My Fake Boyfriend Подписаться

A respiração do rapaz no palco era rasa e profunda, o suor que escorria em seu rosto, molhava o cabelo o deixando com a aparência ainda mais sexy, o grito enlouquecido do público fez seu coração bater cada vez mais rápido, era seu nome que como um coro era repetido por todos, de repente um holofote se acendeu bem na frente de seu rosto e um barulho irritante começou a crescer, o barulho ficava cada vez mais alto e o grito do público cada vez mais baixo, então o holofote ficou mais forte segando o cantor no palco, ele fechou os olhos e quando abriu...

YU on

_ Bom dia flor do dia, acorda que você precisa trabalhar. A voz que eu já conhecia muito bem veio de bem próximo ao meu rosto. _ E toma um banho, você está fedendo.

_ Porque eu dei a chave do meu quarto pra você? Eu falei tapando meu rosto com o travesseiro, para evitar a luz do sol que entrava pela janela que ela abriu.

_ Porque se você morrer aqui sozinho alguém tem que verificar pra avisar a polícia.

Tirei o travesseiro do rosto e sentei na cama e encarei aquela criatura a minha frente.

Ficha da criminosa, Nome Vitória, idade 22 anos, status pior amiga do universo, ainda não sei como se tornou a minha agente, na verdade, tenho medo de descobrir.

Me levantei sentido meu corpo pesado e fui para o banheiro, nem preciso dizer que quando sai a minha roupa já estava sobre a cama.

_ Megera controladora! Falei baixo.

_ Eu ouvi isso japonês safado. Ela gritou da cozinha.

Bufei e terminei de me vestir e fui até lá, na mesa tinha um típico café da manhã ocidental com pão e tudo mais, aquela louca queria me engordar, tinha comida lá pra um batalhão, ela se sentou e serviu se de algumas torradas e um copo de café com adoçante, não era que ela fosse alguma maluca por dietas, aquela psicopata tinha diabetes e apesar de roubar uns doces aqui ou ali, ela ainda cuidava de sua alimentação, porque segundo ela se ela morresse eu estava fodido, não contém pra ela, mas eu concordo.

Depois do café fomos juntos ate a estação de trem, a dois anos eu trabalhava em uma cafeteria para me manter, mas não era o que queria pra minha vida, eu quero ser um cantor famoso, deixei o Japão e vim para Taiwan a cinco anos com a promessa de uma carreira explosiva, a única coisa que explodiu foi minha conta bancaria quando descobri que tinha sido enganado por um salafrário que fugiu com minha grana me deixando sem nada em um pais desconhecido, para não morrer de fome e conseguir dinheiro pra voltara para meu pais ofereci para cantar em bares e restaurantes em troca de uma miséria ou ate um prato de comida, mas foi na estação de trem quando eu tocava esperando qualquer trocado que conheci Vitoria, ela estava sentada me observando a mais ou menos meia hora, no começo tudo bem, mas com o tempo aquilo começou a ficar desconfortável, por trás aqueles óculos escuros a mulher me encarava sem se mecher, quando o fluxo de gente diminuiu eu decidi que não poderia mais ficar daquela forma, fui até ela e chamei sua atenção com um pigarro, mas ela não se mecheu.

Comecei a ficar ainda mais nervoso, levei minha mão diante dos olhos dela e agitei, quase falei um porra alto porque naquele momento só pude pensar que a pobre era sega, com vergonha de mim me aproximei de vagar e toquei seu ombro para falar com ela, quem sabe oferecer ajuda, mas pra minha surpresa ela deu um grito que chamou a atenção das poucas pessoas que ainda estavam na estação e ficou de pé em um salto tirando o óculos de olhando pra mim.

_ Há merda! Ela falou olhamos o relógio em seu pulso. _ Eu perdi o trem de novo! Ela falou choramingando.

_ Você... Estava dormindo? Eu perguntei olhando aquela criatura maluca.

Ela sorriu sem jeito e coçou atrás da orelha, naquele dia eu descobri que ela tinha vindo para a China estudar, fazia faculdade durante o dia e trabalhava como barista em uma casa noturna de noite, logo eu percebi que Vitória estava sempre cansada e que dormiria em qualquer lugar e qualquer hora, descobri também que ela era Brasileira e apesar de louca, foi meu conforto durante aquele tempo, então como amigos ela começou a me arrumar pequenos shows e logo eu tinha dinheiro pelo menos pra comer todo dia, dividiamos um AP pequeno e modesto,mas era bem centralizado e os vizinhos eram ótimos.

_ Então tem esse garoto, ele é tipo muito lindo e as meninas são loucas por ele na faculdade, não sei como ele ainda não ficou famoso...

Ela tagarelava sobre seja lá o que for enquanto eu divagava em como dar um jeito na minha vida, olhei para fora do trem sem ouvi lá de verdade.

_ E então o que voce acha? Ela me perguntou me tirando dos meus devaneios.

_ Hum? Perguntei distraído.

_ Você não ouviu nada do que eu disse YU? Ela falou fechando a cara.

Conhecendo Vivi como eu conhecia pedir desculpas agora seria a pior escolha, ela iria gritar comigo e chamar atencao de todos me fazendo me sentir um amigo horrível, então eu tomei a decisão que faria ela ficar mais calma, apesar de ainda assim ser arriscada.

_ Claro que eu ouvi não seja assim! Falei sorrindo inocente.

_ Então você concorda?

Ai estava a pegadinha, nunca diga que concorda com algo que Vitória diz sem saber o que é, ela é louca, então como melhor amigo eu falei.

_ Não sei Vi, tenho que pensar sobre isso! Ela fez um bico enorme e crusou os bravos.

_ Não é que você tenha muita escolha. Ela falou e se virou pra mim. _ Não tô dizendo pra namorar ele de verdade, só fingir, as pessoas amam um casa gay no YouTube, vai fazer os dois serem famosos e daí pra alavancar suas carreiras vai ser fácil fácil.

Vocês estão vendo? É exatamente por isso que eu não concordo antes de saber o que essa maluca pensa.

_ Deixa eu ver se capitei. Falei me virando pra ela. _ Você quer que eu finja estar namorando um cara...

_ Não é qualquer cara YU, ele é um ator incrível, doce e lindo, só não conseguiu fazer sucesso ainda.

_ Ok, mas você quer que eu e ele finjamos um namoro e façamos um canal no YouTube, enganemos pessoas pra fazer sucesso? Falei erguendo uma sombrancelha.

_ Quando você fala parece algo horrível! Ela falou ficando com cara de cachorrinho.

Outra coisa sobre Vitória, não se engane com a cara de cachorrinho, ela não está realmente triste ou arrependida, ela só quer que voce faça o quê ela quer, bufei e olhei a paisagem lá fora.

_ Pelo menos conheça ele! Ela falou ao meu lado.

_ Você quem teve essa ideia? Eu perguntei já sabendo a resposta.

_ Quem você acha que teria a mente brilhante pra tal coisa? Ela falou rindo.

_ E seu amigo concordou?

_ Meu colega, meu amigo é você, mas ele não disse que sim, disse pra conversar com você e depois se conhecerem, se vocês dois concordassem então comecariamos tudo.

Eu fiquei olhando pra ela por um tempo, não seria realmente algo tão ruim se não pedissemos ajuda financeira para os seguidores, se apenas fizéssemos isso pra ficar conhecidos não seria tão ruim seria?

Fiquei com isso o dia todo enquanto limpava mesas de servia cafés, como era segunda não trabalhava a noite, e nem Vitória, no meio do dia recebi uma mensagem perguntando qual era a minha resposta, respirei fundo e digitei.

_ Ok, convide seu amigo pra jantar e vamos conversar.

Ela me mandou milhões de figurinhas apaixonadas e foi isso, o resto da tarde se arrastou e eu tinha o pressentimento de que eu estava me jogando aos lobos aceitando aquela maluquice.

Cheguei em casa exausto, só queria tomar um banho e cair na cama, nem mesmo quando Vivi disse que havia pedido pizza eu me senti animado para conversar com o tal ator, ela me mandou a ficha completa do cara, ele era dois anos mais velho que eu no caso 21 anos, se chamava San e tinha o sonho de ser ator, mas assim como eu ainda não tinha conseguido ir longe em sua carreira, ele cursava engenharia industrial porque os pais obrigaram já que atuar não dava dinheiro.

Pensando nos milhões de motivos pelos quais eu diria não a essa ideia hoje ainda, tomei um banho e vesti a primeira roupa que vi pela frente que e era uma camiseta azul bebê e um jeans surrado, sequei meus cabelos e vi que eles estavam grandes de mais, já estava na hora de um corte, sai do quarto e percebi a cozinha vazia.

_ Vi! Chamei alto.

Ela não respondeu, mas logo ouvi a voz dela no corredor. Outra coisa sobre minha amiga, ela tem um mega fone na garganta, nem o gay mais escandaloso ganha dela nesse quesito, quem via de fora achava que ela estava brigando, mas era só o jeito Vivi de ser, logo ela abriu a porta e não estava sozinha, atrás dela estava um cara um pouco mais alto que eu e não podia negar, ele era bonito, muito na verdade.

_ Há YU deixa eu te apresentar, esse aqui é o San, Sam esse aqui é o Yu.

Eu me curvei o comprimentando e ele fez o mesmo.

_ Por favor sente se! Falei apontando uma cadeira pra ele.

_ Obrigado! Ele falou sentando.

Nesse momento o interfone tocou, atendi e era o porteiro falando que a pizza havia chegado.

_ Eu vou lá embaixo buscar a pizza! Falei calçando meu chinelo, mas Sam ficou de pé e falou.

_ Por favor me deixe pagar!

_ Não precisa você é nosso convidado! Eu falei saindo sem deixar ele dizer mais nada. Assim que paguei a pizza voltei, ele e Vivi estavam sentando na nossa pequena sala improvisada que era na verdade um pedaço da cozinha que colocamos um sofá e uma tv já que o apartamento só tinha dois quartos, um banheiro e uma cozinha grande.

_ Senta eu sirvo a gente! Vi falou vindo na minha direção e me empurrando pra sala, assim que serviu as pizzas e refri pra todos veio e sentou no chão próxima ao sofá aonde eu dividia com Sam. _ Bom como eu já adiantei pra vocês, a minha ideia é que vocês dois montem um canal como se fossem um casal, a popularidade dos dois crescerá e aí será bem mais fácil serem vistos, isso vai ajudar na carreira dos dois.

Minha amiga falou e começou a comer sua pizza.

_ Eu realmente achei essa ideia uma loucura. Sam falou olhando pra mim. _ Mas quanto mais eu penso, mais fica fácil de acreditar que pode dar certo, eu sou um ator, será como interpretar um papel pra mim, e você também é um artista, só pense na sua carreira.

Eu ri.

_Essa maluca realmente convenceu você! Falei e ele também riu.

_ Não é questão de convencer, a ideia dela é realmente boa, eu estou disposto a arriscar, eu entendo se não se sentir a vontade, eu aceitei conversar porque você é importante pra Vi e ela quer te ajudar na sua carreira, mas se você não aceitar, vou procurar outra pessoa pra fazer isso comigo. Ele falou.

_ Nossa assim tão fácil, a gente nem começou uma relação e você já está me trocando? Falei brincando.

Ele ergueu os ombros.

_ Eu estou listando suas opções, pode me ter e ainda ficar famoso, agora se não quiser vou atrás de outro. Ele falou, mas pode ver o vestigiu de um sorriso em seus olhos, eu gostei desse cara, talvez isso desse certo.

_ Ok vamos fazer um teste então, gravamos um vídeo de apresentação, se não tivermos pelo menos trinta seguidores em quinze dias a gente desiste da ideia.

Eu e Vitória encaramos San que terminou de comer a pizza que estava com ele e me estendeu a mão, nesse momento Vi deu um grito que quase nos deixou surdos.

_ Vamos lá, agora vocês vão ter que assistir alguns vídeos de casais famosos no YouTube pra terem uma base.

Ela levantou e correu para seu quarto, eu queria perguntar para San se ele era gay, mas tava na cara que mesmo se fosse hetero, como ator esse negócio de fingir namoro gay não seria problema pra ele, então me mantive calado,Vi voltou com o notebook e passamos quase três horas vendo vídeos atrás de vídeos de casais demontrando afeto de todas as formas na internet, uns fofos e outro que digamos deveriam estar em outra plataforma.

_ YU como você é passivo mesmo vai caber muito bem nesse papel, também é manhoso e grudendo acho que voce pode ser o Uke fofo e manhoso, tá faltando um pouco desse tipo de casal aqui, eu ia mandar a minha amiga ir se foder, mas.

_ Como assim, de que tipo de casal? San perguntou curioso.

_ Sabe o estilo que as fujoshi adoram, o Uke fofo que fica em casa sendo neném e mimado pelo Seme mandão e gado.

_ Gado? Ele perguntou com cara de quem não entendeu nada. Eu não pude mais me conter e falei.

_ Você é gay? Juro que não perguntei por outra razão se não pelo fato dele ser totalmente ignorante no quesito Seme e Uke e tudo mais.

Ele virou pra mim com um sorriso no rosto.

_ Eu não diria Gay, eu estou mais pra " não sou seletivo" e sorriu de uma forma sacana.

Ótimo, ele é o tipo de cara que bobiou vrau, isso é sim um consolo, porque fingir ser um uke fofo para um hetero cheio de não me toque era algo que não ia me agradar em nada, sorri e falei.

_ Acho que vamos ter que te indicar uns bls, mangas e animes, não se preocupe, você pega isso fácil.

Depois disso nos despedimos,San levava a coleção inteira de yaoi da Vivi e uma lista longa de animes e bls pra assistir, depois que ele foi embora eu e minha amiga limpamos tudo e fomos dormir, depois de conhecer San aquele medo de tudo ser uma merda tinha ido embora, se não desse certo eu pelo menos teria um novo amigo.

A semana correu normalmente, Vivi como era a cabeça de toda a organização ficou de bolar a nossa estratégia de marketing, ela começou a falar com amigas que eram fans de bl, disse que tinha um casal de amigos que pensavam em abrir um canal, eu fui esperar os dois na faculdade algumas vezes e eu e Sam tivemos que agir como namorados, não foi tão difícil, nos só tínhamos que ser gentis um com o outro, nada de mais, até a sexta a noite.

Vitória avisou que eles teriam uma palestra importante e como San tinha carro próprio a ideia era eu sair do café e ir até a faculdade pra depois irmos embora, mas como essa noite eu tinha uma apresentação em um pub e eles tinham esse compromisso eu fui direto pra casa, tomei banho e fui caminhando já que não era muito longe do nosso apartamento, a noite transcorreu bem, cantei seis músicas tive um intervalo e depois iria cantar mais, quando desci do palco King um dos garçons e um bom amigo me parou e me entregou uma cerveja falando que um dos meus fans havia mandado, eu estou acostumado com isso, ou era educado e recusava ou aceitava se a pessoa fosse interessante, o problema era que eu agora fingia namorar Sam e se nosso canal desse certo ficar com alguém seria um tiro no pé, então eu sorri e neguei a cerveja indo me sentar perto do bar para bater um papo com Chao o barista.

O problema era que o fã da noite não estava muito afim de ser rejeitado,eu também sei lidar bem com esses, eu não me sinto assustado com qualquer coisa e sempre com muita educação acabo me livrando dos chatos e inconvenientes, mas esse cara estava realmente ficando exagerado, depois de mais de meia hora o recusando ele ainda não havia me deixado em paz, meu intervalo era de uma hora e eu tinha gasto metade dele tentando fugir do idiota, quando eu finalmente perdi a paciência e ia sair dali e falar com algum segurando para colocar o babaca no lugar dele uma voz mansa falou no meu ouvido, mas alto suficiente para que o cara que estava quase grudado em mim ouvisse.

_ Esperou muito por mim bebê? Não sei se foi a proximidade ou o toque sensual que Sam usou na voz, mas senti meu corpo inteiro arrepiar, tive que respirar fundo pra lembrar que nós estávamos fingindo namorar.

Me virei pra ele sorrindo e enlacei seu pescoço com o braços e falei.

_ Eu nunca vou esperar muito por você! Ele se aproximou e me deu um leve celinho nos lábios.

_ Vocês são namorados? O cara que não me deixava em paz falou com a voz arrastada pela bebida.

_ Eu tentei dizer isso pra você a noite toda! Falei me virando e ficando de pé, San segurou minha cintura de uma forma possessiva andamos até próximo ao palco aonde eu iria voltar a tocar, Vitória andou ao meu lado também, assim que chegamos ele segurou minha mão e beijou ternamente.

_ Vamos procurar uma mesa e esperar você. Ele falou antes de bagunçar meus cabelos.

Apenas sorri para os dois e subi ao palco, geralmente esse tipo de apresentação era fácil pra mim, já estava acostumado, era subir lá cantar e pronto, mas não sabia porque dessa vez meu coração tava batendo forte, me deixei levar pela mentira de ter o meu "namorado" ali e cantei as últimas músicas olhando nos olhos de Sam, aquele cara era sem sombra de dúvidas o melhor ator que já conheci na vida, porque ele me olhava como se realmente me amasse, assim que tudo terminou ajudei a banda a guardar as coisas e recebi o meu lucro da noite e então sai para o pub ainda lotado, não eram nem meia noite.

_ Está pronto pra ir embora ou tá afim de esticar? Vi me perguntou esperançosa, eu tive que rir da cara de cachorrinho pidão da minha amiga, eu geralmente saia com ela arrastado, ou quando ela me enganava, mas aquela noite eu estava extranhamente elétrico.

_ Tá afim de curtir a noite namorado? Falei rindo e acariciando o peito de San por brincadeira, ele segurou minha mão e olhou dentro dos meus olhos, foi um olhar tão intenso que tive que desviar.

_ Eu vou aonde você quiser! Ele falou e deu um sorriso de lado que eu só podia descrever como matador.

Assim acabamos em uma casa noturna que Vitória adorava, não demorou muito e encontramos um grupo de colegas dos dois, nos sentamos na mesa aonde estavam sete pessoas que eu não tinha a menor ideia de quem fosse, pois Vivi nunca os tinha apresentado ou levado a nosso apartamento.

Estava tudo bem, Sam me comprou bebidas e me tocava o tempo todo, nas mãos, joelhos ou cabelo, sorria e me encarava, estávamos agindo mesmo como um casal flertando, logo Vivi encontrou amigos e nos deixou indo se acabar na pista de dança, então Sam pediu licença e foi ao banheiro, foi aí que uma das garotas na mesa tomou coragem para falar comigo.

_ Então... Você e Sam?! Ela deixou no ar. Eu apenas sorri, sabia aonde ela queria chegar. _ Vocês estão juntos a muito tempo?

_ Na verdade não, mas sinto que sim! Falei mantendo a conversa leve.

_ Hum, Sam não é o tipo de cara que namora ou se apaixona! Ela falou me olhando de cima a baixo.

_ Bom! Eu falei me curvando e chegando bem perto dela e das outras que ouviam a conversa atentamente._ Ele não era, mas venhamos e convenhamos, olha bem pra mim, eu não sou qualquer um... Falei e me sentei novamente reto.

O rosto da garota parecia que iria pegar fogo, ela abriu a boca pra me refutar, mas nesse momento Sam se aproximou de mim e disse baixo no meu ouvido.

_ Vamos dançar! Fiquei de pé e dei tchau para as garotas e o segui até a pista. A noite foi muito divertida, variando entre irritar as amigas de Sam, fingir flertar com ele e dançar, quando vi já eram quase cinco da manhã e eu estava exausto, decidimos ir embora e tivemos que arrastar uma Vitória cheia de energia pra casa, no meio do caminho acabei dormindo, acordei com alguém abrindo minha camisa, pensando que fosse Vi que sempre fazia coisas assim quando eu estava muito cansado voltei a dormir, quando acordei já eram duas da tarde e eu estava na minha cama só de Boxer.

Me levantei tomei banho e fui procurar algo pra comer, levei um susto quando encontrei Sam na cozinha preparando o almoço, olhei para o sofá e vi um travesseiro e cobertores dobrados ali.

_ Há você acordou! Ele falou sorrindo.

_ Você dormiu aqui? Perguntei, mas não pelo fato dele dormir no nosso apartamento, mas sim no sofá duro.

_ Vitória me disse que estava tarde e que você não ficaria bravo, desculpa se eu...

_ Claro que estou bravo! Falei o calando. _ Porque não dormiu na minha cama? Esse sofá é horrível.

Ele começou a rir e colocou a mão na testa.

_ Eu pensei que estava bravo por eu dormir aqui. Ele apontou a mesa me mostrando que já estava servido. _ Vivi falou que eu poderia dormir com voce, mas estava dormindo tão profundamente não quiz te atrapalhar.

Eu balancei a cabeça e sorri, mas então uma coisa veio as minha lembranças, alguem me despiu e me limpou noite passada, meu rosto começou a pegar fogo, eu o encarei e ele estava sorrindo.

_ Ralaxa, eu juro que não me aproveitei de você, só fiz algo que namorados fariam certo? Ele falou e piscou pra mim.

_ Namorados dormiriam na mesma cama! Falei para não me sentir tão envergonhado, mas é claro que ele não ia facilitar.

_ Nos vamos chegar lá bebê, não aprece as coisas. E sorriu sentando na minha frente, eu bufei e acabei rindo também.

_ Espera cada a Vitória? Eu perguntei notando a falta da minha amiga.

_ Ela disse que se eu tentar acorda lá sou um homem morto. Ele falou erguendo os ombros, eu ri e falei.

_ Tape os ouvidos! Ele me olhou se entender nada, mas fez o quê mandei, respirei fundo e gritei. _ O almoço tá pronto cadela se não vier comer vai passar o resto do dia com água.

Cinco minutos depois minha amiga apareceu no corredor com seu pijama e a cara amassada.

_ Grita mais alto viado, o Brasil não ouviu você! Então ela pegou um prato, serviu a comida e falou. _ Se vocês me acordarem de novo antes das seis da tarde os dois vão ficar sem pau! Ela falou apontando a faca pra cada um e depois dando as costas e voltando para seu quarto.

Eu e Sam rimos e então comemos a comida que ele preparou.

_ Uau! Falei sorrindo. _ Você cozinha muito bem namorado, cuidado que assim vou querer me casar! Falei piscando pra ele.

_ Tudo bem, desde que voce me recompense pela comida! Ele falou e sorriu daquele jeito que eu começava a pensar que era perverso de mais.

Depois que almoçamos fiz questão de lavar a louça já que ele havia cozinhado, Sam me disse que precisava ir pra casa tomar um banho e colocar alguns trabalhos da faculdade em dia e que nos víamos de noite já que hoje iríamos gravar o primeiro vídeo do nosso canal, o que nenhum dos dois sabia era que o primeiro vídeo já tinha ido ao ar e não tínhamos só trinta inscritos, tínhamos quase quinhentos, e tinha sido em apenas um dia.