➠Todos os personagens são adultos;
➠Os fatos e eventos aqui descritos são fictícios;
➠Qualquer semelhança com pessoas vivas ou mortas – terá sido mera coincidência;
➠Enredo contraindicado para menores de 18 anos;
Conheçam Mel Thiboult (Wendy – Red Velvet).
Coreano-francesa radicada em Seul.
Mel trabalhava em uma livraria/cyber café no centro de Gangnam e levava a vida com leveza. Seu passatempo predileto era se perder no mundo dos livros. Porém sua absoluta paixão era com certeza a sétima arte.
Seu diretor de cinema favorito era o John Hughes, a quem Mel considerava um gênio – que entendia as angústias, as dores e as maravilhas de ser adolescente, como ninguém mais.
Conheçam Kai (Kim Jongin – EXO).
Bancário.
Codinome para: emprego infernal | tédio sem fim.
Kai suportava a rotina do Banco de Seul por um motivo simples: aquele emprego pagava suas contas. E possibilitava que ele e seus amigos, que se recusavam terminantemente a crescer, a manter hábitos peculiares... como ir a encontros geeks de aficionados por cinema, e cultura pop dos anos '80.
E ver mostras exclusivas de filmes antigos remasterizados.
Não por acaso, o diretor de cinema cult anos '80, favorito de Kai também era o John Hughes.
A turma baderneira e barulhenta à qual ele pertencia desde sempre, compunha-se de mais 8 marmanjos: Suho, Sehun, ChanYeol, D.O., Chen, Xiumin, Lay e Byun Baekhyun – o mais barulhento da turma por sinal.
E por um golpe de sorte, Mel e Kai se encontraram numa sessão especial – uma mostra da obra de John Hughes, patrocinada pela Paramount exclusiva para a Coreia do sul, e por tempo limitado – um verdadeiro orgasmo nerd!
A turma inteira foi.
Depois de umas 8 horas de cinema, muita pipoca, chocolate e refri... saiu todo mundo ofuscado daquele ambiente mágico, de volta pra realidade.
E todo mundo foi pro mesmo lugar: a exposição de cartazes originais dos filmes. Depois comprar souvenirs exclusivos daquela mostra. Depois de tanto tempo juntos, todo mundo já tinha conversado com todo mundo, e já mais ou menos se conhecia.
Mel trouxe sua colega Anita Fittz, uma intercambista alemã com quem dividia um apartamento e as despesas. E na convenção encontrou com todas as suas amigas de faculdade (recém concluída) e elas notaram os 9 gatinhos, que estavam sentados duas mesas depois delas.
Claro que o fato deles serem mó bagunceiros não atrapalhou nada, que as garotas da mesa de Anita e Mel notassem a presença deles.
Se dependesse de Mel, nada teria acontecido – ela era muito reservada.
Já Anita vivia pela máxima de que só se vive uma vez. Sendo assim, não perdeu tempo em se aproximar daquela mesa e convidar os caras para sentar com elas e comentar os filmes. Mel nada disse, mas comemorou internamente a iniciativa da amiga. Estava mesmo flertando abertamente com aquele garoto moreno sério.
Anita não conseguia se decidir – estava encantada por Sehun, Chen e lógico, a sinfonia em um homem só, Baekhyun. Ele era exuberante demais para não ser notado – e bonito demais também.
E lá se iniciou um debate acalorado sobre as brechas no roteiro do CURTINDO A VIDA ADOIDADO:
— A velho, eu queria saber o que aconteceu com cada um deles! – Um Xiumin inconformado vocalizou a insatisfação de 100% da mesa.
— Verdade – Yoojin uma amiga de Anita e Mel, concordou. Ainda que tivesse mais interessada no próprio Xiumin, não só no que ele dizia.
— Honestamente, o que será que o pai do Cameron fez com ele? – Mel botou mais lenha na fogueira, ao jogou na roda, a dúvida de 15 a cada 10 fãs do filme de Ferris Bueller.
— Acho que o pai dele o deserdou, pegando leve – Chen disse polido.
— Que nada! Deve ter matado ele, isso sim! – Um Suho meio agressivo soltou essa.
— Credo Suho!? – Todos responderam chocados.
— Quê? Ele detonou uma Ferrari!
— Mano, é um filme com censura livre. Não teria como ter uma sequência com um assassinato! Ainda mais um patricídio!? – Baekhyun pontuou de forma muito sensata.
— Talvez por isso, não tenha tido sequência... – Mel encerrou a questão.
Como todos naquela patota eram maiores de idade – e para não causar problemas, saíram todos para a barraca de soju mais próxima e foram jantar e beber, lógico. E aí as provocações começaram de verdade!
Imagine, se sóbrios eles já causavam – calcule algumas garrafas de soju depois.
Depois de obrigarem os Ahjussi e as Ahjumma da barraca de soju, a cozinhar para um batalhão (eles comeram mesmo o equivalente à refeição de um exército!) – trocaram telefone e marcaram de se encontrar novamente.
Mel tinha ficado totalmente balançada por Kai.
Ele como era mais introspectivo – ficou na dele, mas também se interessou por ela.
✿
Aos poucos, as garotas passaram a fazer parte da turma dos rapazes.
Kim Yoojin foi a primeira a lograr sucesso em ter um encontro romântico... fisgou Xiumin rapidinho.
Seol Hana já estava meio enrolada com D.O. – para eles pararem de gracinha, bastou ele fazer o pedido. Às vezes é necessário apenas isso.
Todo mundo se envolveu com alguém... menos Mel, Kai, Anita, Sehun e Baekhyun – que disputava Anita com Sehun sem a menor cerimônia.
E todos tinham um acordo velado de empurrar Mel pro lado do Kai, e vice-versa.
Amigos quando inventam de bancar os junta corações – Deus tenha piedade!?
Entretanto, era inevitável que eles ficassem juntos. A parte mais importante já estava feita – eles já estavam apaixonados um pelo outro.
Mas seguindo o plot dos filmes que eles tanto gostavam – tudo aconteceu em câmera lenta.
E baseado numa armação de Anita, Sehun e Baekhyun (essa garota alemã... é fogo na roupa!) – as coisas finalmente se desenvolveram:
— Mel, eu convidei os rapazes pra uma sessão pipoca e Netflix aqui no apê hoje, tem algum problema? – Anita disse inocentemente.
Na real, a guria tinha marcado de sair com Sehun, mas como queria ver logo Mel e Kai saindo do 0 x 0, achou que não fazia mal dar uma ajudinha pra amiga.
— Não, problema algum... quem vem?
— A galera de sempre, as garotas da facul, os meninos... a patota do Kai... e ele mesmo!?
— Anita!
— Quê? – E riu do desespero da outra.
— O Kai vem!? E você só me avisa agora!? Bela amiga você é!
— Deixa de ser boba, Mel. Ele gosta de você, já cansei de dizer. E é do jeito que você é. O que quer dizer, com olheiras de panda e tudo... - e continuou rindo, até a outra alvejá-la com uma almofada.
— Sua bruxa!?
— Deixa de drama, Mel!? Até parece que você sabe o que é estar feia!?
✿
Anita pôs seu plano blasé em execução.
Seria uma tragédia, se não tivesse dado tão certo.
Assim que Kai chegou – pensando que todo mundo viria (iludido... os dois, pois eles eram os únicos a não saber que ficariam sozinhos) – Anita sumiu.
E quarenta minutos de puro desconforto depois
— Acho que fomos enganados.
— Besteira. Já que estou aqui.
— E a tv com a Netflix também – Mel completou abrindo um sorriso.
— Vamos ver o que temos aqui...
Assistiram GAROTA DE ROSA SHOCKING – Mel não via esse filme em especial há muito tempo. Não lembrava que o personagem do James Spader era tão babaca!
— Tão concentrada... – Kai a tirou de seus devaneios.
— Esse filme é muito bom. Mas tava pensando: "O James Spader precisava ser tão traste?"
— Hahahahahahhaha, tem razão.
— Falando nos atores, quem é a sua atriz favorita, das garotas do John Hughes?
— A Molly Ringwald, ela brilha na tela. E a sua?
— A Mia Sara. A Sloane Peterson é inesquecível... – Ele riu enigmático.
— Pára com isso, Kai! o CURTINDO A VIDA ADOIDADO é todo inesquecível!?
— Você tem razão. Mas me diz aí, que personagem da Molly te representa? A princesa do CLUBE DOS CINCO, talvez?
Eles tinham se aproximado sem se dar conta. Estavam bem perto de se tocar, a ponto de sentir o hálito quente um do outro. Mel expressava certa dificuldade de respirar, com ele estando assim tão perto.
— Na verdade Kai...
— Sim – Ficou ainda mais perto, tornando até mesmo pensar algo muito complexo.
— A personagem da Molly no GATINHAS E GATÕES
— Hummm por quê?
— Você vai ter que me beijar pra descobrir...
Nem ela sabia de onde tinha tirado a coragem para dizer isso. Talvez fosse seu corpo verbalizando seu desejo mais profundo, que ela já não conseguia mais esconder.
— Não seja por isso.
Ele venceu a distância mínima que os separava e beijou-a.
Mel caiu na real.
De que não sabia absolutamente nada sobre ele.
O homem era um completo mistério.
A julgar pela timidez e forma discreta com que ele se comportava – era de se esperar que ele não soubesse o que estava fazendo, certo?
Errado.
Para sua surpresa... ele não era só lindo de doer... beijava bem como poucos!
Se ela não estivesse apaixonada por ele – com certeza estaria agora.
— E então, porque a garota do GATINHAS E GATÕES é quem te representa melhor, hein? – Ele sorria lindamente para ela, que estava com os lábios tão inchados quanto os dele. Só que muito mais ruborizada que o mesmo.
— Bom... porque ela passa o filme inteiro apaixonada pelo garoto mais gato do colégio. E no final ela fica com ele!
— Então eu sou esse cara?
— A vaga é sua se você quiser...
Ele respondeu puxando-a novamente para si, e beijando-a com uma dose redobrada de paixão.
✿
Bônus
Anita.
Se por um lado, seu plano funcionou – Mel finalmente se acertou com Kai! Ela e Sehun naufragaram de vez.
Simples.
Sehun não era homem de uma mulher só.
"Foda-se."
Anita Fittz também não era garota que ficasse se lamentando.
Nem era mulher de um homem só.
Já com a maldade na cabeça, resolveu deixar o casal de pombinhos arrulhantes/seus amigos em paz – gente apaixonada dá um pouco de enjoo. Mas Mel e Kai se completavam tão bem, que Anita resolveu levar sua raiva e seu azedume pra outro lugar.
Só que diferente do que ela planejava... que consistia em ficar com o primeiro cara que encontrasse pra enfurecer / fazer ciúmes em Sehun (o que era um plano bem bosta) – não encontrou o desgraçado do Sehun em lugar nenhum!
Já que tinha dado com os burros n'água – resolveu dar um tempo no terraço do prédio em que morava, voltou bem antes do que esperava – logo ia estragar o que quer que tivesse rolando em seu apartamento...merda!
"Eu te odeio Sehun!" – pensava furiosa.
— Tá meio tarde pra ficar aqui sozinha, não? – Uma voz aveludada, torturantemente conhecida ressoou em seus ouvidos, lhe sobressaltando.
— Byun!? Você me assustou.
— Você tá resmungando e fazendo umas caretas engraçadas... estou te observando a uma meia hora. Cansei de ficar invisível.
— Chato, vem pra cá. Aliás, o que cê tá fazendo aqui?
— Eu moro aqui, quer dizer, moro no penúltimo andar. Me mudei há duas semanas.
— Cara, eu não sabia...
— Brigou com o Sehun?
— Não, terminei com aquele filho da...
— Hey, eu entendi! Não precisa xingar a omma dele... pega leve.
— Tem razão, desculpe.
— Talvez não seja tão má notícia assim... – Ele sorriu provocando-a.
— Você é um sacana... – Ela devolveu, sorrindo também. – Alguma ideia?
— Várias... todas envolvem a gente sem roupa...
— Byun...
— É só dizer que topa... ele já te trocou por outra. Você vai ficar aí chorando as pitangas... ou vai partir pra outra?
O convite fora feito.
E sutileza não era a praia dele.
"Que se dane."
Anita foi até onde ele estava – sentado numa mesa de pebolim, o abraçou pelo tronco e sussurrou em seu ouvido:
— Vou partir pra outra.
— Tenho algumas coisas pra te ensinar, Anita...
Tudo começou com um beijo.
Ele simplesmente não deixou espaço para perguntas, divagações ou arrependimento. A puxou para si, como se quisesse fazer isso há muito tempo.
Invadiu sua boca cheio de desejo – voraz e urgente.
Fazendo com que Anita se arrepiasse e se excitasse como nunca antes, enquanto ele continuava a lhe beijar magistralmente, sufocando um gemido de luxúria, em um duelo de línguas de quem se queria...
E como esses dois se queriam...
— Você gosta de se aventurar, Anita? – Ele deu uma pausa mínima, naquele beijo/ventosa para lhe fazer essa pergunta, com uma expressão tão grande de luxúria, que Anita mal se aguentou para responder. Tava saindo melhor que a encomenda!
— Ah sim... o que você tem em mente, Byun?
— Transar sob as estrelas... aqui e agora.
— Você é um pervertido... se formos pegos, perdemos nosso apartamento colega!? – Ela não estava dizendo não... apenas a verdade.
— E se não formos pegos... teremos uma experiência das mais excitantes...
— Me convença...
Isso ele já tinha feito.
Simplesmente desceu da mesa de pebolim, e postou-a em seu lugar.
Deitou-a gentilmente... e passou a excitá-la, percorrendo todo o seu corpo com aquelas mãos hábeis... Anita já não sabia o que fazer de tanto desejo.
— Byun, chega de preliminares... faça agora, ou não vou aguentar!
— Tão quente...
— Oh
— Macia...
Ele a enlouquecia milímetro a milímetro... despindo-a lentamente. E desfazendo-se de suas roupas com igual lentidão. Quando ele se postou sob ela, Anita pode sentir a proporção de sua excitação... ele se deixou envolver pelas pernas torneadas de Anita, e começou a arremeter cadenciadamente dentro dela.
Sempre lhe ouriçando com frases desconexas e lascivas.
Anita estava indo à loucura.
Senti-lo completamente dentro de si, a estava deixando em estado de total frenesi. E a medida em que a vibração de seus corpos se intensificava, as demonstrações de prazer, que começaram como meros sussurros, se transformaram numa torrente de gritos e gemidos, que traia e entregava exatamente o que eles estavam fazendo.
O orgasmo de ambos se aproximou cada vez mais.
O suor que escorria de seus corpos e a sensibilidade exposta... logo uma onda de prazer indizível atingiu a ambos... os deixando inertes por um momento.
— Isso nunca aconteceria em um dos filmes do John Hughes... – Anita disse com uma voz travessa, agora que seu coração e sua respiração voltaram ao normal.
— Ah Anita... acho que estamos mais para a geração "American Pie".
— Ai meu Deus!? Não! – E riu da comparação que ele fez.
— É sim... somos apressados. Mas não é algo ruim. Eu não disse se estávamos protagonizando o filme, ou o vídeo clipe da Madonna... – E riu enigmaticamente.
— Ambos são excitantes...
— E aí, quer dormir comigo no meu apartamento?
"Por que não."
— Só se for aqui e agora.
FIM
➥Os clássicos nascem clássicos.
➥John Hughes era mais que um diretor de cinema sensível. Esse cara foi um verdadeiro visionário. Essa fic é dedicada a todos os fãs (eu!) desses filmes despretensiosos, que chegaram de mansinho conquistando nossos corações e um lugar na história.
➥É claro, é dedicada também ao roteiro de todas as obras de John Hughes – que hoje são indiscutivelmente clássicos cult.
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