Ela corria veloz e desesperadamente na densa mata. Se embrenhava em meio a espinhos e galhos secos que lhe arranhavam a delicada pele. Possuía um corte profundo no calcanhar direito. A ferida sangrou por um tempo, deixando um rastro intermitente de gotas de sangue pelo caminho, até ser estancada pela sujeira. A adrenalina e o instinto de sobrevivência mascaravam a dor.
— Socooorro!... Alguém, por favor, me ajude! — gritou a moça juntando as poucas forças que lhes restavam.
Seu grito de desespero ecoou no que sobrou daquele trecho da Mata Atlântica.
O stress e o ambiente abafado da mata produzia-lhe uma intensa transpiração, aumentando seu cansaço. Seu rosto estava vermelho do sol. Sentia o líquido salgado passando pelas sobrancelhas e lhe entrando nos olhos. Eles ardiam. Ela os fechava rápida e repetidas vezes para amenizar a ardência e enxergar o caminho à frente.
Seu perseguidor, como um típico predador que já teria escolhido sua presa, estava em seu encalço. Parecia determinado em recapturá-la e impedir que ela chegasse à rodovia. Porém, com o ruído dos veículos cada vez mais próximo, ele sentia que a estava perdendo...
Seus lábios estavam desidratados. Sua boca e garganta, secas. Pensou em gritar novamente: mas sabia que não surtiria efeito. Já havia gritado desesperadamente antes, ninguém parecia tê-la escutado. Olhando para trás, achava que se distanciou bastante dele.
“Talvez, se gritasse por ajuda naquele momento, só o atrairia para ela — previu. — Aquele parecia um local isolado. Estava sozinha ali... — Além do mais, sequer possuía forças para falar”, reconheceu.
Mesmo exausta, apertou o passo querendo chegar logo à rodovia. Naquele momento, olhou para trás para checar se ainda mantinha distância dele.
— Hã?! Inesperadamente, ela escutou alguém a chamar pelo nome logo à frente... Seu coração quase parou. Ao virar o pescoço para vê-lo, não conseguiu parar à tempo: Thump!!! Paft! — chocou-se com alguém no caminho.
Após cair sentada, olhava assustada para o rosto dele: "O tinha reconhecido imediatamente...". Com um olhar de espanto e as mãos apoiadas no chão, se movia para trás, quase catatônica…
— “Não, não pode ser! Era ele! Era ele, sim!...” — balbuciou consigo mesma, sem acreditar no que via. — Você?!... — foi tudo que ela conseguiu sussurrar para ele, devido ao duplo choque.
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