pandora_noir Pandora Noir

A família Suspiria está sendo atormentada por fenômenos paranormais. Cansados de viverem em medo dia após dia, chamam por Donna, uma mulher sombria que os ajudaria a combater as sombras que pairam sobre eles.


Короткий рассказ 13+.

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Короткий рассказ
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A Sala de Veludo

É noite. As sombras correm silenciosas. Vai-se uma pálida mulher. Vai-se uma pálida mulher sombria, cantarolando ao atravessar a bruma fria.

Na fronte procela de um enorme portão de ferro frio, rompe o enleio do pesado portal. A figura umbrosa segue o caminho de pedras cinzentas até a grande residência Suspiria.

O cenário é uma tela de cinza paleta, enquadrada por retorcidas árvores a balançar seus galhos junto ao vento agudo. Não há luz na noite com as nuvens a encobrir as luas. O aroma do começo do inverno mistura-se ao distante cheiro de pinheiros. Morcegos desviam velozmente das lágrimas esbranquiçadas que lentamente caiam do céu, como murmúrios lamentosos.

A mulher de preto bateu três vezes com a aldrava de arabescos na grande porta de madeira. Um eco grave ecoou por toda a mansão, até que um mordomo de fato escuro atendeu a porta, sem mostrar surpresa. Todos aguardavam a visita da mulher, que sem fazer cerimônias, adentrou na morada obscura.

O chão era de mármore frio, no centro um tapete bordô unia o portal de entrada ao topo da escada do mezanino, atravessando o grande salão principal cercado por dóricas colunas que seguravam arcos romanos, com arquitraves cinzeladas por sumos mestres.
A iluminação de tímidas velas harmonizava com a fraca luz da noite, emanada pelas colossais janelas e da rosácea ao topo da porta por onde entrara. Os tons de marrom acinzentado que ocasionalmente contrastavam com um bege ou vermelho criavam um cenário hostil, mas nada disso parecia incomodar a mulher de preto, que andava com calma enquanto apreciava os arabescos em seus mais belos atavios, exibindo todo o brilho de sua beleza sombria.

O mordomo a guiou até uma porta sob o mezanino, levando-a a uma sala aveludada e ainda mais escura que o salão principal que a pouco deixara.

Em uma mesa redonda ao centro, coberta por uma toalha branca, reunia-se a família Suspiria. Parecendo uma pintura barroca, todos encaravam a mulher de preto com olhos amedrontados. O anfitrião, senhor Roderic Suspira levantou-se com prontidão para cumprimentar a convidada.


— Donna. — Foi tudo o que disse ao estender a mão.

— Sr. Roderic. — A mulher de preto respondeu o gesto.

— Agradeço por vir, senhorita Donna. — o homem, desconfortável não só com a situação, mas com a marcante presença da mulher, pigarreia uma vez antes de retomar a fala. — Essa é a minha esposa, Narcissa. Minha filha mais velha, Belatrix e meu filho Theodoro. Minha filha mais nova, Avina encontra-se em seus aposentos.


Enquanto o anfitrião apresentava sua família, a mulher de preto caminhava ao redor da sala, observando os candelabros de luz fraca, o piso de madeira que rangia, o tapete desbotado... embora a sala de veludo não fosse tão grande quanto os outros cômodos da casa, era igualmente adornada. Nas paredes, assim como em toda a mansão, haviam quadros ricamente emoldurados e belas tapeçarias. Nessa sala, em especial, a parede do fundo era enfeitada não só pelas pinturas, mas por duas belíssimas espadas que se cruzavam.


Ao final da fala de Roderic, ela apenas acenou com a cabeça, cumprimentando a todos uma única vez. Ninguém ousou dizer nada antes que Donna se pronunciasse. O silêncio cortante feria os corações apreensivos da família Suspiria. O caminhar preciso da convidada igualava-se a um metrônomo, regendo com maestria o choro do piso. Por fim, pois-se imóvel atrás da única cadeira vazia. Olhou para todos uma e outra vez. O relógio pesado que ficava no mezanino anunciou às nove horas. A mulher esperou até que ele se silenciasse e os ecos cessassem.


— Ainda temos três cantos até o início. — referia-se às badaladas do relógio. — Preparem-se, há algum tempo. Ceiem, regojizem-se! Tragam alguma luz para esse umbral decadente. — anunciou.


Saiu da sala do mesmo modo que entrou, penosa. Pois-se a explorar a mansão.


De fato todos os corredores da mansão eram obscuros e intimidantes. Quadros com rostos de vela derretida adornavam as paredes, parecendo que a qualquer momento saltariam para fora da tela, clamando misericórdia, implorando que fossem libertos de sua sina tormentosa. A mulher teve a impressão que os olhos dos quadros a seguiam, sentia-se observada, perseguida. Mas nada havia além dela e dos retratos.
Passos graves marcavam o tapete que trilhava o corredor, mas tais passos não eram de Donna.

A mulher seguiu para a biblioteca, onde pois-se a explorar as estantes que abrigam livros ordinários. Dedilhava as lombadas, lendo título a título. Então, sem aviso ou convite, com um som abafado, cai um livro da estante atrás de si. Donna se vira, sem pressa e o pega, para devolvê-lo a estante. No preciso momento em que o coloca no lugar, as poucas velas que iluminavam a biblioteca se apagam. Com as janelas fechadas, não havia vento. Os raios que rasgavam os céus passaram a ser a única fonte de luz.
A mulher de preto coloca a mão no bolso do vestido, retirando de lá um pequeno saco. Agachou-se no ponto em que o livro caíra, salpicando o local com algumas folhas de verbena.

Seguindo o labirinto de corredores, pouco a sua frente, uma porta abriu-se com um gemido doloroso. Donna, aceitando o convite, entra no quarto que, a primeira vista, parecia vazio. Quando o ambiente foi iluminado pela luz da tempestade, ela pôde ver, encolhida na cama abraçando os joelhos, uma garota com cabelos pálidos e expressão doente, pintada de puro terror. Essa menina encarava o nada da parede a sua frente com os olhos arregalados.


— Avina, eu suponho. — A mulher de preto começou a caminhar na direção da garota que não parecia tê-la notado. — Avina? — chamou-a.

— A última que veio aqui. A médium… — começou a filha mais nova, com uma voz baixa, quase um sussurro. — ele a devorou. Você deveria ir enquanto ainda pode. — todo o seu corpo tremia, mas não era de frio.

Ela virou o rosto na direção da mulher, lenta e pausadamente, com o ritmo abatido de sua respiração.

Donna sentou-se na beirada da cama, ao seu lado. Não parecia incomodada ou surpresa com a fala de Avina.
Ela abriu a boca para falar, mas os passos no corredor capturaram a atenção das mulheres. A garota, amedrontada cobriu os ouvidos e começou a sibilar algo incompreensível, o que pareceu um reflexo impulsivo. Donna prontamente foi até a porta para espiar o corredor. O nada havia e a escuridão reinava. Contudo, a convidada teve certeza de ouvir uma risada, apesar de soar baixa e distante, como que envolta pela bruma. Ao final do corredor envolvido no véu das trevas, uma silhueta se desfazia.

Voltando-se para a filha mais nova, ela começa. — Ouça-me. Essa noite, tudo terminará essa noite. Para podermos pôr um fim nesse pesadelo, vou precisar de você, então peço que venha comigo. Falta pouco para começarmos.


Sem opções, Avina concordou. Apenas queria dar um fim a esse tormento. Que se encerrassem as noites de terror! Que as portas que fossem fechadas, assim permanecessem.

Ao fim de um pesaroso jantar, toda a família reuniu-se na sala aveludada. O Anfitrião, a esposa, a filha mais velha, o filho, Avina e a mulher de preto. Todos sentados em silêncio na mesa com a toalha branca.

— Devem seguir minhas instruções a risca. — Começou Donna. — Quando eu começar, todos devem fechar os olhos e não abrirão até que eu assim o diga. Não soltarão as mãos ou sairão de seus assentos, não importa o que ouçam ou sintam. — depois de uma agonizante pausa, ela finaliza com uma pergunta. — Há algo que desejem perguntar antes de começarmos?


Ninguém ousou responder. Como condenados diante da forca, o máximo que podiam fazer era balançar a cabeça.


A mulher de preto se senta. Espera o terminar da décima segunda badalada. Um silêncio sepulcral contamina a sala que a cada segundo torna-se mais fria. E mais fria… Donna, a única que mantinha os olhos abertos, podia ver o reflexo da fumaça que emanava da respiração de todos. O piso começou a ranger e estalar ao redor deles. Primeiro nos cantos da sala. Então ia se aproximando, cada vez mais perto, espreitando, buscando, caçando.


— Sombras que rastejam na escuridão, falo diretamente à vocês! — começou a mulher de preto. — Vocês não têm permissão para habitar está casa. — A porta, que até então estava aberta, fechou-se bruscamente. — Eu ordeno que vão-se embora!


As respirações iam tornando-se mais pesadas, os corações disparados. Todos ouviram a porta bater e tremeram nas cadeiras. Eles não podiam ver, como foi dito, ninguém ousou abrir os olhos. Mas a sensação não parava. A sensação de que se está sendo observado, a sensação que perfura as costas como agulhas congeladas. Mais perto, mais perto!


— Voltem para o umbral abissal de onde saíram! Eu os comando, e ordeno que saiam! Afundem agora, estou mandando! — A voz de Donna era firme e imponente. Não tremendo uma única vez, ela continua o sermão.

A cada palavra, ficava mais perto. Logo, era possível sentir. Avina sentiu uma mão tocar-lhe o ombro e encolheu-se no lugar, com o grito entalado na garganta e lágrimas a manchar o rosto. A mulher de preto continuo, desafiando o que se ocultava nas sombras.

Todos puderam sentir um tremor leve, no início, era fácil confundir com a imaginação. Apenas a mente a pregar peças em um cenário sugestivo. E então mais forte, com raiva. A mesa redonda tremia como se alguém a balançasse, mas todos estavam sentados com as mãos dadas.
Os pés da mesa já estavam deixando o chão; foi necessário usar a força dos pulsos para segurar a mesa sem romperem o círculo.

O frio invernal fazia doer os dedos, espalhando-se pelo braço até os ombros, envolve os pescoços. Agora todos tremiam não só pelo pânico. As velas foram apagadas, a escuridão reinava impetuosa. Logo não só a mesa tremia, mas toda a sala. Livros eram brutalmente arremessados de uma diagonal à outra. E os candelabros tombavam um a um. A família lutava para permanecer firme, sustentados apenas pela voz inabalável de Donna. Assustados e com medo por não poderem ver o pandemônio de objetos voando pela sala, apertaram as mãos. Eram uma família, sua união os daria forças para superar isso.

Por um segundo, tudo parou. A imobilidade e a calmaria foi um pequeno bálsamo para as almas amedrontadas que estavam na mesa circular.

Do vazio, surge uma voz. Rouca, e arrastada, causando arrepio em todos na sala.


— Você julga ter algum poder aqui? — gargalhou ao dizer.

— Eu não julgo. Eu tenho o poder! — desafiou Donna, sem perder a postura, mesmo com as mãos que tremiam ao segurar as suas.

Como ousa desafiar-me? — a voz ia tornando-se mais grave, em um crescendo demoníaco.

Donna, a única com os olhos abertos, pôde vê-lo se formando. Uma figura obscura que se assemelhava a um cadáver, entretanto forte, e alto, como o rosto de uma caveira com olhos vermelhos e dentes afiados, aterrorizantemente colocados em um sorriso macabro. Um par de chifres retorcidos saíam do crânio. A criatura apontava para a mulher de preto com suas longas e afiadas unhas, que mais pareciam garras enegrecidas.


— Serás a primeira que levarei! Sofrerá por mil anos nas chamas, e mais mil anos a mutilarei eu mesmo!

Donna se levantou, sem soltar as mãos. Encarava o ser umbroso com pretensão e entono.

— Não me insultes! Empina-te! Pois, a larva tem beijos mais sombrios que os teus. — retrucou, desafiando uma vez mais a entidade sombria que pairava acima dos portais.

O ser respondeu com um urro raivoso, coberto de ira. Um odor pútrido invadiu o recinto, nauseante como o inferno em chamas! Toda a sala voltou a tremer, a mesa a balançar, o chão a estalar, a porta a ranger… A janela ao fundo então estilhaçou-se. Jogando cacos para todos os lados, em uma chuva afiada. Um dos fractais acertou certeiramente a garganta de Narcissa, que por reflexo, levou as mãos ao pescoço, rompendo o círculo. Caiu da cadeira, tolamente. Os filhos e o marido clamavam seu nome, em berros e em lágrimas. Todos deixaram seus assentos, em pânico, para reunir-se ao lado da mulher que logo deixou de respirar, eternizando em seu rosto uma expressão aguda de pânico e desespero.

Dominada pelo profundo terror, Belatrix correu para sair da sala aveludada, aproveitando que a porta se abriu. Correu tanto quanto pôde, até ser atingida por um livro que foi arremessado contra sua cabeça, derrubando-a, deixando seu pescoço no ponto exato da soleira. Ela não teve tempo de pensar em se levantar. A porta fechou-se certeiramente uma vez mais, com uma força inimaginável para uma porta. O som que se seguiu foi o de uma árvore a partir-se em solidão.

Avina chorava, berrava, agachada no chão, tampando os ouvidos com as mãos. Não queri ver, não queria ouvir, apenas desejava por um fim nisso! Balbuciando orações inúteis, ignorando a tormenta ao seu redor.


A mulher de preto não se abalou, mantendo-se imóvel, com uma aura de desprezo emanando de si.

O desespero e a ira uniram-se para criar os urros incompreensíveis de Roderic. As imagens de esposa e filha vertendo rios de sangue, manchando o já vermelho tapete foi demais para sua sanidade. Se isso era um pesadelo, ele apenas queria acordar! Queria abrir os olhos e ver o rosto tranquilo de sua esposa ao seu lado. Ouvir os risos de seus filhos! Ele não desejava mais nada além de pode ter sua família feliz uma vez mais. Daria sua alma por isso! Sim, uma alma, um sacrifício! Isso iria por um fim no terror, isso iria acalmá-lo.
Sem pensar uma segunda vez, tomou em suas mãos um dos cacos espalhados no chão para rasgar a garganta, transformando a si mesmo numa cachoeira de sangue. Engasgando e sufocando em seus próprios fluidos… uma imagem pateticamente triste, pois de nada adiantou seu sacrifício. Caído no chão, encarava a face distorcida de sua esposa. Queria poder fechar os olhos, ao menos desviar o olhar, mas algo o impedia. Sofreu até o último suspiro.

Theodoro correu na direção da Donna, que nada fazia além de assistir com a expressão mais apática possível. Ele agarrou a mulher pelos ombros, a sacudindo, berrando! Ela deveria ajudá-los! Deveria salvá-los desse inferno! Mas não fez nada! Nada além de ficar olhando, como se aquela chacina a entretece.

— ... Alegre-se. Ao final, servirão na morte p’ra alguma coisa! — foi tudo o que a mulher de preto disse.

Ao final da frase de Donna, as espadas, únicos itens que ainda permaneciam no lugar, foram atiradas na direção do filho. Theodoro conseguiu desviar da primeira apenas para que a segunda lhe acertasse o crânio por trás.
A visão que a mulher de preto teve não foi agradável. Um dos olhos do garoto imediatamente saltou para fora, enquanto o sangue que jorrava, manchava a pele perfeitamente pálida de Donna. A mandíbula caiu e alguns dentes se soltaram. O corpo do jovem rapaz espasmou por alguns instantes antes de desmontar-se ao chão, levando a espada a entrar mais ainda em sua cabeça. Ele não teve tempo de gritar, ou sequer chorar. Antes que pudesse perceber, era só mais um cadáver a decorar a sala.

A mulher teve a impressão de ouvi-lo sibilar “bruxa”. Talvez não tivesse realmente sido o garoto morto, mas alguém o disse.

Ela voltou seu olhar para a filha mais nova, que permanecia do mesmo modo, agachada, adornada com manchas vermelhas, com os olhos fechados, e as mãos a tampar os ouvidos. Donna escutava com atenção os sussurros da garota, que em um momento eram orações, para logo depois se tornarem em sons incompreensíveis.


Avina tombou bruscamente no chão, e começou a berrar. Retorcia-se, em pânico profundo. Não podia controlar seu corpo e por mais que tentasse lutar, os espasmos que a percorriam eram dolorosos de mais para suportar. Tentou gritar, implorar, mas apenas conseguiu soltar outro grito rouco e estridente que permaneceu por um agonizante tempo enquanto tentava puxar o ar para dentro de seus pulmões que pareciam arder como brasa.
Os braços se retorciam em posições impossíveis, e as costas se arqueavam ao limite. A pobre garota convulsionava, completamente indefesa, acalentada apenas para orquestra de seus próprios ossos de partindo e retorcendo.
Ao final de tormentosos minutos, o corpo, uma figura disforme, cedeu e caiu no chão, com um único impacto. Donna apenas observava com a expressão séria. Não havia um traço de pavor sequer em seu rosto.

Avina então começou a levantar-se. Os pés tocaram o chão primeiro, acompanhados pelas pernas que iam se erguendo, subindo em uma ordem perfeita, a coluna, os braços e por fim, o pescoço trouxe a cabeça para frente. Começou a se arrastar na direção de Donna.

Os ombros estavam caídos e os braços pendurados. As pernas um pouco dobradas, e somente uma pequena parte da ponta dos pés tocava o chão. Avina nada mais parecia que uma marionete quebrada. Não haviam olhos para serem encarados, eles foram devorados. A boca abriu para emitir um gemido fantasmagórico e quebradiço.

A mulher de preto encarava os corpos caídos ao redor; os livros jogados, a mesa tombada, o chão regado com estilhaços da janela, molhado pela tempestade e por um líquido vermelho que vertia dos cadáveres. Voltou-se para o corpo que estava parado a alguns metros de si. Ele emitiu uma voz. A voz rouca e grave que espalhou tormento nos corações dos Suspiria.

Donna arrastou os corpos, unindo-os lado a lado, apenas para cobri-los com o pano branco que antes estava sobre a mesa redonda; uma mortalha perfeita. Suspirou, por fim. Embora aliviada, carregava consigo um pesar crescente, infindável pesar.
Ao final, uma troca justa. O preço havia sido pago. Donna não conseguiu conter um pequeno sorriso que em seus lábios se formava. Era possível fingir muitas das intenções humanas; e Donna fingia todas elas e fingia muito bem.
Mas ela havia tentado. Verdadeiramente tentou conter seu feitiço, mas eles não a ajudaram. Como animais em direção ao matadouro, eles cavaram a própria cova. Se não tivessem desfeito o círculo… se não a tivessem chamado.

— Agora que os cobriu do meu sudário, que fará com um lugar tão triste e solitário? — perguntou a voz que saia de Avina.

— Eu viverei. — respondeu-lhe a mulher de preto.

4 августа 2021 г. 13:26 0 Отчет Добавить Подписаться
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Об авторе

Pandora Noir Olá! O meu nome é Pandora, sou uma aspirante a escritora. Minha obra é "Prólogo do Céu", e ficaria muito feliz se você pudesse ler! Um pouco sobre mim... Eu amo desenhar e pintar tanto quanto amo escrever. Minha técnica é aquarela. Não sou capaz de apontar um escritor favorito, mas adoro histórias góticas, sobrenaturais e/ou celestes. Acredito que meu poeta favorito é o Augusto dos Anjos, mas no momento estou apaixonada pelo Jonh Milton. Também adoro debater sobre mitologia.

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Prólogo do Céu
Prólogo do Céu

Terh é um mundo envolto por uma profecia cruel; os Filhos da Luz, viriam a destruir tudo. Disposto a qualquer coisa para conquistar seu trono no altíssimo do céu, Eósforo, O Filho da Luz, inicia uma dolorosa campanha contra os deuses de Terh. Porém, mesmo acompanhado de sua irmã, Heylel, de seus Santos, e alguns deuses que partilhavam de seus ideais, sua queda foi inevitável. A derrota provocou seu banimento para o mundo dos homens, juntamente de seus aliados. O último conflito contra as forças da luz está para se iniciar. A batalha final não envolverá apenas os deuses, mas todos os habitantes de Terh. Daemons, criaturas cruéis e sombrias que habitam o umbroso plano de Miterh, regido pelos atrozes Heahlishyard, sentem os abalos da guerra e a necessidade de escolher a qual lado unirão forças. As trombetas do Armagedom soam! Contudo, desde sua queda, não há sinais do Filho da Luz, ou da principal aliada dos deuses, Seraphin. Узнайте больше о Prólogo do Céu.