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Jimin fica sabendo sobre a lenda do homem de cabelos negros e pele leitosa, que é um bruxo e o mesmo vivia desde os primórdios numa cidade fantasma da Coreia do Sul, cidade essa sem um nome. As lendas dizem que ele poderia transformar sua vida em literalmente um passo de mágica. Como Jimin queria se transformar em um dançarino famoso, que sempre foi um sonho desde criança, mas não fazia esforço algum por aquilo, pensou ser uma ótima oportunidade para conseguir o que queria sem precisar se mexer. Mas os métodos do bruxo eram totalmente o contrário do que a lenda contava.


Фанфикшн Группы / Singers 13+.

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Pecado da Preguiça

Escrito por: yeonjink / @BTShippSTAN


Notas iniciais: agradeço à @sweetjimin que betou a minha fic.

e à @yoonckyn /@yoonckyn que fez a minha capa graciosamente


~~


A lenda era antiga, os mais sábios diziam que era pura história para ninar criança, mas nem sempre histórias antigas taxadas de mitos podem ser realmente apenas fictícias.


Há muitos anos, era de conhecimento popular um homem que tinha cabelos negros como a noite e vivia escondido em uma floresta que era escura mesmo de dia. Era uma cidade fantasma e sem nome. Um dia já fora uma grande vila e cheia de vida, mas hoje apenas restos de algo que existiu.


Rumores antigos diziam que o bruxo realizava o seu sonho em apenas um toque de mágica. Atualmente ninguém acreditaria numa lenda igual a essa, afinal, se fosse assim, ninguém estaria nas ruas passando fome.


Mas como sempre, há exceções. E dessa vez tem um nome, Park Jimin.


Um garoto de dezoito anos, de estatura média e recém formado do ensino médio, fica sabendo da lenda pelo seu melhor amigo, Kim Taehyung. Ele dissera que sua avó havia lhe contado sobre esse conto que era passado de família a família, desde o dia em que um incêndio havia tomado conta da cidade da tradição popular.


A única pessoa que era citada na história era um garoto da família Min, que havia sido o único a sobreviver do incêndio que começara em sua casa por uma razão desconhecida até os dias de hoje. Entretanto, por algum motivo, este último citado estava dentro da casa, mas ao ser resgatado, os residentes da vila ficaram chocados ao ver que o mesmo não tinha nenhum sinal físico de queimadura ou até mesmo fuligem, que deveria estar obstruindo a passagem de ar do menino.


Bruxaria, era o que se passava na mente das pessoas.


Antes que os moradores pudessem reagir, como se alguma força divina houvesse escutado os pensamentos destrutivos dos mesmos, o fogo se alastrou rapidamente e ficou praticamente impossível fugir. Apenas a família Kim havia sobrevivido, por estar longe da área do incêndio fora fácil fugir antes que eles fossem atingidos. E assim se criou a lenda do bruxo Min.


Mas e aquela coisa de que ele realizava os nossos desejos num passe de mágica? — pergunta Jimin ficando de joelhos no sofá, olhando diretamente para Taehyung que se sentava à frente dele no tapete e abria um chocolate em barra.

— É apenas um boato, mas minha avó disse que isso se deve ao fato de que ele era de uma família pobre que não tinha condições de realizar seus desejos — responde Taehyung, quase no final da barra de chocolate. — Dizem que as pessoas que foram para tentar desejar algo para o Min nunca voltaram.

— Mas, será mesmo que ele realiza desejos tão facilmente? Acho que isso é marmelada — pergunta Jimin cético quanto a veracidade da história.

— Minha avó disse que seu pai conhecia o filho dos Min e dizia que ele era um garoto cheio de sonhos de ir estudar na cidade grande, mas nunca teve uma boa oportunidade, ainda mais pela vila não ter escolas tão bem estruturadas para levar um garoto do campo, para a cidade. — Taehyung dá de ombros, pensando em como aquele chocolate era gostoso. — Enfim, a cidade era chamada de Daegu, mas dizem que, depois do incêndio, a cidade saiu do mapa.

— Deve ser difícil para o Min que vive lá ficar sozinho por todo esse tempo. — Seus devaneios o levaram a pensar em como ele vive agora, provavelmente era um velho caindo aos pedaços agora. — Okay, Tae. Agora vamos ao assunto importante do dia.

A feição de Taehyung se transforma em preguiça de discutir sobre aquilo novamente, ele sabia que não adiantava nada ele dar sua opinião.

— Ah, Jiminnie, eu já te disse sobre isso, você precisa ensaiar caso queira passar na faculdade da dança. Não adianta você ficar sentado apenas olhando vídeos no Youtube de gente dançando, se você não levanta essa bunda para fazer nada. — Jimin ia tentar se defender, mas a paciência de Taehyung se esgota e ele explode. — Olha, vou ser sincero com você. Se você continuar nesse ritmo, você nunca vai poder realizar o seu sonho de ser dançarino.

Taehyung esperava realmente que dessa vez Jimin pudesse escutar o seu conselho, mas como das outras vezes, foi completamente ignorado pelo mesmo, que fazia questão de revirar os olhos e dar risada.

— Tae, os tempos são outros, ninguém mais precisa se esforçar para nada. — O Kim suspira e se levanta indo pegar sua mochila andando em direção a saída. — Onde você está indo? — Jimin se levanta do sofá onde estava sentado e corre até o outro antes que ele saísse.

— Você nunca me escuta quando a gente entra nesse assunto, parece que só você está certo e fica surdo para outras opiniões. Isso me chateia, porque eu sempre peço e cogito sua opinião, mas você nem ao menos me escuta. — O rosto de Taehyung era coberto por chateação, o que fez Jimin recuar por ter magoado seu melhor amigo sem quaisquer intenções de.

— Tae, me perdoa, eu não queria ter feito isso.

— Eu já te perdoei, mas saiba que algumas das suas ações podem afetar as pessoas ao seu redor. — Então, Taehyung sai pela porta, deixando Jimin com a culpa pesando na mente.

Jimin, desanimado para andar até o seu quarto, deita no sofá e liga a televisão, que estava ligada no canal de dança contemporânea. Isso o fez dar motivação para começar a ensaiar no dia seguinte e garantir a sua vaga na faculdade.

Assim, ele colocou seu celular para despertar amanhã às dez da manhã e acordar disposto para dançar sua música favorita, Serendipity.

No dia seguinte, ele acordou com o despertador tocando, mas não mexeu um músculo, nem para desligar o toque insistente do seu celular.

Duas horas depois, ele acorda atordoado gritando para o vento, que ele já estava acordado e já ia levantar.

Calçando suas pantufas de pato, ele saiu se arrastando até o banheiro e com isso fez suas necessidades matinais, junto de sua maquiagem, mesmo que ele não fosse sair de casa. Vestiu-se corretamente para sair do quarto, colocando sua bermuda preta e camisa amarela sem estampa, penteando seus cabelos loiros que estavam bagunçados, bocejando e olhando no celular que tinha pego antes de sair do quarto.

— Já é meio-dia?!

Estava atrasado para o seu trabalho de meio período no posto de gasolina, tinha que chegar lá em meia hora, e nem havia feito metade das coisas que tinha que fazer antes de sair de casa.

Nem havia tomado banho!

Com isso, Jimin correu para abrir as janelas, pelo menos enquanto ele tomava banho, e saiu para levar o lixo para fora, sentindo o cheiro do chorume entrar em suas narinas e o fazer contorcer o rosto.

— Há quanto tempo eu não levo o lixo pra fora?! — Correu para lavar suas mãos, pegar o pacote de ração e encher o pote de sua gatinha.

Depois de fazer tudo isso, correu para o varal, nos fundos da casa e pegou a toalha para ir tomar banho. Mas ao tocar a toalha, viu que ela estava encharcada e que provavelmente foi o irrigador ligado que molhou uma de suas únicas toalhas limpas.

— Deus deve me odiar por me fazer passar por isso, justo hoje.

Correu novamente para dentro de casa e pegou uma toalha limpa dentro do closet. Entrou no banheiro na velocidade da luz e ligou o chuveiro na água morna. Pegou o shampoo e quando apertou, viu que estava totalmente vazio, e isso o lembrou que não havia feito a compra do mês, por isso ficou sem shampoo.

— Foda-se, vou com o cabelo sujo mesmo. — Terminou de se lavar corretamente e saiu do banheiro rapidamente para ver o horário.

12:20.

O ar saiu de seus pulmões e ele pediu rapidamente um táxi enquanto se vestia, terminou de se vestir em três minutos, fechou as janelas em um, e o táxi chegou no momento em que fechou a porta de casa, podendo respirar aliviado ao sentar no banco.

Dois minutos depois, ele estava parado no congestionamento e foi aí que ele desistiu, e ligou para seu chefe, dizendo que estava parado no trânsito. Entretanto, ele só deu mais cinco minutos de tolerância, e considerando que já era meio-dia e vinte oito, ele tinha que chegar em sete minutos.

Faltavam três minutos para o tempo acabar e ele se ver na frente do posto, pagando até com juros, o motorista.

Parando na frente da porta para respirar, ele viu que chegou no horário estipulado e viu seu chefe esperando atrás do balcão com uma carranca feia, já sabia que ia receber sermão e abaixou a cabeça em pedido de desculpas.

— Park Jimin. — O chamado o fez levantar a cabeça e encarar seu chefe. — Já é a quinta vez em apenas uma semana que você se atrasa! — Abaixou novamente a cabeça e isso fez o sangue de seu chefe ferver ainda mais. — Ya! Olhe para mim quando eu estiver falando com você!

Com os olhinhos arregalados, ele levanta, mas permanece estático encarando o mais velho.

— Sim, senhor. — E manteve seu olhar fixado nos olhos do seu superior enquanto ele despejava xingamentos em cima de si.

— Da próxima vai ser automaticamente demitido, está me entendendo, Park? — O olhar penetrante do mais velho o deixava com medo.

— Sim, senhor. — Fez uma reverência em desculpas e se sentou na cadeira atrás do caixa, esperando alguém entrar naquele posto, fim de mundo.

Duas horas se passam e Jimin estava entretido com um filme que passava na televisão, neste momento, um cliente entra. Ele estava todo de preto e usava uma máscara. O loiro se preparava para apertar o botão de emergência quando o homem aparece em sua frente com dois pacotes de rámen.

O estranho se vira rapidamente e Jimin pôde observar olhos afiados e uma pele pálida, como se não visse o Sol há anos.

— Que bonito… — diz Jimin, alto o suficiente para que o mascarado o olhasse com um olhar de divertimento.

O caixa fica com as bochechas vermelhas e começa a passar os produtos na comanda.

— Deu 1922,93 wons, senhor. — O encapuzado tira a carteira do bolso e o paga corretamente. — Tenha uma boa tarde, senhor.

Antes que o cliente saísse, o mesmo disse algo que deixou Jimin com muito medo.

— Jimin, apenas faça o que precisa ser feito para realizar os seus desejos. — Os olhos do estranho brilharam em um verde escuro e Jimin fica tonto com a enxurrada de pensamentos que invadem a sua cabeça. Entre eles, estava um predominante: ir à cidade-fantasma. Daegu.

— Sim, senhor. — Jimin apaga por dois segundos e quando abre os olhos, o homem havia sumido.

[...]

— Tae, eu estou te dizendo! Tudo isso é verdade! Por que você nunca acredita em mim? — O mais velho fez uma feição chateada e o outro suspirou antes de responder.

— Jiminnie, eu não sei se você comeu algo estragado ou se batizaram a sua bebida, mas isso é impossível de acontecer!

Jimin não estava louco, ele realmente havia passado por aquilo! Então, por que seu melhor amigo não entendia isso?

— Taehyung, eu sei o que eu vi, posso até te mostrar as gravações! Tá tudo salvo aqui, no meu celular! — Correu para pegar a bolsa, mas Taehyung o segurou antes.

— Jimin, tudo bem, eu acredito em você. Ele disse algo para você?

O loiro buscou em sua mente algo que o estranho tenha dito, mas estava em completo branco, era como se o homem nunca tivesse falado com ele.

Franziu o cenho e confessou: — Que estranho…

— O quê?

— Eu tenho total certeza de que ele falou comigo, mas é como se simplesmente a fala e o momento não existisse mais na minha cabeça.

Taehyung desiste de tentar entender tudo aquilo, mas fez uma última pergunta.

— Você disse que ficou muito perturbado naquele momento, e lembro de você ter dito algo sobre pensamentos entrarem como se não fossem seus… Você sabe me dizer o que era?

Jimin abrira a boca para falar, mas algo o interrompeu internamente. Uma voz desconhecida.

“Não.”

— Não. Eu desmaiei por dois segundos e depois ele não estava mais ali.

[...]

O Park decidira seguir seus instintos e fazer o que aquela voz mandava, era como se ele fosse uma marionete nas mãos de outra pessoa.

Uma dor de cabeça se alastrava sempre que abria a boca para dizer algo, mas parecia que a dor que sentia era inexplicável e ficou sem dizer nada por uma semana.

Taehyung estava deveras preocupado, Jimin também não saía de casa nem para trabalhar ou ao menos jogar o lixo fora. Com isso decidiu visitar o melhor amigo, para ver se o mesmo estava precisando de algo.

Tinha levado uma hora, pois estava a pé, e quando chegou no quintal, percebeu que a porta de entrada estava entreaberta e discou o número da polícia, mas sem acionar.

Luzes acesas, ração de gato por todo lado. Adentrando mais a casa, percebe que o banheiro estava com a luz acesa e que talvez Jimin estivesse lá precisando de algo, ou até passando mal.

Abriu a porta e viu o chuveiro ligado, mas sem ninguém dentro.

O desespero tomava conta de Taehyung e decidiu ligar para o número de Jimin, foi quando escutou um barulho vindo do quarto do mesmo.

O coração acelerado o dava a sensação de medo, e isso o fazia atrasar mais ainda os seus passos.

Entrou no quarto e viu uma bagunça de roupas pelo cômodo todo. As janelas escancaradas e a escrivaninha jogada no chão com pedaços de vidro ao redor.

Chegando mais perto, viu ser o quadro quebrado, que estava sem a foto dos dois dentro.

Viu o celular do outro em cima da cama e começou a chorar enquanto pegava o objeto.

Acessou o aparelho e viu as notas abertas com uma mensagem dentro.

“Dentro de um mês eu volto para você, TaeTae.

Com amor, Jimin.”

[...]

Sua mente estava vazia e sua visão turva. As mãos tremiam pelo frio que o envolvia através da neblina baixa que dominava aquele lugar. O corpo estava leve e o levava para um lugar desconhecido sem parar para descansar sequer um segundo.

A consciência o puxava para a realidade e o deixava cada vez mais perturbado ao que não conseguia ter controle do corpo que estava levando para a possível morte.

“Onde eu estou?”

“O que eu faço aqui?”

“Como eu não lembro de andar até aqui?”

O pânico tomava conta de si e quando ia começar a chorar, uma voz o chama.

— Jimin.

Os olhos do citado se arregalam e o corpo para de andar.

— Jimin.

— Onde eu estou? Quem é você? O que você fez comigo? — Uma risada é escutada e seu corpo estremece ao ver uma silhueta aparecer em seu campo de visão.

— Eu respondi a tudo isso quando você me perguntou na sua casa.

As memórias voltavam aos poucos e isso o deixava angustiado com tudo aquilo acontecendo.

Para onde eu devo ir, senhor?

“Para Daegu”, uma voz grave o dizia mentalmente.

Como eu vou chegar até Daegu, senhor?

“Eu irei comandar.”

Quem é você?

“Min Yoongi.”

Lágrimas caíam dos olhos de Jimin enquanto ele se ajoelhava tentando limpar o rosto e se questionava mentalmente quando ele começou a ser tão burro e inconsequente?

Uma mão gelada toca seu ombro e ele treme com a paz que ela emana apenas o tocando.

— Min, por que eu tive que fazer isso?

— Porque você desejou isso.

— O quê? Não! Isso é mentira! Por que eu desejaria ir para um lugar afastado e desconhecido pelo mundo todo, apenas por um desejo? — Jimin se levanta agressivamente.

— Eu não posso te responder isso, apenas você pode. Eu sou apenas aquele que concede desejos. — Yoongi se vira e algo se acende na cabeça de Jimin.

— Você é-

Jimin é interrompido pelo mais velho que responde a sua pergunta antes que ele a faça.

— Sim, eu sou da família Min. Eu sou o cara que saiu como vilão na lenda.

A aura muda ao redor deles e isso causa calafrios em Jimin que sentia sua cabeça girar com toda aquela energia ruim que o envolvia.

— Vamos, levante, temos muito o que fazer.

— M-mas eu ainda não sei o que fazer aqui! Eu nem sei o que desejei!

O vento sopra e outra memória aparece.

“Eu desejo conseguir passar na faculdade sem esforço.”

— No caso, essa última parte é impossível — diz Yoongi em voz alta. — Nunca se consegue nada sem esforço, eu sou a prova viva disso.

Jimin zomba em sua cabeça. “Está mais para morto-vivo do que vivo, depois de todo esse tempo.”

— Pode falar o que quiser de mim, mas eu estou muito mais na ativa que você. — O Min ri e Jimin grita, deixando o mais velho surdo.

— Você! Você é o cara que foi no posto aquele dia! — Jimin só devia estar maluco. Não podia ser.

— Isso mesmo. Mas agora vamos, que nós temos muito o que fazer. — Yoongi manda e Jimin perde o controle do seu corpo novamente.

— Eu sei andar…

Yoongi ignora.

— Yoongi.

— Yoongi.

— Yoongi.

— Yoongi.

— Yoon-

— O que foi?! — Ele para bruscamente e se vira na direção do mais novo. Estava ficando arrependido de ter atendido a esse adolescente irresponsável.

— Para onde nós estamos indo? — Seu corpo volta a andar conforme o outro andava.

— Para a minha casa.

— A do incêndio?

— Sim, Jimin. Essa.

— Por que você não reforma ou algo do tipo?

— Porque, se eu reformar, eu morro.

— Mas, por quê? — Jimin questiona curioso.

— Porque essa casa é resultado do meu esforço e foi onde tudo começou. — O mais novo ainda estava com dúvidas, mas decidiu se calar, pois agora estava muito escuro. Ele sentia galhos de árvore tentando se enroscar em seus braços e pernas. Tudo isso lhe dava um imenso pavor.

— Esses galhos não param de se enrolar em mim. Me dá medo… — Jimin sussurra para si mesmo, mas era óbvio que Yoongi havia escutado.

— Já deu, Hoseok.

Antes que o loiro perguntasse qualquer coisa, um cara alto e sorridente aparece na frente dele e o mais novo toma um susto enorme.

— Nem tento mais… — O Min nega com a cabeça, mesmo achando graça da situação.

— Ai, Jimin. Nem liga para esse velho rabugento. — O citado revira os olhos. — Mas agora vamos falar sobre você. Você veio aqui para ganhar dinheiro? — Jimin nega. — Fama? Mulheres?

— Não e não, Hoseok. Ele veio aqui para aprender a parar de ser preguiçoso. — Hoseok se confunde com o tom irônico do mais velho e começa a rir desesperadamente da piada. — Do que você está rindo? — O mesmo arqueia a sobrancelha.

— Achei engraçado você dizendo sobre ele vir aqui pela preguiça. — O Jung volta a rir, mas percebe que Yoongi não esboça nenhuma reação diante sua frase.

— Mas é isso.

O rosto de Hoseok se transforma em confusão. Ele sabia que a preguiça era um dos pecados que mais assolavam o mundo, mas a Coréia era diferente nesse quesito. Sempre muito esforçados, na grande maioria das vezes.

— O quê? Preguiça? — O formato da boca de Hoseok era engraçada, demonstrava sua indignação. — Ninguém nunca veio aqui por esse motivo.

— O problema dele é preguiça de se esforçar pelo o que quer. Quer tudo de mão beijada, na hora que quer, não é? Estou mentindo, Jimin?

— É óbvio! Eu não estaria aqui se eu não me esforçasse. — Empinou o nariz e virou o rosto. Não gostava quando diziam essas coisas para ele.

— Totalmente pelo contrário. As pessoas que vem aqui, vem para conseguir as coisas na hora que quer. E você veio aqui com o mesmo pensamento — pronunciou-se Hoseok. — Eu sei que você está sem o controle de si mesmo, mas Yoongi nunca conseguiria te trazer aqui se você não quisesse.

— Isso é verdade — diz Yoongi, concordando com a fala de Hoseok.

Jimin se recusava a acreditar no que eles diziam, era muito orgulhoso para admitir qualquer coisa que seja ruim para sua imagem.

— Mentira.

— Boa sorte, Yoongi. Esse garoto vai dar trabalho. — Hoseok deu dois tapinhas no ombro do mais velho e desapareceu pelos ares.

— Não acredito que vou ter que aguentar vocês por mais um dia. Ainda me insultam dizendo que eu não me esforço. — No fundo, Jimin sabia que aquilo era verdade, mas não diria em voz alta. Só quando os porcos voarem.

— Sabe, Jimin — diz Yoongi, parando em frente a uma casa de madeira queimada —, você é uma verdadeira criança mimada.

Jimin sente o domínio de seu corpo voltando para si e o mesmo pode estalar seus ombros, cheios de tensão.

— Eu odeio essa palavra — diz o Park irritado.

— Por quê?

— Porque me diziam isso quando eu era menor. Diziam que eu era mimado por meus pais me darem tudo o que eu queria no mesmo momento.

— Uau. Queria eu poder ter tudo o que eu quisesse, apenas pedindo. — O mais velho riu amargurado.

— É claro que você pode, você é um bruxo. — Jimin riu sarcasticamente.

Yoongi nada responde, apenas abre a porta de madeira desgastada de sua casa e adentra ao pequeno lugar com Jimin em sua cola.

Se fosse apenas isso… — diz Yoongi a si mesmo, sendo Jimin incapaz de escutar o que o mesmo disse.

— O que disse?

— Nada.

Yoongi fecha a porta e Jimin se permite observar a casa com melhor entendimento.

Partes estavam corroídas pelo cupim e pelo fogo. Haviam trepadeiras subindo dentro de casa. Flores rosas, amarelas e azuis. Uma grande mesa, cheia ingredientes para fazer um banquete para dez pessoas.

— Hm… Estou com uma fome, o que você vai fazer para mim? — O questionamento do loiro faz Yoongi dar risadas. — Do que você está rindo?

— Você é muito engraçado, sabia? Hoseok, você ouviu isso? — Se antes apenas a voz de Yoongi era ouvida, agora a risada do mesmo homem de antes aparecia no ar e era estridente.

— Ai, hyung. Ele é mesmo hilário.

— Jimin, quem faz suas comidas? — pergunta Yoongi receoso com a resposta.

— O Tae. Por quê?

— Você nunca preparou a própria comida na vida? — pergunta Hoseok meio indignado.

— Não… Sempre tive alguém que fazia isso por mim ou eu pedia delivery.

Os mais velhos suspiram em conjunto e se olham cúmplices.

— Jimin. Você quem vai fazer a comida hoje.

O mesmo arregalou os olhos em descrença.

— Eu não sei preparar nem rámen!

— Bom, nós não podemos comer a nossa própria comida, porque é uma maldição e sempre temos que comer a comida que os humanos fazem. Não é, Hoseok? — Yoongi cutuca o outro sem Jimin perceber.

Existia de fato uma maldição, mas ela não envolvia apenas comer com comida feita por humanos, tanto é que Yoongi estava rechonchudinho de tanto comer a comida boa que ele fazia.

— Sim! Claro! É horrível, porque aqui fica longe de tudo e nem se a gente quisesse a gente poderia comprar alimento.

— Então, como esses ingredientes vieram parar aqui? — pergunta Jimin cético.

— Isso é parte da realização do desejo — responde Yoongi sinceramente. — Tudo isso aparece sem que eu saiba, mas depois que eu vejo, as informações aparecem para mim em um segundo.

Jimin olha para aquela mesa cheia de comida e se vê sem saída quando vê o olhar de fome de Hoseok.

— Tudo bem, eu tento. Mas eu tenho que ver a receita no Naver. — O loiro começa a procurar o celular em seus bolsos e percebe estar sem nada. — Cadê o meu celular?

— Está na sua casa — responde o mais velho simplório.

— Por que você deixou lá? — pergunta Jimin desesperado.

— Porque você não vai precisar. — Yoongi dá de ombros.

“Era só o que me faltava.”

— Vai logo, começa isso aí logo, Jimin. Daqui a pouco eu tenho que ir dormir e o Hobi também.

— Eu não tenho saída?

— A partir do momento em que você desiste de uma missão, você morre.

“Ah.”

— O que você gosta de comer, Yoongi?

— Por que eu fico de fora? — pronuncia-se Hoseok, que estava quieto até o momento.

— Porque eu prefiro o Yoongi.

— Eu só sou maltratado nessa vida. — A voz de Jung desaparece dramaticamente, mesmo que ele ainda estivesse ali, apenas invisível. Agora ele só queria observar.

Alguns minutos se passam e Jimin está quase arrancando os cabelos. Pensar o cansava.

— Jimin, já terminou? — Yoongi entra em casa de novo e vê Jimin com a cabeça entre as mãos enquanto se apoiava na mesa.

— Não consegui fritar um ovo — murmura Jimin e Yoongi não entende nada pela voz estar abafada.

— O quê?

O Park repete e Yoongi perde a paciência.

— Vamos lá, eu te ajudo então — diz o Min rapidamente. — Mas eu não posso tocar na comida, só posso te guiar.

Então, Yoongi se encaixou por trás de Jimin e segurou suas mãos para o auxiliar.

— O que você está fazendo?!

— Minhas energias estão esgotadas, não consigo usar magia por hoje.

Que mentira descarada — diz Hoseok para si mesmo. Conseguia sentir o poder emanando de sobra. Vê Yoongi o mandando um olhar de aviso e se mantém quieto novamente.

— Mas por que você está me segurando por trás assim? Só podia ir me falando como fazer — resmunga o loiro.

— Fique quieto.

Uma hora se passa e Jimin sente suas bochechas vermelhas ao sentir a respiração quente em sua nuca, e pela boca que às vezes esbarrava na pele sensível.

— Pronto. — Yoongi se afasta e sente falta da pele macia em suas mãos.

Os dois preparam um jantar digno e Jimin se sente orgulhoso ao ver tudo aquilo em sua frente.

— Ah! Olha isso! Eu sou muito bom cozinheiro. Cheio de carne, macarrão e salada.

Yoongi revira os olhos e vê que ele continua um adolescente mimado que não admite a ajuda que teve.

— Hoseok, acorda, a comida está pronta.

— Já acordei.

Os três se sentam para comer e pegam tudo o que podem para aproveitar.

— Eu nunca provei uma comida tão boa quanto essa — diz Hoseok e Yoongi o olha indignado. — Claro que nada supera a comida do Hyung.

Jimin franze a testa e Yoongi suspira tentando relaxar.

— Mas-

— Enfim — interrompe Yoongi antes que Hoseok o entregue. — Precisamos terminar isso.

— Falta muito?

— Dois estágios.

— Quais? — A pergunta que o loiro faz, Yoongi já esperava, mas não queria responder isso.

— Vamos por partes, okay? — diz Yoogni e o outro assente. — Treinar a sua dança.

Jimin murcha em sua cadeira e faz sons de choramingo. — Tenho mesmo que fazer isso?

— Se você quiser, você sai.

Então ele se lembra.

— Aff, que coisa mais chata. Quando eu desejei isso, eu queria rápido.

— Mimado~ — cantarola Hoseok.

[...]

Os dois vão dormir depois que Hoseok vai embora e Jimin se deita na cama incrivelmente confortável. — Nossa, mas como é confortável esse colchão.

— Eu não sei disso.

— Por quê?

— Olha a minha cama ali no canto.

Era igual a um colchonete de acampamento, desconfortável, duro, frio.

— Você quer dormir aqui comigo?

Yoongi se espanta com a pergunta. Nenhum dos humanos os quais vieram para Daegu ofereceram um espaço na cama.

— Certeza?

— Sim. — A expressão de Jimin era suave e verdadeira. Yoongi via que ele não estava sendo forçado para parecer legal.

Yoongi assente calmamente e se deita na cama, exatamente quando as luzes se apagam e Jimin se aconchega ao seu lado.

— Boa noite, Yoongi.

— Boa noite, Jimin.

No dia seguinte, Yoongi acorda e sente um corpo pesado e quente em cima do seu, com cheiro de limão e cabelos loiros o fazendo cosquinha.

Yoongi nunca sentira seu coração bater tão rápido depois de tanto tempo.

A primeira vez que sentiu isso, foi no posto. Ele havia entrado pela porta e se deparado com um anjo sem asas. Outras pessoas não podiam vê-lo, apenas Jimin, pois ele não estava ali realmente, Jimin estava sendo forçado a enxergar isso.

A beleza dele é inigualável. Sua energia era boa, mesmo com algumas falhas de ética e moral, deixando a energia ao redor diferente.

Seu coração errou a primeira batida quando ele o chamou de bonito e ficou com as bochechas ruborizadas quando percebeu que ele havia escutado sua frase.

Atualmente, ele não conseguia parar de pensar no mais novo. A todo momento, ele olhava para Jimin e o via encarando alguma coisa, ou falando sozinho, e isso deixava Yoongi com o coração acelerado. Pequenas coisas que afetavam o seu desempenho em parecer alguém frio e rude.

Com o corpo de Jimin em cima do seu, ele só conseguia pensar em possuir aquele corpo para si. Mas não podia.

Era a sua sina afinal.

Morrer sozinho.

A maldição jogada em Yoongi se deve ao fato de seus pais terem deixado uma dívida com um bruxo e este amaldiçoou o filho mais novo da família Min, desde quando ele estava na barriga. Esta praga se mostrou aos seus dezesseis anos, quando o poder que emanava dele se transformou em um fogo, o fogo que dizimou uma vila inteira e fez sua cidade sumir do mapa. Matou pessoas que amava. Sua maior dor foi quando viu seu primeiro amor o olhando com medo e terror e depois morrendo pelo fogo que atravessou a vila.

— Já acordou, Yoon? — Jimin se levantava, fazendo-o sair de seus pensamentos dolorosos, e quando o mais velho saiu de sua mente, conseguia pensar no apelido que o mesmo lhe deu.

— Yoon? — questionou Yoongi, com a respiração entrecortada.

Jimin deu um sorriso com os olhos que fizeram Yoongi morrer mais ainda por dentro.

— Gostou? Seu novo apelido. Estamos aqui há dois dias e sinto que já tenho intimidade com você.

Dois dias, queria dizer uma semana na vida lá fora.

— Hm, Jimin…

— Eu estou ansioso para a próxima missão!

— Jimin…

— Quero saber o que é…

— Jimin!

O mesmo se assusta com o tom forte e grosso do outro e apenas fica quieto tentando escutar o outro sem interromper.

— Já se passou uma semana.

— Ai, hyung, Como você é engraçado, claramente estamos aqui há dois dias. — Jimin dá uma risada nervosa, mas Yoongi não esboça nada. — Como assim?

— Aqui o tempo passa mais devagar.

Estarrecido, Jimin se levanta rapidamente da cama.

— Vamos! Temos que terminar isso logo! — A respiração de Jimin se acelera e ele se sente tonto.

— Jimin, calma! Nós podemos terminar isso hoje. Se você for rápido.

— O que isso quer dizer?

— Quer dizer que, se você conseguir passar dessa parte, você volta para casa.

[...]

O carnaval que existia em seu peito o deixava estressado e ansioso, não ia conseguir fazer isso.

Era impossível.

Tinha que dançar para a natureza e ela iria lhe dizer se ele estava livre ou não para ir embora, senão, ele será engolido pelas raízes. E não há nada o que fazer.

— Jimin, fica calmo, a natureza consegue sentir o nervosismo.

— Você vai se sair muito bem, Jimin — diz Hoseok.

Respirou fundo quando escutou dentro de si mesmo a sua música preferida. Serendipity.

Seus passos começaram hesitantes, aos poucos foram se suavizando, e quando todos menos esperavam, a dança fica perfeita.

Cheia de sentimentos, cheia de vida.

Vida, algo que a natureza aprecia.

Yoongi estava hipnotizado. Não conseguia tirar os olhos daquela cena viciante.

Park Jimin era viciante.

A dança termina e uma flor nasce bem na frente de Jimin, uma rosa branca.

Yoongi nunca tinha visto nada parecido, todos que um dia apareceram aqui foram engolidos pelas raízes.

Ele sabia que Jimin era diferente.

Parece que, naquele momento, Jimin estava encantado. Ouvia as parabenizações de Hoseok zumbindo em seus ouvidos, mas tinha uma coisa que ele ouviu pela primeira vez.

“Beije esta flor, sem arrancá-la, se você sente que gosta mesmo de alguém daqui. Liberte esta pessoa.”

E Jimin beijou.

[...]

Jimin, já na rua, pega emprestado o celular de alguma pessoa e liga para Taehyung.

— Alô? — A voz cansada de Taehyung é ouvida.

— Taehyung.

— Jimin! Oh, meu Deus! Onde você estava?

— Tae, tudo o que aconteceu foi inexplicável. Agora eu posso ser um aluno da faculdade de dança! Tento te explicar quando chegar.

A ligação desliga e Jimin é abraçado por Yoongi, que diz que ficou muito feliz por ter avançado. E por tê-lo tirado de sua maldição.

— Você sabe.

— Eu sei.


~~


Notas finais: apesar de tudo, eu gostei de escrever essa fanfic e queria saber o que vocês acharam dela.

beijos de luz, ate a proxima fic.

4 сентября 2021 г. 20:00 0 Отчет Добавить Подписаться
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