito que se inicia.

Os lábios tocando uns os outros, os membros se massageando em um ritmo gostoso, não muito rápido ou lento, da maneira certa para me fazer quebrar o beijo, buscando ar e gemendo baixo. O loiro desce as carícias para meu pescoço, selando, lambendo, sugando e mordiscando a pele sensível.

Minhas mãos vão de imediato para seus ombros, o apertando e gemendo arrastado. Certeza que Sehun e Jongin perguntarão das marcas amanhã.

Ergo o quadril em busca de mais contato, aumentando a fricção, minhas unhas curtas se fincam com mais força em si.

Você não pode tirar as suas mãos de mim

Toque-me certo, sim, esfregue meu corpo

Eu não consigo manter as mãos longe de você

Seu corpo é minha festa

— Acho que já tá na hora de se livrar disso — diz se afastando minimamente para tirar a calça e a cueca de uma única vez, fazendo seu pau ereto pular para fora.

Meus olhos não conseguem desviar e pela primeira vez na noite tomo uma atitude.

Foda-se, essa é uma oportunidade única, tenho que realizar todas as minhas vontades hoje, nada de reservas.

Puxo sua cintura o trazendo para mais perto ainda da beirada da cama e engatinho até si, ele rapidamente compreende o que pretendo fazer, já posicionando sua mão entre meus fios de cabelo.

Seguro seu membro tecendo carícias da base à glande, massageando-o e o sentindo enrijecer mais ao meu toque.

Aproximo minha boca deixando leves selares na cabeça para então esgueirar a ponta da língua na fenda, subo o olhar para suas íris castanhas ao que sinto um puxão mais forte em meu cabelo.

Sorrio malicioso tomando coragem e abro mais a boca descendo por seu pau, acomodando o que posso na cavidade úmida, chupando, molhando-o sem desviar o olhar de si.

Gosto da imagem descontrolada em seu rosto, as expressões trêmulas, o aperto em meus fios e mais ainda do gemido que escapa de seus lábios. Abaixo os olhos para o que estou fazendo e chupo com afinco, indo e voltando sem deixar de punhetá-lo com a mão.

Trago aumentando a pressão e tiro da boca em um estouro de pirulito, sorrio babado do pré-gozo e minha própria saliva. O olho inocente sem deixar de segurá-lo e vejo o loiro morder os lábios com força puxando minha cabeça para trás até voltar a deitar meu corpo, trazendo o seu junto.

Eu quero você

Eu quero você

As bocas se unem em um beijo afoito, intenso, puxo seu lábio inferior entre os dentes, mordisco seu queixo e tento aproveitar ao máximo esse momento único.

Meus dedos vão para os fios loiros de imediato quando sua língua começa brincar com meus mamilos, sugando-os, mordiscando e pressionando. Não consigo manter os olhos abertos ou conter os gemidos, quem dirá os espasmos da minha pelve ansiosa por mais contato.

Suas mãos descem até a barra dos meus jeans, abrindo o botão e descendo zíper, o que já me ajuda a respirar mais fácil. Desliza a peça, arrancando-a totalmente do meu corpo e me deixando apenas com a box em um tom de rosa quase branco que já está praticamente transparente pelo pré-gozo.

Sua mão fecha-se em torno do meu pau sob a cueca massageando, me fazendo gemer, encolhendo os dedos do pé por não parar as carícias da língua. Nesse ritmo, sinto que posso gozar a qualquer momento.

Minha loucura só aumenta quando decide lamber meu membro que já briga com o tecido querendo sair, e eu só penso em libertá-lo e foder a boca de Park Chanyeol.

E é exatamente o que faço, solto seu cabelo e desço a barra da cueca o suficiente para soltar meu pau totalmente babado, pedindo por uma atenção mais incisiva. Pincelo os lábios de vocalista que os abre para me receber, é quente, molhado e delicioso.

Ele chupa com força, subindo e descendo pela extensão sem reservas, minha mente já está longe, jogo a cabeça para trás rendido com a respiração desregulada, meus dedos se fecham nos fios loiros ditando um ritmo firme, certeiro.

Enquanto uma de suas mãos aperta forte minha coxa, deixando-a marcada, a outra serpenteia tirando de vez a peça íntima e afastando minhas pernas, facilito as abrindo para que se coloque melhor entre elas.

Tira da boca para punhetar, espalhando o fluido e molha bem os dedos espertos que logo descem para minha bunda, massageando minha entrada, me ajeito na cama para suspender o quadril e melhorar o acesso.

A pressão circular é perfeita junto a masturbação que mantém, mas eu só pioro quando assisto seu rosto abaixar na altura da entrada fechada para lambuzá-la com saliva, lambendo e acabando com minhas estruturas, solto um gemido alto puxando seus fios de cabelo.

Nem precisei erguer o olhar para saber que estava gozando ali com a boca de Chanyeol me presenteando com um beijo grego maravilhoso.

Eu não posso mentir, eu não vou mentir

É incrível

Minha face está indo a diversos lugares

Respiro fundo tentando me recuperar com os músculos bem mais relaxados que antes e a chance perfeita do loiro enfiar seu dedo.

Meu abdômen se contrai pela sensibilidade do recente orgasmo, mas acaricio seus fios, o incentivando a continuar. Ele segue me dedando até sentir que posso receber mais um dedo, os movimentos são fundos e para facilitar se afasta buscando na cômoda lubrificante e camisinhas.

Espalha bem o líquido frio em seus dedos, os conduzindo de volta à minha entrada, dessa vez passando fácil e retornando a tentar abrir espaço, me preparando para o principal.

Jogo minha cabeça para trás deixando de assistir para fechar os olhos e me permitir sentir o vai e vem, seus dedos se afundam e já sei o que buscam, viro levemente meu quadril para o lado sendo acertado em cheio na próstata.

Rebolo manhoso na carícia gostosa que Chanyeol mantém ali, voltando a aquecer meu ventre e enrijecer meu membro. O Park acrescenta mais um dedo e já não controlo mais o gemidos que me escapam dos lábios, minhas unhas se ficam no ombro do maior pelo tesão crescente.

Ele por fim se afasta para vestir o preservativo e volta sorrindo malicioso, aquele sorriso que me faz perder o juízo todas as vezes que o vejo. O guitarrista vira meu corpo na cama, colocando-me de bruços e sei que cumprirá com sua promessa de me deixar de quatro por ele, anseio por isso.

Ajeito minhas pernas, separando-as, flexiono o joelho mantendo os quadris em uma boa altura e deixo o peito sobre o travesseiro, um aliado para descontar o tesão, apertando-o entre meus dedos e friccionando meu pau. Empino a bunda e balanço minimamente para que entenda que estou pronto.

As coisas que eu quero fazer para você

Meu corpo está caindo por você

Estou me divertindo tanto com você

Agora é só eu e você

O loiro se aproxima de mim por trás, espalmando minhas nádegas, apertando-as para por fim, dá-lhes um tapa, fazendo mais uma marca de suas mãos em minha pele clara em contraste. Gemo baixinho em ansiedade e pela ardência, ele abre caminho pincelando seu pau em minha entrada, fecho os olhos rebolando na cabeça ainda sem penetrar, apenas em antecipação.

Minha boca se abre em um grito mudo quando coloca metade do membro de uma vez, meu tronco se levanta parcialmente e meus dedos se fecham no tecido escuro do travesseiro.

Ele espera que eu relaxe o aperto em volta de si para continuar a enterrar-se e tento acalmar meu peito voltando a deitá-lo. Minhas costas se arqueiam quando empino em um sinal de confirmação.

Dessa vez, o Park é mais cuidadoso e vai com calma até que esteja totalmente dentro de mim, ele massageia minha cintura e leva uma das mãos ao meu pau teso iniciando uma masturbação lenta que só o enrijece mais.

Meu corpo é sua festa, baby

Ninguém foi convidado, só você, baby

Eu posso ir devagar agora

Diga-me o que você quer

— Me fode — peço gemendo em um fio de voz quando acelera as carícias sobre o membro já sensível pelo orgasmo recente.

Não foi preciso mais pedidos para que ele começasse as investidas no ponto já conhecido. É lento, mas firme o suficiente para me fazer morder os lábios contendo os gemidos.

É inevitável guiar meus quadris para trás de encontro aos seus, querendo acelerar os movimentos, intensificar o vai e vem molhado.

Chanyeol entende o que preciso e passa a meter forte e rápido, as mãos cercando minha cintura, me puxando com força para trás, gerando um choque em meu ventre e me arrancando gemidos altos.

— Está gostoso, Baek? — pergunta se inclinando com a voz saindo como um rangido entre dentes.

— Continue assim — respondo com a voz perdida na garganta já ardendo pelos gemidos.

Meus dedos apertam o travesseiro e colo ainda mais meu peito, deixando o quadril no alto bem empinado, afasto mais as pernas para melhorar a fricção do meu pau esquecido no travesseiro.

— Está uma delícia — completo com os olhos fechados, apertando-os.

— Você que é uma delícia — seu peito se deita em minhas costas e coloco forças nos braços e nas coxas para sustentar a posição, ele parece perceber meu desconforto — Quer sentar, Byun?

Assinto mesmo sem forças o suficiente para quicar como eu quero. Chanyeol sai, esvaziando meu interior para sentar-se com as costas apoiadas na cabeceira. Engatinho devagar pelos músculos em chamas e me sento em seu colo encaixando seu pau em minha entrada outra vez.

Dobro os joelhos sabendo como melhor me posicionar para sentar rápido sem problemas, abro mais as pernas, descanso as mãos na cabeceira um pouco acima da cabeça loira e apoio a ponta dos pés no colchão.

Começo a subir e descer rápido e com força como antes, me seguro bem para não perder o equilíbrio ou a intensidade. As mãos do Park circulam minha cintura auxiliando nos movimentos de vai e vem, empalando-me mais e mais, e acertando o ponto certo para me fazer jogar a cabeça para traz e gemer maltratando meus lábios.

Meus músculos queimam, mas ignoro sentando sem parar no corpo que tanto cobicei. Aproximo nossos peitos para friccionar meu pau em seu abdômen, ele entende e abraça minhas costas encurtando a distância, pressionando meu membro deliciosamente.

Eu não vou lutar contra isso

Eu quero isso o tempo todo

Descanso meus pés, colocando as coxas dobradas no colchão em um sinal claro de que já não tenho forças, Chanyeol assume os movimentos, guiando minha bunda para seu pau, metendo forte para me fazer revirar os olhos de prazer.

Já não sei o que escapa meus lábios, palavras desconexas indicam o quão próximo estou de um segundo orgasmo, percebendo isso o guitarrista envolve meu pau em uma masturbação precisa e ajudo minimamente a descer e subir meu quadril.

— Goza pra mim, Baek — pede com a voz rouca, grave que tanto amo perto do meu ouvido, não há como não perder o controle. Desfaço-me outra vez na noite e aperto o Park com força sem cessar os movimentos querendo arrastá-lo comigo.

Desço até a base rebolando e o comprimindo com minhas paredes que estão ainda mais quentes pelo orgasmo que estou tendo, me contorço em seus braços, abraçando seu pescoço e o puxando para um beijo molhado.

Peço passagem com a língua e logo recebo, vasculho, experimento, me delicío, mordisco seus lábios e ele geme arrastado de volta nos meus. Pelo calor em meu interior, percebo que está gozando assim como o aperto mais forte da minha cintura já muito maltratada.

Voltarei para casa parecendo que fui atropelado por um trator, mas que trator gostoso. Paro finalmente as investidas, descansando a cabeça em seu ombro com a respiração bagunçada e o peito acelerado demais para filtrar meus pensamentos.

— Muito melhor do que um autógrafo — rio com os olhos meio abertos.

— Autografei seu corpo todinho — passeia os dedos pelas marcas rindo também — Mas não pare de me assistir porque conseguiu o que queria.

Afasto-me o suficiente para mirar dentro de suas íris castanhas.

— Ainda não consegui metade do que eu quero — falo firme deixando claro o tempo presente, quero mais e mais — Aguenta mais uma? Que eu saiba estou te devendo um orgasmo — sorrio malicioso perdendo minha timidez depois da confirmação que precisava.

— Um banho? — sugere refletindo em seu rosto as intenções do meu.

Assinto me levantando e retirando seu membro já mole do meu interior para me preparar para sair da cama. Mas meu celular toca escapando do bolso da calça abandonada no chão.

Baby, tire o seu telefone

Você deve desligá-lo

Porque, hoje à noite, vamos mais em baixo

Diga aos seus amigos que estamos indo para baixo

Estamos na zona agora

Não pare

— Vai atender? — pergunta e balanço a cabeça em negativa saindo para pescar o aparelho e encerrar o toque, deixo uma mensagem rápida para Sehun com três letras que tenho certeza que vai entender: "PCY".

— Sem distrações — sorrio e ele levanta se aproximando de mim para rodear minha cintura e me puxar para um beijo.

Garoto, você deve saber que

Seu amor está sempre em minha mente

A cada pedaço que tenho mais quero Park Chanyeol.

4 октября 2021 г. 14:24 0 Отчет Добавить Подписаться
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Об авторе

Lua Gabriela Escritora há quase dez anos, publicando em diversas plataformas e com um guia de escrita com mais de 20 mil leituras. Professora de coreano e amante da cultura asiática. Consultoria de escrita, betagem e tradução com experiência. Amo ler fanfics

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